Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

domingo, agosto 29, 2021

COM PÉ E CABEÇA – ANO IX – Nº 3

 Treinador – a arrogância personificada?

 

Fernando Diniz – GE - divulgação

 

Todos eles – os treinadores – são arrogantes?

Não! Claro que não! Somente quase todos.

E isso não é piada, cinismo de minha parte, nem mesmo ironia.

Eles argumentam que precisam ter suas convicções.

Dizemos nós que eles necessitam flexibilizar decisões.

 

Afinal, a presunção do saber onisciente é uma declaração inescapável de prepotência.

 

E tem mais. Treinador aprende uns com os outros?

Claro que sim! Mas eles admitem isto? Claro que não!

É tão mais fácil, tão mais decente, tão mais transparente, e seria tão mais meritório se a categoria tivesse representantes bem mais interessados na adoção de um postulado básico da verdade.

No meio dos treinadores, bem que eles poderiam vivenciar, nem que fosse por um brevíssimo intervalo de tempo, o chamado teste pragmático da verdade.

 


Luxemburgo e Felipão / Veja - divulgação

 

Outro ponto. Entre os treinadores brasileiros há o que eles possam replicar do trabalho dos treinadores estrangeiros? Sem dúvida que há! Se considerarmos o aspecto cultural, o multidisciplinar, o interdisciplinar e o transdisciplinar, mais ainda haverá lugar para repliques, paráfrases e acréscimos em geral. E isso não implica subdesenvolvimento dos treinadores brasileiros. Antes corresponde a buscar entender o aparente gap existente os profissionais de casa e os de fora.

 

O ‘fenômeno’ Vojvoda, que já criou o neologismo vojvodismo não é único, contudo detém a maior gradação de didatismo para que se possa entendê-lo. E a razão é simples. Vojvoda tem feito mais com menos.

 


Vojvoda / UOL - divulgação

 

Reparem que enquanto o Fortaleza percebe ou capta R$2 mi por ano de seu patrocinador máster, o Palmeiras se beneficia de R$80 mi, podendo chegar a R$120 mi em igual período. Logo se vê que é brutal a diferença. Portanto, ao aportarem na ‘page-one’ (página-um) da tábua de classificação, as gestões de Ceará e Fortaleza conseguem resultados muito melhores, proporcionalmente, que as de seus primos ricos. É assim que é!

 

O treinador tem que saber qual a ‘fisiologia’ e a ‘compleição’ financeira do clube para o qual trabalha, a fim de que possa moldar a sua filosofia à do clube. Em vez disso, treinadores há que esperam o contrário, pretendendo ver o clube adaptar-se a eles. Ora, se os clubes possuem DNA genérico, mas também específico, se  sabemos que tem aspirações, inspirações, personalidade intrínseca e extrínseca, perfil que corresponde ao caráter, metas e objetivos, nada mais lógico que o treinador saiba lidar com tudo isso, além de entender e respeitar as características de cada clube. Isso, portanto, é o extracampo que é levado (ou deve) para o intracampo.

 

Creio que deu para entender que VOJVODAR não é modismo, mas uma necessidade premente de reavaliar a identidade de clubes e times.

Benê Lima, Cronista e Gestor Esportivo, Ex-Presidente da Liga Cearense de Futebol Feminino, Ex-Coordenador/gerente de Futebol Feminino da FCF, Membro do Conselho do Desporto do Estado do Ceará, Rosacruz do Graus Superiores e Neo-humanista.

segunda-feira, agosto 23, 2021

COM PÉ E CABEÇA – ANO IX – Nº2

A globalização do futebol e outros temas

Imagem: Divulgação

O futebol virou de ponta-cabeça, mas não saiu do seu eixo nem perdeu seu sentido lógico. Isso não significa que tudo esteja como dantes. Não! O futebol mudou e muito. E não precisamos revisitar o século passado. Nossa referência é daquilo que pudemos testemunhar. Ou seja, de pouco mais de meio século para cá. Para o que pouca gente atentou é que essa transformação se deu na exata medida do crescimento da importância do futebol como um mega negócio. Portanto, a influência econômica acaba interagindo com o meio esportivo e de alguns modos o transforma.

Neste ambiente de transformação, em que a inovação e a criatividade se fizeram bastantes presentes, muitos só conseguem enxergar involução entre nós brasileiros, sem considerar a evolução dos demais atores do futebol em terras estrangeiras. Podemos até admitir que no geral a qualidade de nossos jogadores sofreu uma queda, mas não sem antes aceitarmos a evolução multidisciplinar de todos os outros protagonistas, entre os quais despontam alguns países europeus.  

Em meio ao processo de globalização, ocorreu que muitos dos países europeus fizeram evoluir o futebol que praticavam, haja vista que tinham muito mais espaço para crescimento técnico que nós, brasileiros. Neste ponto, emerge uma nova tese que dá conta de que, o crescimento técnico do jogo europeu foi mais significativo que o declínio técnico do jogo brasileiro. Portanto, preferimos adotar a ideia do nosso declínio, a ter que admitir a evolução dos demais países. E essa evolução também se deu, numa escala até maior, no ambiente do futebol sul-americano. E como se não bastasse, não foi só tecnicamente que esse crescimento se deu. Do ponto de vista tático, algumas ‘escolas’ até nos superaram.  

Imagem: Divulgação

Outro aspecto com o qual a globalização mexeu, foi com a tendência à uniformização das diferentes ‘escolas’ de futebol. Estas escolas como expressão da filosofia do jogo de futebol, jamais tiveram pedagogias tão próximas. A universalização das ideias e conceitos de jogo e da preparação dele (jogo), cada vez mais aproxima tais ‘escolas’, donde emergem jogadores técnicos, mas acima de tudo mais táticos e com maior equilíbrio psicofísico. Portanto, o jogo se dá mais fora do jogo que dentro dele. E aí se evidencia um mais elaborado nível de preparação, tanto dos jogadores quanto de seus treinadores. Porém, essa e uma nova subdisciplina que o futebol inaugurou e que passou a aprofundar, para atender às crescentes demandas da formação de atletas e do treinamento. Oportunamente falaremos sobre o tema. 

(...) 

A GLOBO NÃO É INSUBSTITUÍVEL,  MAS O FUTEBOL PRECISA DELA

Imagem: Divulgação 

A emissora toma uma atitude inédita, dirigindo-se aos 40 clubes das Séries A e B, lembrando quem é ela e fazendo-os recordar e valorizar a histórica parceria entre ela e eles. Como se não bastasse, a emissora ainda expressa o entendimento de que o projeto que contém a lei do mandante que dá às equipes o direito de arena, ‘pode ser um importante passo na evolução do futebol no país’.

É bom constatarmos que o tempo está mudando e com ele a visão de muita gente, inclusive a do staff da Globo.

É ótimo assistir as mudanças! Sempre acreditei que a verdadeira revolução é a do pensamento. 

Seria interessante uma interação de todos no futebol, incluindo as televisões, os clubes e a CBF. 

Esperamos que a Carta Aberta da Globo expresse em seu conteúdo, o verdadeiro sentimento de mudança que o futebol precisa, e que seja o marco inicial dessas mudanças.

 

Benê Lima

quarta-feira, janeiro 27, 2021

Reviravolta: Calouros do Ar revoga pedido de desistência e vai disputar a Série C

Clube contorna problemas para disputar o 

Campeonato Cearense da Série C, versão 2020/21



Imagem de arquivo

 

Na noite da terça-feira, 26, o Calouros do Ar conseguiu contornar algumas situações, e assim poderá disputar o Cearense Série C. Houve todo um esforço da diretoria do Clube, que também contou com um tratamento cooperativo da Federação Cearense de Futebol (FCF), “que criou facilidades e não dificuldades”, como destacou o Diretor Social e de Relações Públicas da Agremiação, Benê Lima. O dirigente destaca ainda que “o apoio foi coletivo e não individual, e o estilo cooperativo de gestão prosseguirá, chegando até o investidor, a fim de que o mesmo possa despender menores recursos”, disse.

 

A direção do Clube, através do Diretor Financeiro Sérgio Ricardo, já trabalha para deslindar as premissas do checklist a ser seguido.

 

A Diretoria Administrativa, cujo titular é Rafael Costa, nas próximas 24 horas estará, junto com outros dirigentes do Clube, buscando opção para os mandos de campo. Duas alternativas estão entre as mais factíveis: Moraisão, em Maranguape, e Domingão em Horizonte, com maiores chances para este.

 

 PREPARAÇÃO DA EQUIPE

 

O grupo de jogadores do Tremendão está alojado na cidade do Eusébio, sob o comando do Vice de Futebol, William Rogatto. O elenco ainda não está fechado e deverá receber novos integrantes. Os treinamentos se dão no esmo município, que é uma espécie de sede interina do clube para atletas e comissão técnica.

 

A Federação Cearense de Futebol, através da sua Diretoria de Competições desmembrou as 3 (três) primeiras rodadas da competição, em matéria desta terça (26). Veja.

 

A Diretoria de Competições da Federação Cearense de Futebol divulgou, nesta terça-feira (26), o desmembramento das rodadas 1, 2 e 3 do Campeonato Cearense Série C 2020. A competição começa no dia 3 de fevereiro. 

Confira os confrontos da 1a rodada:

 

Arsenal x Tianguá – 03/02 (Quarta-feira) – 15h - Moraisão

Calouros do Ar x Aliança – 03/02 (Quarta-feira) – 15h - Domingão

Cariri FC x Maracanã - 03/02 (Quarta-feira) - 15h30 - Mirandão

Crateús x Itarema - 03/02 (Quarta-feira) - 15h30 - Juvenal Melo

 

#CearenseSérieC

#futebolcearense

 

 AssCom CalourosDoAr

sexta-feira, janeiro 22, 2021

Tremendão traz para suas fileiras, profissional experiente para gerenciar o futebol

A ideia é juntar esforços para dar maior eficácia ao setor vital para o sucesso da equipe

 

Reunir todo o apoio possível de pessoas experientes do meio do futebol é a proposta do Calouros do Ar para as disputas do Cearense Série C. Portanto, o espírito de equipe e a cooperação interdepartamental expressam bem a realidade vivida pela Agremiação na atual temporada.

 

A prioridade dos dirigentes é o departamento de futebol profissional. E com tal premissa colocada de forma clara, eis que o Clube se aproximou de um profissional possuidor dos pré-requisitos para dar o devido suporte ao Departamento de Futebol. Trata-se de Francisco Welio da Costa, o Branco (foto), 57 anos, muitos dos quais dedicados ao futebol, trabalhando como treinador, auxiliar técnico, preparador físico, supervisor e coordenador de categorias de base, além de captador de potenciais talentos.

 

Branco ao lado (acima) e entre (abaixo) jovens talentos 

 

Branco é formado em educação física e graduado em futebol, pelo Conselho Regional de Educação Física da 5ª Região (CREF5). Já atuou em clubes como Uniclinic, Centro Esportivo União (CEU), Trairiense, Fortaleza e Ceará.

 

Também é pensamento da direção do Tremendão, aproveitar a experiência deste profissional, para colaborar com a reestruturação das categorias de base Sub-15, Sub-17 e Sub-20.

 

AssCom do CalourosDoAr

quinta-feira, janeiro 21, 2021

REVIRAVOLTA: CALOUROS NÃO TEM ACERTO COM TREINADOR RECÉM CONTRATADO

 Direção do Departamento de Futebol já está em busca de novo profissional para comandar a equipe



Em menos de 48 horas, o que parecia ser solução não se consolidou. Por falta de acerto em alguns detalhes, o promissor treinador Flávio Novaes deixou o Calouros do Ar sem esclarecer o motivo que o levou a tomar tal decisão.

Um dos Vices do Clube, William Rogatto, que também é o Executivo de Futebol, já está selecionando alguns nomes, a fim de solucionar a vacância do cargo de treinador. Rogatto se volta agora para nomes locais, pois quer reduzir custos e otimizar a contratação de mais alguns atletas.

 

Mais uma reunião extraordinária da Executiva


 

Com o objetivo de dar solução para questões internas, bem como para criar uma melhor dinâmica de atuação de seus dirigentes, o Diretor Financeiro do Clube, Sérgio Ricardo, convocou uma reunião extraordinária para a noite desta quarta-feira (20), por delegação do Presidente da Executiva, Emmanuel Carvalho.

Os assuntos foram os mais diversos e a reunião contou com a presença de 8 (oito) diretores. Após a exposição do dirigente Sérgio, tratando sobre a Reforma Estatutária e o teor da Ata de Posse da nova composição da Executiva, Sérgio ainda discorreu sobre as providências tomadas e também sobre a logística para os jogos do Cearense Série C. 

A empresa WR, tendo como titular William Rogatto reafirmou seu compromisso de responsabilização pelos custos das operações aludidas, e os dirigentes firmaram com ele o compromisso do apoio político para o melhor desenvolvimento do seu trabalho na gestão do Departamento de Futebol do Clube. 


Eusébio receberá o Calouros do Ar

 


Com o oficiamento da Prefeitura do Eusébio, o Tremendão mandará os seus jogos naquele município. Serão 7 (sete) jogos ao todo, sendo 3 (três) fora e 4 (quatro) como mandante. 

O Clube procura um novo local para abrigar os atletas, dando preferência à cidade de Eusébio. É mais uma medida para diminuir os custos com logística, alocando os valores economizados na formação da equipe.

 

(AssCom Calouros do Ar) / Fotos: Benê Lima


sexta-feira, dezembro 18, 2020

Cearense Série C é uma competição para atender os clubes




A imprensa da qual faço parte, não deve esquecer jamais que as competições são realizadas fundamentalmente para atenderem os interesses das entidades de prática desportiva (os clubes de futebol).

A entidade de administração do futebol cearense, a FCF, é apenas a gestora da competição, cuja fórmula de disputa é por ela apresentada aos clubes para avaliação e aprovação. Portanto, não cabe tão unicamente à FCF o direcionamento de quaisquer críticas neste sentido.  

Na realidade, em meio a uma pandemia como a que vivemos, o mais lógico seria que nem tivéssemos a realização do Cearense Série C. No entanto, por vontade das partes envolvidas, teremos a competição, adaptada para as condições momentâneas. Logo, ela será breve, mas não perderá seu caráter de disputa. Ao contrário, a fórmula enseja que tenhamos uma importante equanimidade na disputa, já que os pontos corridos é a mais notória maneira de apuração do aspecto técnico-desportivo.

No que pese termos de 3 de fevereiro à 21 do mesmo mês, ou seja, apenas 18 dias dos jogos iniciais aos finais, também será preservado o intervalo de 72 horas entre as partidas, a fim de que se dê a recuperação dos atletas. Portanto, teremos uma média de 3 dias entre um e outro jogo.

Há um aspecto um tanto macro que também está em jogo, que é a preparação das equipes para uma modalidade de disputa de curtíssimo prazo. Ao que nos parece, isso exige uma preparação diferenciada, seja no aspecto tático, seja no técnico, seja no físico, seja no aspecto mental. Tanto o nível de preparação quanto o de concentração serão de grande importância para o desempenho individual e coletivo de atletas e equipes.

° ° °

Por: Benê Lima

quarta-feira, dezembro 16, 2020

CALOUROS DO AR PROMOVE REUNIÃO COM NOVA DIRETORIA


A três dias da eleição realizada dia 12 próximo passado, o Presidente da Executiva do Clube, Emmanuel Carvalho, convocou reunião para apresentar a nova composição da Diretoria Executiva, para mais um triênio (2021/22/23).

O encontro aconteceu nesta terça (15) e foi presencial, tendo se dado nas dependências do Colégio Dragão do Mar, em Fortaleza, das 19 às 21 horas.

Além dos membros da Executiva, a presença do Presidente do Conselho Deliberativo, Jorge Amorim, serviu para produzir alguns esclarecimentos acerca do novo Estatuto do Clube, bem como para portar a Ata da Assembleia Geral da Eleição. 

O Presidente da Executiva, Emmanuel, proferiu a fala de abertura com entusiasmo, fazendo a apresentação dos novos membros da direção do clube, tais como o 2º Vice, William Rogatto, que também é o principal investidor do clube, além do Diretor de RP (Relações Públicas), Benê Lima, entre outros.

Presidente do Conselho Deliberativo


O Diretor de Patrimônio recém-eleito, Eudasio Barroso, fez uma breve prestação de contas informal, passando o controle da conta do Clube ao Presidente, e prometendo colaborar com o Diretor Financeiro, Sérgio Ricardo, a fim de que um ajuste primário das contas do Calouros do Ar seja encetado.

A unificação do controle financeiro de um lado, e as ações das diretorias de relações públicas (RP) e comunicação com a de marketing de outro, foram iniciativas objeto de proposições. 

Outra sugestão acatada foi o cumprimento do pré-requisito estatutário que prevê a confecção de três balancetes anuais dentro do exercício vigente, além do balanço no prazo legal do ano seguinte. Além disso, o mais tardar no início do próximo exercício se fará a previsão orçamentária do Clube para 2021, para posterior aprovação dos Conselhos Deliberativo e Fiscal.



 NOVAS PARCERIAS

Novas micro parcerias serão buscadas, especialmente para os esportes amadores, olímpicos e paralímpicos, bem como para o futebol feminino, assim expressou o Diretor de RP, Benê Lima.


O departamento de futebol do Clube, através do 2º Vice, William Rogatto, disse estar aberto a parcerias em cidades do interior do Estado Estado, desse modo ampliando a captação de jovens valores. 

“Cada caso será analisado 
(referindo-se às parcerias), e 
poderemos ter casos sem ônus 
para o ‘franqueado”, 
disse o dirigente.

 

Nos próximos dias o clube criará o WhatsApp do setor de comunicação (assessoria de imprensa), cujo credenciamento ficará a cargo do Diretor de RP, Benê Lima. 

°°°

quarta-feira, novembro 18, 2020

Justiça aceita denúncia do MPMG e ex-dirigentes do Cruzeiro viram réus por quatro crimes

 Gabriel Coccetrone / Lei em Campo


O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público mineiro contra integrantes da antiga diretoria do Cruzeiro. O ex-presidente Wagner Pires de Sá, o ex-vice-presidente de futebol Itair Machado e o ex-diretor-geral Sérgio Nonato vão responder pelos seguintes crimes: lavagem de dinheiro, apropriação indébita, falsidade ideológica e organização criminosa.

“A denúncia oferecida pelo MPMG contra ex-dirigentes do Cruzeiro e empresários foi recebida pela Justiça no dia 6 de novembro. Eles agora são réus em Ação Penal. A denúncia narra crimes de lavagem de dinheiro, apropriação indébita, falsidade ideológica e formação de organização criminosa. O prejuízo ao Cruzeiro, de acordo com o MPMG, é de cerca de R$ 6,5 milhões”, disse o órgão público em uma publicação no Twitter.

O deputado estadual Léo Portela (PR-MG), ex-superintendente de relações institucionais e governamentais do Cruzeiro também se manifestou nas redes sociais: “Wagner Pires, Itair Machado e cia. acabam de se tornar RÉUS! O Juiz acatou a denúncia do MP e agora o processo começa a tramitar na 7ª Vara Criminal. Não haverá misericórdia para essa quadrilha!”.

Além dos ex-dirigentes, os empresários Wagner Cruz, Carlinhos Sabiá e Cristiano Richard, Christiano Polastri Araújo (ex-presidente do Ipatinga), Fabrício Visacro (ex-assessor de futebol), e Ivo Gonçalves, pai de Estevão William, de 12 anos, apelidado de Messinho, e que teve parte dos direitos envolvidos pelo clube no pagamento de dívidas com o empresário Cristiano Richard também se tornaram réus em ação penal.

Denúncias

Wagner Pires de Sá foi denunciado pelos crimes de falsidade ideológica, apropriação indébita e formação de organização criminosa. Itair Machado por lavagem de dinheiro, apropriação indébita, falsidade ideológica e formação de organização criminosa. Já Sérgio Nonato responderá por integrar organização criminosa e por apropriação indébita.

Os três empresários são acusados de integrar organização criminosa e apropriação indébita, sendo que dois deles ainda responderão por lavagem de dinheiro. O pai do atleta das categorias de base da Raposa responderá pelo crime de falsidade ideológica. Já o ex-presidente do Ipatinga foi denunciado por lavagem de dinheiro. E o ex-assessor de futebol do Cruzeiro por apropriação indébita.

Crédito imagem: Estadão



Presidente da Fifa revela “desconforto” com calendário do futebol brasileiro

 

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, revelou sentir “desconforto” com a falta de sincronia entre o calendário brasileiro e as Datas Fifa, responsável por desfalcar os clubes brasileiros. O Brasil é um dos poucos países que mantém todas as disputas em aberto durante os jogos da seleção. Em entrevista ao GE, o dirigente evitou criticar a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), mas disse o que pensa sobre o assunto:

“Como presidente da Fifa não devo nem posso sobrepor a minha opinião a quem toma decisões no Brasil, mas admito que partilho o desconforto de muitos pela sobreposição de jogos de clubes de elite com os jogos da Seleção Brasileira”, disse o dirigente.

Infantino disse que a responsabilidade para isso deixar de acontecer deve ser dividida entre a CBF e os clubes da elite do futebol brasileiro, buscando uma solução comum para ambos.

“Sei que não é fácil encontrar pontos de equilíbrio entre todas as partes, mas os interesses do futebol devem estar acima dos interesses individuais ou corporativos, e todos os responsáveis têm a obrigação de encontrar saídas para esse tipo de situação”, afirmou.

“Acho que devemos procurar maneiras de ter menos partidas, mas mais significativas. Encontrar uma fórmula perfeita será extremamente desafiador, mas acho que a comunidade do futebol deveria pelo menos discutir aberta e francamente para ver se podemos chegar a soluções novas e melhores. Parece haver um consenso de que há muitas partidas por temporada em muitos países“, completou Infantino.

Os clubes mais prejudicados pelas convocações foram: Palmeiras (cinco), Atlético-MG (quatro) e Flamengo (três).

A seleção brasileira joga nesta terça-feira (17) contra o Uruguai, em Montevidéu, pela 4ª rodada das eliminatórias da Copa do Mundo de 2022. Esse será a última Data Fifa deste ano. No entanto, o calendário da Conmebol para a competição está reservado até 29 de março de 2022, com mais 14 rodadas a serem disputadas, além da Copa América que será realizada no ano que vem, de 11 de junho a 10 de julho.

Crédito imagem: Fifa/Divulgação

Como Data FIFA contribuiu para aumento de casos de Covid no futebol mundial


Antes o torcedor ficava na expectativa para que os jogadores não voltassem lesionados da Data FIFA. Em tempos de pandemia, a preocupação aumentou. Eles torcem também para que os atletas não retornem com Covid.

E não é à toa. Nesta pausa para os jogos oficiais das seleções nacionais, além de lesões, muitos atletas foram infectados pelo novo coronavírus. Mo Salah do Liverpool, testou positivo com a equipe do Egito. O mesmo aconteceu com o meia croata Brozovic, da Inter de Milão, e o uruguaio Luis Suárez, do Atlético de Madrid, entre outros.

“É um risco expor os atletas, trazê-los de diversos lugares do mundo para ficarem concentrados com maior risco de exposição. Além disso, tem o deslocamento por países. A questão da pandemia é diferente em cada lugar. É uma exposição considerável”, avalia o advogado Luiz Marcondes, presidente do Instituto Iberoamericano de Direito Desportivo.

O Lei em Campo consultou o infectologista Paulo Olzon, que reforçou que o contágio se dá principalmente em ambientes fechados. No futebol, “avião, concentração, vestiário… Dentro do campo dificilmente são contaminados, apenas se houver troca de fluidos”.

Na Seleção do Uruguai, além de Luis Suárez, Rodrigo Muñoz e Matias Viña também testaram positivo para a Covid. E o foco do contágio seria o lateral do Palmeiras, já que o clube vive um surto com 15 atletas infectados. Essa foi a explicação do médico da delegação, José Veloso, a um jornal uruguaio.

“Os exames realizados em Viña no sábado e no domingo, principalmente o último, foram uma confirmação de que o contágio ocorreu no Brasil e não na Colômbia, onde o Uruguai jogou na sexta-feira (13)“, afirmou o médico. Viña havia sido testado na quarta (11) e o exame deu negativo.
Gabriel Menino, outro lateral do Palmeiras foi diagnosticado com Covid enquanto estava com a Seleção Brasileira e acabou desconvocado. Todos os atletas do clube paulista estariam assintomáticos.

Paulo Olzon, que trabalha na linha de frente da Covid em São Paulo, explicou que o período de incubação do vírus, do contágio aos primeiros sintomas, varia de 2 a 14 dias. “Boa parte se contamina em uma semana, mas não dá para garantir. O percentual de erro ou má interpretação é grande e proporcional ao tempo de incubação.”

Além disso, a porcentagem de exames falsos-negativos, quando a pessoa está infectada e não aparece, varia de 20% a 40%. “Se você estiver com a Covid e colher a amostra no primeiro ou segundo dia dá negativo. Mesmo com os sintomas. Só a partir do terceiro dia o resultado aparece com precisão”, revela o doutor Paulo Olzon.

Quando o paciente apresenta quadro clínico de gripe, diarreia, dor de cabeça intensa, perda de olfato e paladar, o contágio se dá mais fácil. Quando não há sintomas, a carga viral é bem inferior e a transmissão do vírus fica muito mais difícil. De qualquer forma, o recomendável é sempre o isolamento.

Por isso, os jogadores uruguaios infectados foram removidos do convívio com os demais atletas e devem permanecer 14 dias em isolamento. Assim como os atletas do Palmeiras e de outros clubes que registram casos do novo coronavírus.

Luis Suárez está fora do jogo entre Atlético de Madrid e Barcelona no próximo dia 21 pelo Campeonato Espanhol. Seria o primeiro encontro do atacante com o ex-clube. Mas fica para uma próxima.

“A FIFA criou o protocolo de partidas oficiais em meio a pandemia. Medidas preventivas para evitar a contaminação. Além disso, a entidade orienta os clubes a contratarem seguros para uma determinada enfermidade ou lesão dos atletas. Está no artigo 2, anexo 1, do Regulamento de Status e Transferências de jogadores. A FIFA tenta se livrar de uma eventual responsabilidade. Não sei se o Atlético de Madrid contratou o seguro. Mas é uma discussão interessante de ser trabalhada face o momento que nós estamos”, propõe Luiz Marcondes.

Até que ponto as competições devem seguir com tantos casos e uma segunda onda da pandemia? A entidade máxima do futebol anunciou o cancelamento dos mundiais femininos Sub-20 e Sub-17 nesta terça-feira (17) por dificuldades com a pandemia, mas no sentido de ausência de datas para concluir as eliminatórias e a preparação das seleções classificadas. Nada tem a ver com o risco de contágio em razão da realização dos torneios.Até porque a FIFA confirmou o Mundial de Clubes masculino, entre 1 e 11 de fevereiro de 2021. Datas que coincidem com a final da Copa do Brasil e rodada 34 do Brasileirão.


sexta-feira, novembro 13, 2020

Pior do mundo no campo, mas gigante nas redes!

 Lei em campo / Gustavo Goes


Que alegria é poder estrear um texto no Lei em Campo! Meu nome é Gustavo Goes, sou recém formado em Direito pela FD-USP, atualmente curso MBA em Gestão de Projetos na USP e atuo nessa área com foco em esports. Acompanho o portal desde seu lançamento há dois anos e foi uma grande felicidade para mim ser convidado para a iniciativa universitária do Lei em Campus (toda quinta-feira no canal do Youtube do Lei em Campo) e agora poder escrever para o portal!

Vou estrear minha coluna hoje comentando sobre o Íbis. Sim, o “pior clube de futebol do mundo”, esse mesmo! Você sabe onde o Íbis não pode ser chamado de pior do mundo, entretanto? No seu poder de engajar o púbico que o acompanha nas redes sociais.

A empresa de marketing Sportsvalue fez um levantamento do poder de engajamento do Íbis em suas redes e apontou que o clube pernambucano é o 4º maior do mundo em eficiência de suas postagens no Twitter. A cada pequeno tweet, o Íbis tem uma média de 11.780 interações, o que o coloca atrás apenas de Arsenal, Chelsea e Manchester United e a frente de gigantes do futebol brasileiro e internacional.

A força do Íbis nas redes sociais se deve, entre outros fatores, ao poder de controle de narrativa que o clube conseguiu obter ao se “assumir” como pior time de futebol do mundo. A alcunha traz uma série de perfis de curiosos que querem acompanhar o próximo alvo das piadas do perfil e também uma exposição exponencialmente maior que o clube conseguiria sendo só mais um dos times a disputar campeonatos de menor expressão, como a Série A2 do Campeonato Pernambucano.

Vivemos um período no esporte que a aproximação com o entretenimento é cada vez mais perceptível e importante para os clubes que querem aumentar seu poder de penetração em mercados antes inacessíveis, principalmente entre o público mais jovem. O esport já nasceu em uma realidade assim e prontamente se colocou em consonância com a linguagem própria para esse tipo de comunicação. No futebol, aqui no Brasil, muitos clubes começam a se movimentar, mas de forma ainda incipiente e sem constância, para assumir o protagonismo de suas próprias narrativas.

O Twitter é um caminho “rápido” para quem busca um engajamento que é facilmente demonstrável no número de curtidas, retweets ou contas alcançadas, mas não é nem de longe o único possível. As “TVs” dos clubes em seus canais de streaming e youtubes, a comunicação institucional, o posicionamento sobre questões sociais, a veiculação de suas próprias partidas num futuro próximo que conte com a evolução da discussão sobre a transferência do mando de transmissão para os mandantes são todas possíveis maneiras de trazer mais visibilidade para sua marca, engajar mais torcedores e por consequência tornar seu clube indiretamente mais forte.

Numa partida pelo tempo de atenção disponível, um dos bens mais escassos de nossa modernidade virtual, o Íbis – o pior time do mundo – já fez o primeiro gol. Quem será que vai ampliar o placar?

……….

Gustavo Goes é formado em direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e cursa MBA em Gestão de Projetos na USP/ESALQ. Trabalha como Executivo Comercial no grupo W7M Investiments, é Coordenador da IB|A Académie du Sport e fundador e membro do Conselho Consultivo do Grupo de Estudos de Direito Desportivo da FD-USP.


sexta-feira, outubro 09, 2020

Brasileirão 2020: a mais ‘insana’ dentre as disputas

Benê Lima

Para a maioria dos times brasileiros, o Brasileirão 2020, regado à pandemia, é o que mais apresenta aspecto diverso das demais edições.

As implicações vão desde o aspecto financeiro até o aspecto técnico. 

Creio que jamais se viu, desde a primeira edição da versão Brasileirão de pontos corridos, tamanho equilíbrio e disputa, especialmente na parte de baixo da tábua de classificação.

Para que se tenha uma ideia, apenas cinco pontos separam o oitavo colocado para o décimo sexto e primeiro na zona de rebaixamento, sem contar que do décimo segundo ao décimo sétimo todos os times possuem a mesma pontuação: 15 pontos ganhos.

 


Aduza-se a isto o fato do último colocado momentâneo, o Goiás, contabilizar nove pontos ganhos, mas ter três jogos a menos. Portanto, três vitórias colocariam o time goiano com o dobro da atual pontuação. 

Outro fator que parece ter diminuído o desequilíbrio técnico-desportivo entre os times, é a gestão financeira dos clubes. Gestão equilibrada e enxuta tem refletido num menor gap entre o topo e a base da pirâmide. 

Diante destas condições, cabe a nós reconhecermos que analisar tendências neste instante é algo que requer cuidados, a fim de não pretendermos transformar mera e tênue propensão em quase certeza. 

A verdade que salta aos olhos do menos arguto observador, é que esta nos parece a versão do Brasileirão menos sujeita a prognósticos definitivos. Há clubes, mais que os times que os representam, que estão se saindo de forma garbosa na lida com a crise instaurada pela pandemia, como são os casos dos nordestinos Ceará, Fortaleza e Bahia.

Creio ainda que as análises precisam incorporar mais ciência e menos emoção e paixão, sem o quê estaremos distantes das ações reativas que se fazem necessárias.


sexta-feira, setembro 25, 2020

A Pandemia, os clubes de futebol e a nova gestão

*Benê Lima

 Nada é tão novo que não caiba um pouco de inovação para se renovar, nem nada é tão inovador que não comporte um bocado do antigo, mas atual em ideias vigentes, num processo de ‘transgenicidade’ 



É perceptível a uma ideia comum e aceitável por todos, de que este período de pandemia mexeu profundamente com as pessoas, desde as relações intersociais, até as suas relações anímicas, portanto, consigo próprias.

Muitos admitem e propagam que é uma oportunidade única para as muitas gerações buscarem ganhos, a partir de uma convivência mais verdadeiramente social, sociável, cooperativa e algumas vezes até mais gregária.

Admitindo as premissas iniciais como possuidoras de pouca contestabilidade, caminhemos para um vislumbre do que tem sido visto em nossos clubes de futebol. É evidente que há gradações respeitáveis quanto ao que os clubes têm absorvido e praticado. E claro que a adoção das novíssimas práticas tem a ver com o DNA dos clubes e de seus dirigentes. Portanto, alguns clubes transformaram-se mais que outros, o que é naturalmente explicado também pela maior ou menor vontade política com que se determinam.

"A verdade é que o futebol jamais foi tão conceitual." 

É inegável o processo de mudanças pelo qual a gestão do futebol tem passado. E compreender isto é o ponto de partida para o pontapé inicial que os clubes que ainda não deram precisam dar, para se inserirem nestes tempos de uma monumental mudança de hábitos. Ou esta percepção se dá agora, ou os clubes que não o fizerem estarão fadados a se colocarem no final da fila das nossas principais divisões. E a compreensão deste processo, passa, inexoravelmente, pela ciência do relacionamento entre o clube (e não mais o time) e o fã.


O futebol precisa se renovar fora de campo, do contrário ele não conseguirá sustentar o interesse do fã. Duas horas e meia de conteúdos que soem como entretenimento e espetáculo, em regra, agrada o novo fã. Contudo, uma hora e meia somente de futebol, já não o sustenta, qualquer que seja a plataforma. Eis o porquê da necessidade de se criar novos conteúdos, pois eles é que são os responsáveis para manter o fã conectado por mais tempo. Portanto, a digitalização dos clubes e especialmente de seus departamentos de marketing é de onde deve partir a iniciativa de fazer rolar esta bola, a fim de que o novo público jogue junto. Afinal, sem canais e nem conteúdos de conectividade, o jogo fora das quatro linhas não se dará. E este tipo de jogo é o que move o princípio da monetização a qual os clubes tanto aspiram.  

Na verdade, os desafios dos clubes de futebol são bem maiores do que se imagina. Os programas de sócios estão virando também programas de relacionamento. E por que razão? É que os clubes possuem diversos tipos de consumidor e, portanto, não devem se comunicar com todos igualmente. Afinal, está provado que o público jovem prefere outras formas de engajamento, tais como os e-sports e a gamificação. E os clubes devem entender que a geração de novos conteúdos possibilita não só novos cliques, mas também a geração de novas receitas.


 

Sem dúvida, um bom programa de relacionamento poderá propiciar um engajamento tão intenso do torcedor, que ele se sentirá verdadeiramente um sócio do clube e não mais mero associado. E em se tratando de clubes com vocação democrática e garantia estatutária, essa participação será ainda maior, legitimando-se ainda mais por votar e ser votado.

(Fotos: Divulgação)

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Benê Lima é Cronista e Gestor Esportivo, Membro do Conselho do Desporto do Estado do Ceará e Rosacruz dos Graus Superiores