A globalização do futebol e outros temas
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O futebol virou de ponta-cabeça, mas não saiu do seu eixo nem perdeu seu sentido lógico. Isso não significa que tudo esteja como dantes. Não! O futebol mudou e muito. E não precisamos revisitar o século passado. Nossa referência é daquilo que pudemos testemunhar. Ou seja, de pouco mais de meio século para cá. Para o que pouca gente atentou é que essa transformação se deu na exata medida do crescimento da importância do futebol como um mega negócio. Portanto, a influência econômica acaba interagindo com o meio esportivo e de alguns modos o transforma.
Neste ambiente de transformação, em que a inovação e a criatividade se fizeram bastantes presentes, muitos só conseguem enxergar involução entre nós brasileiros, sem considerar a evolução dos demais atores do futebol em terras estrangeiras. Podemos até admitir que no geral a qualidade de nossos jogadores sofreu uma queda, mas não sem antes aceitarmos a evolução multidisciplinar de todos os outros protagonistas, entre os quais despontam alguns países europeus.
Em meio
ao processo de globalização, ocorreu que muitos dos países europeus fizeram
evoluir o futebol que praticavam, haja vista que tinham muito mais espaço para
crescimento técnico que nós, brasileiros. Neste ponto, emerge uma nova tese que dá conta
de que, o crescimento técnico do jogo europeu foi mais significativo que o
declínio técnico do jogo brasileiro. Portanto, preferimos adotar a ideia do nosso declínio,
a ter que admitir a evolução dos demais países. E essa evolução
também se deu, numa escala até maior, no ambiente do futebol sul-americano. E
como se não bastasse, não foi só tecnicamente que esse crescimento se deu. Do
ponto de vista tático, algumas ‘escolas’ até nos superaram.
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Outro aspecto com o qual a globalização mexeu, foi com a tendência à uniformização das diferentes ‘escolas’ de futebol. Estas escolas como expressão da filosofia do jogo de futebol, jamais tiveram pedagogias tão próximas. A universalização das ideias e conceitos de jogo e da preparação dele (jogo), cada vez mais aproxima tais ‘escolas’, donde emergem jogadores técnicos, mas acima de tudo mais táticos e com maior equilíbrio psicofísico. Portanto, o jogo se dá mais fora do jogo que dentro dele. E aí se evidencia um mais elaborado nível de preparação, tanto dos jogadores quanto de seus treinadores. Porém, essa e uma nova subdisciplina que o futebol inaugurou e que passou a aprofundar, para atender às crescentes demandas da formação de atletas e do treinamento. Oportunamente falaremos sobre o tema.
(...)
A GLOBO NÃO É INSUBSTITUÍVEL, MAS O FUTEBOL PRECISA DELA
A emissora toma uma atitude inédita, dirigindo-se aos 40 clubes das Séries A e B, lembrando quem é ela e fazendo-os recordar e valorizar a histórica parceria entre ela e eles. Como se não bastasse, a emissora ainda expressa o entendimento de que o projeto que contém a lei do mandante que dá às equipes o direito de arena, ‘pode ser um importante passo na evolução do futebol no país’.
É bom constatarmos que o tempo está mudando e com ele a visão de muita gente, inclusive a do staff da Globo.
É ótimo assistir as mudanças! Sempre acreditei que a verdadeira revolução é a do pensamento.
Seria interessante uma interação de todos no futebol, incluindo as televisões, os clubes e a CBF.
Esperamos
que a Carta
Aberta da Globo expresse em seu conteúdo, o verdadeiro sentimento de
mudança que o futebol precisa, e que seja o marco inicial dessas mudanças.
Benê Lima
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Benê Lima