Para a maioria dos times brasileiros, o Brasileirão 2020, regado à pandemia, é o que mais apresenta aspecto diverso das demais edições.
As implicações vão desde o aspecto financeiro até o aspecto técnico.
Creio que jamais se viu, desde a primeira edição da versão Brasileirão de pontos corridos, tamanho equilíbrio e disputa, especialmente na parte de baixo da tábua de classificação.
Para que se tenha uma
ideia, apenas cinco pontos separam o oitavo colocado para o décimo sexto e
primeiro na zona de rebaixamento, sem contar que do décimo segundo ao décimo
sétimo todos os times possuem a mesma pontuação: 15 pontos ganhos.
Aduza-se a isto o fato do último colocado momentâneo, o Goiás, contabilizar nove pontos ganhos, mas ter três jogos a menos. Portanto, três vitórias colocariam o time goiano com o dobro da atual pontuação.
Outro fator que parece ter diminuído o desequilíbrio técnico-desportivo entre os times, é a gestão financeira dos clubes. Gestão equilibrada e enxuta tem refletido num menor gap entre o topo e a base da pirâmide.
Diante destas condições, cabe a nós reconhecermos que analisar tendências neste instante é algo que requer cuidados, a fim de não pretendermos transformar mera e tênue propensão em quase certeza.
A verdade que salta aos olhos do menos arguto observador, é que esta nos parece a versão do Brasileirão menos sujeita a prognósticos definitivos. Há clubes, mais que os times que os representam, que estão se saindo de forma garbosa na lida com a crise instaurada pela pandemia, como são os casos dos nordestinos Ceará, Fortaleza e Bahia.
Creio ainda que as análises precisam incorporar mais ciência e menos emoção e paixão, sem o quê estaremos distantes das ações reativas que se fazem necessárias.
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Benê Lima