Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

segunda-feira, dezembro 22, 2014

Extra futebol] Que país é este?

Por: Benê Lima

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Foto: Divulgação

Antes de qualquer coisa, vale esclarecer que não caberia neste texto uma imagem de Venina Velosa que não fosse consternada pelo que a ela ocorre.

Afinal, ela não é nenhuma top model nem se apresenta como sex symbol.

E espero que nos próximos meses não receba proposta para posar nua.

Indo ao que interessa.

A questão do Brasil é mais de valores que de valores.

Se eu adaptar a grafia e assim disser:

“A questão do Brasil é mais de valores que de valore$”.

E aí, dá para entender?

Pois é.

Cansa-nos ler e falarmos sobre o ‘esquemão’ da Petrobrás e de outros mais.

É desgastante para quem fala, e mais ainda (creio) para quem lê.

Até porque é excessivo.

Ao ver a reação da presidente Dilma aos escândalos, o sentimento de que sou tomado é o de compaixão.

Decididamente, a instituição presidencial em nosso país encontra-se desprestigiada, enfraquecida, enfim em frangalhos.

Só isso justifica a atitude mais que pusilânime da nossa Presidente.

Manter Graça Foster à frente da Petrobrás, diante das acusações da ex-gerente da empresa, Venina Velosa, é no mínimo estranho.

Outra situação igualmente esquisita é o Ministério da Justiça negar proteção a Venina.

O medo que resulta dessa negativa não é só da ex-gerente, mas também do povo brasileiro.

Afinal, que país é esse que sequer oferece garantias a quem parece querer vê-lo melhor?

Neste momento, vemos no Brasil maiores garantias para criminosos que para os demais cidadãos.

Isso representa uma verdadeira proteção ao crime. E o que é pior: ao crime organizado.

A briga de Venina, até prova em contrário, é muito maior que a luta épica de David contra Golias.

Afinal, é o aparelho estatal que Venina enfrenta. É a poderosíssima máquina que altera resultados eleitorais, que de tanto crescer também transforma o mal em bem.

Se não for o fim dos tempos, estamos diante de mais um episódio da mais abrupta queda dos valores humanos.

A presidente Dilma entende que o Brasil não vive uma crise de corrupção.

Eu também não. Na realidade, o Brasil é a (própria) corrupção.

quinta-feira, dezembro 18, 2014

Senado aprova MP 656 que prevê anistia aos clubes

Mas senador Jucá avisou que Palácio do Planalto pretende vetar o artigo que beneficia os times de futebol

POR CRISTIANE JUNGBLUT

O Senado aprovou, na noite desta quarta-feira a Medida Provisória 656, que prevê uma anistia aos clubes de futebol e vários benefícios fiscais. Mais cedo, a Câmara já tinha aprovado a MP. A proposta vai agora à sanção da presidente Dilma Rousseff. E o Palácio do Planalto, segundo o relator Romero Jucá (PMDB-RR), avisou que Dilma vai vetar o artigo que concede a anistia aos times de futebol.

O texo original do governo foi totalmente modificado no Congresso, com a inclusão dos chamados "jabutis". A votação da MP no Senado foi simbólica.

— O governo já informou que não tinha compromisso com essa proposta e que pretende vetar esse trecho sobre os clubes de futebol e discutir esse assunto — disse o senador Romero Jucá (PMDB-RR), relator da MP na comissão especial que analisou o assunto.

Jucá fez esse anúncio depois de ser cobrado pelo líder do PSOL, senador Randolfe Rodrigues (AP), sobre a proposta que beneficia os clubes.

— Somos contra esse jabuti — disse Randolfe Rodrigues.

O texto final da MP 656 virou uma verdadeira "colcha de retalhos", com 43 temas que não estavam na proposta original enviada pelo governo ao Congresso. As mudanças foram incluídas pelo relator da MP na Comissão Especial, senador Romero Jucá (PMDB-RR).

A MP 656, prevê a renegociação das dívidas dos clubes de futebol sem qualquer contrapartida de melhoria de gestão e transparência. O texto, que não constava na versão original da medida provisória editada pela presidente Dilma Rousseff, parcela em até 240 meses (20 anos) as dívidas dos clubes com a Receita Federal, a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional e o Banco Central. O novo texto que anistia os clubes também concede descontos de 70% nas multas isoladas e de 30% dos juros. Segundo parlamentares, a dívida dos times com o Fisco é estimada em R$ 3,7 bilhões.

O líder do PSOL, Randolfe Rodrigues (AP), disse que recebeu compromisso do líder do governo no Congresso, José Pimentel (PT-CE), de que a anistia será vetada.

O Ministério do Esporte já anunciou que é contra a renegociação de dívidas sem a exigência de melhorias na administração dos times.

A MP 656 trata de assuntos variados e concede uma série de incentivos fiscais, como a redução de alíquotas do PIS/Pasep e da Cofins.

Fonte: O Globo

sábado, dezembro 13, 2014

Os 10 Maiores Clássicos do Futebol Brasileiro

futebolbrasileiro

Por JOSÉ RENATO SATIRO SANTIAGO

Fundamentado na longa pesquisa que resultou no livro: Clássicos do Futebol Brasileiro, que lancei este ano, com o amigo Marcelo Unti (e que pode ser adquirido através do e-mail jrssjr@uol.com.br), tenho desenvolvido novos trabalhos e projetos relacionados com os clássicos brasileiros.

Ao longo de alguns anos pesquisei mais de 300 clássicos de todo o Brasil.

Curiosidades, Estatísticas, Histórias, Estórias, Declarações de Torcedores e tudo o que foi possível ser registrado serviram de base para a construção desta base de conhecimento.

Somado a isso, a leitura de reportagem publicada na mais recente edição da revista Four Four Two, de dezembro de 2014 sobre os Dez Maiores Clássicos do Futebol Mundial, resolvi fazer análise similar considerando os oito critérios que fundamentaram o estudo da publicação inglesa.

Em vez dos 10 maiores clássicos do futebol mundial, considerei os 10 maiores clássicos do futebol brasileiro a partir dos seguintes critérios:

  1. História: tradição que envolve as equipes;
  2. Estrelas: jogadores que atuaram;
  3. Atmosfera: rivalidade e clima que envolve a partida;
  4. Técnicos: técnicos que participaram;
  5. Drama: dramaticidade nas partidas realizadas;
  6. Torcedores: comportamento e fanatismo dos torcedores;
  7. Competitividade: relevância dos clássicos na história do futebol;
  8. Apelo Nacional: interesse nacional em acompanhar a partida (diferentemente da revista que considerou como critério o Apelo Global)

Para cada um dos critérios, foi atribuído um valor de 1 a 10. O valor máximo (somatória total) a ser obtido era de 80.

Outra premissa adotada diz respeito ao fato de ter sido considerado apenas um único clássico por estado.

Sendo assim, há clássicos que não fizeram parte da lista final, por não terem sido avaliados como os maiores de seu estado, dentre eles o mais antigo do Brasil, Fluminense x Botafogo, sequer aquele que envolve as duas equipes que mais vezes venceram a Taça Libertadores da América, Santos e São Paulo.

Por fim cabe ressaltar que as avaliações apresentadas não se concentram em um determinado período da história tão pouco ao entendimento em certa região do país. Sendo assim não é um retrato atual da situação do clássico em nosso país, tão pouco o ponto de vista de um determinado estado, mas um entendimento sistêmico, federativo e de mais de 100 anos.

Seguem os resultados:

classicosbrasileiros0812

Trata-se de uma análise empírica, sem estreito fundamento técnico, mesmo porque o futebol é assim.

Certamente cada pessoa envolvida, ou não, com futebol tem sua própria lista com suas preferências e critérios próprios.

Caso tenha interesse em ter mais detalhes sobre os critérios e valores atribuídos, fico a disposição por este e-mail.

jrssjr@uol.com.br

Dentro das próximas semanas, serão apresentados outros estudos sobre este tema.

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quarta-feira, dezembro 10, 2014

Com novos estádios, Brasileirão tem R$ 40 mi a mais em bilheteria

Apesar disso, menos de 50% das novas arenas foram ocupadas no torneio

Com novos estádios, Brasileirão obtém R$ 40 milhões a mais com bilheteria

A cada Campeonato Brasileiro, os torcedores ficam mais acostumados às novas arenas. Neste ano, Corinthians, Inter, Atlético Paranaense e Palmeiras estrearam novas estruturas. Assim, público e renda subiram em 2014.

No ano passado, foram gerados R$ 176 milhões em bilheteria. Agora, o número chegou a R$ 216 milhões. Por jogo, isso representou R$ 100 mil a mais em arrecadação, em média. Além da bilheteria, a média de público também apresentou alta, passando de 15.746 para 16.956.

O maior símbolo do quanto as finanças sobem com as novas arenas é o Corinthians. Em 2013, sem novo estádio, o time arrecadou R$ 15 milhões. Neste ano, com 15 jogos na Arena, a arrecadação foi o dobro: R$ 31 milhões.

O Palmeiras é outro a mostrar a diferença da casa nova. Em dois jogos no Allianz Parque, arrecadou R$ 7,8 milhões. Nas outras 17 partidas, foram R$ 8,7 milhões.

Leia mais:
Análise: É preciso de tempo para acabar com velhos hábitos nos estádios

Apesar disso, há espaço para crescer. Mesmo os estádios novos têm menos de 50% de sua capacidade ocupada, explicitando um potencial ainda inexplorado no futebol brasileiro pós-Copa do Mundo. O Maracanã ficou com 25 mil pessoas de média, deixando 40 mil lugares abertos. Em seu segundo ano, a Arena do Grêmio conseguiu avanços nesse sentido, com 22,3 mil pessoas em média contra 20,3 mil de 2013.

Campeão mesmo foi o Cruzeiro. Além do título em campo, o time ficou com 29,6 mil pessoas de média. O clube passou o Corinthians na última rodada e ficou com a melhor média de público do Brasileiro. Graças ao bom desempenho, arrecadou ao todo R$ 27,5 milhões.

Veja abaixo alguns números relativos à competição.

Por: Máquina do Esporte
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