Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

terça-feira, novembro 29, 2016

Atlético Nacional publica vídeo em homenagem à Chapecoense: 'Virou-se lenda'




POR REDAÇÃO 

Conmebol decidirá nos próximos dias se a Chapecoense ficará com o título da Copa Sul-Americana (Foto: Getty Images) 
Conmebol decidirá nos próximos dias se a Chapecoense ficará com 
o título da Copa Sul-Americana (Foto: Getty Images)
Depois de abrir mão da Sul-Americana, o Atlético Nacional, da Colômbia, publicou vídeo          
em homenagem à Chapecoense. O clube que seria o adversário da Chape na final da  
segunda competição mais importante do continente, não deixou de mostrar
solidariedade ao time brasileiro pela tragédia ocorrida na madrugada desta terça-feira  
(29), quando o  avião que levava elenco, comissão técnica, diretoria do clube e  
profissionais de imprensa caiu, vitimando mais de 70 pessoas.
Em sua publicação no Facebook, o Nacional-COL conta a história da Chapecoense,
desde sua fundação até a conquista da vaga para a final da Copa Sul-Americana. A
ascensão meteórica da equipe no futebol brasileiro é chamada de  um sonho dos grandes.
No vídeo, também se fala que agora essa equipe virou lenda.
Confira a homenagem para a Chapecoense



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Pesquisa com 14 mil jogadores mostra realidade de salários e contratos

Fifpro - sindicato internacional dos atletas de futebol - faz levantamento inédito com profissionais de 54 países. Cerca de 60% ganha menos que US$ 2 mil por mês


Por 
A realidade de quem joga futebol profissionalmente é muito mais dura e menos glamourosa do que parece. A Fifpro, sindicado mundial de jogadores, fez pela primeira vez uma espécie de censo da categoria: uma pesquisa que ouviu quase 14 mil jogadores, que atuam em 87 ligas de 54 países - o que significa 21% dos atletas filiados ao sindicado.

Os resultados da pesquisa, apresentados em primeira mão pelo GloboEsporte.com no Brasil mostram um retrato diferente: jogadores mal pagos, com contratos precários, que sofrem constantemente com atraso de salário, assédio e ameaças. As estrelas, claro, são exceção.

Apesar de ser a maior pesquisa do gênero já realizada, há limitações. Países que representam mercados importantes como Alemanha, Inglaterra, Holanda, Alemanha e México não participaram, por não serem filiados à Fifpro. Outros - como a Espanha - enviaram um número baixo de respostas, e por isso não foram computados. 

A seguir, os principais pontos da pesquisa:
Tabela fifpro (Foto: GloboEsporte.com)
Tabela fifpro (Foto: GloboEsporte.com)








CONTRATOS
De acordo com a Fifpro, 8% dos jogadores não têm um contrato formal. Isso é mais comum na África (15%) do que nas Américas (8%). E é raro na Europa (3%). A situação chega ao extremo em países como o Congo, onde 89% dos jogadores não têm um contrato. Na América do Sul, quem lidera tal estatística é o Peru (20%). No Brasil, tal situação praticamente inexiste.

Entre os jogadores que são contratados formalmente, um número significativo não tem cópia do próprio contrato. "Só" 77,7% mantém consigo uma cópia do contrato, enquanto 6,6% deixam isso com seus agentes e outros 15,7% não tem cópia nenhuma. 

O Brasil está em sexto lugar neste quesito - com "preocupantes" (o termo é da Fifpro) 47% dos jogadores sem cópia dos próprios contratos. O Brasil só está atrás de Camarões, Gabão, Costa do Marfim, Guatemala e Namíbia.
SALÁRIOS

Em 2015, o mercado de transferências de jogadores movimentou US$ 4,1 bilhões - e o número está aumentando. 

- Em nenhum outro mercado os empregados têm tanta influência sobre os futuros movimentos dos seus empregadores. Os jogadores de elite são excepcionalmente bem remunerados, o que leva a críticas de fãs contra o aumento de preço dos ingressos ou das assinaturas de TV - diz o relatório. 

Para não melindrar os jogadores que responderam ao questionário, a Fifpro não perguntou exatamente quanto eles ganhavam, mas em que faixa seu salário se encaixaria. E a resposta foi esta, em dólares por mês: cerca de 60% ganha até US$ 2.000 (R$ 6.800) mensais.
Tabela fifpro (Foto: GloboEsporte.com)


É provável que essa média tenha sido puxada para baixo pela ausência de três dos principais mercados da bola - Inglaterra, Alemanha e Espanha. Em Gana, por exemplo, 100% dos jogadores ganham menos de US$ 1 mil por mês. No Brasil, esse número chega a 83,3%. Os países que apresentam o menor número de "jogadores mal pagos", por assim dizer, são Itália (2,3%) e França (2,7%).

A duração média dos contratos é de 22 meses. O que, segundo a Fifpro, deixa a maioria dos jogadores em situação vulnerável. O Brasil aparece como um exemplo negativo: é o país com a menor duração média dos contratos: 11 meses.

A Fifpro perguntou aos jogadores: "Quão seguro você se sente com sua situação no clube atual e no futebol profissional em geral". As alternativas iam de 1 (muito inseguro) a 5 (muito seguro). A média geral foi 3,58. O Brasil ficou no meio, com média 3. Os países mais seguros foram os escandinavos Suécia, Dinamarca, Islândia e Noruega. Na outra ponta estão os africanos: Marrocos, Gabão, Tunísia e Camarões.
Tabela fifpro (Foto: GloboEsporte.com)



Tabela fifpro (Foto: GloboEsporte.com)

ABUSOS 

Nada menos do que 41% dos jogadores entrevistados relataram ter sofrido com algum tipo de atraso de salário - em casos extremos, por mais de 12 meses. A pesquisa também identificou jogadores que foram obrigados a treinar sozinhos ou que sofreram com preconceito, ameaças e até violência física. Os mais expostos a situações de risco são os jovens que estão fora de seus países de origem.
Tabela fifpro (Foto: GloboEsporte.com)



A prática de atrasar pagamento de jogadores de futebol não tem relação com a localização geográfica do país. O Gabão lidera esse ranking - 96% dos jogadores ouvidos relataram algum atraso - seguido pela Bolívia (95%) e pela Tunísia (94%). Na outra ponta, com índices abaixo muito baixos aparecem Paraguai (10%), Escócia (5%) e França (3%). No Brasil, 52% dos jogadores relataram ter sofrido com atraso de salário nos últimos dois anos.

Obrigar um jogador a treinar isolado de seus companheiros é uma prática comum, segundo a pesquisa: 22% dos jogadores disseram que conhecem a prática, e 6,2% disseram já ter passado por essa situação. 

Também é alto o número de jogadores que diz ter sofrido com ameaça de violência (16%), bullying ou assédio (15%), e discriminação (7,3%) - neste caso de raça, religião ou sexual. Os estrangeiros são os mais vulneráveis.

MANIPULAÇÃO DE RESULTADOS
De acordo com o censo da Fifpro, 6,6% dos jogadores disseram ter sido abordados por pessoas interessadas em promover manipulação de resultados. Mas o sindicato acredita que, "pela sensibilidade do tema,  a quantidade de casos deve ser muito maior. A entidade estima que, durante a carreira, 10% dos jogadores são assediados por manipuladores de resultados. As quadrilhas que atuam para fabricar resultados preferem assediar jogadores mais velhos. 

Tabela fifpro (Foto: g)
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segunda-feira, novembro 28, 2016

Como adultos podem tirar a alegria do esporte

CATEGORIAFutebol além do jogo!

Como adultos podem tirar a alegria do esporte



Todos nós já vimos isso.
Recentemente eu estava assistindo a um jogo de futebol de garotos de 12 anos de idade, e aconteceu novamente. Um garoto aparentemente meio perdido em campo virou-se para um lado do campo, onde o técnico do time pedia para que ele apertasse em seu marcador, não deixando espaços para receber o passe.  Ao mesmo tempo, atrás do banco seu pai pedia para que ele recuasse mais, deixando um espaço maior, para não perder na corrida caso seu adversário pegasse a bola.
E então o que ele faz? Enquanto ele deveria estar focado em receber a instrução e se posicionar, agora ele tem  peso de uma escolha. Ignorar o pai com quem convive todos os dias, e escutar que errou desde o carro no caminho para casa até o dia do próximo jogo? Ou escutar o técnico que é o professor, a quem foi dito para ouvir e respeitar pelo próprio pai, a pessoa que tem o poder de escalar quem ele quiser se achar que está cumprindo corretamente o que se pede?
Será que é por isso que vemos crianças confusas no esporte? Com medo de cometer erros? Não é correto tirar da criança a vontade se divertir enquanto pratica esporte. A perda do encanto pelo esporte pode ser decorrência natural de ter que ser confrontado por desempenho toda semana e ser obrigado a desrespeitar uma de suas figuras de autoridade em suas vidas. Não é de se admirar que tantas crianças desistam de seus esportes favoritos quando começam a praticá-los com compromisso.
Todos amamos nossos filhos, e queremos o melhor para eles, mas os comentários dos pais fazendo papel de treinadores mais machucam do que ajudam. Prejudicando o desempenho ao invez de potencializar, fazendo o esporte um momento de constante decepção em vez de divertimento. Muitas crianças com grande potencial desistem do esportes quando o prazer se foi.
Um dos principais componentes do engajamento de longo prazo no esporte é o prazer de praticar. Quem corre maratonas sabe que corrida de longa distância nem sempre é agradável, mas pode trazer grande alegria.
Quando os pais e treinadores se esquecem de que suas equipes de esportes para jovens estão cheios de crianças que querem jogar bem e se divertir, as crianças começam a questionar se a experiência que já não é agradável vale a pena de ser feita. Os pontos negativos começam a superar os positivos, e quando isso acontece eles desistem.
Aqui estão 5 maneiras de como adultos acabam com o prazer dos esportes:
  1. Pais treinadores: Gritar instruções na beira do campo vai mais confundir do que ajudar. Não seja iludido caso alguma instrução de certo, a maioria delas só vai gerar desgaste e frustração.    
  2. Pais corneteiros: Cornetar o técnico, o juíz ou até mesmo a própria criança simplesmente não funciona. Além disso vai contribuir ainda mais com o ambiente hostíl que a pratica esportiva está se tornando para a criança.
  3. Desrespeitar oficiais: A cultura do futebol não é famosa pelo respeito aos árbitros vindo das arquibancadas. Não é diferente nas categorias de base. Por ser um ambiente de desenvolvimento não é apropriado querer ganhar a todo custo, aprenda a se frustar e respeite as decisões da arbitragem, ou conteste mas sem nunca perder o respeito.
  4. Comparações com outros atletas: Quando os pais tentam comparar as crianças e rotular quem é melhor ou pior, seja para motivar o desenvolvimento ou para elevar a moral do filho, a tendência é gerar frustrações no longo prazo. Por exemplo, a criança se compara a outra considerada pior que ela, mas no ano seguinte a criança que era pior cresce e se desenvolve mais rápido, aquele rótulo que era para elevar o moral acaba gerando uma frustração muito maior.
  5. Palestra de fim de jogo no caminho para casa: O caminho para casa é especial. As crianças gostam de ser valorizadas se os pais realmente sabem o que estão falando. Elogiar por elogiar pode gerar uma bolha de ilusão, ou ainda banalizar os elogios. Fique atendo as jogadas onde a criança mostra superação, a chave de tudo está em valorizar a evolução e não apenas o desempenho nivelado pelas outras crianças.    
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Com Lei Pelé na mira, juristas propõem anteprojeto da Lei Geral do Desporto

Comissão apresenta no Senado proposta de unificação da legislação esportiva, com mudanças em áreas como contrato trabalhista, antidopagem e Justiça Desportiva

Por Brasília
Uma comissão de juristas especialistas em direito esportivo apresentou, nesta segunda-feira, no Senado Federal, em Brasília, o anteprojeto da Lei Geral do Desporto. A ideia é unificar, em apenas um texto, diferentes legislações em vigor no país atualmente que tratam do tema. Um dos principais alvos da proposta é a Leis Pelé, de 1998, considerada ultrapassada pelos juristas. A comissão foi criada em 2015, a pedido do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que receberá ainda este ano o relatório e deve transformá-lo em Projeto de Lei, para tramitação no Congresso Nacional.
Comissão de jurisitas discutiu relatório da Lei Geral do Desporto nesta segunda-feira (Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado)Comissão de juristas discutiu relatório da Lei Geral do Desporto nesta segunda (Foto: Edilson Rodrigues / Ag. Senado)
Responsável pela elaboração do texto do anteprojeto, o advogado Wladimyr Camargos, Presidente da Sociedade Brasileira de Direito Desportivo, destacou durante a apresentação que é preciso modernizar as legislações atuais. 
A Lei Pelé foi um contributo importante, mas já esta superada e a Lei Geral do Desporto propõe, inclusive, sua revogação"
Wladimyr Camargos,
relator do anteprojeto da Lei Geral do Desporto
- A Lei Pelé foi um marco importante, trouxe avanços como, por exemplo, nas relações de trabalho no esporte. Mas já está se tornando, vamos dizer, não adequada. Ela restringe muito, como no contrato especial de trabalho obrigatório só para atletas do futebol. Estamos propondo que ele seja, se houver relação de emprego, obrigatório para atletas de qualquer modalidade. Estamos propondo também uma reformulação da Justiça Desportiva, com a possibilidade de adoção de métodos processuais mais modernos, como arbitragem, mediação. A Lei Pelé foi um contributo importante, mas já esta superada e a Lei Geral do Desporto propõe, inclusive, sua revogação - explicou Wladimyr.
Segundo o especialista, a legislação que rege o esporte no Brasil atualmente também fere o princípio constitucional da autonomia de entes esportivos e atletas. A ideia na nova proposta é garantir essa liberdade, porém, sem abrir brechas para impunidade. Uma das medidas seria a tipificação da chamada corrupção privada, responsabilizando dirigentes ou outros envolvidos no esporte em caso de gestão irregular dos recursos.
- A tradição brasileira, desde 1941, no Estado Novo, é de uma organização esportiva muito tutelada pelo Estado. O governo intervém muito no esporte. A constituição de 1988 deu um basta nessa situação ao prever a autonomia das entidades esportivas e dos praticantes de esporte também. Porém, com a continuidade do que já estava legislado, isso se refletiu na Lei Zico e na Lei Pelé. Na prática, queremos realmente que atletas e entidades gozem de autonomia, como acontece no mundo inteiro. O que não pode vir descolado da devida responsabilidade. Por isso, prevemos a instituição do chamado crime de corrupção no esporte. É a corrupção privada. Estamos dizendo que o dirigente, mesmo de uma entidade privada, que malversar recursos, possa responder criminalmente - completou o jurista.
Essa lei organiza a legislação esportiva brasileira e traz no seu bojo uma visão progressista em relação ao atleta, que é o protagonista do esporte e passa a ter mais direitos do que hoje, onde é apenas um objeto consumido pelo esporte"
Lars Grael,
presidente da Comissão Nacional de Atletas
Presidente da Comissão Nacional de Atletas, o velejador medalhista olímpico Lars Grael esteve presente na apresentação da proposta no Senado e elogiou o trabalho elaborado pelos juristas.
- Confesso que fiquei muito bem impressionado. Porque quase sempre no Brasil as leis foram feitas pelos interesses, os escândalos, o casuísmo do futebol. Discutia-se o futebol e faziam leis com o nome do futebol, como Lei Zico, Lei Pelé. Depois, o tema futebol era simplesmente adaptado ao desporto de forma geral. Essa lei organiza a legislação esportiva brasileira e traz no seu bojo uma visão progressista em relação ao atleta, que é o protagonista do esporte e passa a ter mais direitos do que hoje, onde é apenas um objeto consumido pelo esporte - afirmou Lars.
Fundo do esporte, tribunal antidopagem, mudanças no estatuto do torcedor e outras
A proposta de Lei Geral do Desporto foi elaborada pelo grupo de juristas após a realização de 11 audiências públicas com diversas entidades ligadas ao tema. A ideia do grupo foi reunir no mesmo texto questões que hoje estão versadas em diferentes legislações, como o Estatuto do Torcedor, o Profut, a Lei de Incentivo ao Esporte, a Lei Piva e o Código Brasileiro de Justiça Desportiva.
Wladimyr Camargos foi o relator do anteprojeto da Lei Geral do Desporto (Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado)Wladimyr Camargos foi o relator do anteprojeto da Lei Geral do Desporto (Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado)
Com 268 artigos e mais de 100 páginas, a proposta aborda uma série de temas como a criação de um Fundo Nacional do Esporte e de um tribunal único para tratar de casos de doping, por exemplo. São sugeridas ainda mudanças em questões envolvendo direitos de imagem e arena, destinação de recursos de loterias, punições a torcedores envolvidos em violência e até a questão da venda de bebida alcoólica nos estádios.
O texto final da comissão será votado na próxima quinta-feira e, em seguida, encaminhado para a presidência do Senado, que poderá instituir uma comissão de parlamentares para iniciar a tramitação no Congresso Nacional como Projeto de Lei.
Confira alguns pontos propostos no anteprojeto da Lei Geral do Desporto:

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Criação do Fundo Nacional do Esporte, como já existe nas áreas de saúde e educação, com repasses mensais para Estados e Municípios. Uma das fontes de recursos seria a taxa de 0,5% dos tributos cobrados de alimentos que podem provocar danos à saúde;

- Estruturação do Sistema Nacional do Esporte, que deverá manter a interação com as organizações privadas e pessoas que atuam no esporte;

- Nova distribuição para o esporte de percentual de recursos arrecadados nas loterias, incluindo 10% do montante total arrecadado pela União em caso de regulamentação dos jogos de azar; 
- Estabelecimento dos Pactos para os Ciclos Olímpicos e Paralímpicos, para regulamentar as contrapartidas de entidades esportivas que recebam recursos públicos;

- Consolidação do Bolsa-Atleta e como política pública permanente, prevista no Sistema Nacional do Esporte;

- Criação de mecanismos de responsabilização de dirigentes de organizações esportivas privadas, independentemente se a entidade recebe ou não recursos públicos. 
- Tipificação da corrupção privada no esporte, para casos de recebimento ou cobrança indevida de vantagens;
- Criação de um tribunal único antidopagem, não vinculado ao governo, semelhante ao modelo do Tribunal Arbitral do Esporte;

- Adoção da arbitragem para casos relacionados ao esporte;
- Torna profissional todo atleta todo atleta que se dedique à atividade esportiva de forma remunerada e permanente e que tenha nesta atividade sua principal fonte de renda por meio do trabalho;

- Passa a considerar trabalhadores esportivos os técnicos e árbitros;

- Regulamentação do mercado de agenciamento esportivo e da participação de terceiros em direitos econômicos de atletas;

- Criação de benefício do INSS para atletas em transição de carreira, além de recolhimento previdenciário em cima de transações e salários;

- Isenções tributárias para organizações esportivas e na importação de materiais esportivos;

- Isenção tributária permanente para realização de grandes eventos esportivos no país, como ocorreu recentemente na Copa do Mundo e na Olimpíada do Rio;

- Tornar permanente e ampliar a Lei de Incentivo ao Esporte;

- Criação do Simples Nacional do Esporte, com desoneração de obrigações mais custosas para organizações esportivas de pequeno porte;

- Consolidação do Estatuto do Torcedor, com mudanças no texto para abordar de situações o "sócio-torcedor" e a não vedação da venda de bebidas alcoólicas nos estádios;

- Tipificação do "cambismo";
- Novas regras para negociações de direitos de transmissão, baseadas na regulamentação da União Europeia sobre o tema;
- Criação do sistema público de prevenção e combate à violência e à discriminação no esporte, com medidas como o cadastramento de torcidas e aplicação de multas de até R$ 2 milhões a quem atuar de forma violenta ou discriminatória no ambiente esportivo.

Como intercâmbio da “família Red Bull” ajuda a explicar sensação Leipzig

Rafael Reis / Blogs Uol
Líder da Bundesliga em seu ano de estreia na primeira divisão, invencibilidade de 13 jogos na temporada, sequência de sete vitórias consecutivas. Esse é o RB Leipzig. Mas, se quiser, pode chamá-lo de “seleção Red Bull”.
A equipe que está desbancando o Bayern de Munique do topo na Alemanha recebeu uma forcinha considerável dos outros times do grupo para se tornar a principal sensação do futebol europeu nesta temporada.
Red Bull
Dos 11 titulares usados pelo técnico Ralph Hasenhüttl na goleada por 4 a 1 sobre o Freiburg, fora de casa, na sexta-feira, cinco foram importados do Red Bull Salzburg.
Além deles, o lateral direito brasileiro Bernardo também veio dos clubes irmãos do Leipzig. Cria das categorias de base do Red Bull Brasil, ele passou sete meses na Áustria antes de ir para a Alemanha.
Essa possibilidade de intercâmbio é uma das vantagens que o líder da Bundesliga tem sobre os outros 17 times que disputam a competição.
Como a empresa de energéticos possui quatro clubes ao redor do mundo (além dos três já citados, há o New York Red Bulls, nos EUA), ela pode distribuir seus jogadores da forma que for mais estratégica para ela.
As transferências entre clubes da “família Red Bull” não são, pelo menos em tese, gratuitas. Mas, como todas eles possuem o mesmo acionista majoritário, a maior parte do dinheiro sai e volta para o mesmo bolso.
Por isso, assim que o Leipzig subiu para a primeira divisão alemã, a Red Bull tratou de abastecê-lo com alguns dos destaques do Salzburg, equipe que conquistou os últimos três títulos austríacos.
Foi nessa leva que chegaram, por exemplo, o meia Naby Keita, Bernado e o lateral direito Benno Schmitz.
A estratégia da Red Bull para transformar o Leipzig em uma força na Alemanha não é inédita no futebol e já foi utilizada por outros grupos que possuem mais de um clube.
O empresário italiano Giampaolo Pozzo chegou a ter seus times disputando das três das mais importantes primeiras divisões do planeta (Itália, Espanha e Inglaterra) e promovia trocas constantes de jogadores entre Udinese, Granada e Watford.
O Manchester City é outro que já se aproveitou desse expediente.
Em 2014, pegou Frank Lampard emprestado de sua filiar norte-americana, o New York City. Já na atual temporada, buscou o meia Aaron Mooy no time australiano do grupo, o Melbourne City, para inserí-lo no mercado inglês –está emprestado ao Huddersfield Town.
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Nobre acaba gestão com títulos, dinheiro a receber e maior patrocínio do BR

  • José Edgar de Matos
    Do UOL, em São Paulo

  • Cesar Greco/Fotoarena
    Paulo Nobre, presidente do Palmeiras que deixará o posto em 2017
    Paulo Nobre, presidente do Palmeiras que deixará o posto em 2017
Paulo Nobre deixará a presidência do Palmeiras aliviado. Depois de dois turbulentos anos durante o primeiro mandato – com Série B, crises e um quase novo rebaixamento -, o presidente usufrui de uma nova realidade na saída definitiva. Paz política, clube recuperado financeiramente e, agora, campeão brasileiro pela primeira vez desde 1994.
Eleito presidente palmeirense em 2013 – na época, com 44 anos, o mais jovem desde 1932 -, o advogado sai do escritório na Academia de Futebol com uma realidade totalmente diferente. Nos últimos dois anos de mandato, dois títulos importantes: a Copa do Brasil de 2015 e o Campeonato Brasileiro de 2016.
Ainda em campo, o Palmeiras reencontrou a realidade de disputar o topo entre as principais equipes nacionais. Após quase cair para a segunda divisão em 2014 – justamente o ano do centenário do clube e da inauguração do Allianz Parque -, Paulo Nobre mudou a gerência do futebol e transformou o Palmeiras.
A primeira grande ação do presidente ocorreu com a chegada de Alexandre Mattos para a diretoria de futebol. O profissional, calçado por dois títulos de Série A consecutivos como dirigente do Cruzeiro, recebeu a confiança para reconstruir o elenco; mais de 20 jogadores chegaram à Academia de Futebol no ano passado.
Além da renovação do elenco, a segunda gestão de Nobre trouxe ao Palmeiras o maior patrocínio da história do futebol brasileiro. O grupo Crefisa/FAM, do casal palmeirense José Roberto Lamacchia e Leila Pereira, concordou em pagar R$ 66 milhões de patrocínio ao clube até o final do ano; o acordo deve ser renovado e ampliado para 2017.
Estruturalmente, o Palmeiras também se renovou. Além da nova arena inaugurada ainda na primeira gestão de Nobre, casa que rende mais de R$ 2 milhões de receitas de bilheteria por jogo na média, a atual diretoria deixa como legado a reforma na Academia de Futebol.
Um hotel para atletas e comissão técnica, além de novos ambientes (academia, refeitório, sala de fisioterapia, por exemplo), se encontra em fase final de construção. O elenco do Palmeiras deve fazer a pré-temporada no próprio CT, a fim de aproveitar a nova estrutura já no início de 2017.
Para o torcedor, no entanto, o mais interessante se encontra na nova realidade do Palmeiras. O time da primeira gestão, que brigou para não cair até a última rodada de 2014, ficou para trás.
Campeão das duas competições mais importantes do país, o elenco promete ainda mais para 2017. Como último ato, a diretoria de Nobre trouxe Keno (Santa Cruz), Raphael Veiga (Coritiba) e Hyoran (Chapecoense), três atletas interessantes a surgirem como destaque na Série A desta temporada.
Crises de relacionamento e empréstimos
A segunda gestão de Nobre, entretanto, também se encerrará com polêmicas e atitudes criticadas internamente no clube. Paulo Nobre, por exemplo, fez seguidos empréstimos para o clube, os quais ultrapassaram mais de R$ 100 milhões. O presidente, inclusive, pagou do próprio bolso as contratações de Yerry Mina e Róger Guedes neste ano.
Prevista a ser quitada entre 10 e 12 anos – segundo previsão inicial -, a grande quantia emprestada gera duras críticas do Comitê de Orientação Fiscal (COF) do clube e até de conselheiros – que apontavam a instituição como 'refém' do presidente.
Nobre precisou usar o próprio bolso para costurar crises, especialmente com a Crefisa. A patrocinadora dona do maior acordo do país com um clube se incomodou com uma ação de marketing e exigiu aditivos no contrato assinado. Enquanto esta questão não se resolvia, o pagamento da empresa não caía no cofre palmeirense.
Durante os três meses de rusga com o grupo de Lamacchia e Leila Pereira, Nobre emprestou mais R$ 22 milhões. Esta dívida, na análise do COF, será quitada até o final deste ano.
Não só a Crefisa encontrou dificuldades de lidar com o presidente. A WTorre, construtora responsável pelo Allianz Parque, possui uma crise de relacionamento declarada com o dirigente; ambas as partes admitem a falta de entendimento nas questões da arena.
Palmeiras e WTorre, inclusive, brigam em arbitragem por questões de contrato assinado ainda em 2010. O clube venceu recentemente a disputa pela venda de cadeiras na arena, o que, segundo o presidente, 'salvou pelo menos três décadas financeiras'.
Um ato simples exemplifica a relação ruim entre Nobre e WTorre neste fim de gestão. Nos últimos três duelos como mandante no Allianz Parque, seguranças do Palmeiras colaram adesivos nas câmeras de seguranças instaladas pela construtora no camarote da diretoria do clube. 
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domingo, novembro 27, 2016

Copa Paulista: Futebol Sustentável lota Arena da Fonte na decisão

Mais de 10 mil torcedores assistiram o embate entre Ferroviária e XV de Piracicaba, que terminou em título do XV

Publicado em .                                                                                   
Araraquara, SP, 26 (AFI) – O projeto “Futebol Sustentável” marcou forte presença mais uma vez na Copa Paulista. Desta vez, o projeto levou 10.207 pessoas à Arena da Fonte Luminosa para verem o título do XV de Piracicaba no pênaltis sobre a Ferroviária.
A diretoria da Locomotiva disponibilizou cinco mil ingressos para serem trocados por garrafas Pet. O sucesso foi grande e os ingressos se esgotaram em cerca de 24 horas. Além disso, mais de 1.500 torcedores do XV foram até Araraquara para assistir o jogo.
Futebol Sustentável lota Arena da Fonte Luminosa
Futebol Sustentável lota Arena da Fonte Luminosa

AH É SHOWSTENTÁVEL !
O grande idealizador do Futebol Sustentável é o presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Reinaldo Carneiro Bastos, que tem dado uma atenção jamais vista aos clubes do interior. O comando do projeto fica a cargo do empresário Edvaldo Ferraz, da E&L Marketing Esportivo, que, em demonstração de vitalidade, já percorreu, em um único mês, mais de 5 mil quilômetros e já beneficiou mais de 800 mil torcedores, arrecadando mais de dois milhões de garrafas pet.
"A grande satisfação é saber do reconhecimento do Presidente Reinaldo Carneiro Bastos em relação ao nosso trabalho. A cada cidade em que executamos o programa, deixamos um legado. Clubes, Prefeituras, Secretarias de Meio Ambiente, Cooperativas e Torcedores já nos concederam honrarias. Parabéns à toda Diretoria da FPF, em especial ao Presidente Reinaldo Carneiro Bastos, que acreditou em uma ideia e hoje é um dos grandes responsáveis por todo esse sucesso que só tende a se estender nessa segunda fase de Copa Paulista", comentou Ferraz.

O Showstentável, como é conhecido, se apoia em cinco pilares:
1) Traz as famílias de volta aos estádios
2) Aumenta a média de público
3) Gera receita direta aos clubes
4) Contribui com o meio ambiente, já que retira as garrafas pets de circulação
5) Contribui com as cooperativas, que conseguem dar o destino correto aos resíduos sólidos e fazer importantes receitas.

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Nova lei do esporte propõe instituir crime de corrupção privada contra cartolas




Nova lei do esporte propõe instituir crime de corrupção privada contra cartolas

O relator do anteprojeto da Lei Geral do Desporto Brasileiro, Wladimyr Camargos, afirma que, com o projeto, quem se beneficiar com o patrimônio do clube ou de uma federação poderá responder com penas que chegam a quatro anos de prisão. 
Comissão de jurisitas discutiu relatório da Lei Geral do Desporto nesta segunda-feira (Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado)
Divulgação
Uma comissão de juristas especialistas em direito esportivo apresentou, nesta segunda-feira, no Senado Federal, em Brasília, o anteprojeto da Lei Geral do Desporto. A ideia é unificar, em apenas um texto, diferentes legislações em vigor no país atualmente que tratam do tema. Um dos principais alvos da proposta são as Leis Pelé (1998) e Zico (1993), consideradas ultrapassadas pelos juristas. A comissão foi criada em 2015, a pedido do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que receberá ainda este ano o relatório e deve transformá-lo em Projeto de Lei, para tramitação no Congresso Nacional. 

Diretor de Competições da CBF, Manoel Flores, faz balanço da Série B 2016

Créditos: Lucas Figueiredo/CBF


Equilibrada, competitiva e cada vez melhor. Essa é a Série B do Campeonato Brasileiro, que terminou neste sábado (26). Em Goiânia para a cerimônia de entrega da taça do campeonato ao Atlético-GO, o diretor de competições da CBF, Manoel Flores, fez uma avaliação geral sobre o torneio:
– A Série B teve mais um ano de muita emoção, muito bem organizada. Ela sempre tem sido competitiva, com muita coisa para ser definida na última rodada. Esse ano não foi diferente – analisou.
Entre os detalhes da organização do torneio, Manoel destacou a realização do protocolo antes dos jogos, algo que havia sido implementado na Série A em 2015, e foi expandido para a Série B:
– É uma competição que passou por um processo de organização interessante esse ano, repetindo o protocolo, que já vinha sendo implementado na Série A. A gente está feliz com o resultado, e é mais uma competição para a conta.
A Série B começou no dia 13 de maio e teve fim neste sábado (26). Foram 380 partidas de muita emoção, que culminaram com o Atlético-GO campeão, além de Avaí, Vasco da Gama e Bahia classificados para a Série A em 2017. Na parte debaixo da tabela, caíram para a Série C: Joinville, Tupi, Bragantino e Sampaio Corrêa.
Crédito: CBF

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