Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Copa do Brasil: Icasa vence o Bahia e ficou a um empate da fase seguinte

O Icasa esteve vencendo por dois gols de diferença o Bahia, mas, em duas oportunidades, deixou escapar a chance de uma vantagem melhor para o jogo de volta valendo pela Copa do Brasil. O placar final foi 3 a 2 para o Verdão com gols de Marciano (2) e Clodoaldo para os juazeirenses com Pantico e Charles descontando para o tricolor baiano. O Bahia começou melhor o jogo partindo para cima do time alviverde que respondia com Wanderley. Na melhor delas, aos 10 minutos, cobrando falta com a bola passando próxima ao travessão.

Antes dos 20 minutos, o Verdão equilibrou as ações e, como prêmio, surge o gol de Marciano, pouco tempo após um chute de Serginho que resvalou no zagueiro tricolor e foi direto na trave. No primeiro gol do Icasa foi Serginho que serviu a Marciano que entrou livre e com muita categoria bateu na saída desesperada de Darci. Praticamente no lance seguinte, por muito pouco, o lateral Avine, do Bahia, não manda para as suas próprias redes, após uma triangulação perfeita entre Clodoaldo, Marciano e Wanderley. Antes do segundo gol do Verdão, o goleiro Douglas foi obrigado a praticar pelo menos três grandes defesas.

Como não estava para brincadeiras, Marciano, aos 39 minutos, marca o segundo gol bastante parecido com o lance do primeiro tento só que o passe foi de Wanderley e um chute mais forte. O volante Tony ainda teve a chance de marcar o terceiro, aos 45 minutos, mas a bola foi por cima do travessão. O Icasa venceu a etapa inicial por 2 a 0 dando a impressão que iria deslanchar no segundo tempo, mas o Bahia veio fulminante disposto a tentar o empate. Logo aos 8 minutos, Pantico mandou de fora da área sem chances de defesa para o goleiro Douglas.

A partir daí, o árbitro paraibano, Miguel Félix, exagerou na complacência em relação as faltas cometidas pelo Bahia. Entretanto, marcou um pênalti claro sofrido por Marciano. Aos 24 minutos, Clodoaldo cobrou e fez 3 a 1 para o Icasa levando a galera ao delírio. O tricolor ainda diminuiu com Charles num chute perfeito de fora de área aos 45 minutos. No jogo de volta nesta quarta-feira, o Icasa atua pelo empate diante do Bahia, no estádio Jóia da Princesa, em Feira de Santana.

FICHA TÉCNICA

PLACAR - Icasa 3x2 BahiaGOLS – Marciano aos 19 e 38 do primeiro tempo para o Icasa, além de Clodoaldo (de pênalti) aos 24 da etapa complementar. Pantico aos 8 e Charles aos 45 do segundo tempo fizeram os gols do Bahia.

RENDA – R$ 38.355,00PÚBLICO – 4.701 pagantes

ICASA – Douglas; Gilberto Matuto (Roberto Baiano), Tiago, Cleiton Mineiro e Esquerdinha; Jonas, Serginho, Tony e Wanderley; Clodoaldo (Isaac) e Marciano (Tiago Santos).Técnico: Play Freitas

BAHIA – Darci; Luciano Baiano, Alison, Rogério e Avine; Marcone, Pantico (Charles), Fausto e Ananias; Didi (Jorginho) e Emérson Cris (Ramon).Técnico: Paulo Comelli.

ÁRBITRO – Miguel Félix Oliveira
AUXILIARES – Elias Silva Almeida e Criselildo de Souza Dantas (todos da Paraíba).CARTÕES

AMARELOS – Jonas e Clodoaldo (Icasa), enquanto Pantico e Fausto receberam pelo Bahia.

(Francisco Demontier – Rádio Verde Vale AM)

http://www.naarea.com

domingo, fevereiro 24, 2008

Com Pé e Cabeça 114, a coluna do Benê Lima

”O futebol cearense existe, e precisa ser reinventado.” (Benê Lima)

Opinião
MANUAL DE ANTIGERENCIAMENTO

O inglório futebol cearense tem produzido material suficiente, através de representantes de sua cartolagem e de sua crônica segmentada, para a produção de um compêndio antigestão

Há cerca de quinze anos, ainda morando em São Paulo e atuando na redação do jornal S.I. News, presenteie-me com um livreto (livreta ou livrete), cujo título era “Manual de Antigerenciamento”. Na verdade não se tratava de nenhuma obra de fôlego, menos ainda de um texto sisudo e pretensioso. Era uma obra leve, cheia de ironia e sarcasmo.

O que me faz lembrar dele (do livro) é tê-lo emprestado a uma amiga jornalista, sem que ela o tenha devolvido. O que dela (da obra) me faz recordar é a atualidade do seu conteúdo, por isso lamento não poder com eles contar para propagar com humor refinado o repertório dos mais recorrentes erros de gerenciamento.

Mas o futebol - esse terreno pantanoso – é onde os equívocos são mais freqüentes, pelas peculiaridades de sua gestão e pelo despreparo da maioria de seus gestores. A necessidade do profissionalismo não resiste ao improviso, à falta de planejamento, à ausência de estrutura e à carência de uma logística eficiente.

Na esfera do futebol, alguns dos conhecidos conceitos adquirem nova valoração, condição que os altera em sua lógica (o aspecto subjetivo), bem como modifica os efeitos dessa alteração (o aspecto objetivo). Por conseguinte, alguns dos pressupostos da administração empresarial não devem simplesmente ser transpostos para a gestão do desporto, sem a devida adaptação. A falta desta adequação tem sido notada em nosso futebol, disto resultando inominável desperdício de recursos.

Outro fator importante que devemos ter em mente, é que a aferição do êxito da gestão do futebol não deve estar circunscrita apenas à apreciação dos resultados do intracampo. Antes, ela deve ser avaliada pela capacidade do clube de gerenciar as suas crises; pela quantidade, natureza e duração destas crises; pelos acréscimos em estrutura, logística, capital intelectual, qualificação profissional e formação de novos gestores. Enfim, é esse conglomerado de fatores que acaba representando o grande diferencial entre clubes e times de futebol.

Fortaleza e principalmente o Ceará estão diante de dois bons exemplos. Icasa e Horizonte prefiguram, respectivamente, um ‘futebol clube’ emergente e um ‘atlético clube’ novo e emergente. O Verdão do Cariri mais ligado ao futebol, por isso futebol clube; o Galo Horizontino construindo uma identidade mais eclética, indo além do futebol, daí caber-lhe o atlético clube ao invés de futebol clube. Equívoco que pode ser facilmente sanado.

Fato é que, se não temos uma escola para aprendermos a fazer bem, temos cátedra sobre o que não devemos fazer de errado. Por aqui, uma análise das atitudes, portanto, deve desembocar numa revisão de conceitos, sem o que estaremos fadados a permanecer no limbo de qualquer esquadrinhamento geopolítico.

Importa notarmos que não basta ter noção sobre os conceitos. É preciso conhecê-los, neles acreditar, professá-los e praticá-los. Pois, neste sentido, nenhuma retórica, por si só, tem o dom da sementeira.

* * *


EFEMÉRIDES

Destaques do Benê Lima

Galo goleia Verdão por 4 a 2 no Clenilsão

O Clenilsão abrigou o encontro dos dois times de maior status no momento, no futebol cearense: Icasa e Horizonte.

Escudados por duas boas campanhas, coube ao Galo receber o Verdão, para confirmar a escrita de sua invencibilidade como mandante. Duas viradas no placar deram o molho da emoção, enquanto seis gols marcados atestaram o esforço dos dois times pela busca do gol.

Vimos um Icasa combalido pelas ausências e de alguns atletas, o que prova que seu elenco é limitado tecnicamente.

Já o Horizonte mostrou-se com maior equilíbrio na encorpadura de seus três setores: defesa, meio-campo e ataque. Enquanto o Verdão explorava as lacunas deixadas pela maior iniciativa do adversário, ele, o Galo, além da iniciativa evidenciava uma melhor distribuição de seus atletas, uma maior cooperação entre eles, além de um maior repertório de jogadas.

Mesmo sem poder contar com as atuações destacadas de alguns de seus principais jogadores, como Izaquiel e Piva, o Horizonte teve destaque(s) em cada um dos setores da equipe. Na defesa, Da Silva e Eusébio pontificaram; no meio-campo, Franciné e Júnior Cearense deram o tom; no ataque, Léo Jaime fez a diferença. Justificada, pois, a goleada do Horizonte sobre o Icasa, por 4 a 2.

O Horizonte assumiu a liderança do Campeonato Cearense em seu 2º turno, independente de quaisquer resultados da complementação da 2ª rodada.


Defenestração: Evandro Leitão é jogado para ‘escanteio’

Custou caro ao 2º Vice do Ceará, Evandro Leitão, o enfrentamento ao Presidente da Executiva, Eugênio Rabelo. Numa manobra esquiva, Eugênio pois fim a qualquer pretensão do 2º Vice de assumir a presidência do Clube.

Evandro encontrava-se tão motivado que já admitia avocar para si a responsabilidade em tocar um clube endividado e sem patrocinador. Isto foi o bastante para que os Rabelo urdissem um plano anti-Evandro, afastando assim qualquer possibilidade de composição com o 2º Vice, bem como descartando o enfraquecimento ou mesmo o fim da ‘dinastia rabelo’.

Enquanto Eugênio Rabelo vai sendo teleguiado por pseudo-aconselhadores, a perspectiva para o Alvinegro por fim à perenidade de suas crises está cada vez mais distante. Nitidamente, percebe-se que os interesses do Ceará Sporting Club são sempre secundários, mediatos.

Jamais a multiplicação da esperança representou algo tão negativo quanto o que vemos em Porangabuçu: a disseminação do engodo, da mentira. São promessas que não se cumprem; são compromissos que não se efetivam; são práticas reprováveis que não se reprovam.


Jogada de mestre ou amestrada?

A ida do ex-técnico do Alvinegro, Heriberto da Cunha, para o Tricolor do Pici, tem gerado uma enorme polêmica, acima de tudo pela rivalidade entre estes clubes. Mas nada que o tempo não cure.

Discussões a parte, entendo que a decisão dos dirigentes tricolores foi das mais acertadas. Afinal, Heriberto era a mais racional das opções a ser tomada. Estava na praça; conhece o time do Fortaleza; conhece todos os seus adversários; está adaptado ao futebol cearense e à terrinha.

Heriberto está agora diante de um novo e maior desafio. Sabe-se que as expectativas acerca de seu trabalho são maiores, sobretudo em razão de ele poder contar com melhor estrutura e maior apoio logístico.


Peladinha insossa no encontro dos leões mofinos

O Leão do Mercado fez um falso discurso de ofensividade, mas na verdade armou foi um frágil ferrolho que, não fora a falta de compromisso da maioria dos jogadores do Tricolor para com a partida e a pouca inspiração que tomou conta da equipe, ainda assim o Guarani estaria fadado a perdê-la.

Vale dizer que Guarani e Fortaleza não devem ser cobrados igualmente. A maior cobrança deve recair sobre o Tricolor do Pici, por razões óbvias. Afinal, se estabelecermos o mesmo patamar de cobrança para ambos, aí estaremos configurando uma condição de desigualdade flagrante.

Na verdade, a incompreensão que tem tomado conta dos comentaristas em relação ao desempenho do Fortaleza, está em não conseguirem (ou em não quererem) identificar as verdadeiras causas do declínio produtivo da equipe. São duas as razões: uma delas está atrelada ao aspecto coletivo; a outra, ao aspecto individual.

Coletivamente, o time do Pici ainda não conseguiu resolver os problemas do seu sistema defensivo, que começa no quarteto do meio-de-campo e termina no quarteto defensivo. O time tem sido relapso na pegada, confuso na ocupação dos espaços, falho no sincronismo que se quer para a obtenção de uma boa cobertura.

Individualmente, a maioria dos jogadores não resiste a uma análise crítica de seu desempenho. Vejamos a amostragem que se segue:

Michel fez sua pior partida. Não conseguiu chegar ao fundo e se limitou aos passes laterais e bolas alçadas na diagonal. Fraco na marcação. Nota 3.

Erandir não tem acrescentado nada como volante criativo. Houve momentos em que se omitiu do jogo e quando a bola o procurava ele se limitava a tocá-la lateralmente, em passes curtos. Nota 3.

Rogério parece que já tem 15 anos de carreira como atleta. Enquanto ele toma a decisão de participar ou não da jogada, o adversário já está na cara do gol. Ofensivamente, ele menos e Erandir um pouco mais, ambos se escondem do jogo. Nota 4.

Rogerinho precisa ajudar mais na marcação e levantar a cabeça para servir aos companheiros. Mais disciplina tática lhe fará um grande bem. Nota 4.

Alex Alves é o maior fiasco entre as contratações já feitas nesta temporada. A considerarmos sua falta de produtividade, sem nenhuma dúvida afirmamos que qualquer outro atacante representaria melhor opção. Nota 2.

Se o repertório de argumentos ainda for considerado limitado, a retórica utilizada pelo novo treinador pode ajudar a desvendar os porquês do fracasso do Leão. Vejamos:

“O time foi sonolento e não teve a pegada suficiente.”

“O time foi pouco criativo e errou muitos passes.”

“Alguns jogadores abandonaram o jogo.”

“Alguns jogadores não estão bem; vou conversar com o preparador (físico).”

Outro aspecto que nos ajuda a compreendermos o declínio do time do Fortaleza é a saída de Taílson. Explicamos. Nenhum dos atacantes que aí estão tem a característica deste jogador. Nem Carlos Alberto, nem Cleiton, nem Alex Alves, nem Osvaldo. Taílson joga pelos lados do campo e se reveza com Rômulo na preparação das jogadas de última linha ofensiva. Dá maior amplitude ofensiva à equipe por ocupar espaços distintos dos demais companheiros. Tem boa assistência e, tal qual o Rômulo, faz boa proteção à bola.

Por fim, considerem que a esse time do Fortaleza tem faltado, em determinados momentos, comprometimento com os objetivos do clube. E isto não exclui os atletas da casa.

Mais uma coisa. Até aqui não vislumbramos lideranças no atual elenco tricolor. Isto coloca o técnico Heriberto da Cunha diante de um enorme desafio.


Alvinegro tem novo treinador

Flávio Lopes é o nome. Com um cartel que pode ser traduzido como o de um técnico experiente, Lopes deve assumir o Vozão no decorrer das próximas 24 horas, juntamente com o preparador físico Bruno Barbosa.

Esperamos que a ele sejam dadas as condições que a Heriberto não foram.

O novo treinador já deve estar à frente do elenco na próxima quarta-feira, 27, quando o Alvinegro enfrenta o Ferroviário, pelo 'Cearensinho'.


BREVES E SEMIBREVES ®

Duro de roer. Ganhar do Horizonte dentro do Clenilsão é o páreo mais duro que seus competidores terão pela frente. Quebrar a invencibilidade do Galo não será fácil.

Desafio-1. Organizar taticamente esse time do Fortaleza e motivar seus jogadores é uma tarefa hercúlea da qual o técnico Heriberto não pode afastar-se.

Desafio-2. A tarefa do novo técnico do Ceará, Flávio Lopes, é ainda maior que a de Heriberto. Lopes terá que lutar por reforços, pela melhoria da estrutura e por uma logística mais eficiente.

Em baixa. O trio formado por Erandir, Rogério e Rogerinho anda devendo. Com isso – mas não só por isso – a produção do Leão vem caindo. E não fica só nisso não!

’Bocão’. Heriberto teve a coragem de falar do que viu em 45 minutos, mais do que Silas falou durante todo o tempo que por aqui esteve. Viu o que Silas não via. Espera-se que Heriberto possa vencer os desafios que tem pela frente.

Aplauso. O Fortaleza Esporte Clube inaugura espaço destinado à Crônica Esportiva, no qual se investiu com esmero para dar-lhe conotação de ineditismo por aqui. Parabéns!

Em tempo. O Fortaleza precisa de pelo menos um zagueiro, um 1º volante de pegada e um atacante rápido.

* * *


No futebol, a estatística de escores dos jogos não tem nenhum valor. Os chamados ‘scouts’ das partidas é que são de suma importância.” (Benê Lima)


Benê Lima
benecomentarista@yahoo.com.br
85 8898-5106, o telefone da comunicação

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Destaques do Benê Lima

Cai Silas Pereira e Heriberto é o mais cotado para seu lugar

Após mais uma decepção imposta à torcida do Fortaleza, a direção do clube decidiu eleger um culpado: como de costume, o treinador é quem acaba pagando o pato.

Na verdade, nunca é fácil atribuir valoração aos verdadeiros culpados. Antes, precisa-se identificá-los com clareza, e nem sempre isso é possível.

Mas, uma coisa é indiscutível. O time tricolor vem em queda livre, o que nos assegura que houve uma involução no relacionamento do ex-técnico e seus comandados.

Heriberto da Cunha, ex-técnico alvinegro, é o mais cotado para assumir o posto de Silas Pereira.

É bom que se ressalte que a posição de Silas já não era tranqüila. Apuramos que há dias já havia sido feito um contato com técnico Paulo Comelli, atualmente no Bahia.

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Ótima idéia para valorizar o torcedor-cliente

Tribunal de Justiça de Pernambuco amplia auxílio a Juizado do Torcedor

Serviço que atua nos estádios do Estado receberá apoio irrestrito do Poder Judiciário

Equipe Cidade do Futebol

Um dos serviços itinerantes do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o Juizado Especial Cível e Criminal do Torcedor, o Jetep, receberá toda a estrutura necessária para atuação de seus juízes, promotores e defensores públicos que atuam nas principais praças do Estado.

O presidente do TJPE, o desembargador Og Fernandes, confirmou o aval no último domingo, durante a partida entre Sport e Serrano, pelo Campeonato Estadual, quando sete ocorrências foram registradas pelo órgão.

Dos acontecimentos fortuitos atendidos pelo Juízado do Torcedor durante o duelo, três foram relativos a cambistas que vendiam ingressos do programa Todos com a Nota; dois, por pessoas estarem urinando em local público; outro, por um torcedor estar soltando fogos de forma inadequada; e o último, por agressão verbal a um bilheteiro do clube e discussão com policiais.

Todos os envolvidos ficarão afastados durante três meses dos estádios, além de terem de participar do curso Futebol Cidadão – espécie de “reciclagem” aos que apresentaram mau comportamento em um jogo. Os cambistas terão que prestar serviços comunitários por três meses, enquanto os dois pegos urinando cumprirão quatro meses de serviços.

O réu detido soltando fogos pagou uma pena pecuniária de R$ 40, valor a ser revertido a uma instituição de caridade. Desde 2006, a ação nos estádios da capital já reduziu em 71% o número de ocorrências registradas pelo Batalhão de Policiamento de Choque.

A composição do Jetep conta, além dos juristas que atuam de maneira voluntária no juizado, com as Polícias Civil e Militar, Ministério e Defensoria Pública, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e com a Secretaria de Defesa Social.

Destaque do Benê Lima - Urgente!

Heriberto se cansa e deixa o Alvinegro
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Por: Benê Lima

Desolado com a situação de impotência em que se via, o técnico Heriberto da Cunha decidiu deixar a direção técnica do Alvinegro de Porangabuçu.

Depois de muito lutar contra uma realidade para a qual sucumbiu, Heriberto acabou reconhecendo que seu trabalho ficou comprometido pela falta de apoio dos dirigentes e pela falta de estrutura do clube.

O treinador enalteceu as qualidades do atual grupo de jogadores, dizendo também que não tem nenhuma proposta e que prefere que seja assim, "para que não digam que eu saí porque já tinha um clube pra ir", frisou Heriberto.

C-u-r-i-o-s-i-d-a-d-e : Justiça tardia, mas justiça

Jogador é condenado por falta cometida há 13 anos

O meio-campista Camoranesi terá de pagar indenização a companheiro que sofreu uma entrada sua no joelho e teve de encerrar a carreira precocemente

Equipe Cidade do Futebol

A infração foi cometida há mais de uma década, mas as conseqüências vieram. O meia Mauro Germán Camoranesi, da Juventus, da Itália, foi sentenciado a pagar 45 mil euros [aproximadamente R$ 116 mil] a um ex-jogador de futebol argentino por causa de uma falta que acabou precocemente com a carreira do companheiro.

A decisão foi tomada pela Justiça de Mar del Plata, na Argentina, como uma maneira de compensar o que aconteceu.

No dia 14 de agosto de 1994, Javier Pizzo recebeu violenta entrada de Camoranesi durante partida pelo Campeonato Argentino. O joelho atingido teve ruptura de ligamentos e tendões. Além disso, o menisco também foi danificado.

A recuperação de Pizzo durou três anos. Ele voltou a jogar futebol, mas foi forçado a abandonar sua atividade profissional quatro jogos mais tarde, em virtude das limitações do membro – estima-se que realizava apenas 39% dos movimentos possíveis

Camoranesi nasceu na Argentina, mas se naturalizou italiano, disputando inclusive a última Copa do Mundo pela Azzurra. Os advogados do jogador já avisaram que recorrerão da decisão, com a utilização da própria sentença para ganhar o recurso. É que segundo o tribunal, a falta de Camoranesi foi considerada involuntária.

Iniciativa é destaque nacional

Projeto de torcedores tenta revitalizar departamento médico do Ceará

Clube nordestino recebe apoio de grupo que busca arrecadar recursos para investir em complexo de saúde

Equipe Cidade do Futebol

“Por um Ceará melhor”: este é o slogan do projeto Ceará Unido, aliança entre um grupo de torcedores e direção oficial do clube nordestino. A idéia principal, pelo menos a princípio, é buscar fundos para a construção de um complexo de saúde na sede social do time.

Desde a última segunda, simpatizantes, sócios e conselheiros do Ceará se reúnem para idealizar a construção de um moderno centro de fisioterapia e fisiologia, uma academia, três consultórios – de odontologia, nutricionismo e psicologia – em Porangabuçu, local onde o clube treina.

A contribuição é livre e pode ser feita por intermédio de depósitos em uma conta corrente na Caixa Econômica Federal.

O projeto prevê que todas as edificações fiquem localizadas na sede do clube, ao lado dos alojamentos destinados às categorias de base – o Ceará não possui um centro de treinamento para o departamento amador.

Aberta na última sexta-feira, a conta já arrecadou R$ 1.500,00. O recurso necessário previsto pelos organizadores é de R$ 200.000,00, que será usado para a infra-estrutura do clube.

Exemplo de Empresa séria

Medley analisa denúncias da Stock Car

PRISCILA BERTOZZI
Da Máquina do Esporte, em São Paulo

As acusações do piloto Renato Russo sobre o uso de substâncias proibidas por competidores da Stock Car colocaram de sobreaviso um dos principais patrocinadores da categoria: a Medley. A empresa disse que irá analisar a repercussão do caso para avaliar quais serão as medidas tomadas.

"Ficamos interessados no assunto, mas ligamos o stand by nesse primeiro dia. Ainda não temos uma posição oficial sobre as denúncias, mas certamente vai haver uma conversa para definir o que será feito", disse a farmacêutica por meio de sua assessoria de imprensa.

Nesta quarta-feira, o jornal "O Estado de S.Paulo" publicou uma entrevista onde Russo, que esteve envolvido no acidente que matou Rafael Sperafico no final do ano passado, denunciou o consumo de drogas e bebidas alcoólicas entre pilotos antes das corridas.

As declarações causaram polêmica. Em comunicado, a organização da Stock repudiou as afirmações de Russo e se disse chocada com as acusações.

"Estamos realmente perplexos. Estou na categoria há muito tempo, primeiro como piloto e agora como promotor, e nunca vi ou ouvi nada deste tipo. É imprudente falar uma coisa dessas sem apresentar fatos concretos. Não existe qualquer indício de que isso tenha ocorrido", afirmou Carlos Col, diretor-presidente da Vicar Promoções, organizadora da categoria.

Enquanto a Medley analisa a situação, a Caixa Econômica Federal não pretende seguir os desdobramentos do caso. Segundo a assessoria da instituição, "as denúncias não interferem na questão do patrocínio e não haverá nenhuma ação nesse sentido".

A reportagem da Máquina do Esporte também entrou em contato com a Petrobras, mas não obteve retorno.

Criada em 1979, a Stock Car é a principal categoria do automobilismo brasileiro e movimenta, anualmente, R$ 300 milhões.

Guaber Calado bota a boca no trombone

Só acontece no Ceará!

Onde já se viu um time como o Ceará Sporting Club o mais antigo time do estado, o de maior torcida, o de grandes conquistas, ficar refém de um único e desequilibrado dirigente.

Não credito seus erros à falta de experiência e sim à ignorância e arrogância do poder.

Mas, o que ainda constrange alguns torcedores é a conivência dos demais pares que são subservientes aos desmandos e prerrogativas infantis e de administração confusa, sem profissionalização e com nepotismo ditatorial.

Ouvi em alto e bom som o presidente alvinegro dizer que só aceita ajuda de diretores que tenham dinheiro, quem não tiver dinheiro não tem o direito de opinar no Ceará. E, a pior quando lhe perguntaram sobre mais uma greve: a dos advogados, que reivindicam seus proventos atrasados há cinco meses. “Aqueles que cobram do Ceará não são alvinegros”. É uma afirmativa inconseqüente que pode trazer transtornos inclusive pessoais para o dirigente/presidente.

E, qual o maluco que em sã consciência colocaria dinheiro numa “empresa” que tem no poder um falso administrador que nenhum conhecimento tem dos princípios básicos de gestão das organizações? Soma-se a tudo isso a herança “maldita” de administrações anteriores que são comumente negociadas e “empurradas com a barriga”.

Até quando projetos de vaidades pessoais farão parte do futebol cearense?

É preciso que nossos dirigentes / conselheiros saibam escolher seus gestores executivos, com formação suficiente de empreendedor e executor de idéias, não obrigatoriamente um abastado financeiramente que tenha como objetivo principal interesse político e pessoal.

O presidente dizer que está no Ceará e coloca dinheiro lá a fundo perdido, é demagogia. Que nunca ganhou nenhum centavo à custa do Clube é outra falácia. O fato é notório e real, o presidente alvinegro foi eleito para representar o Estado na Câmera Federal usando a marca “Ceará Sporting Club” como cabo eleitoral. E, para que ele se mantenha no mesmo patamar de conquistas deverá transformar sua (in)gestão atual numa gestão profissional, consciente das responsabilidades e compromissos com seus torcedores/eleitores.

O poder é efêmero assim como também o dinheiro. Os “homens” passam e a entidade fica, isto é, se os “homens” não resolverem acabá-la durante sua (in)gestão.

Existe um ditado popular que diz: “os erros não devem ser cometidos repetidas vezes”. Parece que o staff alvinegro não tem tempo sequer de ouvir aos apelos do seu “povão” e preferem acreditar em conceitos próprios, e teimar com as coisas erradas e, em breve, as conseqüências destes desmandos poderão se acumular aos desmandos e erros do passado. Ter profissionais competentes, experientes, capacitados, qualificados e comprometidos com a entidade que representa é perfil básico para qualquer organização que almeja resultados positivos.

Sou a favor da responsabilidade administrativa / financeira dos gestores e gerentes executivos. Assim como sou favorável à remuneração dos mesmos por produtividade, por resultados.

Toda empresa sem exceção, possui responsabilidades e seus gestores têm compromisso ético, administrativo, financeiro e social perante a sociedade e sujeito as punições previstas em leis. Infelizmente nossos legisladores ainda não regulamentaram projetos que caducam em gavetas por interesses outros de lobistas do segmento.

“Nem tudo é eterno” e acredito que esta segunda grande chance dada ao atual presidente lhe custará caro em seus projetos como político e mais, arrisco a crer que o mesmo não terminará esta gestão. O barco seguirá a deriva até que outro (espero que mais capacitado) venha tomar o leme e navegar em águas mais tranqüilas.

Há quem fale que lugar de torcedor é na arquibancada. Eu acredito que os torcedores devem ser mais participativos em todos os aspectos, sempre de forma ordeira e responsável. Torcedores precisam ser mais comprometidos com os times do coração. O problema é de credibilidade. Como consumidores (a emoção é deixada de lado) são exigentes e são afastados pelos erros e atrapalhadas dos dirigentes.

Todas as críticas aqui elaboradas possuem apenas uma única intenção: ver as coisas acontecerem, serem corrigidas com censo e equilíbrio.

Não quero subestimar que não possa haver mudança comportamental e pessoal da presidência em busca de acertos e da excelência. Acredito no bom-senso, na determinação e no trabalho, porém, apenas isso não é o suficiente.

Que Deus os abençoe, eles sabem o que fazem.

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Destaques do Benê Lima

Ceará pega Horizonte no Castelão, nesta quarta, 20, às 20h30min

A situação é bem diferente daquela do início do campeonato, em que o Alvinegro foi goleado impiedosamente pelo caçula da competição. Equiparada física e tecnicamente aos competidores de melhor desempenho, à equipe de Porangabuçu não resta alternativa outra que não seja a de brigar com todas as suas forças pela conquista do 2ºTurno, a Taça Cidade de Fortaleza.

Até que ponto a situação de incúria que caracterizado a administração do Vozão afetará o desempenho da equipe, só esperando para ver o que acontecerá. O técnico Heriberto da Cunha, que vem sendo colocado sob polêmica como se a ele coubesse toda a culpa pelo desgoverno do clube, procura trabalhar em todos os níveis necessários, embora saibamos não ser esta a função do treinador.

O Horizonte segue firme e forte. Após a saída do atacante Maurílio, Raul (ex-Gama) e com vínculo junto ao Goiás, volta a integrar o elenco horizontino, desta feita na 1ªDivisão cearense. A direção da equipe ainda tenta mais duas contratações: um atacante e um zagueiro. A experiência de ter estado na semifinal do 1ºTurno certamente fortaleceu a estrutura emocional da equipe. Se mantiver o nível de aplicação e concentração do 1ºTurno dará muita dor de cabeça para seus concorrentes.


Itapipoca, sob protesto, pega o Ferrão às 21h45min

Em jogo da TV, após o BBB - horário dos mais incômodos – o time de Eudi Assunção encara o Ferroviário do técnico Fernando Polozzi, na expectativa de ter uma participação menos apagada que a do turno inicial.

O Ferrão vai brigar para estar entre os quatro semifinalistas, tendo para tanto promovido algumas alterações em seu elenco e em sua comissão técnica. Polozzi terá como desafio ostentar uma personalidade de verdadeiro líder, para motivar não só os atletas, mas também os dirigentes corais.


Na quinta, é a vez do Fortaleza avançar sobre o Boa Viagem

Um Leão cabreiro por haver sido desbancado dentro de casa pelo intrépido Icasa, dá início à sua corrida pelo troféu que tem seu nome - Taça Cidade de Fortaleza – e pelo laurel que a conquista de mais um título cearense para si representa.

O irrequieto treinador Silas Pereira permanece - decisão que me parece acertada quando vista pela ótica da valorização da estabilidade em favor do planejamento. O ‘soccer’ leonino tem como seu principal desafio interno, compor um sistema de contenção que se mostre mais eficiente e menos instável. E isso passa pelo meio-campo do Tricolor. Por sinal, não jogam nem Rogério nem Erandir. Ótima oportunidade para Silas fazer suas avaliações.

O Boa Viagem do técnico Danilo Augusto vem embalado por sua recuperação na reta final do 1ºTurno e pela condição de ter cinco partidas em seu reduto. Contudo, em circunstâncias normais não me parece páreo para o Time do Pici.


Os ‘grandes’ que pensam pequeno

Ceará e Fortaleza são useiros e vezeiros na ‘arte do improviso’. Arte que, é bom que se diga, está muito mais para engenhoca e invencionice. Como pensar em acomodar um público que, historicamente, em média dá mais que o dobro da capacidade de seus arremedos de estádios? Como introduzir em tempo inexeqüível, todas as necessidades básicas que suas praças esportivas estão a reclamar?

Como matemática é uma ciência exata, proponho que os dirigentes de Ceará e de Fortaleza dotem seus torcedores de condições mínimas de ‘habitabilidade’ em nossa principal praça esportiva, o Castelão, e reparem como será bem mais fácil e cômodo manter os jogos longe de ‘responsabilidades’ adicionais.

Por que não se pensa seriamente numa ‘revolução de costumes’, em relação ao fazer futebolístico como evento? Será que não existe ninguém neste futebol que tenha motivação (tesão, mesmo) para, pelo menos, tentar introduzir as mudanças pelas quais tanto espera o torcedor cearense? Da condição de gado à de cliente, é apenas isso que o torcedor tanto almeja. E por que a normalidade não é mais possível?

Sabemos das dificuldades de uma sociedade sitiada pelo banditismo. Mas, e daí: vamos todos desistir de sermos criativos?

Essa verdadeira capitulação do futebol, como evento, à falta de segurança que nos atinge a todos (e não só o futebol) pode representar um período ainda mais complicado para a sobrevivência dos nossos clubes, sobretudo para Ceará e Fortaleza, ainda tão dependentes da arrecadação de seus jogos.


A mágica dos estádios que esticam

Dia desses se dizia que a capacidade do estádio Alcides Santos, no Pici, girava ao redor de 3 mil pessoas. O mesmo se dizia de Carlos de Alencar Pinto, em Porangabuçu. De repente, sem nenhuma explicação, vê-se duplicar a capacidade estimada destas embrionárias praças esportivas. Por enquanto, permito-me desconfiar dos números apresentados e mais ainda das condições adequadas para que os profissionais da crônica esportiva possam desenvolver o seu trabalho.

Gostaríamos que os órgãos competentes tivessem uma conduta criteriosa na análise do que vistoriaram, a fim de que as ‘soluções’ propostas por Ceará e por Fortaleza não acabem representando mais e maiores problemas.


A lista dos mais abastados

Na relação dos 20 clubes de futebol mais ricos do mundo, não consta nenhum clube brasileiro.
(Estádio do Real Madrid-ESP)

Veja a lista dos 10 primeiros:


01 – Real Madrid (Espanha): 351 milhões de euros
02 – Manchester United (Inglaterra): 315,2 milhões de euros
03 – Barcelona (Espanha): 290,1 milhões de euros
04 – Chelsea (Inglaterra): 283 milhões de euros
05 – Arsenal (Inglaterra): 263,9 milhões de euros
06 – Milan (Itália): 227,2 milhões de euros
07 – Bayern de Munique (Alemanha): 223,3 milhões de euros
08 – Liverpool (Inglaterra): 198,9 milhões de euros
09 – Internazionale (Itália): 195 milhões de euros
10 – Roma (Itália): 157,6 milhões de euros

segunda-feira, fevereiro 18, 2008