Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

quarta-feira, julho 31, 2013

IDEIAS] Uniclubes aprova 'Série A' Cearense de 2014 com 16 Clubes

Amigos do Futebol Cearense,

A UNIÃO CEARENSE DE CLUBES, composta por 18 agremiações do futebol profissional cearense, reuniu-se no dia 30 de julho e decidiu, por unanimidade, aprovar proposta de modificação na ‘Série A’ cearense, que passaria a contar com 16 clubes filiados na Federação Cearense de Futebol e não somente os onze atualmente previstos.

Os clubes filiados afirmaram que não faltam datas no calendário, diferentemente do argumento de alguns na FCF, pois para os ajustes necessários, visando ter uma ‘Serie A’ cearense com dezesseis clubes, bastaria inspirar-se no mecanismo utilizado pelas Federações Carioca e Gaúcha, onde uma quantidade maior de times participa da ‘1.ª Divisão’, sem qualquer dificuldade de ajuste com o calendário da CBF. No caso, tais Federações dividem em dois Grupos as equipes participantes, o que viabiliza a redução das datas necessárias para a disputa.

Escudos 01

No caso do Ceará, conforme proposta de Aguiar Júnior, Relator da ‘Comissão de Sistematização da UNICLUBES’, teríamos uma 1.ª FASE com 14 equipes, já que os times cearenses que participarão em 2014 da Copa do Nordeste (Ceará e Guarany de Sobral) entram apenas na 2.ª FASE do campeonato, o que fazem por critério absolutamente técnico, posto que, respectivamente, campeão e vice-campeão cearense em 2013.

  A ideia é que dos dezesseis clubes da ‘Série A’, 14 deles sejam divididos em 02 Grupos, ‘A’ e ‘B’, como é feito no RJ e no RS. Nesse caso, respeitando o necessário critério técnico, estariam na ‘Série A’ de 2014 as onze agremiações inicialmente previstas, mais o São Benedito e o Maracanã, que não cairiam para ‘SEGUNDONA 2014’, a ‘Série B’ cearense, além do Maranguape, do Iguatu e do Crateús que, também por mérito técnico, jogariam a ‘1ª Divisão de 2014’, ou seja, a ‘Série A’ cearense.

 

Entrevista de Aguiar Júnior

 

PLANEJAMENTO DOS GRUPOS ‘A’ e ‘B’:

A ideia da UNICLUBES, que será apresentada na FCF, é que na distribuição dos Grupos ‘A’ e ‘B’ seja utilizado o ‘critério de classificação final de 2013’, nada impedindo o uso de outras opções como o ‘ranking’ da Federação ou mesmo sorteio. Utilizando o primeiro critério, seguem abaixo as composições possíveis dos Grupos ‘A’ e ‘B’ da 1.ª FASE do Campeonato Cearense da ‘Séria A’.

GRUPO A:

Icasa (3º colocado 2013);

Tiradentes (5º colocado 2013);

Guarani - J (7º colocado 2013);

Crato (9º colocado 2013);

Maracanã (11º colocado 2013);

Quixadá (2º colocado 2013);

Iguatu (4º colocado ‘B’ 2013).

GRUPO B:

Fortaleza (4º colocado 2013);

Horizonte (6º colocado 2013);

Ferroviário (8º colocado 2013);

São Benedito (10º colocado 2013);

Itapipoca (1º colocado ‘B’ 2013);

Maranguape (3º colocado ‘B’ 2013);

Crateús (5º colocado ‘B’ 2013).

            A UNICLUBES destaca que na 1.ª FASE cada equipe faria pelo menos doze jogos, sendo que em 2013, no sistema de ‘Grupo Único’ da mesma 1.ª FASE, foram necessárias dezesseis partidas. Nesse caso, o total de jogos em cada Grupo seria quarenta e dois, enquanto que no ‘Grupo Único’ de 2013 foram setenta e duas partidas. O reflexo da divisão dos times em dois Grupos, mesmo aumentando de onze para dezesseis as equipes participantes da 1.ª Divisão Cearense, seria a redução de datas no calendário, já que os jogos dos dois Grupos ocorreriam concomitantemente nos mesmos dias da semana, que teria redução das 18 datas de 2013 para apenas 16 datas em 2014, mesmo com o aumento do número de participantes.

Foi destacado, ainda, que das dezesseis datas referidas, duas delas seriam utilizadas para a disputa, entre os campeões dos Grupos ‘A’ e ‘B’, de uma das vagas cearense na Copa do Brasil de 2015, assim como ocorreu em 2013 na 1.ª FASE do campeonato, quando o Horizonte garantiu sua presença na Copa do Brasil de 2014. Nestas datas haveria, ainda, a disputa do ‘playoff’ entre os dois penúltimos colocados de cada Grupo, pois com o aumento de onze para dezesseis participantes na ‘Série A’, a UNICLUBES pretende que seja utilizada a proporcionalidade, descendo para a ‘SEGUNDONA’ de 2014 três equipes, ou seja, as duas últimas de cada grupo e a perdedora do confronto ‘playoff’ entre os dois penúltimos colocados dos Grupos ‘A’ e ‘B’.

OUTROS DADOS

Em 2014 a 1ª FASE do Campeonato Cearense da ‘Série A’ teria um total de 88 jogos entre as 14 equipes, neles incluídos os dois jogos da disputa de uma vaga na Copa do Brasil 2015 e também as outras duas partidas do ‘playoff’, quando seria decidido o terceiro rebaixado para a ‘SEGUNDONA’ cearense de 2015. Em 2013 a 1ª FASE do campeonato teve 72 jogos, com somente nove clubes participantes, cinco a menos que a proposta da UNICLUBES para 2014.

Na 2.ª FASE o campeão (Ceará) e o vice-campeão do cearense de 2013 (Guarany de Sobral), que conquistaram o direito de participar da Copa do Nordeste de 2014, passariam a integrar o ‘Grupo C’, o que fariam conjuntamente com os três melhores classificados de cada Grupo da 1.ª FASE, perfazendo um total de oito equipes. Nesse caso, cada equipe faria 14 jogos, totalizando 56 partidas nas disputas de ida e volta do ‘Grupo C’ - 2ª FASE.

Haveria, ainda, para definição dos vitoriosos de 2014, ano da Copa do Mundo também no Ceará, quatro jogos nas SEMIFINAIS e mais duas partidas das FINAIS, perfazendo um total de 62 jogos na 2.ª FASE que, somados às 88 partidas da 1.ª FASE, completam 150 espetáculos de futebol. Comparando com o ano de 2013, teríamos um campeonato cearense com apenas 16 jogos a mais que no ano passado (2013 foram 134), sendo que em 2014 haveria 16 equipes disputando, inclusive de cidades importantes para o nosso futebol, como Maracanaú, Crateús, Iguatu, Maranguape e São Benedito.

O modelo apresentado pela UNICLUBES reduz, em comparação com o ano de 2013, duas datas no calendário, o que atende exigência da CBF para 2014, ou seja, mesmo aumentando de onze para dezesseis as equipes participantes, teríamos a disputa em 34 datas (16+18), enquanto em 2013 foram 36 datas (18+18). Os dirigentes da UNICLUBES afirmam, ainda, que a proposta apresentada é muito mais inteligente, pois, contemplando mais times, consegue alcançar objetivos estratégicos de valorização do futebol profissional cearense.

Mostrando apenas uma das inúmeras vantagens do modelo apresentado pela UNICLUBES, que já conta com dezoito agremiações participando da associação, os dirigentes dos clubes deram o exemplo do Guarany de Sobral que para ser vice-campeão de 2013 teve que fazer 34 jogos da 1ª FASE até a FINAL (16+14+2+2), sendo que em 2014 um time que partisse da fase primeira precisaria de apenas 30 jogos para chegar à FINAL (12+14+2+2). Logicamente 32 jogos, se o hipotético clube viesse a disputar na 1ª FASE a vaga da ‘Copa do Brasil’ de 2015.

UNICLUBES

UNIÃO CEARENSE DE CLUBES.

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Abex promoverá curso de gestão técnica no futebol

REDAÇÃO
Da Máquina do Esporte, São Paulo - SP

 

Curso de gestão esportiva

 

A Associação Brasileira dos Executivos de Futebol (Abex), em parceria com a Universidade do Futebol, oferecerá um curso destinado a quem já trabalha ou pretende trabalhar como executivo de futebol, denominado Gestão Técnica no Futebol.

 

Voltada especialmente para jornalistas, especialistas em marketing, advogados, agentes e estudantes, entre outros, a iniciativa proporcionará a oportunidade de se adquirir um conhecimento fundamentado e atualizado sobre gestão no futebol.

 

Idealizador da Universidade do Futebol, o professor João Paulo Medina coordenará o curso, cuja duração será de três meses. Os dois únicos encontros estão marcados para os dias 12 de agosto, em Salvador, e 11 de novembro, em Porto Alegre. O restante da carga horária será preenchido por meio de aulas online.

 

O valor do curso é de R$ 1500,00, podendo ser parcelado em até três vezes. Associados da Abex têm direito a 50% de desconto. Interessados em mais informações podem acessar o seguinte link:

 

http://ead.universidadedofutebol.com.br/. 

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terça-feira, julho 30, 2013

Conheça o novo ônibus da Juventus

FutebolMarketing 

Poucos dias antes de embarcar para a sua turnê de pré-temporada nos Estados Unidos, a Juventus descobriu como fará suas viagens pela Itália: com o seu novo ônibus Magelys HDH.

Fornecido pela Iveco – subsidiária do Grupo FIAT, proprietário do clube -, o veículo bianconero traz facilidades como: entradas USB e fones de ouvido em cada um de seus 44 assentos; frigobar; internet Wi-Fi com adaptação 4G; e três telas de LCD, com recepção via satélite ou digital terrestre.

Confira:

Imagens: Divulgação

Após grande ano, Bayern ganha 30 mil novos sócios

FC Bayern a caminho para ser o maior clube de sócios do mundo, já tendo ultrapassado a casa dos 200 mil

REDAÇÃO
Da Máquina do Esporte, São Paulo - SP

A temporada 2012/2013 foi de longe a melhor do clube alemão Bayern de Munique. Além de vencer todos os títulos que disputou, o time alvirrubro ainda ampliou seu quadro associativo em cerca de 30 mil novos membros.

Atualmente, o clube é controlado por seus sócios, que detêm 81.8% de participação no conselho diretor da agremiação. O clube da bávaro passa a ser o primeiro do país a ultrapassar a marca dos 200 mil membros.

O Bayern tem em seu quadro social exatos 217,2 mil sócios registrados. Apesar do excelente desempenho na captação de novos sócios, o clube alemão ainda fica atrás, por exemplo, do português Benfica, que contabiliza em seu quadro social 224 mil membros.

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segunda-feira, julho 29, 2013

CBF realiza mais uma seletiva em busca de talentos

Treinador da Seleção Brasileira, Márcio Oliveira, e sua comissão técnica, acompanhando a Seletiva cearense

      SELETIVA DO FF EM AQUIRAZ 045

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), tendo a representa-la uma comissão técnica constituída para a finalidade de promover avaliações de jogadoras em alguns locais do território nacional, cumpriu mais uma etapa itinerante à cata de atletas com potencial para cumprirem estágio nos selecionados nacionais da modalidade.

      SELETIVA DO FF EM AQUIRAZ 072SELETIVA DO FF EM AQUIRAZ 107SELETIVA DO FF EM AQUIRAZ 085

A etapa agendada para o estado do Ceará contou com a presença do técnico da Seleção Brasileira Principal, Márcio Oliveira, além do preparador de goleiras da Seleção sub-17, Paulo César Silva,  e do auxiliar técnico da Seleção sub-20, Jeferson Felix.

As atividades aconteceram  em duas localidades distintas, sendo que no sábado, 27, a cidade de Fortaleza e o Estádio Murilão abrigaram a primeira fase, que contou com a participação de 142 atletas. A fase seguinte aconteceu no Estádio Municipal Alberto Targino, município de Aquiraz, região metropolitana de Fortaleza, no domingo, 28, com a inscrição de 112 atletas.

      SELETIVA DO FF EM AQUIRAZ 091SELETIVA DO FF EM AQUIRAZ 132

A Seletiva do Futebol Feminino destinou-se a meninas com idade compatíveis com as categorias Sub-15, Sub-17, Sub-20 e adulta.

O evento contou com o apoio da Federação Cearense de Futebol (FCF) em parceria com a Liga Cearense de Futebol Feminino (LCFF), parceira da entidade e que também coopera na realização do Campeonato Cearense Feminino. 

      SELETIVA DO FF EM AQUIRAZ 133

Ainda participaram da organização da Seletiva, Renezito Junior, Diretor do Departamento de Futebol Feminino da Federação e coordenador do evento, o Presidente da Liga Cearense de Futebol Feminino, Benê Lima, além do vice-presidente, Sérgio Ricardo, bem como da diretora superintendente, Daiany França.

Para o estado Ceará ficou a satisfação do sucesso dessa iniciativa, que tem alcance nos aspectos esportivos e social, sem contar a visibilidade que dela emana para a modalidade.

Veja link do álbum de fotos

domingo, julho 28, 2013

O jogo de Dado: técnico investe em estudos para fazer sucesso

Aos 31 anos, o técnico mais jovem do país assiste a jogos de futebol disfarçado e investe em estudos para conseguir, no banco, o sucesso que não teve como atleta

Por Marcos Sergio Silva, da PLACAR

Dado Cavalcanti assumiu o Paraná Clube após a disputa do Campeonato Paulista
Dado Cavalcanti assumiu o Paraná Clube após a disputa do Campeonato Paulista / Crédito: 

Alexandre Battibugli

Aos 31 anos, Dado Cavalcanti, um pernambucano de Arcoverde criado em Caruaru e formado em educação física pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), não é apenas o mais jovem dos 40 treinadores das séries A e B. É também o mais promissor: em maio, ele foi eleito o melhor técnico do Campeonato Paulista, depois de levar o Mogi Mirim até as semifinais. No ano passado, fez a melhor campanha da primeira fase da série C com o Luverdense-MT.

No Paraná Clube, virou um técnico cobiçado – recebeu sondagens de Santos e Náutico. “A gente já tentou trazê-lo quando jogamos contra ele, ainda no Luverdense, na Copa do Brasil do ano passado. Ali já vimos que ele tinha um trabalho diferente. Eu trabalho aqui há 43 anos e não me lembro de um técnico tão novo. O Dado é um estudioso. Temos um projeto de longo prazo para ele”, diz o vice-presidente do Paraná, Luiz Carlos Casagrande.

Dado é adepto de treinos curtos e intensos. Prefere trabalhos específicos a gastar tempo com coletivos. Ele faz as contas: “Jairo Santos, auxiliar de Carlos Alberto Parreira, cronometrou o tempo do jogador com a bola. O Pelé, na Copa de 1970, passava 4 minutos por jogo. Romário, em 1994, 1 minuto e 40 segundos. Um atleta que passa 3 minutos com a bola, se eu fizer coletivo de 45 minutos cinco dias na semana, vai pegar a bola 7 minutos e meio. Então eu potencializo isso. Se é atacante, vou trabalhar a especificidade. Se eu vou fazer coletivo, ganho entrosamento, mas nunca vou evoluir tecnicamente”.

Esse sistema tem um nome: periodização tática, um método elaborado em 1989 pelo português Victor Frade. A prática, de modo bem simplificado, consiste em dar treinamentos com base apenas no que acontece em campo — uma teoria bastante complicada de colocar em funcionamento, pois não existem situações que não sejam com a bola e em situações de jogo. “Eu uso apenas os princípios, porque a periodização na íntegra é problemática. Ela abomina qualquer outro treinamento que não seja com futebol. Aqui no Brasil é meio utópico. Ainda falta conhecimento.”

O trabalho no Paraná Clube é o décimo da carreira de Cavalcanti. Dado consegue ser mais novo que os atletas que treina. Na Vila Capanema, existem dois casos: o meia Lúcio Flávio, 34 anos, e o zagueiro Anderson, 33. “É uma pessoa que entende muito de futebol”, diz Anderson, zagueiro que se destacou no Corinthians de Carlos Alberto Parreira, em 2002. “Ele é um dos melhores com quem já trabalhei. Ele enxerga o jogo mais na organização e exige bastante da parte tática. Outros treinadores deixam passar batido. Ele joga como um treinador europeu, bem diferente do brasileiro.”

 

Semifinalista do Campeonato Paulista com o Mogi Mirim
Semifinalista do Campeonato Paulista com o Mogi Mirim / Crédito: 

Thiago Calil

 

 

 

 

 

 

 

 

Esta, no entanto, é apenas a segunda experiência com contrato assinado — a primeira foi no Mogi Mirim. Nos outros clubes, só existia um acordo verbal, que podia ser desfeito a qualquer hora, sob o risco de não receber salários. Ele afirma, porém, que teve sorte. Dos dez clubes, só Santa Cruz-PE e América-RN não honraram as dívidas, embora o técnico não guarde mágoas. “Eu não exigia contrato porque queria estar lá, treinando os clubes”, afirma o técnico. “Quando saí do Santa Cruz, em 2011, recebi uma oferta do América de Natal. Saí de Recife com a mala no carro. Se acertasse, ficava. Falei para a minha família: vou para Natal. ‘E volta quando?’ Não sei.”

A pouca idade impõe desafios duros. “Eu não posso parar”, diz. “Um amigo, treinador também, falou: treinador bom é treinador rico. Pô, como assim? O treinador rico, o cara que tem dinheiro no bolso, ele pode se dar ao luxo de ficar um ou dois anos sem trabalhar. E fazer o que ele quiser. E eu não posso isso. Eu me casei neste ano. Eu estou comprando meu apartamento, eu tenho minhas dívidas. Não posso me dar ao luxo de parar seis meses sem ter uma receita.”

Treinar uma equipe de futebol nunca foi o sonho de Luiz Eduardo Cavalcanti. Quando jovem, seu pai, vendedor, queria que fosse médico. Optou por cursar educação física quando já atuava na base do Náutico como lateral-esquerdo. “Minha meta era ser atleta profissional. No mirim, no infantil, sempre fui destaque e jogava sempre uma categoria acima. Assinei meu primeiro contrato profissional no Santa Cruz e depois fui para o Náutico. Mas, na sub-20, comecei a perder espaço. Nunca fui um jogador rápido. E a minha lentidão é genética.”

Com 21 anos, em 2003, e a idade estourada para a base, foi avaliado pelo então treinador do Timbu, Muricy Ramalho. “Eu me lembro do treinamento, mas certamente ele [Muricy] não se lembra de mim. No fm, ele disse que não iria me utilizar. Isso fcou marcado”, diz. “Mas não sou um jogador de futebol frustrado. Eu sou um ex-atleta. Ponto.”

Começava aí uma peregrinação pelas categorias de base das três grandes equipes de Recife, que só seria encerrada em 2006, quando recebeu o convite para ser auxiliar-técnico de Gustavo Zloccowick, atual técnico da seleção de futebol de areia do Bahrein, na Ulbra de Rondônia. “Muita gente me amedrontou. ‘Vai fazer o que lá? Você trabalha no Sport. O Sport é o Flamengo do Nordeste.’ Eu fechei os olhos e fui. Com 30 dias de trabalho, o Guga recebeu uma proposta para treinar a seleção de beach soccer da Rússia e aceitou. Conversei com a direção e falaram para assumir como técnico. Tinha 24 anos. Chorei pra caramba. Voltar seria uma derrota. Você tentar e não conseguir é uma coisa; desistir é outra. A média de idade da equipe era seis meses maior que a minha idade. Meu pai disse: ‘Fica’. Fizemos um bom torneio e fomos campeões.”

No Paraná Clube, o segundo contrato profissional
No Paraná Clube, o segundo contrato profissional / Crédito: 

Alexandre Battibugli

 

 

 

 

 

 

 

Em sete anos de trabalho, Dado agregou experiência e repertório, aliando esse conhecimento ao uso recorrente de tecnologia. No Mogi Mirim, teve o auxílio da Unicamp, que testou em seus atletas um sistema GPS que registrava informações de velocidade e deslocamento durante o Campeonato Paulista. Mas é nos vídeos que o técnico aprende e ensina mais.

Ele e o auxiliar gravam lances das partidas de seu time e de seus adversários com um iPad. Com as imagens nas mãos, procura acertar o posicionamento dos atletas — e individualmente, para acelerar o aprendizado e poupar os mais experientes e formados de conversas que pouco acrescentam. Usa softwares, scouts (contagem de ações de uma partida) e anda pelo gramado nos treinamentos com uma prancheta com um campo de futebol estilizado.

“O processo de correção das deficiências pelas imagens é muito mais eficiente — e o meu lado acadêmico facilita isso. Se alguém falar que fulano anda mancando, eu não vou acreditar. Só se eu olhar a imagem. É esse o processo de feedback que uso no trabalho”, diz. Parte das informações ele usa ainda durante a partida, no intervalo. São 5 minutos para coletar e organizar as informações, outros 5 de conversa com os auxiliares e a última parte repassando as informações para os jogadores que vão voltar ao gramado.

Para Dado, quem mais evoluiu com esse sistema no Mogi Mirim foi o atacante Henrique, atualmente no Santos. “Nós pegamos todos os jogos. Em vez de eu mostrar os problemas em cada jogo, no meio da competição, eu chamei o analista de desempenho e fiz um vídeo só para ele. Foram 8 minutos. A gente não só colocou os defeitos, mas as qualidades também.”

“Ele soube analisar meus pontos fracos, minhas deficiências”, diz o atacante santista. “Quando cheguei, ele disse que, se eu investisse em aprimorar as minhas qualidades, estaria em um clube da série A.”

O treinador assiste a jogos nos estádios sempre que possível. Mas, com a exposição cada vez maior, teme ser reconhecido. O último que viu foi Atlético-PR x Cruzeiro, na Vila Olímpica, em Curitiba. Em Recife, ia disfarçado, ainda que não funcione sempre. “Fui à Ilha do Retiro de bermuda, tênis e uma camisa na cabeça. Parecia um ninja. Na porta, o policial olhou pra mim: ‘Professor Dado? Tira a camisa da cabeça porque vão achar que é um marginal’.”

O técnico tem sonhos, embora não os exponha. Quer treinar um clube de série A, mas sabe que antes deve cumprir seus trabalhos — como levar adiante o projeto de o Paraná Clube subir para a série A do Brasileirão. Essas metas não incluem, no entanto, treinar a seleção. Para ele, seria a antítese da carreira que ele construiu até agora. “Teve uma enchente em Recife, e Ricardo Rocha e Juninho Pernambucano fizeram um jogo beneficente. Eu me senti técnico da seleção brasileira. Fiz umas substituições e foi só. Seleção é isso. Esse tipo de situação não me enche os olhos. Eu quero continuar a fazer o que mais gosto: dar treino.”

AS APOSTAS DO PARANÁ

Com orçamento curto, clube procura técnicos promissores – e não se arrepende

Caio Júnior
Caio Júnior / Crédito: 

Reprodução

Caio Júnior

Ex-jogador do clube, começou a carreira na Vila Capanema. Voltou depois de um bom trabalho no Cianorte. Classificou o Paraná para a Libertadores em 2006. O sucesso no clube o levou para o Palmeiras.

 

 

Marcelo Oliveira
Marcelo Oliveira / Crédito: 

Reprodução

Marcelo Oliveira

Só havia tido experiências nas categorias de base do Atlético-MG, no CRB e no Ipatinga antes de assinar com o Paraná, em 2010. Ganhou experiência e migrou para o Coritiba. Está hoje no Cruzeiro.

 

 

Ricardinho
Ricardinho / Crédito: 

Reprodução

Ricardinho

Cria das categorias de base do Paraná Clube. Aposta do clube quando encerrou a carreira, em 2012. Pressionado pela diretoria, durou pouco no cargo, mas abriu caminho para a trajetória de treinador

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sábado, julho 27, 2013

Técnico veta brincos, fones de ouvido e até penteados nas categorias de base da seleção

Alexandre Gallo afirmou que o caráter e o comprometimento são mais importantes que a capacidade técnica nas convocações para as equipes nacionais
Equipe Universidade do Futebol

 

Gallo 02

Escolhido por José Maria Marin em janeiro deste ano para exercer o cargo de técnico e coordenador das categorias de base da seleção brasileira, Alexandre Gallo começou a realizar um processo de mudanças de diretrizes no comando dos jovens jogadores do Brasil.

Em entrevista ao jornal "O Estado de São Paulo", o treinador disse que o caráter dos jogadores e o comprometimento com o trabalho serão mais importantes do que a capacidade técnica.

“Eu vou implantar uma nova mentalidade na base. Não tem mais brinco, não tem fone de ouvido, não tem cabelo, marra, nada. Os que têm, estão fora. Só jogadores comprometidos serão convocados. O grande lance é o que aconteceu na Copa das Confederações. Por que todo mundo gostou do Brasil? Porque houve comprometimento e cumplicidade no trabalho. Os jogadores eram quase os mesmos de antes, mas o comprometimento mudou”, apontou.

Focado em apagar o vexame da seleção sub-20 no Sul-Americano do início do ano, disputado na Argentina e que o Brasil foi eliminado ainda na primeira fase, Gallo enfatiza que o momento é de mudança radical.

"Tem um menino do sub-15 do Grêmio que é um craque, mas num torneio que vi ele se recusou a dar a mão para o técnico e usava um cabelo cortado com a inicial do seu nome e o número 10. E está fora da seleção. O Gabriel [Gabigol, do Santos] só foi chamado agora para a sub-17 porque mudou seu comportamento. O pessoal dos clubes tem me agradecido muito por essa postura", assegurou.

 

Tags: formação , categorias de base , seleção brasileiro , alexandre gallo , sub-17 ,comportamentos

Espanha e Alemanha ainda são melhores que Brasil, diz Parreira

No entanto, o coordenador da seleção destacou que a equipe brasileira evoluiu bastante e que comissão já tem uma base para a competição em 2014
Equipe Universidade do Futebol

Apesar do título da Copa das Confederações, a seleção brasileira e os jogadores têm de entender que as equipes da Espanha e a da Alemanha ainda são melhores do que o Brasil dentro das quatro linhas.

Pelo menos essa é a opinião do coordenador técnico da seleção, Carlos Alberto Parreira. Para ele, o time nacional ainda é um time em formação, mesmo depois da conquista invicta no mês passado, com uma vitória por 3 a 0 sobre os espanhóis na final.

"Ainda falta [muito] para chegarmos a cem por cento. O Brasil não é o melhor time do mundo. Os melhores continuam sendo Espanha e Alemanha, mas nós estamos chegando lá", afirmou Parreira, em entrevista à Reuters.

No entanto, o coordenador da seleção destacou que, em relação ao começo do ano, quando Luiz Felipe Scolari assumiu o cargo de técnico da seleção, a equipe evoluiu bastante e já tem uma base para a competição em 2014.

"A confiança do torcedor foi reconquistada e a nossa também. Temos uma base para o Mundial", apontou.

"Temos um time, uma maneira de jogar e uma base definida. Nosso objetivo, de encontrar um time e uma maneira de jogar, atingimos", finalizou.

 

Tags: seleção brasileira , futebol espanhol , alemanha , formação , time , equipe , carlos alberto parreira , coordenador técnico , futebol brasileiro

sexta-feira, julho 26, 2013

Comissão da CBF realiza Seletiva em Fortaleza para as Seleções Brasileiras de futebol feminino

Que tal fazer um teste para a Seleção Brasileira de Futebol Feminino?

SELETIVA - Geral

A oportunidade é para todas as idades, do Sub-15 ao Adulto, passando pela Sub-17 e Sub-20, você tem a chance de participar de uma SELETIVA para uma destas categorias.

A organização do evento é da Federação Cearense de Futebol (FCF) em parceria com a Liga Cearense de Futebol Feminino (LCFF), que também é parceira da FCF na realização do Campeonato Cearense Feminino 2013, que terá início a partir de 1º de setembro.

Participe deste evento e venha mostrar suas habilidades e seu talento. O resto é com a gente. A comissão técnica da Seleção Brasileira estará no estado do Ceará para realizar em Fortaleza e Região Metropolitana a maior SELETIVA do futebol feminino.

- Sábado, 27, no Murilão em Messejana, a partir das 13 horas (uma da tarde);

- Domingo, 28, no Estádio Municipal de Aquiraz, a partir 8 horas.

- Faça sua inscrição nesta sexta. Você não paga nada.

- INSCRIÇÃO PRORROGADA P/ATÉ AS 10h DESTE SÁBADO.

Contato/Informações:

- Benê Lima - (85) 8898-5106 Oi / (85) 9919-6589 Tim

INFORMAÇÕES ADICIONAIS

- As candidatas devem estar com roupa de treino (calção, camisa e meias) e chuteiras;

- A organização do evento disponibilizará coletes;

- Em princípio não haverá divisão por categoria (sub-15, sub-17, sub-20 e Adulto);

- Para o Murilão, em Messejana, as candidatas devem chegar entre 13h00 e 13h45;

- As candidatas deverão portar documento de identidade com foto;

- As categorias a serem observadas serão: 

  • Sub-15 (nascidas no ano de 2000 e 2001);
  • Sub-17 (1997, 1998 e 1999);
  • Sub-20 (1994, 1995 e 1996) e
  • Adulto aberta.

Informações: Benê Lima (85) 8898-5106 (Oi) / 9919-6589 (Tim)

Link no facebook: Seletiva da Seleção Brasileira de Futebol Feminino 

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