Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

sábado, novembro 29, 2008

Vocação para o futebol

Eleição acirrada no Caucaia dá vitória à situação

A atual gestão caucaiense acumula mais uma conquista, desta feita no campo político-administrativo

A presente semana foi positivamente marcante para o Caucaia Esporte Clube. Logo depois da conquista da 1ª Taça Fortaleza de Futebol Feminino, na última terça-feira, 25, no Estádio Presidente Vargas, a direção do tricolor caucaiense comemora uma conquista ainda maior: a importante vitória nas urnas.

Para o quadriênio 2009-2012, a agremiação que representa o vizinho município da região metropolitana de Fortaleza, continuará sendo administrada por seu sócio-fundador, José Eudes da Silva Lima, o Eudes Caucaia, como é conhecido de todos. Mas para os que pensam que isso representa continuísmo, Eudes prega aviso: “Nós queremos ser melhores do que fomos, e pra isso estamos abertos para o apoio daqueles que queiram nos ajudar. Alguns cargos de diretoria podem ser colocados à disposição de quem quiser colaborar.”

O Presidente do Caucaia promete uma administração um pouco mais participativa, e a busca por um status organizacional que permita atrair parcerias para o clube. Eudes tem esperança de que as divergências políticas possam ser superadas, e que isso represente o apoio do poder público caucaiense à agremiação que tão bem tem representado o seu município.

Em sua fala ao final da Assembléia Eleitoral, Eudes demonstrou uma alegria contida, muito mais preocupado em compor que em descompor, passando a imagem do respeito aos adversários momentâneos, e deles pretendendo a cooperação em prol de um Caucaia maior e melhor.
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BENÊ LIMA
Relações Públicas
Caucaia Esporte Clube
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quinta-feira, novembro 27, 2008

Meninas do Caucaia conquistam I Taça Fortaleza de Futebol Feminino

Do O Povo

Depois de três meses de disputas entre oito times, Fortaleza e Caucaia decidiram a I Taça Fortaleza de Futebol Feminino. Na partida final, ontem à tarde, no estádio Presidente Vargas, a equipe da região metropolitana bateu o Tricolor por 1 a 0. O gol foi da atacante Lula, aos 10 minutos do primeiro tempo.
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Os dois times chegaram à final com um retrospecto impressionante. A dupla venceu todas as partidas e não tomou um golzinho sequer. Além do mais, garantiram vaga para a II Liga Nacional de Futebol Feminino, que acontecerá em janeiro, no interior paulista (Águas de Lindóia).
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Tanto a competição local, quanto à nacional, não têm ligação com federações ou confederações. Aqui, por exemplo, a Taça Fortaleza foi organizada pela Liga Cearense de Futebol Feminino.
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Segundo o presidente da entidade, Sérgio Ricardo, "a idéia era promover o futebol feminino no Estado".
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O dirigente ainda explicou que existe um diálogo com a Federação Cearense de Futebol - FCF - para que seja criado um campeonato estadual oficial de futebol feminino.
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Jornal O Povo, edição de 26 nov 2008

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segunda-feira, novembro 24, 2008

A Coluna do Benê Lima

(24.11.2008) COM PÉ E CABEÇA - ANO IV - Nº136

"O que me assusta no rádio, não é tipo físico dos briguentos, e sim algumas atitudes típicas de calhorda de certas figuras." - (Benê Lima)


Opinião
DÁ-LHES HERIBERTO!!!

Manda teus críticos contumazes aprenderem sobre futebol para com moral debaterem

Defender a Heriberto da Cunha e Lula Pereira é a mais nova ‘acusação’ que pesa sobre minha conduta. Mas não é exatamente a defesa de ambos que tenho feito. Antes, tenho tentado fazer com que as pessoas aprimorem suas análises, tornando-as menos superficiais, menos pontuais, deixando de operar com os extremos, e passando à busca de uma mais ampla compreensão das reais causas da baixa performance dos nossos clubes.

Lula e Heriberto são possuidores de invejáveis currículos, embora isso não os coloque entre os profissionais de ponta, e menos ainda como o supra-sumo do conhecimento futebolístico. Todavia, possuem conhecimento compatível para o bom desempenho de suas atividades, e não deveriam ser contestados por quem não possui embasamento quer empírico, quer técnico, quer científico.

Esperar que numa partida decisiva o técnico leonino enfrentasse o seu adversário de forma aberta, exposta e descomposta, não seria nenhum pouco lógico. Não para um técnico profissional com mediano conhecimento. Não pela fragilidade defensiva do time tricolor.

Heriberto não tinha como não tem opções em seu elenco para promover pura e simplesmente o remanejamento dos jogadores. O time ou times que o técnico tricolor vem formando se equivalem, comparativamente, a uma colcha de retalhos com emendas de frágeis tecidos, por isso sempre sujeitos ao rompimento.

Quando exigidas pelos adversários, as diferentes formações defensivas tentadas por Heriberto, com raríssimas exceções, não inspiravam confiança e não respondiam a contento. Das três vitórias do Fortaleza conseguidas fora de casa, todas elas tiveram o cuidado e o equilíbrio do balanço defensivo como premissas. Vamos aos fatos.

Contra o CRB, em Alagoas, o técnico-tampão Jorge Veras utilizou a seguinte formação, tendo como referência a plataforma 3x5x2: Tiago Cardoso; Vítor, Erandir e Juninho; Gilberto, Dude, Rogério (Leandro), Raul (Mazinho Lima) e Eusébio; Paulo Isidoro e Fábio Oliveira (Osvaldo).

Contra o ABC, em Natal, sob o comando do técnico Heriberto da Cunha, um 4x4x2 com três volantes e um meia com poder de marcação, forneceram o balanço defensivo necessário à equipe, com uma dinâmica de mais consistência defensiva e de uma transição ofensiva rápida. Assim, tivemos a seguinte formação: Tiago Cardoso; Michel, Gaúcho, Preto (Bruno Costa) e Chiquinho (Eusébio); Erandir, Thiago Almeida, Josimar e Simão; Bambam (Osvaldo) e Adailton.

Finalmente veio o jogo contra o Bragantino, e não poderia ser outra a postura do treinador tricolor, senão redobrar em cuidados. Afinal, a partida era ‘eliminatória’, e o Fortaleza não podia perder, sob pena de lançar-se numa aventura terrível, e numa crise de proporções e desdobramentos imprevisíveis.

Diante de tal situação, o arriscar-se seria, como foi, ‘homeopático’. O cuidado era uma constante; o cálculo, meticuloso e preciso; o grande e o médio risco eram para ser evitados; a coragem era para ser movida a rogos; o desespero era para dar lugar, como deu, a uma estratégia de incansável busca do erro do adversário. E nesse diapasão, o Bragantino em suas tentativas de pressionar o Leão, acabou dando os espaços de que Osvaldo precisava, para em contragolpe fulminante dar vida a um Leão semimorto.

Assim venceu o Fortaleza; assim triunfou Heriberto.

Quem sabe, não obstante todos os erros cometidos pelas duas diretorias tricolores desta temporada - notadamente a do primeiro semestre – não teremos, mais uma vez, o gerenciador de crises chamado Heriberto da Cunha, ajudando a salvar mais um time cearense da escabrosa terceira divisão... Quem sabe!

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EFEMÉRIDES

Aos frangalhos

Ceará e Fortaleza chegam agonizando ao final do Brasileirão da B. O Alvinegro de Porangabuçu, mesmo com uma vitória minguada, consegue produzir menos que um mais que cambaleante Gama.

Impressionante a queda de produção de atletas como Dedé, Chicão e Claisson; ridícula as performances de Lúcio e Sérgio Alves; chama-nos a atenção a frouxidão da marcação de Dezinho; entre outros senões.

Diante disto, qualquer crítica dirigida a Lula Pereira deve antes considerar todas estas questões. Essa história de fazer omelete sem ovos não passa de mera figura de retórica, falsa retórica.

É demonstração de uma mente primitiva imaginar que treinador é milagreiro. Tão humano quanto nós, o que os treinadores medianos têm a seu favor é saber sobre futebol mais que nós. Mas é importante que rememoremos que treinador vive é do trabalho, e que depende fundamentalmente de seus comandados para assimilação do que aplica didaticamente.

É natural que o próprio Lula também cometa seus pequenos equívocos, é aceitável que as ‘verdades’ do Lula nem sempre coincidam com as nossas. Mas isto não tira de Lula os ‘álibis’ de que dispõe. A verdade é que o elenco do Ceará mostrou-se limitado, e mais limitado ainda na fase crucial da competição. E isto precisa ser levado na devida conta.

Alguns exemplos destas limitações. O time do Ceará não possui a característica da jogada aérea, porém a lateral-esquerda é repleta de jogadas aéreas. O centro-atacante alvinegro não possui as características nem do segundo atacante nem do primeiro. Enfim, é a referência da não-referência. Lúcio não tem conseguido ser nem meia-de-armação nem meia-atacante. É meio-jogador. As limitações criativo-ofensivas evidenciam-se, quando vemos um antigo volante tornar-se o melhor meia alvinegro da atual temporada. Falo de Cleisson, cujo futebol tem murchado, em razão da queda de seu rendimento físico.

Creio que mais não preciso ser dito.


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BREVES E SEMIBREVES ®

Arrogância ou o quê?
O que me assusta no rádio, não é tipo físico dos briguentos, e sim algumas atitudes típicas de calhorda de certas figuras. Tentar impedir que um chefe de equipe vá para o ar é uma atitude no mínimo de canalha. E isto aconteceu em nosso rádio. E mais não direi se não for provocado. Que não se confunda a pessoa de bem com o otário.

Atitude mafiosa 1
A nossa (minha) liberdade, que tal qual a de todos é apenas relativa como tem de ser, só não está em risco porque não aceito intimidações. Tenho sido questionado por manter uma opinião solitária em desfavor dos dirigentes, e não em favor dos técnicos Heriberto e Lula. Estes são beneficiados pelo meu senso de justiça e pela hierarquia existente entre os erráticos.

Atitude mafiosa 2
Recebo ligação em tom de dissimulada cortesia, acusando-me de haver dito o que não pronunciei. Engraçado é que as pessoas esquecem que o que é dito no rádio é gravado, e elas agem como se assim não o fosse.


Benê Lima
benecomentarista@gmail.com
(85) 8898-5106

quinta-feira, novembro 20, 2008

A Coluna do Benê Lima

(20.11.2008) COM PÉ E CABEÇA - ANO IV - Nº135

Opinião

FUTEBOL SEM EIRA NEM BEIRA

Exageros a parte, o futebol cearense sobrevive sob o primado do pior tipo de amadorismo


Que me perdoem os amadores, que muitas vezes se organizam um pouco melhor que a maioria de nossos pretensos profissionais. Que me entendam os que integram nosso futebol profissional, sem o fazê-lo profissionalmente.

Saibam todos que, o objetivo destas palavras não é o de desprestigiar o esforço, a abnegação nem o trabalho dos atores ou da produção do futebol. O que queremos é ajudar a construir o espírito crítico nas pessoas, apontando equívocos, omissões e a falta de profissionalismo. Não sem entremearmos às críticas, sugestões que representem sinalizadores para a busca de saídas para as constantes crises do nosso futebol.

Se tomarmos a atual crise do Fortaleza para análise, com extrema facilidade inferiremos que ela tem origem no mau gerenciamento do clube. E qual o porquê deste ‘antigerenciamento’? A razão está na falta de cultura gerencial dos nossos dirigentes, que não possuem, quer de forma inata quer adquirida, a devida formação em gestão do futebol.

Muito se fala na necessidade da formação de atletas como a salvação para nossos clubes, mas pouquíssimo se tem falado e nada se tem feito no sentido de formarmos dirigentes para eles. E essa omissão tem gerado um altíssimo custo para os dois maiores entre eles - Ceará e Fortaleza.

Outro fator determinante de suas constantes crises gerenciais, é a falta de projetos de longo prazo e de um planejamento de autogestão, que possibilite a estabilidade mínima desejável entre os diferentes gestores (ou gestões). Um exemplo típico disto, verificou-se entre a tríade Ribamar-Desidério-Bomfim, isso para ficarmos apenas no exemplo mais recente.

Ribamar teve bom desempenho em títulos, razoável performance administrativa, e pouca eficiência na administração do futebol, isto podendo ser aferido pelos valores da relação custo x benefício. Mas vale registrar que Ribamar teve e mantém um bônus adicional: a criação do IFEC, que gerencia o projeto do centro de formação e treinamento de atletas.

Surge Desidério com um perfil inteiramente diferente do de Ribamar. Sem o mesmo nível de independência, e tendo sido forjado à sombra de Ribamar e eleito sob a falsa égide da Santana Textiles, Desidério lançou a si e ao clube numa aventura sem precedentes, conseguindo desfazer em meses o que houvera sido construído em mais de meia década. De um clube saneado e acreditado, que servia de referência para o norte e o nordeste brasileiro, o Fortaleza mergulha na sua maior crise após a virada do século, e o que é pior: com a ajuda de muitos tricolores torcedores de dirigentes.

Vem Bomfim que já havia pulado para fora do barco à deriva, e volta como timoneiro ‘salvador-da-pátria’, mas sua performance segura se mostra lenta e ineficaz para manter o controle das coisas. Eis que o barco tricolor continua à deriva, muito mais dependente de uma favorável conjunção casual dos eventos, para escapar da tragédia do rebaixamento para a terceira divisão.
Diante de tão cruel e lastimável realidade, cuja extensão é maior do que pensam muitos, resta dizer que nossa indignação como cronista esportivo, só não é maior que nossa compaixão pela situação do nonagenário Fortaleza Esporte Clube.

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EFEMÉRIDES

Críticas sem qualificação
Muito do que temos escutado em termos de críticas ao treinador Heriberto da Cunha, é mais fruto da falta de cultura futebolística dos críticos, que em sua maioria não buscam atualização de seus parcos conhecimentos. Recentemente, Heriberto concedeu uma esclarecedora entrevista, onde comenta sobre muitos dos questionamentos que vem sofrendo. A mim Heriberto não precisaria convencer, pois jamais tive dúvida quanto a quem sabe mais: se Heriberto ou se seus críticos. Não por uma questão de sectarismo de minha parte, mas sim pelo esforço que tenho feito ao longo dos anos, para ampliar minha compreensão sobre os diferentes aspectos que envolvem o futebol.

Loteria ou jogo de sorte e azar
Escalar o time do Fortaleza tem representado uma verdadeira loteria. Isso porque todos os atletas já foram testados, e a resposta confunde o mais arguto dentre os observadores. Se o critério for técnico e pragmático, não há quem resista como titular; se for físico, muitos não tem dado resposta satisfatória; se for tático-técnico, apenas alguns respondem satisfatoriamente. Tem razão prevalecente o técnico Heriberto, por mais que sua retórica seja imprecisa.


BREVES E SEMIBREVES ®

FCF- Eleição e renovação
No pleito federacionista que se avizinha, embora com período previsto mas com data incerta, há prenúncio de que tenhamos, além da disputa, o compromisso prévio de uma gestão arejada e embasada em propostas preanunciadas. Isso é o que deixou transparecer Mauro Carmélio, em quem depositamos nossas esperanças de menos anacronismo.

FCF - Incapacidade
O que mais lamentamos na condução da nossa entidade de administração do desporto (FCF), é a ausência do espírito de empreendedorismo entre os que a dirigem. E com Carmélio, parece-me lícito esperar que esse ciclo de não-prática seja interrompido.

FCF – Renovação
Não pretendemos a mudança pela mudança. Não queremos a mudança de uma série de comportamentos contraproducentes, por outros provindos de novas pessoas com idéias igualmente velhas e contraproducentes. A mudança deve ser de mentalidade. Portanto, cabe até a reciclagem, desde que seja sob novo e renovado comando.

FCF – Desqualificação
É perceptível a campanha que tem sido disparada na tentativa de desqualificar a candidatura do atual Vice, Mauro Carmélio, ao identificá-lo, maldosamente, como torcedor e não como dirigente. Mesmo que Mauro não abra mão de uma mera simpatia clubística, ainda assim não se deve acreditar que ele seja um homem de tão estreito feixe de valores, sem ambições pessoais lícitas e desprovido do desejo de crescimento pessoal e profissional.

FCF – Situação atual
Vê-se que muitas das tarefas que em um QDT (Quatro de Distribuição de Trabalho) caberiam ao Presidente Degésio, já vem sendo acumuladas pelo atual Vice. Disto podemos denotar o espírito cooperativo e a lealdade franciscana de Carmélio, que tem colocado os interesses da entidade que representa, e os interesses de seus afiliados, acima de quaisquer outros interesses.

FCF – Amarras
Vislumbro na candidatura de Mauro Carmélio, além das precondições às quais já me reportei, duas outras que são: a experiência do cargo, e a declarada vontade política de apresentar-se como instrumento das mudanças que a nossa entidade de administração do desporto está a reclamar. Mauro certamente projeta o sonho da soltura das amarras. (...)

FCF – Planos e projetos
Indagado sobre o futuro que se avizinha, Mauro mostrou-se seguro ao sustentar que tem projetos, aspirações, idéias de crescimento e uma plataforma de gestão. Entre os itens dessa plataforma, destaca a interiorização do futebol. Quanto às parcerias, demonstrando que pensa o futebol como um todo, acena com a disposição de dar apoio às iniciativas da Liga Cearense de Futebol Feminino (LCFF).

No reino do Pici
Tomei conhecimento que há situações putrefeitas no Pici que têm causado grande insatisfação ao comando da patrocinadora-master do Leão. Isso pode provocar até seu afastamento do clube. Caso se confirme, tal decisão agravará ainda mais a já estonteante crise do Tricolor.

De mau a pior
Os nomes que começam a surgir como candidatos à presidência do Fortaleza, não são nada animadores. Se os associados do clube não cuidarem, um ciclo de maior retrocesso se instalará pelas bandas do Pici.

Tiro no pé - 1
Os únicos culpados pela monumental crise tricolor não são outros senão os tricolores. A prática da blindagem provocou a perda do senso crítico, embotando a visão de muitos torcedores leoninos. Será que agora, independente da divisão em que a equipe se enquadre, houverá algum aprendizado?

Tiro no pé - 2
De programas oficiais a oficiosos do Fortaleza, ficou a garantia de que eles em nada contribuem de maneira efetiva e menos ainda eficaz, para o crescimento do clube. A falta de qualidade dos cartolas, e a baixíssima presença de público nos estádios nos jogos do time que o digam.

Desrespeito
Nas ondas da Metropolitana AM930, tenho assistido com certo embaraço, o que tem sido feito contra o legendário cronista Morais Filho. Numa atitude de flagrante desconsideração, sobre a fala de Morais têm sido jogadas vinhetas inoportunas e ridículas. Lamenta-se. Isto é que é falta de ética.

Confraternização
A APCDEC promove sua festa anual de natal e ano novo no próximo dia 5, nas dependências do Clube dos Diários. Quem avisa é o multimídia Alano Maia, ele que deu novo fôlego àquela entidade classista.

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“A visão pessimista do nosso futebol não deve fundar-se (...) nos prêmios monetários dos jogos, mas sim na carência de ciência e consciência, em todo o sistema onde o futebol se desenrola. Uma luta egoísta, sem vida sindical constante e lúcida, indiferente ao sofrimento dos antigos ou atuais colegas de profissão, que jazem na miséria, nunca sai vitoriosa, porque é uma forma de autopreservação da injustiça e do erro”... (Manuel Sergio, professor e filósofo do fenômeno esportivo)


Benê Limabenecomentarista@gmail.com
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quinta-feira, novembro 13, 2008

A Coluna ' in totum'

(13.11.2008) COM PÉ E CABEÇA – ANO IV – Nº134

”Por existir e para continuar existindo, o futebol cearense precisa ser reinventado.” (Benê Lima)

Para reflexão

A INCOMPETÊNCIA QUE FAZ CALAR O URRO DO LEÃO

Maniqueísta, não o sou. Dualista é minha condição mínima para considerar uma situação. Ser afeito à visão holística me permite aprofundar as análises, seccionando-as para identificar as causas dos fracassos, e, quando possível, buscando vislumbrar uma cadeia de medidas que representem alternativas de reconstrução.

O futebol possui um elemento complicador em suas crises, que é o combustível da emoção. A emoção que atropela planejamento, queima etapas, deprecia a razão, decepciona a lógica, que serve de pretexto para o irracionalismo.

Tenho acompanhado a eterna e recorrente discussão sobre a incompetência dos treinadores, que em muito ultrapassa a discussão acerca da incompetência dos cartolas, quando a ordem crescente deveria ser proposta de forma inversa. Ou seja: antes, deveríamos questionar a incompetência dos cartolas, que, em geral, supera em muito a dos técnicos.

O futebol evoluiu para o desvendamento dos conceitos que lidam com a complexidade, em substituição à tendência de vê-lo pela ótica da fragmentação do conhecimento. Em outras palavras, como diria um filósofo do futebol:

- Como acreditar que o treinamento em partes pode resolver problemas do todo? Como acreditar que em uma atividade que trabalhe conceitos táticos não contenha elementos técnicos, exigências físicas, controles mentais que se inter-relacionam? Como acreditar que um treinamento técnico isolado possa se transferir para as infinitas situações-problema do jogo tático-técnico-físico-mental em que a “técnica” é exigida?

Outro equívoco monumental, em se tratando da compreensão das massas e da de alguns profissionais da imprensa (inclua-se rádios, jornais e televisões), no que concerne a treinamentos desportivos, diz respeito à disjunção entre teoria e prática. No futebol, “uma só faz sentido pela existência da outra, atuando ao mesmo tempo, sem fronteiras visíveis”, asseguram os estudiosos.
A ‘descoberta’ de que Heriberto da Cunha pouco realiza o já anacrônico treino-coletivo, no fundo não representou descoberta alguma. Na verdade, a isso podemos considerar um ato de auto-descoberta, pois o que se descobriu foi a ignorância futebolística dos pretensos ‘descobridores’. É evidente que falamos do velho ‘coletivo’ que reproduz o jogo. Ora, a mera reprodução do jogo não constitui acréscimo lauto em eficácia, até porque o jogo representa muito mais a possibilidade da avaliação que propriamente uma oportunidade de evolução.

Portanto, enganam-se os que imaginam o conceito de ‘entrosamento’ como mero conhecimento recíproco acerca do automatismo dos movimentos dos atletas. No âmbito do futebol, a verdadeira definição de entrosamento pode ser representada, fundamentalmente, pela capacidade inata e principalmente a adquirida que os jogadores venham a assimilar acerca de suas funções no contexto de uma dada plataforma tática, bem como de toda a dinâmica dos esquemas.

Abaixo, trago algumas impressões de nossa cepa, que podem auxiliar na compreensão de muitos dos nossos leitores.

Sobre sistemas e/ou esquemas táticos

1- A discussão sobre sistemas táticos é de somenos importância, em razão deles representarem matematicamente apenas uma configuração inicial estática do que verdadeiramente importa, que são as estratégias que dão dinâmica a esses sistemas.

2- Os sistemas quando em movimento não podem ser expressos com exatidão descritiva, haja vista operarem dentro de uma dinâmica de permanente transformação.

3- Uma vez que os técnicos, por razões óbvias, não expõem suas estratégias táticas, quaisquer considerações feitas ‘a priori’ assumem caráter meramente especulativo.

4- Já as considerações formuladas ‘a posteriori’, devem implicar para os comentaristas na leitura das principais estratégias identificadas, bem como na análise da eficácia e ineficácia de cada uma delas. E, se for o caso, até propor alternativas.

5- Os sistemas táticos são por demais conhecidos em teoria e em seus estados de inércia (não-movimento). O desafio é desenvolver as suas dinâmicas e aplicá-las às equipes.

6- Já a assimilação dessas dinâmicas pode ser facilitada pelo maior grau de cultura tática dos atletas. Outros fatores facilitadores são a versatilidade técnica e o disciplinamento tático.

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EFEMÉRIDES

Clube e time
Estabelecermos a diferença óbvia entre clube e time numa mesma agremiação é tarefa básica, mas de capital importância. O Ceará-clube vai relativamente bem, experimenta evolução administrativa extraordinária, tanto do ponto de vista filosófico quanto do operacional. Enquanto isso, o Ceará-time tem conseguido uma média de desempenho apenas regular, mercê de uma boa campanha na primeira fase do Brasileirão, contra uma campanha pífia na segunda metade da competição.

Time e tabu
Tabu como condição ‘a priori’ é algo que não existe. Tabu como causa é coisa que não resiste ao mais elementar raciocínio lógico. Tabu é mera peça de retórica, e não passa da catalogação de alguns efeitos, aos quais se atribui falsamente uma relação de coerência que na verdade não existe. Por isso o problema alvinegro não é o de ter um tabu a ser quebrado, mas sim o de ter uma limitação a ser superada, qual seja: ganhar uma única partida que seja fora de casa.

Vitória histórica
Vencer o São Caetano representou para o Leão do Pici muito mais do que a possibilidade de permanecer na Série B. É a chance de voltar a trilhar o caminho da normalidade, de reconstrução de um ambiente respirável e produtivo, de encaminhamento de ao menos um esboço de planejamento para o próximo ano, de produção de uma fé fundamentada em substituição a uma fé cega.


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BREVES E SEMIBREVES ®

Não à idolatria
Dizem que IWL é também a sigla que se traduz por Investir em Wanderley Luxemburgo. Luxa tem sido alvo de fortes críticas dos jornalistas independentes deste país, que assim como nós não reconhece no ‘estilo luxemburgo de ser’ um modelo aceitável para o futebol brasileiro.

Ponto de partida
Um bom mote para reflexão, é imaginarmos que um time campeão ou uma boa campanha não começa com um bom treinador, mas com uma boa diretoria, que não seja refém nem de técnico, nem de patrocinador, nem de torcida, nem de cronistas...

Líder nato ou líbero?
Longe, mas longe mesmo da elegância técnica e da inteligência e eficiência de um Franz Beckenbauer ou de um Franco Baresi, dois dos maiores líberos que o mundo já viu, o zagueiro Juninho, do Tricolor de Aço, teve papel relevante como terceiro zagueiro do time tricolor diante do São Caé. Pontualmente, portou-se como um líbero à frente da zaga, acumulando tanto funções defensivas como algumas ofensivas.

Realidade
A queda de produção da equipe do Ceará, no que concerne a resultados, deveu-se e deve-se à baixa produção de seus atacantes e meias-atacantes, tendo em Lúcio e Sérgio Alves os principais representantes dessa baixa produtividade.

Mentira ou verdade?
É impossível a comprovação objetiva de qual plataforma tática se mostra mais eficiente, e menos ainda a mais eficaz. Contudo, matematicamente, é inegável a razão do grande treinador e estudioso português José Mourinho, quando afirma que o 1-4-3-3 possui a mais equilibrada distribuição espacial por setores do campo, permitindo uma maior aceleração da recomposição e reconstrução das dinâmicas dos sistemas.

Futebol feminino – 1
A Liga Cearense de Futebol Feminino (LCFF) tem feito um extraordinário trabalho de divulgação desta modalidade em nosso estado. Está em curso a Copa Cidade de Fortaleza, em sua etapa semifinal, sendo que os quatro times credenciados são: Arte de Amar, Assoceaman, de Maracanaú, Fortaleza, e o atual campeão cearense, o Caucaia.

Futebol feminino -2
Sérgio Ricardo da Silva, Presidente da LCFF, está trabalhando para o sucesso da entidade que dirige, que tem por objetivo mais que a mera difusão do desporto. Sérgio faz questão de ressaltar o aspecto educacional que inspira todas as ações daquela entidade de administração do desporto, conforme preconiza a Lei Pelé.

Agradecimentos
Somos gratos a todos quantos têm manifestado seu apoio e seu reconhecimento, pelo esforço que temos feito para manter uma programação esportiva local de bom nível nas tardes de domingo, através da Rádio Metropolitana AM930. Em meu nome, em nome de Assis Pereira e todos que têm participado, nosso muito obrigado.

Bola murcha
Para a atual administração do município de Caucaia, região metropolitana de Fortaleza, pelo descaso com que tem tratado a agremiação de futebol representante daquele município, atual campeã cearense na modalidade futebol feminino. Lamentável mesmo! Dos políticos não se quer benesses, mas o cumprimento das promessas e o respeito para com seus munícipes.

Exemplo
Bem que os prefeitos e prefeitas dos municípios cearenses poderiam buscar inspiração, para a área do esporte, nas ações do atual prefeito de Horizonte, Chico César. Os bons exemplos devem ser seguidos, sobretudo quando se conjugam ações desenvolvimentistas e bom trato para com a mídia.

É bom e faz bem
A se manter a atual tendência em relação ao processo sucessório federacionista, o futebol cearense só terá a ganhar. Uma disputa entre Mauro Carmélio e seguidores versus Chico César e Walmir Araújo, dá-nos o vislumbre de um ar menos rarefeito no ambiente da FCF.


Benê Lima

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quarta-feira, novembro 12, 2008

Abordagem técnico-tática

Posição Líbero: existem líberos no Brasileirão?

Análise sobre o histórico da função e suas peculiaridades

Rodrigo Grassi Martins*

No livro “Evolução Tática e Estratégias de Jogo”, Carlos Alberto Parreira define o líbero como sendo o ponto de equilíbrio do time, dando segurança aos defensores de saírem para acompanhar a marcação. Na figura abaixo extraída do livro, Parreira aborda uma das funções do líbero, fazendo a “sobra” da defesa. Ou, em outras palavras, atuando como o último homem de linha a defender.

Parreira destaca ainda que o líbero clássico é um jogador que se sobressai pela qualidade técnica e inteligência tanto para o jogo defensivo, quanto para o ofensivo. Cabendo ao líbero a função de organizar o time, atuando na armação de jogadas, dando consistência ofensiva à equipe, observe a imagem abaixo, também extraída do livro “Evolução Tática e Estratégias de Jogo”. É o jogador que normalmente inicia as jogadas, é o responsável pelo primeiro passe, a exemplo do que ocorre no vôlei.

Na Europa, a posição de líbero sempre foi bastante explorada, e vários jogadores se destacaram atuando nesta função. O alemão Franz Beckenbauer foi um dos grandes nomes do futebol europeu na década de 70. Jogando pelo Bayern de Munique, foi tricampeão da Liga dos Campeões em 74/75/76. Pela seleção, foi campeão do mundo em 74.

Beckenbauer atuava como líbero à frente da defesa. Sua elegância e técnica refinada, aliada à grande visão de jogo, permitia que ele armasse o jogo. A visão de jogo privilegiada também permitiu que ele repetisse o sucesso que obteve como jogador, como treinador. Como técnico da seleção alemã, foi campeão do mundo em 90.

Outro grande jogador que obteve muito sucesso atuando como líbero foi o italiano Franco Baresi. Em vinte anos de carreira como jogador, Baresi vestiu apenas duas camisas – a do Milan e a da seleção italiana. Pelo Milan, ganhou tudo: foram seis campeonatos italianos e três copas da Uefa. Uma grande história que terminou com o Milan aposentando a camisa número 6, com a qual Baresi atuava.

Pela seleção italiana, um título mundial como reserva em 82 e um vice-campeonato em 94, quando, para nossa alegria, chutou para o espaço sua penalidade na decisão por pênaltis contra o Brasil. Após essa partida, Romário chegou a declarar que foi a marcação mais implacável que sofreu em toda carreira. Diferente de Beckenbauer, Baresi atuava atrás da linha de defesa. E é considerado por muitos, especialmente na Itália, como o maior líbero da história do futebol.

No Brasil, existe um certo preconceito com a posição de líbero. A maior causa disso talvez seja o fracasso da seleção brasileira na copa de 90. O então técnico da seleção, Sebastião Lazaroni, armou o time no 3-5-2, tido como muitos por aqui como um esquema defensivo. No esquema adotado por Lazaroni, o Brasil jogava com três zagueiros e Mauro Galvão foi o escolhido para exercer a função de líbero. A fraca participação na copa não só derrubou o técnico da seleção, como também serviu para “queimar” alguns jogadores que fizeram parte daquele grupo.

Mauro Galvão nunca mais teve seqüência na seleção e só conseguiu apagar a imagem ruim que ficou, anos mais tarde, quando formou ao lado de Odvan a dupla de zaga campeã do Brasileirão em 97 e da Libertadores em 98, ambos pelo Vasco da Gama. Jogando um grande futebol, Mauro chegou a ter o nome pedido pela torcida para disputar a Copa de 98, mas acabou preterido pelo técnico Zagalo.

Mauro Galvão superou o trauma de 90 e voltou a jogar seu melhor futebol. Mas e o líbero? O que aconteceu com essa posição? Continua a ser utilizada no futebol brasileiro? Será que ainda existem líberos no nosso futebol ou é seria essa uma “espécie extinta” por aqui?

*Rodrigo Grassi Martins é mestre em Ciência da Computação e responsável por projetos da ScoutOnline

Falta madureza para o 'madureira'

Código de ética

Pode um treinador decidir não comandar seu time num jogo para focar o trabalho do clube em outra competição? Não sei.

Pode esse mesmo treinador não viajar com o time para Buenos Aires e, em vez de assistir à partida em casa, decidir comentar o mesmo jogo na principal emissora de TV do país? Sinceramente, não!

Wanderlei Luxemburgo decidiu ser um “pseudo-comentarista” na partida de volta das quartas-de-final do Palmeiras na Copa Sul-Americana. No mesmo dia, ele já havia comandado um treino com os jogadores titulares que não foram para a Argentina e dado folga aos atletas para que curtissem o dia sem jogo.

Mas Luxemburgo não se conteve. E à noite foi à Globo falar sobre a atuação de seus jogadores e, ainda pior, falou até sobre a performance dos seus rivais na disputa pelo título nacional. No dia seguinte, a imprensa questionou o treinador, mas não perguntou o óbvio: “Você não acha que foi, no mínimo, indelicado o seu ato?”. Ao contrário, todos procuraram saber a opinião dos atletas sobre o novo “emprego” do chefe.

Está mais do que na hora de o futebol colocar em pauta a elaboração de um código de ética para controlar os mandos e desmandos que atingem as suas mais variadas esferas. O mesmo Luxemburgo que já fez uso do ponto eletrônico, em 2001, na campanha do título Paulista pelo Corinthians. Ou o mesmo Luxemburgo que mudou de nome e de idade para poder ser um jogador das categorias de base do Flamengo, ainda na época da juventude.

Como se sente a diretoria de um clube que vê seu funcionário indo a público comentar sobre a atuação do seu time num dia em que ele não foi trabalhar? Pelo visto, a cúpula palmeirense foi tão omissa quanto em muitos outros casos de excesso de poder que envolvem subordinados.

E, da mesma forma, o esporte como um todo não se mobilizou e, o que é pior, não ficou chocado, com a atitude tomada pelo treinador palmeirense. Daqui a pouco, em folga na rodada do final de semana, tem treinador falando sobre os seus adversários e como eles deveriam jogar na tela da TV.

Tudo em nome da audiência. Ou da vaidade.

O fato é que, se fosse em qualquer outro segmento, o caso seria para justa-causa. Tanto de quem foi a público expor-se e expor o time para o qual trabalha quanto daqueles que permitiram que algo assim acontecesse.

É mais do que passada a hora de discutir um manual de conduta e boas maneiras para treinadores, imprensa, atletas, cartolas e outros importantes players do mercado esportivo. Pelo bem do esporte como negócio.

Erich Beting
Editor executivo do site Máquina do Esporte e apresentador e
comentarista do canal de TV BandSports

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sexta-feira, novembro 07, 2008

A Coluna do Benê Lima

COM PÉ E CABEÇA – ANO IV – Nº133


”O futebol cearense existe, mas precisa ser reinventado para continuar existindo.” (Benê Lima)

Opinião
O SOBE E DESCE DA GANGORRA DO MAU GERENCIAMENTO

A gerência das nossas entidades de prática desportiva sofre, quase que invariavelmente, dos males da incompetência e da descontinuidade.

A realidade dos nossos clubes nanicos tem-nos mostrado um roteiro comum, onde grassam boa dose de incompetência, e um prejudicial processo de descontinuidade administrativa. A estabilidade é fundamento de rara presença na vida das nossas agremiações esportivas, situação que potencializa o surgimento de crises e mais crises.

Vê-se com extrema facilidade que a falta de ‘anticorpos’ a que estão sujeitos tanto o Ceará quanto o Fortaleza, faz com que ambos alternem-se em suas crises de gerenciamento. Ora um ora outro lidera o ranking das crises. As variáveis são apenas a natureza e o tamanho da ‘crisiopatia’.

Temos feito registro do aspecto dinâmico da administração do futebol, apontando os exemplos eloqüentes de Ceará e de Fortaleza. Desse ponto de vista, o Fortaleza é o Ceará de ontem; já o Ceará de hoje, em termos repete o bom exemplo do Fortaleza de ontem. E assim caminham nossos dois principais clubes, que pouco passam de meros times de futebol.

Mas não é justo, neste instante, colocarmos os dois no mesmo patamar. O Fortaleza há muito não tem um ano tão negro do prisma do seu gerenciamento. O Ceará tem muito tempo que não via os notáveis efeitos do capital intelectual. Como exemplo destes efeitos, produz um Demonstrativo Financeiro relativo ao mês de outubro p.p., em que ostenta um saldo positivo, proveniente de um total de despesas de R$629.574,60, contra uma receita de R$636.686,34. Como se não bastasse a ‘boa nova’, ressalte-se a transparência com que as contas do clube têm sido tratadas.

O Fortaleza, por sua vez, enveredou numa maré revolta e de ondas encrespadas, vítima da desídia de uma gestão que se caracterizou pela incompetência e certa irresponsabilidade – falamos da gestão de Marcello Desidério. Some-se a isto a relação interdita com seu patrocinador-master, além da omissão de seus associados e de seu Conselho Deliberativo.

Chega a vez da Crônica Esportiva, que tem tido papel preponderante para a perenização dessas crises. Afinal, do que tem valido aos nossos clubes essa crônica esconder problemas e ‘blindar’ cartolas? Que contribuição podemos dar ao nosso futebol com tamanho cinismo? Certamente, nenhuma contribuição tem sido dada.

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EFEMÉRIDES

Em campo

Fora das quatro linhas, o Alvinegro de Porangabuçu tem um ano a comemorar. Afinal, a finitude humana nos estimula a sorvermos as conquistas – desde as minúsculas – a largos goles. Para quem não vê (ou não quer ver) as diferenças entre o que se fez no Ceará e o que se desfez no Fortaleza, fica o convite à reflexão.

Sofisma

Culparmos Heriberto da Cunha e Lula Pereira pelo que Fortaleza e Ceará não realizaram, representa transferirmos responsabilidade dos menores para os maiores culpados. Ou seja: os dirigentes são os maiores culpados. Sem dúvida que os do Fortaleza, notadamente os da gestão anterior à que aí está, são, disparadamente, os grandes 'vilões' do ano.

Em primeira mão
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Para quem imaginava uma sucessão tranqüila ou uma oposição inconsistente gravitando em torno da FCF, eis que temos notícia de que uma dupla competente e boa de política se mobiliza para concorrer ao pleito de 2009. Trata-se do prefeito de Horizonte, Chico César, como presidente, ladeado e assessorado por Walmir Araújo como Vice. Se os dois - Walmir e Chico - mantiverem suas posições, teremos boas perspectivas para a próxima eleição da mentora.
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BREVES E SEMIBREVES ®

Sobre o Cearense de 2009

Inovação. Regulamento do Campeonato Cearense de 2009, no que concerne ao descenso e ao acesso, estabelece que apenas um clube será rebaixado, enquanto outros três, os primeiros colocados da 2ª divisão, ascenderão à 1ª divisão profissional.

Duração. O Campeonato Cearense de 2009 terá início em 10 de janeiro e término previsto para 03 de maio, com a participação de Icasa, Boa Viagem, Ceará, Ferroviário, Fortaleza, Horizonte, Guarany de Sobral, Itapipoca, Maranguape e Quixadá.

Nacionais e estrangeiros. Só atletas profissionais é que poderão participar do Cearense/2009. Entre eles, poderão constar atletas estrangeiros, ficando estipulado o limite de dois deles entre os dezoito relacionados na súmula de cada partida.

Forma de disputa. Tecnicamente é a mesma deste ano. Três fases, sendo uma fase classificatória e duas fases eliminatórias (semifinais e final). Detalhe: nos finais dos turnos e na final do campeonato, caso estejam Fortaleza e/ou Ceará, os jogos serão realizados em estádios com capacidade mínima para dez mil torcedores pagantes, o que difere de dez mil pessoas.

Representantes. Na Copa do Brasil de 2010, representarão nosso Estado os clubes vencedores de cada um dos dois turnos. Caso um mesmo clube vença os dois turnos, a segunda vaga será definida pelo índice técnico.

Estádios. Dentre os estádios considerados aptos, embora ainda sujeitos a vistoria, estão: Castelão, PV, Elzir Cabral, Antônio Cruz, Alcides Santos, Carlos de Alencar Pinto, Perilo Teixeira, Abilhão, Romeirão, Moraizão, Clenilsão, Serjão, Junco, e as novidades, Domingão e Raimundo de Oliveira, em Caucaia.

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Benê Lima
benecomentarista@gmail.com

http://www.lcfutebolfeminino.blogspot.com
(85) 8898-5106

terça-feira, novembro 04, 2008

Copa do Brasil de Futebol Feminino

Ceará e Piauí se enfrentam pela Copa do Brasil – FF

O confronto válido pela Copa do Brasil de Futebol Feminino, entre o Caucaia do Ceará e o Tiradentes do Piauí, revive a rivalidade entre os dois estados nordestinos

A ‘Jangada Caucaiense’ e ‘Tigrão’ de Teresina farão nesta quarta, 5, um clássico nordestino do futebol feminino da atualidade. A partida terá início às 20 horas (oito da noite), tendo como palco o Estádio Raimundo de Oliveira, em Caucaia.

No jogo de ida o Tiradentes/PI se deu melhor, e acabou vencendo os primeiros noventa minutos pelo placar de 6 a 4, prélio realizado na cidade de Teresina, no Estádio Lindolfo Monteiro.

Após estar perdendo por 6 a 1, a equipe do Caucaia teve uma reação espetacular e diminuiu a diferença para 6 a 4, afora a grande pressão que impôs ao adversário. Esse esforço acabou sendo compensado, pois o que parecia praticamente impossível, agora se reveste de menos dificuldade, já que para o time cearense é perfeitamente alcançável um resultado de vitória por diferença de dois gols, desde que essa diferença não seja igual ou superior em número de gols ao da partida de ida.

Preparação

Mais que antes, a comissão técnica do Caucaia trabalha em cima da performance do adversário. Na reapresentação do grupo, acontecida na tarde da segunda, 4, um treino técnico-tático (fotos) deu o tom desta preparação. O técnico Jardel Rocha fez com que o time B, considerado suplente, assumisse a postura do rival, tendo inclusive destacado um atleta para reproduzir a função tática de uma das jogadoras do adversário.

Ingressos

A partir das 19 horas da quarta, dia do jogo, terá início a venda de ingressos nas bilheterias do Estádio Raimundo de Oliveira, em Caucaia, aos seguintes preços:

- Inteira: R$3,00;

- Meia: R$2,00.

Em relação aos preços dos ingressos, vale esclarecer que a CBF, através do regulamento da competição, não permite que haja fração (centavos de real) na fixação dos mesmos, razão pela qual se praticou o arredondamento da meia-entrada.

Chamamento

A Assessoria de Comunicação do Caucaia Esporte Clube tem feito uma convocação geral, no sentido de o público cearense, em especial o da Região Metropolitana de Fortaleza, possa marcar presença no Estádio Raimundo de Oliveira, desse modo levando seu incentivo às meninas do Caucaia.


Arbitragem

A Comissão Brasileira de Arbitragem (CONAF), da CBF, confirmou o nome de Reginaldo Gomes da Silva, da federação do Rio Grande do Norte para apitar a partida de volta entre Caucaia e Tiradentes, pela Copa do Brasil, às 20 horas no Estádio Raimundo Oliveira. Os assistentes serão: Manuel Márcio Bezerra Torres e Thiago Gomes Brígido; suplente: Eveliny Pereira de Almeida da Silva, todos da Federação Cearense de Futebol.



Caucaia Esporte Clube
Assessoria de Comunicação
Benê Lima, (85) 8898-5106
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segunda-feira, novembro 03, 2008

Política de 'Pés no chão'

Mano Menezes apóia posição
responsável da diretoria
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Mesmo querendo um elenco com mais qualidade para 2009, o técnico assume que loucuras financeiras podem ser ruins para o clube em todos os aspectos

A equipe do Corinthians já garantiu a sua presença na série A do Campeonato Brasileiro 2009, e pode, no próximo jogo, contra o Criciúma, conquistar o título da série B do torneio nacional, em 2008.

Apesar do desempenho tranqüilo do clube de Parque São Jorge, a diretoria e a comissão técnica sabem que o time terá que ser reforçado para disputar o campeonato junto às demais agremiações da elite do futebol nacional. No entanto, os dirigentes corintianos já informaram que não farão nenhuma loucura financeira para contratar grandes nomes da modalidade.

Ao contrário do que se poderia imaginar, Mano Menezes, técnico do Corinthians, se mostrou contente com a declaração da diretoria. O treinador afirmou que prefere trabalhar com um grupo unido do que com jogadores descontentes. "Não gosto mesmo de loucuras. Quando se gasta muito, fica difícil manter os compromissos. E quando o salário atrasa, o grupo sente e o time rende menos", comentou Mano.

O treinador corintiano disse que exigirá duas condições para permanecer no clube de Parque São Jorge por mais um ano. Em primeiro lugar, Mano quer reduzir o elenco da equipe, que possui atualmente 38 atletas. No entanto, o técnico quer jogadores polivalentes, que possam atuar em mais de uma posição, como Elias. O atleta joga como volante, como meia e até como segundo atacante.

O outro pedido é melhorar a qualidade do grupo. Dentinho e Herrera, por exemplo, não têm reservas de bom nível. Careca e Bebeto, dois dos possíveis substitutos, devem ser liberados. Outros que também não têm reservas são Chicão e William, a dupla de zaga, principalmente porque Fábio Ferreira está de saída. Alves, Diego e Renato não agradam.


Fonte: Equipe Cidade do Futebol
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