Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

sábado, dezembro 31, 2011

Filosofia tática: Banco de jogos – jogo 2

Jogo de mobilidade em ambiente específico com trocas de posição e apoio. Como um time cumprirá a lógica?

A dinâmica imposta pela equipe do Barcelona é invejável. Com a posse de bola, constroem um jogo apoiado, com movimentações constantes para chegar à zona de risco adversária. A posse pela posse é observada somente quando a lógica do jogo está sendo cumprida com relativa facilidade.

O jogo identificado abaixo torna propensas as ocorrências da mobilidade com trocas de posição e do apoio, que são ações táticas observadas na organização ofensiva da equipe catalã, e que serão necessárias para se aproximar da vitória na atividade em questão.

Jogo conceitual em ambiente específico de mobilidade com trocas de posição e apoio

- Campo dividido nas zonas de altíssimo, alto e médio risco e também nos setores A, B, B’ e B’’;

- Com isso, ocorrerá a formação de retângulos com as seguintes medidas aproximadas:

Altíssimo Risco: 16 x 40m
Alto Risco: 8 x 40m
Médio Risco: 24 x 14m

 

 
 

Plataforma de Jogo Equipe A (azul): 1-4-4-2 Losango
Plataforma de Jogo Equipe B (verde): 1-3-5-2

Regras do Jogo

1. No campo de defesa cada jogador pode dar no máximo dois toques na bola; caso dê o terceiro toque = 1 ponto para o adversário;

2. No campo de ataque, nos setores A, B, B’, B” e de médio risco, cada jogador pode dar no máximo 3 toques na bola; caso dê o quarto toque = 1 ponto para o adversário;

3. Nos setores de alto e altíssimo risco, a quantidade de toques é liberada;

4. O jogador que realizar um passe à frente da linha 3 (com exceção do passe originário do setor A e da zona de altíssimo risco) não poderá permanecer no mesmo setor em que estava quando executou o passe; caso permaneça no mesmo setor = 1 ponto para o adversário;

5. Passe originário do setor A, à frente da linha 3 com troca de posição, ocupação do Setor A por outro jogador e manutenção da posse de bola = 1 ponto

6. Seis trocas de passe consecutivas à frente da linha 3, com as trocas necessárias de setores = 2 pontos

7. Seis trocas de passe consecutivas à frente da linha 3, com as trocas necessárias de setores + gol = 10 pontos

8. Demais gols = 3 pontos

Veja, abaixo, os exemplos:
 

Regra 4



 
 

O atleta número 8 da equipe Azul realizou um passe para o seu companheiro número 7 e, na sequência da jogada, não trocou de setor. Desse modo a equipe adversária marca 1 ponto.
 

Regra 5

 



 


 

O atleta número 5 da equipe Azul realizou um passe para o seu companheiro número 10 e trocou de posição com o atleta número 8. Como o jogador número 10 manteve a posse de bola a favor da sua equipe, passando para o número 7 (e trocando de setor), 1 ponto para a equipe Azul.
 

Regra 6



 







Como pode ser observado nas figuras, a equipe verde realizou seis trocas de passe no campo de ataque com as devidas trocas de setores. (5 passou para 6; 6 passou para 10; 10 passou para 2; 2 passou para 9, nove passou para 11 e 11 passou para 10). A equipe verde marca 2 pontos.

 

Regra 7


Se na sequência da jogada após a troca de seis passes ocorrer o gol, ele valerá 10 pontos. Demais gols (bola parada e ações em que não houve a troca de seis passes) equivalem a 3 pontos.

Para dúvidas, críticas ou sugestões, escreva-me. As trocas de informações e discussões são as grandes potencializadoras da construção do conhecimento.

Obrigado por ter me acompanhado no ano de 2011, já adianto o convite para caminharmos juntos no próximo ano e que não faltem desafios, conquistas, aprendizados e muito trabalho.

Um abraço e que venha 2012!

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Com Libertadores, Fox tira narradores do Sportv

REDAÇÃO
Da Máquina do Esporte, São Paulo – SP

A Fox Sports definiu quem será o narrador principal da versão brasileira da emissora. A empresa contratou João Guilherme, da Sportv, segundo informou o blog do jornalista Flávio Ricco.

 

Guilherme não chegará desacompanhado. O narrador terá como companheiro Marco de Vargas, que também foi seu colega na Sportv. Hamilton Rodrigues fecha o grupo de narradores da emissora a princípio.

 

A primeira função do novo time deverá ser a primeira fase da Copa Santander Libertadores, também chamada de pré-Libertadores. As partidas, no entanto, serão feitas pelo canal Speed, já que a Fox Sports só será inaugurada no Brasil em fevereiro.

 

A Copa Santander Libertadores é a grande atração da emissora, que também detém os direitos da Copa Bridgestone Sul-Americana para a televisão fechada. Neste ano, a empresa também tentou ficar com a Liga dos Campeões da Europa, mas a Espn conseguiu fechar o negócio com a Uefa.

 

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Roberto Landi, treinador da seleção da Libéria

Profissional italiano fala sobre as experiências de intercâmbio e base "harmoniosa" de seu treinamento
Equipe Universidade do Futebol*

Em quase 21 anos de experiência profissional como treinador, Roberto Landi deixou sua marca em muitas seleções e clubes ao redor do mundo. Ele é um daqueles raros treinadores com habilidades organizacionais e motivacionais excepcionais e com um dom raro que todos os “grandes gerentes têm”: a capacidade de transformar jogadores medianos em jogadores bons e jogadores bons em grandes jogadores.

A confiança na gestão sempre inspira e incute autoconfiança para suas equipes. E assim o italiano de 55 anos, que fala inglês fluentemente e tem excelentes habilidades de comunicação e mídia, sonha fazer história na Libéria, onde dirige a seleção principal de futebol do país.

Landi começou a sua carreira de treinador profissional em 1990, como preparador de goleiros da seleção dos Estados Unidos (Copa do Mundo de 1990, na Itália). Ele também treinou as seleções sub-21 da Lituânia e da Geórgia e também a seleção principal do Qatar.

Como técnico de clube, ele teve sucesso em vários ambientes diferentes – Bélgica e Escócia são dois exemplares. Agora à frente do staff nacional liberiano, ele tem tido ótimos resultados e tem também levantado a forma da equipe jogar e a posição da mesma no futebol africano.

“O treinamento da equipe deve ser como de uma sinfonia harmoniosa”, sintetizou Landi, em entrevista concedida à Soccer Coaching International, revista holandesa que é parceira da Universidade do Futebol.

Nascido em Fioria, Landi atuou como atleta nas categorias de base do Bolonha e do Piacenza. Em 1966 juntou-se à equipe principal biancorossi e disputou a Serie C1. Pouco tempo depois, mudou-se para Modena como segundo goleiro, e em seguida defendeu o Ravenna e o Siena antes de deixar a Itália para jogar na North American Soccer League (NASL), em 1979, com 23 anos de idade.

Durante sua passagem na América do Norte, jogou por Vancouver Whitecaps e o Chicago Sting, antes de assinar com o Kaizer Chiefs FC, da África do Sul – retornaria ainda aos Estados Unidos para compor o elenco do New York
Cosmos, em 1983.

Na reta final de sua carreira como goleiro, Landi ainda vestiu a camisa de várias equipes amadoras (Cervia, Morciano e Ospedaletto) e se aposentou, jovem, aos 30 anos de idade.

Após mudar de função e ser o preparador de goleiros do US Soccer Team nos Mundiais de 1990 e 1994, Landi recebeu sua primeira oportunidade como comandante principal de uma equipe com o Marignano, que chegou a disputar a terceira e a quarta divisões do futebol italiano.

Entre 1998 e 2000, o compromisso firmado foi com a seleção sub-21 da Geórgia, e na temporada seguinte houve o convite da Lituânia. Depois vieram o FC Messina Peloro (Serie B do Calcio), o Nacional Bucareste (Premier League da Romênia), a seleção sub-20 do Qatar, o Livinsgton FC (Premier League da Escócia) e o Royale Union Saint-Gilloise, da elite belga.

*Tradução: Thales Peterson


Universidade do Futebol – De que maneira você enxerga o futebol?

Roberto Landi – Minha filosofia e visão do futebol é deixar o time jogar uma boa partida, agradável, a fim de entreter os fãs enquanto consegue o melhor resultado possível.

Eu não acredito que o futebol é o mesmo em todo o mundo, com uma das principais diferenças sendo o papel do treinador, que, sem “reinventar a roda”, precisa ser capaz de melhorar a qualidade dos jogadores e construir uma equipe vencedora. A equipe é tudo, e todos os jogadores, individualmente, devem contribuir com seu conhecimento pessoal e qualidade para a conjunto.

Universidade do Futebol – Ao assumir uma equipe – seja clube ou seleção – quais são suas intenções e expectativas?

Roberto Landi – Meu objetivo principal é formar uma equipe, e o que eu faço não significam apenas 11 jogadores, mas todo o grupo. É o meu trabalho ajudá-los a se desenvolver ainda mais como jogadores de futebol profissional.

Eu acho que é fundamental para um treinador entender os pontos fortes e fracos dos atletas, e um bom treinador deve ser capaz de ajudar cada um deles a transformar suas deficiências em qualidades.

Como treinador estou sempre tentando melhorar as características de jogo de cada jogador e ajudando desenvolvê-los de tal forma que eles saibam o seu papel em cada fase do jogo, e em cada parte do campo.


Para Landi, treinador deve entender os pontos fortes e fracos dos atletas, e ser capaz de ajudar cada um deles a transformar as deficiências em qualidades
 

Universidade do Futebol – Em se tratando de plataformas de jogo, você tem algum sistema de preferência? Como transmitir essa mensagem aos atletas?

Roberto Landi – O meu sistema favorito de jogo é o 4-4-2, porque, para mim, ele garante o equilíbrio certo e a cooperação entre toda a equipe durante a partida.

No entanto, eu sempre faço novas experiências com diferentes combinações durante a sessão de treinamento (4-3-3, 4-4-1-1), porque eu quero que a equipe esteja pronta para jogar com outros sistemas se for necessário.

Ao jogar em um 4-4-2, a coisa mais importante é que os jogadores saibam seus papéis e responsabilidades e que os executem. Antes de cada partida, discutimos todas os funções e tarefas de cada um e em cada linha.

Nós também analisamos os adversários, os seus pontos fortes e fraquezas. Esta informação ajudará a nos preparar com a estratégia de jogo certo, sem comprometer a nossa abordagem e a nossa filosofia de jogar.



 

Universidade do Futebol – Na preparação para o jogo, como se delineam seus treinamentos? Há uma integração entre as partes técnica, física, tática e psicológica?

Roberto Landi – O foco principal em todas as minhas sessões de treinamento é o físico e trabalhar com situações reais de jogo. A fim de conseguir isso eu sempre tento trabalhar com toda a equipe ou com uma linha específica, pelo menos.

A razão para eu trabalhar com o grupo inteiro é porque a partir de minha experiência passada, eu aprendi que a equipe precisa ser treinada como uma estrutura compacta a fim de realizar a coordenação e cooperação. Quero que ela seja como uma sinfonia, em que todos os músicos conhecem e tocam a música harmoniosamente. Para isso eu treino posse de bola, técnica em equipe e muitos jogos reduzidos: focando em várias estratégias táticas. Esses exercícios são fundamentais, porque simulam a próxima partida.

Juntamente com o preparador físico, eu também foco muito no condicionamento físico dos jogadores. Estabilidade da cintura, resistência, velocidade e particularmente a forca explosiva são exercícios frequentes nas minhas sessões. O resultado é muito aparente, pois meus times são conhecidos por decidirem partidas (em nosso favor) nos últimos 15 minutos.

O preparador físico tem muita experiência no treinamento desportivo, e ele criou vários exercícios específicos de futebol para os nossos jogadores – raramente usamos a academia.

Durante as sessões de treinamento, eu preparo o jogador para a próxima partida, tentando fazer com que compreendam os pontos fortes e fracos do adversário, sem alterar a nossa própria estratégia. Tal abordagem permite-me trabalhar com todos os atletas disponíveis ao longo da semana e também tentar aumentar o valor dos reservas, pois todos têm um papel importante na equipe.

Manter todos os atletas focados e em boa forma mantém a equipe forte e unida com o objetivo geral. Além disso, eu também passo muito tempo na construção de um bom nível de confiança deles.


Bélgica, Escócia, Itália e Qatar foram alguns dos países pelos quais passou Landi, ex-atleta profissional e que iniciou na área técnica como preparador de goleiros
 

Universidade do Futebol – Como é realizada a montagem de sua comissão técnica? Há uma boa interação entre todos os profissionais do departamento de futebol?

Roberto Landi – Minha equipe é constituída por: um preparador físico, que é responsável por todos os aspectos físicos; um assistente técnico, que se concentra sobre a técnica individual de todos os jogadores durante a sessão de treinamento, com exercícios específicos e me ajuda com as táticas e estratégias para o jogo oficial. Por último, mas não menos importante, eu também tenho um treinador de goleiros que especificamente treina os atletas desta função.

Ter uma boa comissão técnica é importante para um treinador. Estou constantemente falando com meus assistentes durante as sessões de treino e os jogos sobre todas as áreas. Juntos analisamos os pontos fortes e fracos e vemos como podemos melhorar o individual e o coletivo.

Universidade do Futebol – É muito difícil ser treinador de uma seleção sem grande renome no cenário mundial?

Roberto Landi – Um bom treinador é aquele que consegue transformar os defeitos e as falhas de um jogador em qualidades valiosas. Com a seleção da Libéria, eu especificamente trabalho com os jogadores locais e continuamente os desenvolvo tática e tecnicamente.

Eu organizo um “teste” com todos os jogadores locais todos os meses do ano por cerca de uma semana e nós terminamos a semana de avaliações com um amistoso contra uma equipe local para ver o progresso.

Quando temos jogos oficiais da Fifa, eu reúno nossos melhores atletas de toda a Europa e os misturo com os locais. Durante a semana, eu tenho duas sessões de treinamento por dia – manhã e tarde. Normalmente, começamos na segunda-feira pela manhã após os jogadores locais terem atuado no campeonato, e eles voltam ao clube na sexta-feira para os compromissos do sábado ou domingo.

Antes, durante e após o treinamento eu faço tudo para motivá-los, trabalhando duro todos os aspectos de caráter individual, sempre tentando aumentar o nível de compromisso para cada jogo.


Na Libéria, Landi confere especificamente trabalho com os jogadores locais e continuamente os desenvolve tática e tecnicamente; testes com novos talentos são realizados
 

Universidade do Futebol – É possível elucidar uma semana de treinamento da sua equipe?

Roberto Landi – As sessões de treinamento são divididas em dois períodos: manhã e tarde.

Segunda de manhã (sessão física):
- 20 minutos de estabilidade da cintura
- 20 minutos de aquecimento com a bola (exercício técnico)
- 15 minutos de coordenação com os obstáculos pequenos
- 20 minutos de exercícios de velocidade com várias distâncias (máx. 30m)
- 10 minutos de alongamento

Segunda-feira à tarde (sessão tática):
- 20 minutos de aquecimento com bola (exercícios técnicos)
- 30 minutos de jogos reduzidos (5v5, 6v6, 8v8) com um, dois ou três toques para se acostumarem a jogar compactamente
- 30 minutos de 11v0: exercício tático para treinar movimentação da bola e posicionamento em diferentes situações
- 15 de minutos “rachão” livre

Terça-feira pela manhã (sessão física):
- 20 minutos de estabilidade da cintura
- 20 minutos de aquecimento com bola (exercício em duplas)
- 12 minutos de resistência de velocidade com mudança de ritmo
- 20 minutos de treinamento em circuito
- 20 minutos de jogos reduzidos com no máximo dois toques
- 10 minutos de alongamento

Terça-feira à tarde (sessão tática):
- 20 minutos de aquecimento com bola (todos os tipos de controle e passe)
- 3x5 minutos de exercício de “pressing” 10v7 (equipe de 10 jogadores com um toque, a equipe com sete toques livres)
- 20 minutos 11v0 para a movimentação da equipe
- 20 minutos jogos reduzidos, com finalização rápida 
- 10 minutos de alongamento

Quarta-feira pela manhã (sessão física):
- 20 minutos de estabilidade da cintura
- 20 minutos de aquecimento com bola (exercício livre)
- 30 minutos de finalização
- 20 minutos de treinamento de agilidade com bandeiras (postes)
- 10 minutos de alongamento

Quarta-feira à tarde (sessão tática):
- 20 minutos de exercício de aquecimento (jogo de handebol)
- 30 minutos de exercícios de treinamento da linha de defesa, meio-campo e ataque
- 2x jogos de 20 minutos de 10v10 (sem goleiros). Máx. Três toques para estimular o “pressing”

Quinta-feira pela manhã (jogadas ensaiadas):
- 20 minutos de estabilidade da cintura
- 20 minutos de velocidade e agilidade
- 30 minutos de jogadas ensaiadas
-10 minutos de alongamento

Quinta-feira à tarde (jogo):
- Jogo amistoso de 90 minutos

Sexta-feira pela manhã (sessão de revisão):
- Revisão dos erros no amistoso e jogos anteriores
- 20 minutos de aquecimento para corrigir os erros
- 11v11 exercício de 20 minutos de posse de bola
- 10 minutos de alongamento

Sexta-feira à tarde (sessão estratégica):
- 20 minutos de aquecimento com bola
- 20 minutos 10v0 para movimentação tática
(10 jogadores titulares)
- 20 minutos 10v10 para movimentação tática com o adversário
- 20 minutos de jogo livre 11v11
- 10 minutos de alongamento



Integração com a comissão técnica e desenvolvimento de jogos em campo reduzido: metodologia de treinamento de Landi procura se adequar à plataforma de preferência - o 4-4-2


Exercícios 
1- 3v2

Organização
• Tamanho do campo: 20x30 m
• Um goleiro
• Dois defensores
• Dois atacantes
• Um meio-campista

Progressão
• Os dois atacantes e um meio-campista jogam contra os dois defensores
• O defensor deve ler a situação e decidir se pressiona a bola ou faz a defesa em zona 
• Joga-se por três minutos; em seguida, jogam as outras equipes 
(tempo de recuperação de três minutos)
• Tempo de duração total: 15 minutos



 

Exercícios 
2- 3v3+3

Organização
• Tamanho do campo: 40x50m, dividido em três zonas
• Um goleiro
• Três defensores na zona 2
• Três atacantes na zona 1
• Três atacantes na zona 3 (área longa)

Progressão
• Os defensores estão posicionados na zona 2, mas podem se mover livremente em todas as zonas
• Os três atacantes na zona 1 têm a bola e devem tentar dar a bola para os atacantes na zona 3. Os atacantes não podem sair de sua zona.
• Os defensores tentam impedir os atacantes da zona 1 de passar a bola para os atacantes da zona 3
• Quando a bola é passada para a zona 3 os defensores irão tentar impedir que os atacantes marquem o gol 
• Joga-se por três minutos; em seguida, as outras equipes jogam 
(tempo de recuperação de três minutos)
• Tempo de duração total: 21 minutos



 

Exercícios
3- 7v4

Organização
• Tamanho do campo: metade do campo
• Equipe de 7: um goleiro, quatro defensores, um meio-campista, um atacante
• Equipe de 4: três atacantes, um meio-campista

Progressão
• Os quatro defensores têm que rapidamente pressionar a bola, tomar a posse e passar para o atacante do outro lado (= 1 ponto)
• A equipe de 4 tenta marcar no gol com o goleiro (= 1 ponto)
• Joga-se por quatro minutos, com um minuto de descanso
• Tempo de duração total: 20 minutos



 

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Cases: Os melhores do ano

REDAÇÃO
Da Máquina do Esporte, São Paulo - SP

Para o mercado esportivo brasileiro, o ano de 2011 marcou uma espécie de entrada na pré-adolescência. DA aposentadoria de Ronaldo ao "fico" de Neymar, a indústria do esporte no país já começa a dar mostras de que passa por um processo de amadurecimento, impulsionado sem dúvida pela aproximação de Copa do Mundo e Jogos Olímpicos em solo nacional.

 

Pelo sétimo ano seguido, a Máquina do Esporte faz a sua seleção dos dez casos mais marcantes do marketing esportivo brasileiro. E, em nossa edição de 2011 dos "Melhores do Ano", ficou claro que as ações de maior impacto começam a pensar, realmente, na melhor forma de ativar as propriedades que o esporte tem a oferecer para o marketing das empresas e das instituições esportivas.

 

Esse amadurecimento do mercado ficou claro quando Neymar anunciou o seu "fico" no Santos, pelo menos até 2014. Em seguida ao anúncio do atleta, três novos contratos de patrocínio para o jogador foram apresentados, mostrando que o futebol no Brasil pode seguir o caminho europeu e preservar os grandes atletas em seus clubes. É o primeiro passo para deixarmos de ser um país exportador de pé-de-obra para ser exportador de um produto, que é o futebol brasileiro.

 

Confira a seguir a lista com os dez mais do esporte brasileiro e, claro, a melhor iniciativa internacional.

 

Case internacional: Patrocínio da Qatar Foundation ao Barcelona

Assinado em dezembro de 2010, o acordo entre o clube catalão e o fundo social do Qatar só entrou em vigor na metade deste ano. O patrocínio de camisa mais valioso do futebol revelou um ousado plano de marketing tanto do país que abrigará a Copa de 2022 quanto do clube espanhol. Após mais de 100 anos sem qualquer marca pagar para estar estampada na camisa, o Barça abriu o uniforme para o projeto social qatari, que por sua vez só reforçou o fôlego do país, duramente contestado após ser escolhido como sede do Mundial de futebol em 2022. Num ano sem grandes eventos esportivos internacionais, mais uma soberania do Barça na Europa e no mundo só serviu para reforçar a aura de vencedora da parceria.

 

Cases nacionais:

 

1 - O "fico" de Neymar

Depois de várias dúvidas quanto à permanência de Neymar no Santos, em novembro o jogador reformou o contrato com o clube e disse que vai continuar a defender a equipe até 2014. O Santos abriu mão de parte do que ganhava na exploração de sua imagem (ficará com 10% ante 30% do vínculo anterior) e espera novas receitas com aumento de sócios e valorização dos contratos de patrocínio graças à permanência do atleta. No dia seguinte ao "fico", o BMG renovou o patrocínio ao clube, que também acertou a manutenção dos vínculos de Seara e CSU. Em dezembro, o acordo com o Santos foi revelado pela Máquina do Esporte, acabando com uma parceria de quase duas décadas com a Umbro. Como resultado imediato do "fico", só em patrocínios, o montante arrecadado pelo clube subiu para R$ 35 milhões.

 

2 - As ações da Brahma no futebol do Rio

Patrocinadora dos quatro clubes de maior torcida do Rio de Janeiro, a Brahma decidiu investir pesado na melhoria de infraestrutura de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco. Em conjunto com a torcida dos quatro, criou programas para revitalização e/ou criação de estrutura para os times. As ações reforçaram o patrocínio da marca aos clubes. Além disso, uma série de outras atividades, como a venda de cervejas licenciadas dos times, foi feita. Hoje, no Facebook, as páginas oficiais da Brahma associada aos clubes reúne mais de 2 milhões de seguidores. O projeto teve tanto sucesso que passou a ser replicado para outros clubes patrocinados pela empresa.

 

3 - Ale e Vasco na final da Copa Kia do Brasil

Patrocinadora do clube carioca, a rede de postos de combustível Ale decidiu financiar a viagem de torcedores vascaínos até Curitiba, local da decisão da Copa Kia do Brasil contra o Coritiba. A promoção, via redes sociais, reforçou o vínculo da marca com o clube, e causou uma mobilização dos torcedores para serem contemplados com o benefício. Na última partida do Campeonato Brasileiro, quando o Vasco ainda tinha chances de ser campeão, mais uma vez a Ale fez uma ação envolvendo as redes sociais. Deu como prêmio a viagem de ida do torcedor que estivesse mais longe do Engenhão para assistir ao jogo derradeiro contra o Flamengo.

 

4 - Chuteira antiracismo de Loco Abreu

A ideia foi da Asics, patrocinadora do atacante do Botafogo e da seleção uruguaia. Em algumas partidas, Loco Abreu entrou com uma chuteira preta e outra branca em campo, numa forma de protestar contra o preconceito racial. A ação ganhou prêmio e reforçou a parceria entre a fabricante de material esportivo e o jogador uruguaio.

 

5 - Transmissão de Flamengo x Liverpool, 30 anos depois

Patrocinadora do Flamengo, a Olympikus bancou a retransmissão da final do Mundial Interclubes de 1981, quando o clube carioca bateu o inglês Liverpool. O jogo foi transmitido na íntegra, com a gravação original, e no mesmo horário da partida em que o Fla conquistou sua maior glória. Com propaganda no intervalo do jogo, a Olympikus reforçou o conceito "Orgulho de ser Rubro-Negro". Nas redes sociais, o tema foi parar entre os mais comentados do mundo, enquanto no Rio torcedores celebravam nas sacadas de prédios os gols retransmitidos.

 

6 - A entrada maciça da Nike no futebol

Os anúncios ficaram só para depois do Campeonato Brasileiro, mas os acordos foram fechados no decorrer do ano e marcaram a investida mais audaciosa da fabricante americana no mercado de futebol brasileiro. Bahia, Coritiba, Inter e Santos vestirão a marca da empresa a partir de 2012, em acordos que visam principalmente a venda de artigos, muito mais do que apenas a exposição da marca. Segundo a Nike, a escolha dos clubes está vinculada à gestão que os quatro têm apresentado nos últimos anos. Os negócios prometem elevar a um outro patamar a disputa entre a Nike e a Adidas pelo mercado de futebol no Brasil tendo em vista a Copa do Mundo de 2014, que é patrocinada pela empresa alemã.

 

7 - O fenômeno Anderson Silva

Se há alguém que melhor personifica o crescimento do UFC no Brasil, ele é Anderson Silva. O lutador foi transformado em estrela do entretenimento graças a um trabalho de reposicionamento de sua imagem feito pela agência 9ine. De brutamontes, virou um cara voltado para a família, com patrocinadores que representam mais o estilo caseiro de ser de Silva. Aliado a isso, a vinda do UFC para o país e o início das transmissões da TV Globo turbinaram a exposição em mídia de Anderson Silva, que passou a ser um dos atletas de maior sucesso como garoto-propaganda do país.

 

8 - A campanha "Adote 1 metro" na Maratona Caixa do Rio

Como ativar uma marca numa maratona? A pergunta geralmente permeia a cabeça dos marqueteiros de empresas que patrocinam um evento de corrida de rua. No primeiro dos seis anos como patrocinadora oficial da Maratona Caixa do Rio de Janeiro, a Olympikus criou uma campanha que mobilizou os torcedores em relação ao evento. A ideia foi que cada pessoa "adotasse" um metro. Mais de 20 mil espaços foram adotados. No dia da prova, as pessoas ganhavam cartolinas para escrever mensagem aos corredores, além de animadores ficarem incentivando a plateia a torcer pelos atletas. As ações em torno do evento causaram barulho na mídia local e ampliaram a divulgação da própria maratona no final de semana de sua realização.

 

9 - Núcleo Pão de Açúcar de Alto Rendimento

Inaugurado no final do ano, o Nargpa, como é chamado, é o grande projeto de legado olímpico do Grupo Pão de Açúcar. Principal centro tecnológico para análises do esporte, o núcleo tem acordo firmado com o COB para receber atletas brasileiros que vão disputar os Jogos Olímpicos, além de servir de laboratório para esportistas patrocinados pelo Pão de Açúcar. Em menos de dois meses de funcionamento, Fabiana Murer, Maureen Maggi e outros esportistas de ponta utilizaram as instalações para aperfeiçoamento físico.

 

10 - Ação da Infraero com o judô em Guarulhos

Em agosto, a Infraero, patrocinadora do judô, decidiu criar uma apresentação no meio do aeroporto de Guarulhos, o mais movimentado do país. O flash mob atraiu a atenção das pessoas que andavam pelo aeroporto na hora da apresentação. As apresentações, envolvendo os principais atletas da modalidade no país, fez com que um aglomerado de gente ficasse no saguão do aeroporto, e a Infraero conseguisse ativar de forma eficiente o patrocínio à modalidade.

 

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Forma somada à função na arquitetura esportiva

Estética deve tornar aquele espaço esportivo único, com uma identidade criada que incentive o turismo local, promova retorno financeiro e tenha funcionalidade ambiental
Lilian de Oliveira*

O futebol se espalhou pelo mundo com forte influência inglesa. Da mesma forma, os locais para sua prática: os estádios. Construções inicialmente racionais, simples. No entanto, com o desenvolver das regras, elaboração de campeonatos maiores, o futebol foi se estabelecendo e o esporte começou a ser visto de forma mais séria, fazendo com que a evolução da arquitetura de arenas esportivas fosse se desenvolvendo muito rápido, principalmente, pelo negócio que se tornou além da importância como jogo em si.

Todos se identificaram com os valores do futebol e muitos, agora, vêem um potencial em desenvolver espaços mais funcionais do que os que já podem ser vistos, principalmente com manuais e normas específicas para equipamentos deste porte.

O futebol é atrativo. O futebol une. O futebol é social, é cultural. Mas o futebol não sustenta seus equipamentos. Com muitos estudos e como podemos ver por análises de clubes, a renda de bilheteria é muito pequena em comparação aos custos de manutenção de um estádio. Eis que surgem as ‘arenas multiuso’ como solução extraordinária. No entanto, entramos numa fase onde a funcionalidade, estabelecida já por padrões, normas e regulamentos, deve ser somada à forma.

A arquitetura passa a compreender muito mais que a funcionalidade para a prática do futebol e a segurança do público que o faz viver. Passa, então, a abrigar funções diversas, sem nem mesmo ser pré-estipuladas (além dos shows que sempre acontecem em estádios e que só colaboram para prejuízos no gramado).

A forma na arquitetura esportiva passa a ser fundamental. Ela torna um estádio único e essa identidade criada incentiva o turismo, visitas guiadas, experiências únicas, ou seja, traz outras formas de retorno financeiro. Ela também faz com que o estádio seja capaz de se adequar aos novos usos e tem funções ambientais. Ao mesmo tempo, valoriza aspectos funcionais, como facilidades na segurança, e interage com a cidade, tornando não só o esporte, mas o equipamento em si, em uma forma de cultura.

Temos como exemplo da forma atuando junto à função o estádio Allianz Arena, que interage com a parte externa através das cores de sua fachada que representam qual dos times donos do estádio está jogando no momento. Ao mesmo tempo, a Allianz Arena tem em sua fachada o ETFE em forma de colchões de ar que, além de se reduzirem completamente em casos de incêndio, são produzidos ecologicamente e podem ser totalmente reaproveitados, e evitam grandes gastos com manutenção de fachada já que não se deterioram por um longo prazo já testado e são auto-limpantes.

De uma forma diferente, o estádio Franco Sensi, elaborado para a Roma, da Itália, se envolve com ao público no entorno através de painel que pode transmitir imagens e informações em sua fachada.
 


 

Mais recentemente, o arquiteto grego, Christos Koukis, apresentou um projeto para um estádio para um subúrbio de Atenas, chamado de Metaplasia. O projeto deve ser encarado muito mais como conceitual que como realidade já que se demonstra incompleto em muitos fatores de segurança e salubridade. No entanto, ele propõe formas que se destacam, que integram espaços urbanos e que tem uma amplitude formal muito além das formas convencionais em estádios.
 


 

A proposta de Koukis abre a visão por uma arquitetura muito mais elástica aos usos variados que de fato sustentam financeiramente o equipamento. Com a ousadia, a ideia de um único equipamento abrigar usos extremamente distintos, com necessidades consideravelmente diferentes, torna-se muito mais próxima da realidade.

Atualmente, a maioria dos estádios que se dizem ‘multiuso’ não faz nada além de abrigar uma enorme quantidade de eventos sem que nenhum deles tenha a qualidade adequada, inclusive o futebol – ponto de partida.

*Lilian de Oliveira é arquiteta e urbanista.

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quinta-feira, dezembro 29, 2011

Agência espera por naming right na Copa São Paulo

Plano é apressar as negociações nesse fim de ano para fechar o negócio antes do dia 3 de janeiro

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No dia 3 de janeiro, o calendário do futebol brasileiro tem início com a Copa São Paulo de Futebol Junior. Mesmo com a proximidade do evento, a agência que faz a sua venda comercial, a Brunoro Sport Business (BSB), espera mudar o nome do campeonato. A ideia é ceder o naming right do torneio a uma empresa patrocinadora.

A esperança da agência está em um caso recente fechado com a parceria entre a BSB e a Federação Paulista de Futebol (FPF). Trata-se do torneio internacional de futebol júnior que teve seu direito de nome vendido para a Eurofarma, transformando-se em Supercopa Eurofarma de Futebol Júnior.

Com o acordo firmado, a empresa pôde fazer ações de endomarketing durante o torneio, com a presença de seus funcionários, além da participação de clientes. Satisfeita com o uso do campeonato como plataforma de comunicação, o contrato foi renovado para 2012.

Para a Copa São Paulo, o plano é apressar as negociações nesse fim de ano para fechar o negócio antes do dia 3, como explicou o diretor operacional e financeiro da BSB, Rodrigo Ubarana. “Dá tempo. Nós estamos com uma boa expectativa, com empresas que querem vender produtos para um público jovem. A Copa São Paulo tem esse apelo”, afirmou.

A agência trabalha com a Copa São Paulo pela terceira vez consecutiva. E, pela segunda vez, faz a venda das propriedades comerciais com exclusividade. Para 2011, a BSB conseguiu arrecadar R$ 1 milhão. Em 2012, a expectativa é de ganhos de R$ 1,5 milhão.

Ubarana credita a dois fatores o crescimento de 50% no faturamento: Copa do Mundo e a própria existência de uma venda específica. “Essa é a tendência de qualquer patrocínio esportivo, já que teremos o Mundial em 2014. Além disso, esse é um produto novo, que não era comercializado antes e que preenche uma lacuna de jogos no calendário do futebol brasileiro”, afirmou.

Fonte: Máquina do Esporte / Universidade do Futebol

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