Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

quinta-feira, fevereiro 28, 2013

Ministro do Esporte defende isenção fiscal aos clubes

Aldo Rebelo propõe que agremiações de futebol não recolham os débitos de Imposto de Renda e outros tributos

FÁBIO FABRINI / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - Pressionado a pagar tributos acumulados em cinco anos, o Corinthians conseguiu no governo um advogado de peso para não acertar suas contas com a Receita Federal. O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, faz gestões para que o clube paulista e outros gigantes do futebol não recolham os débitos de Imposto de Renda (IR), Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), PIS e Cofins.

Aldo quer reavaliar pedido de cobranças contra os clubes - André Dusek/Estadão
André Dusek/Estadão
Aldo quer reavaliar pedido de cobranças contra os clubes

Embora uma lei de 1998 tenha retirado a isenção fiscal dos times profissionais, Aldo quer que os motivos da cobrança sejam reavaliados. O pedido foi feito à Advocacia Geral da União (AGU), por meio de um parecer do Ministério do Esporte que questiona o entendimento da Receita sobre a questão. O documento foi enviado em setembro, a pedido do ministro, depois de seu gabinete receber cópias de autuações aplicadas pelo Leão ao Corinthians e ao Coritiba.

Nas justificativas para livrar os clubes da tributação, a Pasta evoca a paixão do brasileiro pelo futebol e até discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um corintiano, elogiando "os heróis da Copa de 1958".

A Receita abriu em março de 2011 processo para apurar suposta sonegação do Corinthians, que teria se beneficiado de isenção indevida entre 2006 e 2010. Também questiona o Coritiba e já faz até o levantamento dos bens do clube para indicá-los como garantia. A dívida apurada é ao menos 30% superior que o patrimônio do time, apontado em balanço (R$ 60,9 milhões).

O principal ponto de divergência é a Lei 9.615, de 1998, que revogou expressamente a isenção fiscal das entidades de desporto profissional - à época, ela vigorava desde 1947.

Os clubes alegam ser associações civis sem fins lucrativos, tendo, por isso, o direito de não pagar os impostos. A regra é prevista na Constituição para essas entidades.

A Receita alega que, a despeito da forma jurídica que adotam no papel, os times de futebol são como empresas comuns, devendo se submeter ao mesmo regime de tributação que vale para elas. Na prática, vendem jogadores, espaços publicitários, direitos de transmissão, bilhetes para jogos e têm objetivos muito distintos das instituições filantrópicas, por exemplo.

"Os clubes de futebol, historicamente, acumulam dívidas tributárias e previdenciárias milionárias, contando sempre com a complacência dos governantes de plantão, os quais, constantemente, os privilegiam, ao invés de tratá-los igualitariamente às demais pessoas jurídicas", diz auto de infração do Fisco ao Corinthians, ao qual o Estado teve acesso.

Interesse social. Para o Ministério do Esporte, o entendimento da Receita agride o desporto brasileiro. O principal argumento é que os clubes têm, por lei, autonomia para se associar como quiserem, inclusive entidades sem fins lucrativos.

Segundo o parecer encomendado por Aldo, o futebol integra o patrimônio cultural brasileiro, é considerado de elevado interesse social e reconhecido como elemento constituinte de nossa "brasilidade".

O documento extrapola os argumentos técnicos e evoca os afetivos. Num dos trechos, lembra como o cronista Mario Filho revelou os "sentimentos mais elevados de nossa nacionalidade" ao narrar a forma como o capitão Bellini comemorou o primeiro título da Copa. Em outro, cita discurso de Lula sobre o feito do elenco de 1958.

"Quando a gente veste a camisa da seleção, está vestindo a camisa da nossa nação, está representando os milhões de brasileiros e brasileiras", diz o parecer, repetindo o ex-presidente.

Parecer contrário. Antes de se pronunciar, a AGU pediu à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) avaliação sobre o assunto. Em parecer concluído em dezembro do ano passado, o órgão discorda do Ministério do Esporte, alegando que a autonomia dos clubes para se organizar não os desobriga de cumprir, como as demais empresas brasileiras, obrigações com o Fisco.

"Há uma realidade econômica inegável nas atividades de desporto profissional que não permite que o confundamos com atividade associativa", afirma a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional.

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Entrevista] Mauricio Murad, autor do livro ‘Para entender: A violência no futebol’

Instituto Avante Brasil

Mauricio Murad: As práticas de violência são cada vez mais preocupantes no Brasil. No exterior ainda é pior, mas a grande diferença é que lá há punição. O maior problema do Brasil, em todos os setores, é mesmo a impunidade. O nosso entrevistado da semana é Maurício Murad, professor de Sociologia dos Esportes no programa…

Mauricio Murad: As práticas de violência são cada vez mais preocupantes no Brasil. No exterior ainda é pior, mas a grande diferença é que lá há punição. O maior problema do Brasil, em todos os setores, é mesmo a impunidade.

O nosso entrevistado da semana é Maurício Murad, professor de Sociologia dos Esportes no programa de mestrado da Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO) e professor aposentado da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Murad é também autor de diversas obras publicadas internacionalmente, entre elas o livro ‘Para entender: A violência no futebol’, lançado em 2012. Em entrevista ao Instituto Avante Brasil, o estudioso apresenta um panorama do cenário futebolístico e do comportamento das torcidas – organizadas ou não. Segundo Murad, a violência no mundo do futebol está intimamente ligada ao envolvimento de integrantes das torcidas com o crime organizado e ao acesso às drogas, às tecnologias e à internet.

Confira abaixo as observações do sociólogo sobre a violência no mundo do esporte e os principais avanços e desafios para a promoção de uma cultura de paz entre as torcidas.

Instituto Avante Brasil (iAB) – Qual a explicação sociológica para a violência no futebol?

Mauricio Murad – Razões macro sociais: pobreza, impunidade, falta de políticas públicas, baixo índice de educação e grau de cidadania, violência histórica e estrutural do país. Micro: policiamento despreparado, para agir em grandes multidões, precárias redes de transporte, especialmente na saída dos estádios, álcool e drogas, conivência dos clubes e federações, corrupção policial, falta de medidas preventivas e ineficiente aplicação das leis existentes.

iAB – Existe um levantamento de quantas pessoas já foram vítimas desse tipo de violência no Brasil em 2012, por exemplo?

Mauricio – Os números de 2012 ainda não foram fechados, mas podemos adiantar que, infelizmente, bateremos um novo recorde de mortes, em decorrência de conflitos entre grupos de torcedores.

iAB – Qual a parcela de responsabilidade das torcidas organizadas no que diz respeito à violência dentro e fora dos estádios?

Mauricio – Os violentos são parcelas minoritárias, mas perigosas, das torcidas. É preciso que o poder público faça parcerias com os setores pacíficos das torcidas organizadas a fim de neutralizar a ação dos vândalos e, a partir dessa aproximação, cobrar responsabilidades.

iAB – De que forma os excessos em meio de campo contagiam as arquibancadas?

Mauricio – Nossas pesquisas, primeiro na UERJ e agora no Mestrado da Universo, comprovam que, desde 1990, as práticas de violência dentro das “quatro linhas” exercem forte influência nas arquibancadas e também fora delas.

iAB – A cultura de violência no Brasil é cada vez mais evidente e, no futebol, isso não é diferente. De acordo com seus estudos comparativos no exterior, o que diferencia os torcedores do Brasil com os fãs de futebol em países de primeiro mundo?

Mauricio – As práticas de violência aqui são cada vez mais preocupantes. No exterior ainda é pior, mas a grande diferença é que lá há punição. O maior problema do Brasil, em todos os setores, é mesmo a impunidade.

iAB – Como seria o modelo ideal de torcida organizada. Isso é possível no Brasil?

Mauricio – Não existe um modelo ideal de torcida. As torcidas são coletivos espontâneos da chamada ‘cultura popular’ e devem preservar essa identidade. Agora, devem cumprir a lei e ajudar a construir medidas de caráter reeducativo, para que no futuro essa violência existente esteja sob controle social.

iAB – A tecnologia, sobretudo as redes sociais, contribuem para multiplicar a violência nos estádios?

Mauricio – Sim. Os conflitos são marcados pelas redes sociais. Todos sabem disso, principalmente a polícia, que deveria monitorar e controlar esses grupos de delinqüentes. Repito: minoritários, mas perigosos.

iAB – É relevante o crescimento da violência nos estádios em períodos de grandes campeonatos e eventos esportivos?

Mauricio – As grandes competições levam um número maior de gente aos estádios, a rivalidade fica mais acentuada e, portanto, o caldo cultural propício à violência fica mais agudo.

iAB – Quais são os principais desafios para acabar com a violência no mundo do futebol?

Mauricio – Elaborar um plano nacional de segurança futebolística, com três grandes conjuntos de medidas interligadas: a punição no curto prazo, a prevenção no médio e a reeducação no longo prazo.

iAB – O Brasil está prestes a receber dois grandes eventos esportivos de grande porte, a Copa do Mundo e as Olimpíadas. O que pode ser feito pelo Governo no sentido de prevenir atos de violência durante esses acontecimentos?

Mauricio – São duas grandes oportunidades, que o país não tem o direito de perdê-las. A visibilidade internacional, as chances de novos investimentos, o legado social, enfim. Tudo passa pelo planejamento e execução de um programa nacional de segurança, nos moldes da resposta anterior. Tanto a FIFA (Federação Internacional de Futebol) quanto o COI (Comitê Olímpico Internacional) destacam a segurança como o “carro-chefe” do planejamento de seus megaeventos esportivos.

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quarta-feira, fevereiro 27, 2013

Sociólogo afirma que extinção das organizadas não é um bom caminho

Maurício Murad pede plano nacional de segurança no futebol, e destaca
que prevenção é sete vezes mais barata, eficaz e rápida que a repressão

Por SporTV.com São Paulo, SP

Estudioso da violência no futebol brasileiro, o sociólogo Maurício Murad esteve no"Arena SporTV" na tarde desta terça-feira, dia 26, em meio a todo o problema ocorrido em função da morte de um torcedor boliviano de 14 anos, chamado Kevin Espada, durante partida entre Corinthians e San José, em Oruro, na Bolívia, pela Taça Libertadores. O menor H. A. M., de 17 anos, que confessou ter sido o responsável por disparar o sinalizador que matou o adolescente boliviano, é integrante há dois anos da torcida organizada Gaviões da Fiel. Murad pede medidas preventivas e repressivas diante das organizados, mas não a extinção delas.

- A extinção não (seria um bom caminho). Defendo que precisamos de um plano nacional de segurança para o futebol, que implica em três grandes momentos e três conjuntos de medidas interligados - destaca o estudioso, para em seguida detalhar cada um desses conjuntos através de determinadas medidas.

Torcida Corinthians Gaviões da Fiel Mundial Al Ahly (Foto: Daniel Romeu / globoesporte.com)Menor de 17 anos, que assumiu crime, é integrante da Gaviões da Fiel (Foto: Daniel Romeu / globoesporte.com)

- (É preciso) medidas de curto prazo e repressivas, como, por exemplo, a prisão, levar o processo até o fim, e que as punições sejam garantidas dentro da legislação. Medidas de médio prazo, de prevenção, como, por exemplo, controle das redes sociais. A prevenção é em torno de sete vezes mais barata, eficaz e mais rápida do que a punição. E medidas de longo prazo, de caráter reeducativo, para mudar esse cultura das organizadas, de machismo, exclusão e intolerância à diferença.

Maurício Murad ainda informa um dado que julga "estarrecedor": o Tribunal de Contas da União, ao avaliar os processos criminais no Brasil, incluindo-se os do futebol, concluiu que 95% deles não são finalizados.

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terça-feira, fevereiro 26, 2013

Estudo aponta 554 clubes e 10.309 jogadores sem calendário o ano todo

Pluri Especial

O que fazer com 554 clubes e 10.309 jogadores sem calendário?

Confira o Relatório da PLURI sobre o problema da falta de calendário para os Clubes e jogadores Brasileiros.

Pluri situação dos clubes pequenos 01

Pluri situação dos clubes pequenos 02

Pluri situação dos clubes pequenos 03

Pluri situação dos clubes pequenos 04

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COM PÉ E CABEÇA: A Coluna – fevereiro 2013-2

Por: Benê Lima

 

ABORDAGEM DA VIOLÊNCIA NO FUTEBOL: UMA MIXÓRDIA

 

“Enquanto não buscarmos entender a maneira de abordar e enfrentar a violência das uniformizadas, vulgo ‘organizadas’, não sairemos do confuso discurso antiviolência.” (Benê Lima)

 

Torcedores da Gaviões presos na Bolívia. Foto: Portal Uol

 

Ao acompanharmos os desdobramentos do episódio no qual estiveram envolvidos integrantes da torcida corintiana Gaviões da Fiel, que culminou com a morte de um menor boliviano, deparamos-nos com um variado repertório de abordagem da questão, com algumas opiniões abalizadas e com um sentimento generalizado de repúdio das pessoas à violência em torno do futebol. Por outro lado, também temos nos deparado com uma desorganização mental e de ideias que beiram o caos verbal, e que em nada contribuem para a evolução do debate a respeito do tema violência.

 

Ninguém é obrigado a ter conhecimento do direito ao ponto de firmar posição segura e contributiva nesse debate. No entanto, há que se ter um mínimo de organização em termos do que se quer comunicar, e para isso não se pode prescindir de grau relevante de raciocínio lógico e analítico. Se não for assim, não vale a pena repercutir ideias que só confundem e nada esclarecem. Portanto, a visão crítica que tanto clarifica e esteriliza o debate, deve permear a tudo que esteja direto ou indiretamente ligado ao caso, bem como a todos que dele se apropriem como fonte de atuação, seja para opinar seja para sobre ele deliberar.

 

Violência contra o patrimônio público em 11 de novembro de 2012 – Foto: Globo.com

 

Não vejo dificuldade em se traçar uma linha lógica e estratégica para apuração deste caso, que passe pela definição e delimitação do que seja a abordagem técnico-científica da investigação policial, e do que seja da competência da Justiça Desportiva. E, neste particular, a própria CONMEBOL precisa deixar de lado o oportunismo e o casuísmo de decisões pretensamente moralizadoras, para ater-se a corrigir sua histórica omissão, sobretudo em relação aos meandros da longeva Libertadores. A esse respeito, neste mesmo evento tivemos uma série de irregularidades para as quais não vimos a merecida repercussão, em razão de um incidente reconhecidamente de maior proporção, mas que não deveria estar ofuscando a sabida omissão da entidade de administração do futebol na América do Sul.

 

A justiça não está para ser movida por software. A condição humana sempre será fator essencial e insubstituível na tomada de suas decisões. Logo, há que se refletir, analisar, interpretar e deliberar com todo o conteúdo multidisciplinar que envolve qualquer decisão. Para que haja delito ou infração, há que estar presente o fator da pessoalidade. Portanto, qualquer punição que alcance a totalidade de uma agremiação é, por sua natureza de generalidade, excessiva, exagerada, configurando assim não justiça, mas injustiça.

 

Em contraposição ao que sustentamos, precisamos aperfeiçoar e melhor contextualizar as medidas punitivas às pessoas físicas, bem como nos livrar do fantasma da impunidade oriunda na falta de operacionalização da justiça. Contudo, não devemos confundir combate à impunidade com a proliferação de medidas (penas) que sirvam apenas de atendimento a uma satisfação doentia de parte da sociedade.

 

Já não é um vislumbre a necessidade de qualificação da imprensa esportiva. Ela é real. À medida que as exigências de um esporte globalizado e ‘complexizado’ se fazem sentir, nada mais essencial para os profissionais que fazem essa cobertura do que contarem com o apoio multidisclinar. E isto não precisa se dar pela especialização. A extensão já seria suficiente.

 

Todo discurso com mediano embasamento retórico, independente de sua fragilidade dialética, já carrega em sua entranha certo poder de persuasão e uma pitada potencial e sub-reptícia de tentativa de alienação. Portanto, são tarefa e precondição da comunicação social e não favor, o exercício de um jornalismo em que a informação seja verdadeira, esclarecedora e axiologicamente relevante, e não geradora de conflitos e do caos verborrágico.

 

Todo veículo de comunicação, a partir dos de médio porte, deveriam prover suas redações de pelo menos um profissional que se dedicasse à compreensão e análise dos temas de maior complexidade à luz das ciências humanas, para que deles pudéssemos obter clarificação e maior depuração dessas complexidades. Assim, evitar-se-ia o surgimento de falsas eminências pardas nos veículos de comunicação. Embora tal medida não resolvesse de todo tais problemas, em razão da prática do colunismo, ainda assim diminuiria o caos verbal que o meio virtual ‘subutilizado’ tem ajudado a construir.

 

Saudemos a boa comunicação, e nos insurjamos contra a comunicação ruim e seus efeitos.

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segunda-feira, fevereiro 25, 2013

Clubes acabam com clássicos regionais nas últimas rodadas do Brasileiro

Reunidos com o presidente da CBF, José Maria Marin, dirigentes decidiram pôr fim à prática das últimas edições

Silvio Barsetti - O Estado de S. Paulo

RIO - Reunidos com o presidente da CBF, José Maria Marin, os dirigentes dos 20 clubes que disputam a Série A do Campeonato Brasileiro decidiram na tarde desta segunda-feira pelo fim dos clássicos regionais nas últimas rodadas da competição. Em 2011 e 2012, os duelos locais encerraram primeiro e segundo turno do Campeonato Brasileiro. Agora, o departamento técnico da CBF será orientado a elaborar uma tabela sem os clássicos.

O presidente Marin acatou o desejo dos presidentes dos clubes que disputam o Brasileiro

A reunião continua na sede da CBF, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Segundo o presidente do Atlético Mineiro, Alexandre Kalil, a decisão de acabar com os clássicos nas rodadas finais foi tomada por votação. “Os clubes concordaram. Foi uma manifestação democrática da CBF”, disse o mandatário do clube mineiro.

Foi apresentada, durante a reunião, uma proposta de mudança no horário dos jogos. Mas os clubes concordaram em deixar a decisão a cargo da TV Globo, detentora dos direitos de transmissão. O executivo da Globo Esportes, Marcelo Campos Pinto, participa do encontro. “Os clubes estão satisfeitos com os horários”, disse o presidente atleticano.

sexta-feira, fevereiro 22, 2013

Mobilização de profissionais da gestão e do marketing esportivo resulta na criação de alternativas para o futebol

    

Construindo um amanhã
para o Futebol Brasileiro

MANIFESTO FUTEBOL DO FUTURO
Construindo um amanhã para o Futebol Brasileiro

Calendário Ruim, Baixa qualidade dos jogos, Clubes insolventes, Insegurança dos torcedores, Estádios vazios. Esses são alguns dos problemas que acompanham há anos a realidade do futebol Brasileiro. Críticas surgem de todos os lados e caem no vazio do lugar-comum, dedos são apontados em todas as direções em busca de culpados a cada novo problema, mas nenhuma proposta efetiva surge neste árido ambiente. Chama a atenção o principal esporte do País não ter até hoje nenhum movimento propositivo voltado a combater os seus problemas, como ocorre com qualquer setor da economia. E porque isto não acontece? Um Futebol mais forte traz entretenimento e alegria a milhões de torcedores, além de gerar riqueza e empregos, razões suficientes para sairmos da inércia. É passada a hora de aglutinar pessoas com talento, conhecimento e disposição para pensar e propor alternativas viáveis e inclusivas, que levem em conta os diversos interesses (legítimos) existentes.

O Futebol do Futuro é uma iniciativa voluntária que surge com a mobilização de experientes profissionais da Gestão e do Marketing Esportivo, interessados em propor alternativas viáveis para o desenvolvimento do Futebol Brasileiro a partir de um enfoque técnico. Em comum, partilhamos da opinião de que todos ganharão se tivermos um ambiente de futebol mais eficiente, organizado, transparente e financeiramente sustentável. 

Mobilização, Inclusão e Negociação são os pontos-chave deste processo. Esta é uma iniciativa que mobilizará os diversos agentes que gravitam em torno do futebol para, conjuntamente, construir um arcabouço de propostas com enfoque técnico, mas que contemple as necessidades de todos os envolvidos: Torcedores, Clubes (pequenos e grandes), atletas e comissões técnicas, mídia, patrocinadores, investidores, profissionais e empresas das diversas áreas que lidam com o futebol, etc. Além disso, é preciso observar a amplitude geográfica do País e suas peculiaridades, além dos aspectos sociais relacionados. E isso só ocorrerá se criarmos as condições para que todos os envolvidos e interessados possam contribuir.

Grupos que farão parte do Futebol do Futuro



Grupo de Proposição – É responsável por ouvir as necessidades apontadas pelos grupos de interesse e formular as propostas que serão refinadas ao longo de sucessivos debates com os grupos de interesse e os colaboradores especiais.

Os 15 integrantes do Grupo de proposição são: Amir Somoggi, Cesar Gualdani, Eduardo Carlezzo, Eduardo Tega, Fernando Ferreira, Fernando Fleury, Fernando Trevisan, João Henrique Areias, João Paulo Medina, Luis Filipe Chateaubriand, Manoel Amorim, Marcos Motta, Renato Mahfuz e Thiago Scuro

Este é um grupo sem carimbo ideológico ou ligado a interesses específicos, que fará um trabalho minucioso, técnico e extremamente exaustivo, demandando dos envolvidos a doação de seu tempo, experiência, conhecimento e esforço, além de uma postura conciliadora e de empatia às necessidades e problemas de todos os envolvidos. 

Grupos de Interesse – Separados por áreas de atuação, funcionarão como uma espécie de Câmaras Setoriais, encarregados de levantar os principais problemas e necessidades de cada segmento envolvido com o futebol, que serão mapeados e convertidos em objetos de análise do grupo de proposição. Colaboradores Especiais – Especialistas com grande conhecimento sobre temas específicos, e que serão convidados pelo Grupo de proposição a expor sua visão sobre esses assuntos, fortalecendo as propostas a serem apresentadas.

Onde podemos chegar?

O Objetivo final do Futebol do Futuro é apontar soluções técnicas e realistas para nossos principais problemas, criando condições para que possamos competir com o que há de melhor no futebol internacional. Não há motivo para timidez, podemos perfeitamente estar entre os 3 maiores mercados do mundo a médio prazo, mas precisamos evoluir. E estamos parados. 

Por ser um movimento sem pretensões políticas ou de disputa por poder, O Futebol do Futuro se dissolverá automaticamente no encerramento de seus trabalhos.

Chegou a hora de todos nós contribuirmos, contamos com seu apoio.

Quem faz o futebol do futuro?

Amir Somoggi
Consultor de Marketing e Gestão Esportiva
Cesar Gualdani
Sócio-Diretor da Stochos Sports & Entertainment
Eduardo Carlezzo
Sócio da Carlezzo Advogados
Eduardo Tega
CEO da Universidade do Futebol
Fernando Ferreira
Sócio-Diretor Pluri Consultoria
Fernando Fleury
Professor e Consultor de Marketing e Gestão Esportiva
Fernando Trevisan
Diretor da Trevisan Escola de Negócios
João Henrique Areias
Sócio da SportLink Marketing Esportivo
João Paulo Medina
Fundador da Universidade do Futebol
Luis Filipe Chateaubriand
Professor universitário na área de Gestão
Manoel Amorim
BNDES
Marcos Motta
Sócio da Bichara e Motta Advogados
Renato Mahfuz
Sócio-Diretor da Stochos Sports & Entertainment
Sandro Orlandelli
Executivo de Futebol
Thiago Scuro
Gerente Executivo do Audax SP e Audax RJ

Corinthians vai jogar com portões fechados na Libertadores, diz Conmebol

DA AFP 

LibertadoresSPFW 2012O Corinthians disputará suas partidas da Taça Libertadores sem o apoio da torcida em consequência da morte de um jovem boliviano de 14 anos que foi atingido por um sinalizador disparado por um membro da torcida do time paulista durante a partida de quarta-feira contra o San José, informou a Conmebol.

A medida é cautelar. Significa que vai ficar valendo até que se tome uma decisão final, o que deve ocorrer, segundo a entidade, em até 60 dias

"As partidas do Corinthians como mandante serão disputadas de portões fechados. Nos jogos que o clube disputará como visitante, seus torcedores não terão acesso a ingressos", disse nesta quinta-feira o porta-voz da Conmebol, Nestor Benítez.

Reprodução
Comunicado da Conmebol que pune o Corinthians de forma cautelar
Comunicado da Conmebol que pune o Corinthians de forma cautelar

Trata-se da primeira medida tomada pela entidade desde a morte do jovem Kevin Beltrán, que foi atingido no olho por um sinalizador disparado desde o setor reservado para a torcida do Corinthians.

O clube já vendeu 82.500 ingressos para os três jogos da fase de grupos que fará em casa em 2013 --o primeiro é na quarta, ante o Millonarios. A equipe ainda não se pronunciou, mas deixou claro que tem condições de ressarcir todos os torcedores que compraram ingressos. Até as 23h desta quinta-feira, o Corinthians disse que ainda não havia sido comunicado oficialmente, mas na nota já é sabido que o clube terá três dias de prazo para apresentar a defesa.

O drama ocorreu pouco depois do gol do Corinthians, marcado aos 5 minutos de jogo pelo peruano Paolo Guerrero, durante a partida que terminou empatada em 1 a 1.

Torcedores do Corinthians na delegacia onde foram levados acusados da morte de um jovem de 14 anos torcedor do San José

Benítez ainda disse que a punição será mantida até que a polícia boliviana esclareça os fatos que provocaram a morte do torcedor.

"Os dirigentes do Corinthians têm um prazo de três dias para apresentar sua defesa", completou o porta-voz.

Pouco depois do incidente, a policia aprendeu 12 torcedores do Timão que permanecem detidos na delegacia de Oruro, cidade situada a 240 km ao sul da capital La Paz.

O polícia boliviana declarou nesta quinta-feira ter fotos que provam que o sinalizador foi disparado foi disparado por um torcedor corinthiano.

Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress

Um canal de TV da Bolívia exibiu imagens que mostram o momento em que o sinalizador é lançado pela torcida do Corinthians que estava no estádio em Oruro. Não é possível identificar se é o artefato que matou o torcedor do San José.

 

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