Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

domingo, maio 31, 2015

'Queremos um novo momento para o futebol brasileiro'

George Hilton faz críticas fortes à CBF, mas diz estar aberto ao diálogo
George Hilton faz críticas fortes à CBF, mas diz estar aberto ao diálogo 

O governo federal quer aproveitar a crise provocada pelas investigações de corrupção envolvendo a Fifa e a CBF para esvaziar a Confederação Brasileira de Futebol. Em entrevista ao Estado, o ministro do Esporte, George Hilton (PRB), defendeu a criação de uma Liga para administrar o Campeonato Brasileiro, deixando a CBF apenas com as competições da seleção brasileira.
Hilton também quer aproveitar o momento delicado no futebol para conseguir a adesão ao programa de refinanciamento de dívidas previsto na chamada MP (Medida Provisória) do Futebol, que impõe contrapartidas criticadas pela CBF e por clubes. "Temos que dar uma resposta ao povo brasileiro de que queremos um novo momento para o futebol", afirmou o ministro, na entrevista em que critica a reeleição do presidente da Fifa, Joseph Blatter, e a governança da CBF.
Qual a sua ideia para o Campeonato Brasileiro? Penso que este talvez seja o grande momento de a gente discutir a organização dos clubes de futebol no Brasil como acontece no restante do mundo. Você tem a Liga que administra os campeonatos nacionais, você tem o órgão, que é a confederação, cuidando só da seleção daquele país. Ou seja, você teria o Campeonato Brasileiro sendo organizado por uma Liga e a CBF ficaria exclusivamente com a seleção brasileira.
Já conversou isso com a CBF? Tenho defendido isso nas minhas idas aí pelo País. Claro que a CBF resiste a isso, mas, se você pegar os países aí, na Europa, você vai ver que quem organiza os campeonatos nacionais é a Liga.
Quais as vantagens? Você vai ter muito mais capilaridade no campeonato nacional porque os clubes passarão a ter muito mais protagonismo na realização do campeonato e a CBF, por sua vez, vai ter toda uma dedicação não só à Copa do Mundo, à Copa América, Copa das Confederações. A maioria dos clubes defende este modelo que é o que tem dado certo no resto do mundo.
Esta descentralização diminui as chances de corrupção? Não, porque você vê que os clubes têm hoje todo o ônus, todo o planejamento do campeonato recai sobre eles. É a eles que é definido o repasse dos direitos de imagem, eles que tem que administrar a questão que envolve os estádios, as arenas. A CBF apenas se coloca como a dona do processo, mas quem trabalha o tempo todo na efetivação já são os clubes mesmo. A Liga vai ter um papel fundamental porque ela vai ser um conselho formado por todos eles, o que vai dar naturalmente muito mais capilaridade à organização do evento.
A MP do Futebol tem sido criticada por dirigentes de clubes, que a consideram intervencionista. Como o governo lida com essa crítica? É possível fazer alguma mudança? Os clubes já começam a sinalizar da real necessidade de aderirem ao financiamento e nós vemos na MP do Futebol o grande momento de depurar o futebol no Brasil em vista de todos esses fatos que estão aparecendo aí no mundo e o Brasil dá um passo fundamental na modernização e na recuperação do futebol como um grande patrimônio da humanidade.
As prisões e denúncias envolvendo dirigentes da Fifa e da CBF facilitam a aprovação da MP? Demonstram que realmente estamos no caminho certo. Acertamos com a MP do futebol. Esse clima todo que constrange o mundo e de certa forma nos envergonha porque amamos o futebol, somos um País pentacampeão mundial, é uma demonstração clara de que o Congresso Nacional, que tem agora grande responsabilidade de aprovação deste texto, deve dar uma resposta à sociedade. Temos que dar uma resposta ao povo brasileiro de que queremos um novo momento para o futebol.
A bancada da bola é muito forte no Congresso, principalmente na Câmara. O governo acredita que conseguirá levar a medida adiante? Como estão as negociações? Se fizermos uma reflexão do texto da MP, veremos que ela tem muito a contribuir principalmente levando em conta que esta bancada que defende os interesses do futebol sabe que o momento exige mudanças claras e muito bem definidas.
A resistência de clubes e CBF à MP os coloca sob suspeita? Levando em conta que a situação dos clubes no Brasil é muito ruim, difícil financeiramente, penso eu que essas possíveis resistências que alguns declaram serão suprimidas. Entendemos a situação dos clubes, mas o objetivo nosso é que não haja mais um refinanciamento, que os clubes, a partir daí, com a economia que será gerada por imposição dessas contrapartidas, consigam colocar suas contas em dia e o futebol consiga então sobreviver.
O senhor acredita que regularização das contas dos clubes se dará em quanto tempo? O prazo que nós estabelecemos. A gente está dando um prazo de 20 anos. Acreditamos que é possível, em até muito menos da metade disso, a gente conseguir que os clubes estejam saneados.
O Senado deve instalar na semana que vem uma CPI para investigar corrupção no futebol nacional. Até que o ponto o senhor entende que o negócio do futebol é criminoso no país? O futebol não é algo criminoso, mas a gestão que vem acompanhada de práticas ilícitas tem que estar sob atuação da Justiça. Quanto ao Poder Legislativo, é prerrogativa deles instalar essas comissões de inquérito. A gente respeita.
O governo identifica indícios de compra de votos para a realização da Copa do Mundo no Brasil em 2014 ou de algum outro tipo de ato de corrupção? Não. O ministro da Justiça (José Eduardo Cardozo) anunciou (na semana passada) que a Polícia Federal vai fazer as investigações. Portanto, vamos aguardar do desenrolar dessas investigações.
Mas até agora não há qualquer indício? (Acena negativamente com a cabeça)
A postura do governo em relação à CBF mudou consideravelmente entre o governo Lula e o governo Dilma. O que levou a essa mudança de comportamento, a este distanciamento entre governo e CBF? Não há distanciamento. Existe o respeito entre as partes. A CBF, hoje, o órgão maior do futebol no Brasil, nós respeitamos as instituições. Porém, as instituições não estão acima da lei. Elas precisam estar dentro do ordenamento jurídico e, neste aspecto, o governo, não só da CBF, ele quer de todas as entidades, que elas estejam dentro do que a legislação nacional exige.
O senhor confia na CBF? Eu respeito as instituições, mas entendo que todas elas, inclusive as públicas, elas têm que ser modelo de gestão, de transparência, de ética e do bom uso dos recursos que ali são auferidos.
Falta uma política de boa governança à CBF? Diria que a CBF hoje tem uma grande oportunidade de demonstrar para todos nós que não.
O senhor já conversou com Marco Polo Del Nero desde que o escândalo estourou ou pretende conversar? Não. Vamos, naturalmente, acompanhar passo a passo os fatos. Mas, como sempre, as portas do ministério estão abertas não só para a CBF, mas para todas as entidades ligadas ao esporte. Esta casa é a casa do esporte.
O governo brasileiro pedirá a extradição de José Maria Marin? Não sei. Tem que ser uma postura do Ministério da Justiça. Essa conversa eu não tive.
Como o senhor vê a recondução do Joseph Blatter à presidência da Fifa? Acho que o momento político dele não é bom. Penso que ele tem que fazer uma reflexão e entender que não só ele, mas a Fifa deve explicações ao mundo do futebol. Para o bom desempenho do futebol seria interessante que houvesse uma alternância de poder na Fifa.
Após as prisões na Suíça, o senhor disse querer "aguardar os fatos". O esquema de corrupção da Fifa só foi desbaratado por causa de uma ação do governo dos Estados Unidos. O governo brasileiro não deveria adotar uma posição menos passiva? A legislação americana permite este tipo de ação das autoridades sobre instituições privadas. Temos um ordenamento jurídico aqui que não nos permite isso. A parte dos indícios que comprovarem a atuação de empresas, sonegação e outros crimes tributários, claro que a Justiça brasileira atuará e já está fazendo isso com o anúncio da Polícia Federal de que vai fazer as investigações.
Neste contexto de corrupção, o que esperar dos jogos olímpicos no Brasil? A relação entre o Comitê Olímpico Internacional (COI), Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e o governo brasileiro tem se dado de forma muito transparente. Os eventos que acontecerão no próximo ano no Brasil estarão dentro da normalidade e serão um sucesso.
O que o governo está fazendo para se prevenir? O governo tem os órgãos de controle que atuam em consonância com os ministérios, com o Estado do Rio de Janeiro, com a prefeitura (do Rio), com a Autoridade Olímpica, que sempre nos atualiza sobre a gestão destes recursos.
O Brasil mal se recuperou, se é que se recuperou, do 7 a 1 para a Alemanha na Copa do Mundo, agora vê a CBF nesta situação. No início do ano, o senhor resistia em dizer que o futebol brasileiro estava em crise. Qual sua opinião agora?Diria que revertemos este quadro. Hoje há uma percepção clara de que o futebol continua sendo forte, continuamos pentacampeões do mundo e vamos aplicar, de agora em diante, uma gestão que fará do futebol brasileiro um campeão dentro e fora dos campos.
Sua pasta sofreu um corte de R$ 901 milhões, queda de 27,6%. Que programas serão prejudicados? Teremos, naturalmente, uma redução. Estávamos indo num ritmo e vamos desacelerar um pouco em todos eles (programas). Claro que as obras olímpicas e paraolímpicas continuam porque temos um cronograma para ser entregue, inclusive com eventos testes em julho e agosto.
Quais foram as principais descobertas do "Relatório do Esporte" que será divulgado nos próximos dias? Que a gente precisa praticar esporte. O Brasil precisa urgentemente massificar a prática esportiva, sobretudo na região Sudeste, que é muito sedentário em todas as faixas etárias. Uma das razões é o ritmo de trabalho da região.
O senhor havia assumido compromissos para combater o vandalismo nas torcidas organizadas. Como está este assunto? Existe hoje um planejamento para que a gente adote já nos próximos meses algumas ações. Entre elas, um cadastro nacional de todas essas torcidas. Vamos adotar, com as polícias, nos estádios, o sistema de monitoramento dessas pessoas e a ideia é o recrudescimento da legislação para que essas pessoas sejam banidas dos estádios. Não podemos permitir que esses elementos que se travestem de torcedores para cometer crimes absurdos continuem a frequentar os estádios do Brasil.
(Fonte: O Estadão)

Opinião] Juca Kfouri: Promiscuidade


"Deste conteúdo kfouriano, com menos exagero, eu gosto."
(Benê Lima) 

A velhacaria que envolve o mundo do esporte recebe incentivos cínicos da mídia e isso deve ser dito* 
A FIFA cometeu dois erros fatais ao negar as duas próximas Copas do Mundo ao ainda poderoso império americano e ao velho império inglês.
Note que, desde então, jamais teve paz. 
Primeiro caíram os velhos cardeais corruptos e agora os que os substituíram.
Não sejamos seletivos na indignação, porém.
Havelange, Teixeira, Hawilla, Leoz, Marin, o que menos importa é o nome do bicho. 
Importa denunciar o mundo à parte que inventaram, no qual se vive nababescamente e depois corre-se o risco da desmoralização, da prisão e da humilhação. Vale a pena? Cada um sabe de si.
Lava-se dinheiro e joga-se bruto no esporte desde que o esporte virou o negócio que virou.
Certa de sua impunidade, a cartolagem da FIFA jamais deu bola aos que a investigavam. 
Preferiu sempre negar-lhes credenciamentos, processá-los ou ignorá-los.
A polícia do mundo é a polícia do mundo e as três letrinhas do FBI golearam as quatro da Fifa. Porque, como sempre, alguém precisa botar um mínimo de ordem nesta zorra.
Zorra que gera a promiscuidade incapaz de separar jornalismo de propaganda ou de entretenimento. 
Promiscuidade que atinge até o Poder Judiciário,que vira e mexe dá razão a tais figuras.
Ou permite que comunicadores e executivos frequentem os mesmos convescotes que tais cartolas e os protejam e homenageiem.
Dia desses mesmo, na festa da FPF, o número 1 da Globo Esporte, Marcelo Campos Pinto, se desmanchou em elogios ao “eterno presidente Marin” — e o homem já não tem mais nem o nome no edifício que mandou construir a toque de caixa, por R$ 70 milhões!
“2015 vai entrar para a história do futebol brasileiro como um grande ano, o ano em que José Maria Marin passou o bastão ao presidente Marco Polo Del Nero”, disse Campos Pinto. De fato!
Não satisfeito, acrescentou, emocionado, a Marin: “O senhor escreveu o seu nome na história do futebol brasileiro, tendo sucedido um outro grande presidente, que foi o Ricardo Teixeira”.
Nero foi saudado como “excelentíssimo senhor com o qual tenho o privilégio de conviver assiduamente há mais de 11 anos”.
Esta promiscuidade também precisa acabar porque não há auto-crítica que dê conta quando o interesse do negócio suplanta a ética e os bons costumes.
O que vale para a GM, Visa, Ambev, Itaú etc.
Uma coisa é a polidez numa cerimônia pública, outra é a cumplicidade subserviente porque, enfim, tudo resulta no mesmo, em comissões, bônus ou corrupção.
Finalmente é preciso salientar que mais que novas CPIs da CBF, será fundamental aprovar a Medida Provisória do Futebol, esta sim com novos métodos de governança que podem mudar os hábitos que vigoram há décadas em nosso futebol.
Para que não sigamos ouvindo de um Háwilla o que já ouvimos de um Odebrechet: “Eu preferiria que fosse diferente. Mas jogo o jogo, não posso mudar o mundo”.
Todos podemos.
 .

sábado, maio 30, 2015

Participantes de audiência pública defendem maior apoio ao futebol feminino

Leila Barros, Fátima Bezerra, Romário e Alexander Ellis, na audiência pública realizada pela Comissão de Educação
 
A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) esteve reunida durante toda a manhã da quarta-feira (27) para um debate sobre a situação do futebol feminino no país. Os 120 anos da primeira partida de futebol feminino são comemorados em 2015. Durante o debate, os participantes reivindicaram mais incentivo financeiro e um calendário que ocupem os times na maior parte do ano.
— O esporte tem que ser visto como um fator de inclusão social — destacou a senadora Fátima Bezerra (PT-RN), vice-presidente da comissão.
Para ela, o governo precisa unificar as políticas e as ações dos diversos ministérios envolvidos com o tema, como a Secretaria de Políticas de Mulheres da Presidência da República e o Ministério do Esporte. A senadora sugeriu que seja criada uma conferência nacional do esporte, nos moldes da Conferência Nacional de Educação (Conae), e propôs que o Ministério do Esporte atualize a Lei de Incentivo ao Esporte, cuja vigência termina em 2015.
A senadora também destacou a importância da Medida Provisória 671/2015, em tramitação no Senado, que trata da responsabilidade fiscal dos clubes brasileiros. Uma das contrapartidas exigidas para que as agremiações endividadas obtenham refinanciamento de suas dívidas é o investimento nas categorias de base e no futebol feminino, ponto que precisa ser defendido, segundo a parlamentar:
— Temos que fortalecer essa iniciativa prevista no texto da MP. Não por acaso a luta das mulheres contra o preconceito é secular e temos longa caminhada pela frente. De 81 senadores, há só 13 mulheres. E essa realidade se reflete em outras áreas, inclusive no campo esportivo — disse a senadora, para quem a CBF poderia fazer muito mais para promover o futebol feminino.
A representante da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Beatriz Gregório, disse que, apesar dos avanços, há ainda inúmeros desafios a ser enfrentados.
— Precisamos garantir o pleno direito ao esporte e ao lazer, superar os preconceitos, criar um calendário nacional e internacional, além de profissionalizar as mulheres, não as atletas, mas em outras funções, como técnicas e árbitras — ressaltou.
A coordenadora de campanha do Escritório da ONU Mulheres no Brasil, Amanda Kamanchek, concorda com a necessidade de inserir as mulheres nos postos de comando do futebol. Ela ressaltou ainda o que chamou de ganhos “fora do campo”. Além do desenvolvimento no esporte, as atletas ganhariam em confiança, coragem e autoestima.

Interesse financeiro

Para o senador Romário, a categoria nunca interessou à CBF porque não dá lucro e, se não há dinheiro, "eles não podem roubar". O senador só poupou Marco Aurélio Cunha, diretor de Futebol Feminino da entidade, que participou da audiência pública. O ex-jogador disse confiar no trabalho do diretor e acreditar em melhorias futuras.
— Gostaria de abrir uma exceção, dizendo que existe sim pessoas honestas e competentes CBF, e uma delas está aqui, o Marco Aurélio Cunha, cuja história já conheço. Posso dizer que passei a acreditar que o futebol feminino pode dar um salto positivo — acrescentou.
Na opinião de Marco Aurélio, o incremento do futebol feminino passa por uma série de ações que não cabem somente à CBF. A primeira delas é papel das escolas, que deve incentivar o jogo misto, com meninos e meninas brincando juntos, o que já é feito em países desenvolvidos e com destaque no cenário internacional na categoria:
— Por que o menino recebe uma bola de futebol e a menina vai jogar queimada? A separação só deve ocorrer com o crescimento das crianças. Na formação básica, pode-se misturar. E é assim nos países mais desenvolvidos, como Suécia, Canadá, Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e Alemanha. Será que eles estão errados? — indagou.
Marco Aurélio disse que a CBF está aberta ao debate e que é contra obrigar os clubes profissionais a manterem times femininos. Para ele, isso pode se tornar mais um motivo de preconceito, e as meninas correm o risco de serem vistas como um fardo para as instituições.
O senador Omar Aziz (PSD-AM) defendeu as equipes femininas de futebol nas escolas. O senador, que foi governador do Amazonas, admitiu que não faria novamente uma arena como a construída em Manaus para receber os jogos da Copa do Mundo. Segundo ele, o empreendimento só gerou dívidas para a população.
— Fui governador e construí uma arena. Se me perguntassem se faria de novo, não faria. O custo-benefício para a população amazonense foi só endividamento. Ainda fiz dois CTs para duas seleções treinarem porque fui obrigado e estão lá hoje servindo a um futebol que está na Série D — lamentou.
Também participaram da audiência da CE a jogadora da Seleção Brasileira Débora de Oliveira, a Debinha; o embaixador do Reino Unido, Alexander Ellis; a secretária do Esporte e Lazer do Distrito Federal, Leila Barros; a coordenadora-geral de Futebol Profissional do Ministério do Esporte, Mariléia dos Santos, conhecida no meio esportivo como Michael Jackson; o diretor de Marketing da Caixa Econômica Federal (CEF), Gerson Bordignon; e o secretário de Futebol do Ministério do Esporte, Rogério Haman.

Especialista de Harvard alerta sobre interesses dos EUA em crise na Fifa

  • Divulgação
    John Shulman, que estudou direito em Harvard, fala sobre o escândalo na Fifa
    John Shulman, que estudou direito em Harvard, fala sobre o escândalo na Fifa
"Eu estou chocado, você não está?", diz John Shulman ao atender a reportagem do UOL. Ele tem uma opinião diferente sobre o envolvimento dos Estados Unidos no escândalo da FIFA. Professor convidado da Fundação Dom Cabral, especialista em mediação de negociações, cofundador do Centro para a Negociação e a Justiça dos EUA, e formado em direito pela Universidade de Harvard, ele acredita que a intervenção "não teve cunho legal, mas geopolítico".
"Com essa ação, os EUA enviam dois recados. Para o mundo, o de que o nosso sistema legal pode te pegar se você estiver fazendo algo errado. Internamente, mostramos que tomamos a iniciativa de resolver a corrupção dos outros", diz o professor.
E John entende tanto de geopolítica quanto de futebol. Seu currículo de mediador inclui diversos trabalhos ao redor do mundo, incluindo no Oriente Médio, na Índia e em Ruanda. Sobre o "soccer", uma curiosidade: o hoje professor já jogou profissionalmente na Índia, onde, segundo ele, foi o primeiro jogador ocidental por aquelas bandas.
"Os Estados Unidos nunca deram a menor bola para o futebol. De repente, pela primeira vez na história, o The New York Times vem com a primeira página inteira falando do assunto. Aí eu me pergunto: por quê?", questiona John. Para o professor, há vários pontos obscuros no envolvimento americano. "A logística de uma operação internacional deste porte simplesmente não vale a pena. Até porque não há um número de vítimas nos EUA que justifiquem tamanha mobilização", argumenta ele. "Há empresas nos EUA muito mais corruptas do que a FIFA, pode ter certeza", crava o especialista. 
"Para mim, trata-se claramente do seguinte: são os EUA mobilizando seu aparato legal interno em prol de questões geopolíticas. No caso, para colocar pressão na Rússia (sede da Copa de 2018), com quem o país tem tido problemas recentemente, e no Qatar (sede da Copa de 2022), onde também existem questões geopolíticas". 
John cita ainda a chance para os EUA desestruturarem uma organização que, corrupta ou não, tem tentáculos de poder que fogem ao seu alcance. "A ONU está presente em vários países, mas os EUA têm poder sobre ela. Isso não acontece com a FIFA, o que causa uma ruptura da hegemonia americana."
Quer dizer, se você está feliz que alguém finalmente tomou a iniciativa de enquadrar a FIFA, comemore com moderação. "É claro que a FIFA é corrupta. Todo mundo sabe disso. Mas os EUA não estão fazendo isso pelo bem do futebol", completa John.

segunda-feira, maio 25, 2015

Desigualdade. A morte do futebol brasileiro em 5 passos


Muita gente defende um campeonato em pontos corridos alegando que este é o sistema mais justo de competição. Seria meritocrático. Mas como falar em Justiça e meritocracia no futebol brasileiro, se o que testemunhamos é a existência de um verdadeiro modelo que favorece sistematicamente sempre os mesmos clubes de futebol?

O leitor duvida? Então vamos aos fatos (e são muitos) que estão desequilibrando o futebol brasileiro, acabando com a nossa paixão e com o próprio negócio daqueles que deveriam preservá-lo (Globo, CBF, patrocinadores). A análise terá como guia de comparação o Palmeiras, clube com uma das cinco maiores torcidas do País.

1) O problema dos direitos de transmissão da TV aberta

O problema não é novo. Mas os beneficiados pelo modelo (veja a posição do presidente do Flamengo e ocomentário do Caldeirão Cruz-Maltino) e aqueles que têm a caneta na mão continuam fingindo que ele não existe.

Atualmente, Corinthians e Flamengo ganham R$ 110 milhões por ano contra R$ 80 milhões por ano do SPFC e R$ 70 milhões por ano de Vasco e Palmeiras. Entre 2012 e 2015, quando este acordo vigorou, Fla e SCCP somaram R$ 160 milhões a mais do que seus maiores rivais locais, Vasco e Palmeiras.

De 2016 em diante, a proposta é ainda mais ultrajante. R$ 170 milhões por ano para Flamengo e SCCP. R$ 110 milhões/ano para SPFC e R$ 100 milhões/ano para Vasco e Palmeiras. Em 04 anos, R$ 280 milhões de diferença entre Corinthians e Palmeiras. É para acabar com qualquer possibilidade competição.

A situação piora para clubes como Goiás, Sport, Atlético-PR, que a partir de 2016 receberão R$ 35 milhões. Salvo cataclisma, sempre entrarão como figurantes nas competições nacionais.

Divulgação/Premier League
Divulgação/Premier League
Na Premier League, a distribuição das cotas é diferente.

O leitor acha que tem que ser assim mesmo? Que é a audiência que deve reger os valores pagos? Não é bem assim. Basta olhar o modelo da Premier League, no Reino Unido (veja post do Sangue Azul ou esta elucidadora matéria sobre a distribuição de cotas no campeonato inglês). Segundo o Sangue Azul, "enquanto os dois times de maior torcida do Brasil recebem algo entre quatro e cinco vezes mais que do aqueles que recebem cotas menores, a proporção na Premier League é 1,5 para 1 entre a maior e a menor cota, e vem caindo sistematicamente ano após ano."

Para quem é torcedor, futebol é paixão. Mas quem gere o futebol brasileiro deveria cuidar para não matar o seu produto, que é uma competição, não um teatro em que alguns (cada vez mais) favorecidos vão esmagar ao final seus concorrentes. O Palmeiras está no pelotão dos favorecidos, mas mesmo assim é difícil concorrer com os que estão acima.


O cenário parece se desenhar claramente. Mantidas as atuais condições, o futebol brasileiro perderá a graça. Ou quem está no controle sofrerá uma rebelião de base e uma indesejada intervenção externa que minará consideravelmente seu poder.

Resultado: focando apenas este primeiro ponto, no ano de 2015 o Palmeiras saiu atrás em R$ 40 milhões em relação ao SCCP e Flamengo.

2) O problema da exposição na TV aberta 

Além do desequilíbrio financeiro direto, a emissora que deveria zelar pelo equilíbrio técnico do campeonato provoca um desequilíbrio financeiro indireto ao expor muito mais os jogos de certos clubes (adivinhem quem), sob o pretexto de que estes são os que dão mais audiência. Assim, mata o seu verdadeiro produto (o campeonato), na tola ilusão de que está fortalecendo dois bons produtos (Corinthians e Flamengo). E ainda ganha, de brinde, a antipatia da geral. Vejamos:

Flamengo – 7 partidas
SCCP e SPFC – 6
Atlético-MG e Cruzeiro – 5
Atlético-PR e Grêmio – 4
Flu, Inter e Vasco – 3
Avaí, Coxa, Goiás, Joinville, Santos e Sport – 2
Palmeiras e Chapecoense – 1
Figueirense e Ponte Preta – 0

O fato é que a superexposição de uns e a não exposição de outros impacta, por exemplo, a venda de patrocínios na camisa, uma importante fonte de receita no futebol. Indiretamente, os clubes com menos partidas transmitidas acabam prejudicados. Pior para o campeonato e para o torcedor. Pior também, para quem quer transformar o campeonato como um todo num produto interessante.

De qualquer forma, ao que tudo indica, o critério não parece ser audiência dos clubes. Vasco e Palmeiras figuram entre as maiores torcidas do País. Mas têm, respectivamente, apenas 3 e 1 partidas transmitidas na TV aberta.

Resultado pontos 1+2: o Palmeiras larga em 2015 com R$ 40 milhões de desvantagem + um prejuízo intangível para fins de patrocínio e para o próprio crescimento de longo prazo da sua torcida.

3) O problema dos valores referentes a transmissão na TV por Assinatura

Acompanhem o raciocínio. Clubes como Flamengo e SCCP têm grande exposição na TV aberta, ao contrário de clubes como o Palmeiras. Logo, é possível supor que os torcedores de Flamengo e SCCP devem ver muito menos benefícios na assinatura de um pacote do brasileirão do que torcedores de Palmeiras ou Vasco. É possível presumir, ainda, que a ausência de jogos na TV aberta acabe por forçar os torcedores desses clubes a procurar a TV por assinatura como única alternativa para seguir seu time. Excluídas as variáveis que estão presentes para todos os clubes (o sujeito que assiste no bar, no estádio, na casa da sogra), essa deveria ser a regra.

Seguindo essa lógica, clubes com torcidas numerosas e pouca exposição na TV aberta deveriam receber um valor substancial referente ao Pay-per-view. Provavelmente até maior que os clubes com torcidas mais numerosas mas que estão na TV aberta.

A detentora dos direitos tem todas as condições de medir isso no momento da contratação. Mas distribui os direitos de outra forma: realiza duas pesquisas (Datafolha e Ibope) entre os assinantes para saber para que time eles torcem. A metodologia não está clara. Ligam apenas nas capitais? Que tipo de pergunta é feita? Ligam só para quem tem o pacote do Brasileirão ou para quem comprou jogos individuais?

Em 2014, Flamengo e SCCP receberam quase um terço do total de receitas do Pay-per-view: Flamengo levou R$ 45 milhões e SCCP 38 milhões. São Paulo, Vasco levaram R$ 20 milhões cada. E o Palmeiras, R$ 17 milhões.

Resultado pontos 1+2+3: o Palmeiras larga em 2015 com um enorme prejuízo intangível pela não exibição de seus jogos na TV aberta e apenas no relacionamento com a Globo, R$ 61 milhões atrás do seu rival SCCP.

Mas você pensa que acaba aqui? Não acaba.

4) Patrocínios Públicos

Não são todos os clubes que tem a honra de contar com um patrocínio de uma empresa pública em sua camisa.

Hoje, a Caixa investe cerca de R$ 100 milhões em clubes de futebol. Será que o leitor advinha quem são os maiores beneficiados?

Segundo dados de 2014, o maior beneficiado é o Corinthians, com um patrocínio no valor de cerca de R$ 30 milhões. O segundo, é o Flamengo, com patrocínio no valor de R$ 25 milhões, renovando agora por 16 milhões somente para a frente da camisa.

Existe uma boa justificativa para isso. Estes clubes são os que obtêm maior exposição na TV aberta. Mas também existe uma boa discussão a ser feita: qual o papel das empresas públicas? O de fazer marketing como qualquer outra para vender seus produtos e serviços, reforçando o papel dominante dos clubes que patrocina? Ou a CAIXA teria condições (e obrigação, por ser uma empresa pública) de inverter essa lógica?

A CAIXA patrocina, sim, clubes com menor exposição: Atletico-GO (R$ 2,4 milhões) e ABC (R$ 2 milhões), estão na Série B. Figueirense e Chapecoense recebem cerca de R$ 4 milhões. Atlético-PR, Coxa e Vitória recebem R$ 6 milhões cada. Ou seja, com o valor destinado ao Corinthians, a caixa poderia patrocinar 15 clubes como o ABC.

E para concluir: Flamengo e SCCP não têm exposição suficiente para conseguir patrocínios no mercado privado? No ano de 2014, o Palmeiras não conseguiu obter patrocínios. Segundo Paulo Nobre, a Copa do Mundo drenou os investimentos no esporte. O Palmeiras chegou a negociar com a CAIXA. Algumas notícias dão conta que Nobre teria recusado um patrocínio de R$ 25 milhões da empresa. Outras, que a CAIXA recuou após ter acertado os valores com a estatal.

Com a CREFISA, o Palmeiras recebe R$ 23 milhões por temporada, ou seja, R$ 7 milhões a menos do que o SCCP recebe da CAIXA.

Resultado da soma dos pontos 1 a 4: o Palmeiras larga em 2015 com um enorme prejuízo intangível pela não exibição de seus jogos na TV aberta, R$ 61 milhões atrás do seu rival SCCP no relacionamento com a Globo e sem patrocínios de empresas públicas em sua camisa (diferença de R$ 7 milhões). A diferença financeira já chega a R$ R$ 68 milhões só em 2015. 

5) O juízo dos Tribunais

Não vou me alongar neste ponto, nem quero criar teorias da conspiração. Mas nossos tribunais são tão profissionais quanto nossos dirigentes.

Num exemplo recente, Vagner Love, então jogador do Palmeiras, foi a julgamento pela infração de um artigo qualquer. Um dos auditores, direcionou-se ao jogador e afirmou que preferia que as trancinhas de Love fossem rubro-negras ao invés de verdes. Belluzzo, a esta altura em conflito aberto com Simon e os tribunais, veio a público para questionar a postura do auditor. É difícil de crer? O video está disponívelaqui

Trata-se de um caso isolado? Difícil afirmar isso.

Na última semana os advogados do Palmeiras recorreram contra a punição de 180 dias aplicada a Dudu, jogador do Palmeiras que empurrou o árbitro no segundo jogo da final contra o Santos. Além de recorrer, o Palmeiras pediu o efeito suspensivo da pena aplicada em primeira instância. Ou seja: que Dudu ficasse livre da pena até o julgamento final.

O efeito suspensivo foi concedido, "mas só daqui a 15 dias". Em matéria narrando o evento, descreveu-se assim a situação:



A decisão, ainda assim, é inesperada, pois normalmente quando um atleta recebe o efeito suspensivo, sua liberação é imediata. Foi o que aconteceu no caso de Petros, por exemplo.

O meio-campista do Corinthians pegou 180 dias de pena também por se chocar com o árbitro Raphael Claus, e três dias depois o jogador recebeu o efeito suspensivo. Ele a partir de então estava livre para atuar.


O TJD-SP (pasmem!) inventou o efeito suspensivo do efeito suspensivo!!!

No período em que Dudu estará suspenso, perderá duas partidas. Contra o Goiás e contra o Sport Club Corinthians Paulista. Não havia precedentes para uma decisão como essa.

O leitor acha que é mania de perseguição? Procure no Google por "Mauro Marcelo de Lima e Silva" e "efeito suspensivo". Rapidamente, você descobrirá que o próprio relator já havia decidido de outra forma, concedendo imediatamente o efeito suspensivo em caso anterior e rigorosamente igual. Faz tempo? Não, o caso foi em abril de 2015! Veja você mesmo no site do TJD-SP  e em notícia de um jornal local.

Dois pesos e duas medidas afetam fundamentalmente a capacidade dos clubes de competir em pé de igualdade.

Gazeta Press
Gazeta Press
De que adianta remar contra a maré e conquistar recursos no mercado? Há interesse em fomentar a meritocracia na gestão do esporte?

Seria possível elencar vários outros motivos nessa lista. Sequer discutimos arbitragem (lembra do Placar Real?), benefícios e facilidades na aquisição de patrimônio (estádio, por exemplo) e a forma como a mídia lida diariamente com cada um dos clubes no seu noticiário (esse era o belíssimo trabalho do Observatório Verde, por exemplo). Nem estamos falando da forma como um clube consegue legitimamente receitas por naming rights, tentando remar contra a maré, mas tem seu estádio carinhosamente chamado de Arena Palmeiras. 

Mas o Brasileirão começou. Vamos torcer. Na fórmula de pontos corridos, são 38 finais. É a fórmula mais justa e meritocrática. São 11 contra 11 e a disputa é dentro de campo. Só que não.

São Paulo recebe 5º Encontro de Gestão no Futebol em agosto

Temas das palestras irão de Inteligência estratégica aplicada, serviço social, tecnologia, até sobre o futebol feminino e a abertura para novos negócios
Equipe Universidade do Futebol

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Acontecerá no próximo dia 22 de agosto, em São Paulo, o 5º Encontro de Gestão no Futebol, evento que pretende debater os diversos assuntos relacionados ao esporte.

A programação será destinada a estudantes e profissionais dos cursos de Administração de Empresas, Educação Física, Marketing, Economia, Jornalismo, Assistente Social, Tecnologia em Futebol, Gestão Desportiva, Atletas, ex-atletas e demais interessados pelo futebol.
Já os temas das palestras irão de Diagnóstico do Departamento de Futebol, Inteligência estratégica aplicada ao futebol, serviço social, tecnologia, até sobre o futebol feminino na mídia e a abertura para novos negócios.
O valor do investimento é de R$ 150,00 e as reservas podem serem solicitadas pelo email mkpro01@gmail.com.
DATA: 22 de agosto de 2015 (Sábado)
LOCAL: São Paulo (capital) (a definir)
Horário: das 8:30 às 18h

COORDENAÇÃO
Luiz Geraldo de Souza Moura Junior (Luiz Moura)

COMISSÃO CIENTÍFICA
Luiz Geraldo de Souza Moura Junior (Luiz Moura)
Ricardo Antonio Torrado de Carvalho (Ricardo Torrado)
Mario Luiz Maia Guerra (Guerra)

SUBMISSÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
– Link do arquivo 1 (comissão)
– Link do arquivo 2 (modelo de resumo)

PÚBLICO ALVO
Estudantes e profissionais dos cursos de Administração de Empresas, Educação Física, Marketing, Economia, Jornalismo, Assistente Social, Tecnologia em Futebol, Gestão Desportiva, Atletas, ex-Atletas e demais interessados  pelo tema futebol.

TEMAS E PALESTRANTES
  • O Executivo do Futebol – Jeferson José Valle (JJ Valle Sport&Business)
  • Diagnóstico do Departamento de Futebol – Antonio Afif (Economista e Gestor de Futebol)
  • Inteligência estratégica aplicada ao Futebol – Rafael Plastina (Inteligência Esportiva. Ex- Diretor da Sport Track, Score Sports Business e Nielsen Sports)
  • Gestão da Comunicação no Futebol – Alessandro Belcorso (Jornalista e Diretor do Jogo Coletivo Comunicação)
  • Tecnologia no Futebol – Wagner Martinho (Analista de Desempenho com passagem pela CBF e em outros grandes clubes do futebol brasileiro)
  • Serviço Social no Futebol – Silvana Trevisan (Assistente Social no Instituto Neymar Jr e ex-Assistente Social do Santos F.C.)
  • Formação de atletas ao alto rendimento – Lucas Góes (Coordenador Técnico de Futebol no Desportivo Brasil)
  • O futebol feminino na mídia e a abertura para novos negócios – Lu Castro (Jornalista especializada em futebol feminino)
  • A importância da qualificação profissional para a transição de carreira dos atletas – Célio Silva (ex-atleta de futebol profissional, graduando em Gestão Desportiva e Gestor do Projeto Esperança Esporte Clube/SP)

RESERVAS E INSCRIÇÕES
mkpro01@gmail.com

INVESTIMENTO
Via Depósito Bancário
valor: R$150,00
instruções: Enviar comprovante de deposito, nome completo, nome do curso e numero do RG para o email:mkpro01@gmail.com
Dados Bancários
Banco Santander - Agencia: 0663 - Conta Corrente: 01030547-7
Favorecido: Luiz Geraldo de Souza Moura Junior.
Via Pagseguro
valor: R$200,00
instruções: clique no botão abaixo para efetuar o pagamento e garantir sua vaga

OBS: A Coordenação do evento poderá realizar alguma modificação mediante necessidade. Fale com o coordenador pelo Facebook: Luiz Moura Gestão
Realização: MKPRO
Apoio
– JJ Valle Sports & Business
– FutGestão
– Ste (Sports Trade Entertainment)
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