Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

quinta-feira, novembro 30, 2017

São Paulo define como vai usar dinheiro de venda de jogadores em 2018

Conselho de Administração põe regra como premissa no orçamento do próximo ano


Por Marcelo Hazan e Marcelo Prado, São Paulo 

A diretoria do São Paulo vai apresentar até o dia 5 de dezembro o orçamento do clube para 2018 ao Conselho Deliberativo. E uma nova regra vai gerir o uso do dinheiro que for arrecadado com a venda de jogadores a partir deste fim de ano. A divisão já foi aprovada pelo Conselho de Administração do Tricolor.
De tudo que for arrecado com negociações, o dinheiro será usado da seguinte maneira:
  • 50% do valor serão investidos em novas contratações
  • 35% a 40% serão utilizados para amortização de dívidas bancárias
  • 10% a 15% serão gastos com despesas operacionais do clube
Presidente Leco espera zerar a dívida bancária do clube na próxima temporada (Foto: reprodução)Presidente Leco espera zerar a dívida bancária do clube na próxima temporada (Foto: reprodução)
Em 2017, o clube arrecadou R$ 184,5 milhões com a venda de jogadores. Desse valor, descontados impostos, participações de terceiros (que detinham parte dos direitos dos atletas) e comissões, o clube recebeu R$ 162,8 milhões.
Do valor acima, 108,9 milhões serão recebidos até o fim deste ano. Em 2018, entrarão nas contas R$ 42,6 milhões e, para 2019, o clube ainda receberá R$ 11,3 milhões.
O dinheiro arrecadado com as negociações permitiu que o clube se reforçasse para lutar contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. No total, 19 atletas foram contratados: Sidão, Wellington Nem, Cícero, Neílton, Jucilei, Lucas Pratto, Edimar, Marcinho, Morato, Thomaz, Maicosuel, Denilson, Aderllan, Petros, Arboleda, Jonatan Gomez, Marcos Guilherme e Hernanes. Com todos esses negócios, o valor gasto foi de R$ 59 milhões.
Em entrevista concedida ao GloboEsporte.com em setembro, o diretor financeiro do clube, Elias Albarello afirmou que a meta do clube é zerar a dívida bancária que, segundo informado pelo dirigente, era de R$ 45 milhões.

 (Foto: Divulgação)
Para janeiro, quando abre a janela de transferências, os jogadores com maior potencial de venda são o zagueiro Rodrigo Caio e o meia Cueva. A diretoria, no entanto, nega qualquer sondagem pela dupla.

domingo, novembro 26, 2017

As dificuldades da gestão dos elencos dos clubes de futebol

Uma pesquisa realizada pelo globoesporte.com mostrou a realidade do futebol brasileiro, em que mais de 70% dos clubes passam por dificuldades para pagar suas folhas salariais.

Mais de 52% dos atletas afirmaram que em 2016 tiveram pelo menos um mês de atraso em seus vencimentos.
O Profut trazia em seu texto bastante rigidez em relação aos atrasos salariais, prevendo que os clubes poderiam ser punidos com a perda de pontos, multas e até mesmo o rebaixamento.

Os gastos com folhas salariais também não poderiam ultrapassar os 80% do orçamento dos clubes e os direitos de imagem teriam o valor máximo de 40% do valor do salário. O atraso no pagamento da folha salarial é um dos maiores problemas do nosso futebol. E isso se torna mais grave, à medida que se sabe que em torno de 85% dos atletas recebem até R$ 1 mil reais por mês. Portanto, o planejamento é fundamental e isso passa por condições básicas como o conhecimento antecipado das receitas e despesas dos clubes.

Outro fator inibidor do endividamento dos clubes, além do que preconiza a Lei 13.155/15, que estabelece princípios e práticas de responsabilidade fiscal e financeira e de gestão transparente e democrática para entidades desportivas profissionais de futebol, deveria ser os regulamentos gerais e específicos das competições, começando pela CBF.

Mas infelizmente a CBF foi a primeira a promover articulação, no sentido de boicotar o efetivo funcionamento da referida lei, desse modo criando as precondições para a inviabilização de seu funcionamento.

Os especialistas em planejamento na área esportiva afirmam que a folha salarial dos clubes não deve ultrapassar o patamar de 50% dos seus orçamentos.
Há exemplos positivos no Brasil de clubes grandes, médios e pequenos que sempre arcam com seus compromissos. O mais emblemático deles é a Chapecoense, que nos últimos anos vem se mantendo na série A e disputando títulos, com uma das menores folhas salariais dentre os clubes da Série A.

Reparem no gráfico abaixo

Fonte: E. Victor - Formação: Direito, Gestão e Marketing Esportivo
Organização, (re)texto, edição: Benê Lima 



A Matriz Viva: A Nova Ciência da Cura




domingo, novembro 19, 2017

Moneyball, el negocio del fútbol moderno

Javier Esteban
a evolución histórica del deporte ha mostrado ser uno de los grandes aspectos culturales de las sociedades. En este sentido, la Guerra Fría ya mostraba la lucha hegemónica entre Estados Unidos y la URSS por incentivar una clase de deportistas nacionales de reconocimiento internacional. Si bien la disputa entre estos países se fraguaba en una pluralidad de deportes célebres, la realidad del siglo XXI es que muchos de ellos han ido perdiendo protagonismo en beneficio de la entrada mediática y el uso comercial de uno en especial: el fútbol. 
El fútbol se ha posicionado como la principal actividad deportiva social de muchos países. Su “nacimiento popular” en el siglo XIX presentaba unos rasgos socioculturales distintos a lo que conocemos en la actualidad. En sus comienzos, el fútbol representaba un aspecto ocioso de la sociedad en que los obreros de una industria jugaban contra los trabajadores de otra. Así, la identificación futbolística no reunía una identidad partidista, como ahora, sino más bien una afinidad social, urbana, representada por el entorno de trabajo, hasta 1878, cuando el Darwen FC fichó dos jugadores escoceses, fenómeno que provocó la unión en 1884 de varios clubs de la British Football para defender la profesionalización del fútbol.
El fútbol (verde oscuro) representa el deporte más popular en una gran parte de las potencias mundiales. Fuente: Wikimedia
En la actualidad, la transcendencia del fútbol llega a cualquier rincón del planeta. Los clubs de fútbol se han convertido en marcas comerciales e incluso en distintivos especiales de los países. Se presume de tener los equipos más competitivos en las ligas nacionales, a los mejores jugadores y, de manera ¨más encubierta¨, se goza de los privilegios mediáticos, sociales y económicos que supone todo ello.
De acuerdo a la estrategia digital de transformación del fútbol, los ingresos de los clubs vienen determinados por los beneficios económicos obtenidos en los días del partido, los derechos televisivos nacionales e internacionales y, por supuesto, el proceso de mercantilización de los equipos. Y es justo en este último aspecto donde se ha dado entrada a los grandes inversores, provenientes de diferentes países y con el objetivo de alcanzar grandes ganancias económicas en una industria que ocupa el 0,7% del PIB mundial. Dicho de otro modo, el PIB que genera el fútbol a nivel mundial lo situaría como la economía número 24 del mundo.
Si bien el fútbol está sirviendo como herramienta de imagen pública y de lucha de poder internacional, la realidad es que ha sido un instrumento útil para la mejora de las relaciones exteriores entre países. Muestra de ello fue el partido amistoso del 2015 que jugaron el New York Cosmos y la selección nacional de Cuba con la intención de restablecer las relaciones diplomáticas entre sus dos países. También el partido amistoso en 2014 entre la India y Pakistán escenificó el fútbol como puente de regeneración de los vínculos territoriales de los países. No obstante, el fútbol también ha teatralizado conflictos sociales, políticos y económicos entre equipos y selecciones, con lo que ha desembocado en lo que Kapuściński ha denominado “guerra de fútbol”.
Para ampliar: “La pelota y el fusil. Tambores de guerra en las gradas”, Adrián Albiac en El Orden Mundial, 2014
Lo que podemos comprender es que el fútbol ha sufrido un proceso de mercantilización que ha reprimido los valores culturales de los que se empapaba antaño. Los multimillonarios contratos a futbolistas, la disputa internacional por los derechos televisivos y las deudas amontonadas de varios clubs empiezan a configurar una burbuja futbolística en torno al deporte. El fenómeno mediático, unido a la entrada de importantes inversores extranjeros sin escrúpulos, está entonando un complejo debate sobre su proceso de desvalorización.

La diversificación del deporte estadounidense

El protagonismo de Estados Unidos en el ámbito deportivo ha estado siempre vigente en el panorama internacional. Además del país con mayor número de medallas olímpicas, destaca por ser una influencia deportiva puntera en juegos como el hockey sobre hielo, el béisbol, el fútbol americano y, por supuesto, el baloncesto. Sin embargo, el país se sitúa a considerable distancia de las grandes potencias del balompié o soccer. De hecho, las diferencias económicas entre los principales deportes estadounidenses y el fútbol europeo son realmente notables, aun teniendo en cuenta el reciente progreso de este último.
Las ligas norteamericanas de fútbol americano (NFL), béisbol (MLB), hockey sobre hielo (NHL) y baloncesto (NBA) superan en ganancias al soccer, aunque el crecimiento de su liga (MLS) es destacable en los últimos años. En conjunto, suman asimismo unos ingresos anuales bastante superiores a los de la FIFA en el año 2014. Fuente: Cartografía EOM
Desde hace unos años, la Liga Mayor de Soccer (MLS por sus siglas en inglés) comienza a destacar mediáticamente como una competición profesional más atractiva. Podríamos afirmar que este nuevo boom estadounidense nació gracias al fichaje del inglés David Beckham por Los Angeles Galaxy, aunque jugadores como Pelé y Beckenbauer ya habían pisado suelo estadounidense en la década de los 70. A partir de la viralidad de este fichaje, la MLS empieza a incorporar una serie de jugadores profesionales de primer nivel, lo cual conlleva no solo una mayor profesionalización y competitividad, sino también una mayor apertura mediática y cultural en la sociedad estadounidense.
Sin embargo, aún existen ciertas irregularidades en la liga de fútbol. Si bien el salario medio de los jugadores ha subido un 2,9% en el año 2016 —en torno a 326.000 dólares—, solamente 28 jugadores de la liga cobraban como mínimo un millón de dólares, y eso que en el año 2014 siete jugadores poseían prácticamente un tercio de todo el dinero de la MLS. Cabe resaltar que la evolución de esta liga —en 2014 vivió un aumento de espectadores en los estadios del 10,4%— y del fútbol como aspecto cultural hace prever que poco a poco se vaya asentando en la práctica social y deportiva estadounidense, tal y como muestra el hecho de posicionarse como la sexta liga de fútbol del mundo en asistencia a los estadios.
A diferencia de otros países, la estrategia futbolística de Estados Unidos se ha basado en la atracción de grandes jugadores que, mayoritariamente por su edad, deciden competir en una liga menos exigente y con un contrato aún superlativo para sus carreras profesionales. No obstante, cabe matizar que todo esto se concentra sobre el grueso mediático del deporte en general: el fútbol masculino. En el caso de las mujeres, la selección nacional de fútbol destaca por ser una de las grandes potencias del sistema internacional y un claro referente para Estados Unidos. Y, al igual que en las grandes empresas, las diferencias económicas —y mediáticas— entre los dos sexos comporta una desigualdad preocupante.
Para ampliar: “De EE. UU a China: la exótica retirada de los futbolistas”, Aldo Vázquez en Sphera Sports, 2017
Fuente: Statista
Siguiendo la estrategia de acogida de futbolistas longevos y del sistema liguero de la MLS, la inauguración en 2013 de la Superliga de India —oficialmente, Hero Indian Super League por temas de patrocinio— supuso un matiz diferente. La Superliga India se construyó como un complemento de las ligas profesionales de la Federación de India, compuesta por ocho equipos y cuya competición dura alrededor de tres meses. Se espera que con la creación de esta liga, protagonizada por equipos y sobre todo jugadores extranjeros estrellas, se fomente una fuerte cultura futbolística en el país y una federación nacional de fútbol influyente.

De la inversión a la producción: la estrategia sino-rusa

El caso chino resulta un tanto peculiar por su espectacular crecimiento futbolístico en los últimos años. La única vez que la República Popular China ha participado en algún torneo futbolístico internacional fue el mundial de Corea y Japón de 2002, cuando ambos países anfitriones tenían ya garantizados sus respectivos pases a la competición. Con la intención de posicionarse como la primera potencia mundial del fútbol en 2050, grandes empresarios chinos empezaron a invertir en el mundo del fútbol, apoyados por la simpatía y afición del presidente chino, Xi Jinping, hacia este deporte.
Principales equipos europeos financiados por empresarios chinos. Fuente: Bloomberg
Existen diferencias estratégicas entre la llamada Superliga de China y la MLS estadounidense. La primera apuesta por la compra e inversión en jugadores jóvenes, es decir, convencer a los futbolistas no solo por grandes cantidades de dinero, sino también por la expectativa de organizar una liga competitiva e internacionalmente influyente. Mientras, la MLS se centra en acoger jugadores más longevos cuyas trayectorias futbolísticas están tambaleándose por el paso de los años, pero que suponen un factor más mediático para recoger mayor afinidad social con el fútbol. En definitiva, el proyecto chino es nacionalmente más ambicioso. Muestra de ello es la obligación de practicar fútbol en los colegios chinos desde 2015. De hecho, esta pretensión cruzó fronteras territoriales cuando se confirmó que la selección china sub-20 jugará la próxima temporada en la cuarta división de Alemania.
Para ampliar: “China U20 en Alemania: ¿Interés económico o de desarrollo?”, Dani González en Sphera Sports, 2017
Este afán económico competitivo ha obligado a medidas restrictivas al Gobierno chino desde que el fichaje de Carlos el Apache Tévez por el equipo Shanghai Shenshua por 40 millones de euros por temporada desquebrajara el mercado del fútbol chino. Desde entonces, la República Popular China ha impuesto una serie de restricciones con el objetivo de limitar el gasto económico de los equipos y avivar el crecimiento del propio fútbol nacional chino.
El caso de Rusia ha compartido rasgos similares al auge de los inversores chinos. El primer gran inversor fue Román Abramóvich, quien compró el club londinense Chelsea FC en 2003 debido a sus problemas financieros. Desde entonces, el club consiguió no solo resolver sus deudas, sino también crecer económica y profesionalmente por medio de ilustres fichajes y títulos nacionales e internacionales. La inversión del empresario ruso, por tanto, fue realmente útil para el crecimiento del club, como también lo fue la irrupción del club daguestaní FK Anzhi Majachkalá en 2011 con el millonario ruso Suleimán Kerímov.
No obstante, Abramóvich tuvo que hacer frente a la jurisdicción de la UEFA cuando fue investigado entre 2004 y 2005 debido a que su empresa petrolífera, Sibneft, patrocinara al club moscovita CSKA Moscú, ya que la UEFA prohíbe que una misma persona posea, por medio de acciones, dos clubs de su torneo.
La inversión en la plantilla de muchos equipos europeos se ha disparado en el 2017. Fuente: Cartografía EOM.
No obstante, la influencia rusa en el fútbol se concentra más destacadamente por medio de la empresa gasística Gazprom. En 2008 el club Zenit San Petersburgo consiguió ganar la entonces copa de la UEFA gracias al financiamiento suministrado por la empresa de gas desde 1999. Un año antes se había convertido en el patrocinador principal del equipo alemán FC Schalke 04, e incluso consiguió asociarse con el Chelsea de Abramóvich, con lo que aumentaron la publicidad y, por tanto, el financiamiento del club londinense. De hecho, Gazprom se ha posicionado como uno de los grandes patrocinadores de la Champions League.
Para ampliar: “Gazprom Football Empire – the creation of a global image campaign”, Manuel Veth en Futbolgrad, 2014
Si bien la estrategia rusa se ha definido sobre la atracción de jugadores de talla mundial, al estilo de China, también ha perseguido una producción futbolística interna estimulando el auge de la cantera rusa y prohibiendo entrenadores extranjeros. Sin embargo, su rendimiento interno está en el punto de mira tras la investigación de la FIFA sobre el posible dopaje de la selección nacional rusa en 2014.

El trasvase aéreo de los petrodólares

En todo este negocio de multimillonarios comprando y financiando clubs de fútbol no podían faltar los grandes jeques de los países árabes del golfo pérsico. Vistas las dificultades que han tenidos los equipos —de Catar y Emiratos Árabes, principalmente— para atraer grandes jugadores hacia sus ligas, sus objetivos se han centrado en la compra y patrocinio de otros clubs europeos.
En cuanto a la compra se refiere, un fenómeno interesante ha sido la expansión de la empresa Abu Dhabi United Group sobre diferentes equipos. En 2008 adquirió el Manchester City, que renovó por completo, y obtuvo como resultado un equipo competitivo y ganador, después de varios años. A este club se le juntaron otros adquiridos por la misma empresa, como el New York City de la MLS, el australiano Melbourne City FC o el nipón Yokohama F. Marinos, todos patrocinados por la aerolínea emiratí Etihad Airways.
Para ampliar: “El imperio City”, Jaime Ojeda en Sphera Sports, 2016
No obstante, más allá de la compra de clubs de fútbol, lo verdaderamente exponente en las inversiones de estos países es la cuestión publicitaria. Uno de los primeros casos fue cuando el FC Barcelona firmó el mayor contrato de patrocinio con Qatar Sports Investment y lució, en un principio, Qatar Foundation —posteriormente, Qatar Airways— en sus camisetas. Posiblemente, el hecho de que el expresidente del Barcelona, Sandro Rosell, hubiera ayudado —ilegalmente— a Catar a autopromocionarse para acoger el mundial de 2022 incentivó la firma de dicho contrato.
Este fenómeno provocó que la productora audiovisual catalana Mediapro se aliara en 2015 con el medio catarí Al Jazeera en la creación y dirección conjunta del canal Bein Sports. No obstante, a partir de la próxima temporada, el club catalán estará patrocinado por la empresa japonesa Rakuten y Qatar Airways será el patrocinador oficial de la FIFA, como mínimo, hasta el mundial de 2022.
Para ampliar: “How Qatar became a football force: from Barcelona to PSG and World Cup”, David Conn en The Guardian, 2013
La estrategia emiratí se ha esforzado en mantener lazos comerciales con diferentes equipos destacados. El más influyente es el Real Madrid CF, que firmó un contrato de patrocinio en 2011 con Fly Emirates. Dicho acuerdo, que termina en 2018, será renovado a pesar de las dificultades de entendimiento entre las partes. Un ejemplo de ello es cuando Marka, una empresa de distribución emiratí, obtuvo la concesión de vender y distribuir las camisetas del Real Madrid por muchos de los países del golfo pérsico, para lo cual se acordó eliminar la pequeña cruz cristiana que tiene el escudo del equipo.
El inglés Arsenal FC, el Real Madrid CF, el parisino PSG o el AC Milán son algunos de los grandes beneficiados de las inversiones de Fly Emirates. Fuente: Goal
Entendemos que las inversiones empresariales están cambiando las dinámicas futbolísticas cuando el patrocinio puede llegar hasta los nombres de los estadios, como el Emirates Stadium del Arsenal FC. En este sentido, la remodelación del Santiago Bernabéu se encuentra en un momento de incertidumbre: la emiratí IPIC, dueña de Cepsa y principal inversor económico de la obra, debe decidir el nombre del nuevo estadio: Cepsa Bernabéu o IPIC Bernabéu. Sea cual sea, lo que queda claro es que la historia del club sufrirá un revés cultural, como recientemente le pasó al Atlético con su nuevo estadio: Wanda Metropolitano.

Una revolución silenciosa

La codiciosa mercantilización del fútbol se refleja claramente en las concesiones a los países hospedadores de los mundiales de fútbol. Ya se sugirió que en el año 2002, durante el mundial de Corea y Japón, la FIFA arregló partidos para favorecer la progresión de Corea en el campeonato, lo que perjudicó, entre otras, a la selección española. También está en tela de juicio el mundial de 2006 de Alemania por la presunta compra de votos del país bávaro para la celebración del torneo. Del mismo modo, se confirmó que Sudáfrica pagó diez millones de euros para albergar el campeonato mundialde 2010.
La corrupción del mundial de Brasil del 2014 fue vox populi desde un principio, sobre todo en la gestión de fondos públicos de cara a la construcción de infraestructuras para ser garantes acogedores del mundial. Mientras, los mundiales adjudicados a Rusia para 2018 y Catar en 2022, antes de celebrarse, ya están bajo sospecha debido, de nuevo, a la compra de votos a miembros de la FIFA para acoger los torneos, tal y como descubrió el llamado informe García.
Para ampliar: “La FIFA. Sobornos, corrupción y poco fútbol”, Adrián Albiac en El Orden Mundial, 2015
Más allá de las confabulaciones en el seno de la FIFA, la mercantilización del fútbol moderno es una realidad instaurada en nuestros días. El “Madrid de los galácticos” de 2005 se ha quedado obsoleto con la entrada de un nuevo modelo futbolístico en la compraventa de jugadores.
Las divergencias económicas entre las cinco grandes ligas europeas se han intensificado por la considerable evolución en la forma de consumir y producir fútbol. Los derechos televisivos son tan costosos e implican tanto dinero que aquel recuerdo del fútbol en abierto se ha extinguido por completo. La publicidad comercial en las vestimentas e infraestructuras de los equipos resulta ser un negocio rentable, pero produce una cierta desvalorización —o, más bien, contraposición— respecto a lo que el fútbol suponía para la unificación y consolidación de los lazos culturales de la sociedad.
Fuente: CincoDías
En cierta manera, el fútbol se está construyendo como una fuerte herramienta de poder blando en la que multinacionales y Gobiernos invierten para embellecer su imagen pública internacional. Los numerosos casos de evasión fiscal protagonizados por grandes jugadores profesionales muestran la transcendencia del fútbol como soporte económico y mediático, y se llega incluso a situaciones en las que determinados personajes empresariales y públicos defienden las disposiciones de tales jugadores. Hemos llegado a un punto en que el fútbol sirve para ocultar los entresijos económicos de grandes personalidades mientras nos dejen disfrutar el escaso fútbol que nos permiten nuestros bolsillos. Panem et pediludium.