Entrevista - José Vanildo
Presidente da Federação Norte-rio-grandense de Futebol
A Federação Norte-rio-grandense de Futebol, que comemorava ano após ano o crescimento do futebol potiguar nos rankings da CBF devido o bom desempenho dos clubes como ABC e América em competições nacionais, em 2015 viu os principais representantes locais sofrerem em nível nacional. Apesar disso, o presidente da entidade assegura que houve progresso e acredita que em 2016 o cenário possa ser melhorado. No entanto, o otimismo de José Vanildo esbarra, logo de cara, em um Campeonato Estadual que, programado para 10 clubes teve que se moldar a apenas oito equipes, devido a desistência de Santa Cruz e Coríntians de Caicó. As crises econômica e hídrica foram as justificativas para os abandonos.
Qual a avaliação da temporada 2015?
Foi um ano atípico esse 2015, com muitas dificuldades financeiras que o país passa, o futebol potiguar teve destaque no futebol nacional, conquistando a marca da 11a federação do Brasil, no ranking da CBF, a quarta federação do Norte e Nordeste. Nossos clubes estão bem colocados no ranking nacional. Uma temporada que consolidou novos horários, experiências, eventos e projetos que estão sendo consolidados pela FNF, junto com seus filiados. Importante lembrar que o futebol está cada vez mais profissional, sem espaço para o amadorismo de antigamente, principalmente com a nova legislação em vigor, o que exige muito dos dirigentes, principalmente. Evoluímos em muitas frentes e algumas, claro, podem ser ajustadas para 2016.
Com a desistência dos clubes o Estadual 2016 se desvaloriza? Como fica a regra para 2017?
O Campeonato Potiguar é um dos campeonatos mais valorizados do Brasil pela credibilidade de uma gestão que pensa no futuro e com a responsabilidade no presente. Lamentamos demais as saídas de Coríntians de Caicó e Santa Cruz, pela história que representam, pelo povo de suas cidades, região, que são apaixonadas por futebol, mas não foi possível viabilizar a participação em função da crise, o que nos sensibiliza e tudo foi entendido. Apesar disso, teremos um campeonato emocionante, com oito clubes, mais dinâmico, com formato que muitos acreditam ser o melhor para o novo momento. O fato não vai desvalorizar o produto, a marca Campeonato Potiguar, pois teremos um dos campeonatos mais disputados dos últimos anos, não só pelos clubes da capital, como também do interior. Para 2017, o retorno para Primeira Divisão só será mediante ao acesso pela Segunda Divisão. Ficam mantidas as mesmas condições regulamentadas.
As denúncias envolvendo a CBF tem prejudicado o trabalho das federações? Qual o posicionamento da FNF ante os casos?
A CBF passa por um momento de questionamentos, que estão sendo investigados para deixar tudo esclarecido. As federações não podem parar, precisam fomentar as competições, o futebol de cada estado, fazer valer a importância da entidade para fomentar o futebol local. As denúncias existem na CBF, mas não podem prejudicar as federações. A FNF espera que tudo seja esclarecido para que o futebol brasileiro não perca o respeito de muitos torcedores, investidores, da sociedade.
A FNF tem projetos para tentar melhorar a arrecadação e o público em 2016?
A FNF disponibiliza para as empresas o programa Mais Futebol, um produto que garante aos patrocinadores do Campeonato Potiguar benefícios para seus clientes, poder trocar produtos, a venda em seus estabelcimentos, por ingressos, ao ser comercializado por valor subsidiado, portanto, uma alternativa para ter mais público nos jogos. Outra aposta da FNF é ter partidas para um novo público, com conceito mais de família, onde a torcida poderá assistir jogos pela manhã e ainda poder curtir depois sua praia, almoçar em família e oportunizar para os proprietaries dos estádios uma sérias de novos produtos para serem trabalhados com um cliente especial.
A questão dos estádios de futebol no interior já está resolvida?
Essa é um fato que deriva do Estatuto do Torcedor, que compete aos proprietários dos estádio. Com laudo, tem jogo. Sem laudo, não tem jogo.
Quais os projetos da entidade para a próxima temporada?
Iremos promover o Futebol em Tom Maior, levando à cultura, música aos principais jogos, com a participação do artista local se apresentando em pleno gramado antes das partidas. Realizaremos mais uma edição da Musa do Campeonato Potiguar, ondes os clubes irão escolher suas musas para disputa do concorso. Outra projeto é Mascote Cajulino, que estará presente nas escolas públicas e privadas, com presença de jogadores, sorteio de ingressos, brindes dos clubes e muito mais, além da presença do mascote nos jogos. Fica mantido o Prêmio Craque Potiguar, a eleição dos melhores do Campeonato, um atrativo que valoriza os profissionais que fazem seu trablaho com tanta dedicação. Como também, o Mais Futebol disponíveis para as empresas patrocinadores do Campeonato Potiguar para adquirir ingresso por preço diferenciado.
Com o rebaixamento do ABC e o América permanecendo na C a FNF perde espaço também em nível nacional?
Somos a 11a federação do Brasil, ranking divulgado recentemente pela CBF, a quarta do Norte e Nordeste. Todo ano é atualizado. Acredito demais no acesso de ABC e América para Série B este ano para melhoramos ainda mais nosso posicionamento no ranking.
Como a FNF está abordando a questão da atualização da arbitragem para 2016 para evitar reclamações dos clubes?
Estamos investindo em qualificação, cursos e treinamentos constantes, análises que fazem a diferença em campo. Destaque para o trabalho com a escola de arbitragem do Rio Grande do Norte. Esse é uma ação permanente, com treinamento da comissão nacional de arbitragem. É uma prioridade da nossa administração, além de garantir a dignidade do pagamento de seus serviços prestados ao futebol potiguar, inclusive, sendo feito de forma antecipada. Já é uma tradição na nossa administração, apesar das grandes dificuldades.
Como a entidade pensa em atuar junto aos clubes para que eles possam ter mais atenção com as suas categorias de base?
Nosso trabalho é promover as competições, buscar viabilidade para realizar competições viáveis, uma das novidades este ano foi o Campeonato Estadual de Futebol Feminino. Os clubes são decisivos nessa hora para investir em suas categorias de base. A FNF está à disposição para somar forças e chancelar projetos coletivos que possam envolver os seus filiados.
Como espera avançar na questão do JL em 2016?
Utilizar o diálogo, mostrar a importância do estádio Juvenal Lamartine como uma referência história, tombado. Ter uma conversa com o governador Robinson Faria e buscar o melhor para o estádio JL, preservando sua origem, sua tradição, onde tudo começou.
A Federação Norte-rio-grandense de Futebol, que comemorava ano após ano o crescimento do futebol potiguar nos rankings da CBF devido o bom desempenho dos clubes como ABC e América em competições nacionais, em 2015 viu os principais representantes locais sofrerem em nível nacional. Apesar disso, o presidente da entidade assegura que houve progresso e acredita que em 2016 o cenário possa ser melhorado. No entanto, o otimismo de José Vanildo esbarra, logo de cara, em um Campeonato Estadual que, programado para 10 clubes teve que se moldar a apenas oito equipes, devido a desistência de Santa Cruz e Coríntians de Caicó. As crises econômica e hídrica foram as justificativas para os abandonos.
Emanuel AmaralJosé Vanildo Presidente da Federação Norte-rio-grandense de Futebol
Qual a avaliação da temporada 2015?
Foi um ano atípico esse 2015, com muitas dificuldades financeiras que o país passa, o futebol potiguar teve destaque no futebol nacional, conquistando a marca da 11a federação do Brasil, no ranking da CBF, a quarta federação do Norte e Nordeste. Nossos clubes estão bem colocados no ranking nacional. Uma temporada que consolidou novos horários, experiências, eventos e projetos que estão sendo consolidados pela FNF, junto com seus filiados. Importante lembrar que o futebol está cada vez mais profissional, sem espaço para o amadorismo de antigamente, principalmente com a nova legislação em vigor, o que exige muito dos dirigentes, principalmente. Evoluímos em muitas frentes e algumas, claro, podem ser ajustadas para 2016.
Com a desistência dos clubes o Estadual 2016 se desvaloriza? Como fica a regra para 2017?
O Campeonato Potiguar é um dos campeonatos mais valorizados do Brasil pela credibilidade de uma gestão que pensa no futuro e com a responsabilidade no presente. Lamentamos demais as saídas de Coríntians de Caicó e Santa Cruz, pela história que representam, pelo povo de suas cidades, região, que são apaixonadas por futebol, mas não foi possível viabilizar a participação em função da crise, o que nos sensibiliza e tudo foi entendido. Apesar disso, teremos um campeonato emocionante, com oito clubes, mais dinâmico, com formato que muitos acreditam ser o melhor para o novo momento. O fato não vai desvalorizar o produto, a marca Campeonato Potiguar, pois teremos um dos campeonatos mais disputados dos últimos anos, não só pelos clubes da capital, como também do interior. Para 2017, o retorno para Primeira Divisão só será mediante ao acesso pela Segunda Divisão. Ficam mantidas as mesmas condições regulamentadas.
As denúncias envolvendo a CBF tem prejudicado o trabalho das federações? Qual o posicionamento da FNF ante os casos?
A CBF passa por um momento de questionamentos, que estão sendo investigados para deixar tudo esclarecido. As federações não podem parar, precisam fomentar as competições, o futebol de cada estado, fazer valer a importância da entidade para fomentar o futebol local. As denúncias existem na CBF, mas não podem prejudicar as federações. A FNF espera que tudo seja esclarecido para que o futebol brasileiro não perca o respeito de muitos torcedores, investidores, da sociedade.
A FNF tem projetos para tentar melhorar a arrecadação e o público em 2016?
A FNF disponibiliza para as empresas o programa Mais Futebol, um produto que garante aos patrocinadores do Campeonato Potiguar benefícios para seus clientes, poder trocar produtos, a venda em seus estabelcimentos, por ingressos, ao ser comercializado por valor subsidiado, portanto, uma alternativa para ter mais público nos jogos. Outra aposta da FNF é ter partidas para um novo público, com conceito mais de família, onde a torcida poderá assistir jogos pela manhã e ainda poder curtir depois sua praia, almoçar em família e oportunizar para os proprietaries dos estádios uma sérias de novos produtos para serem trabalhados com um cliente especial.
A questão dos estádios de futebol no interior já está resolvida?
Essa é um fato que deriva do Estatuto do Torcedor, que compete aos proprietários dos estádio. Com laudo, tem jogo. Sem laudo, não tem jogo.
Quais os projetos da entidade para a próxima temporada?
Iremos promover o Futebol em Tom Maior, levando à cultura, música aos principais jogos, com a participação do artista local se apresentando em pleno gramado antes das partidas. Realizaremos mais uma edição da Musa do Campeonato Potiguar, ondes os clubes irão escolher suas musas para disputa do concorso. Outra projeto é Mascote Cajulino, que estará presente nas escolas públicas e privadas, com presença de jogadores, sorteio de ingressos, brindes dos clubes e muito mais, além da presença do mascote nos jogos. Fica mantido o Prêmio Craque Potiguar, a eleição dos melhores do Campeonato, um atrativo que valoriza os profissionais que fazem seu trablaho com tanta dedicação. Como também, o Mais Futebol disponíveis para as empresas patrocinadores do Campeonato Potiguar para adquirir ingresso por preço diferenciado.
Com o rebaixamento do ABC e o América permanecendo na C a FNF perde espaço também em nível nacional?
Somos a 11a federação do Brasil, ranking divulgado recentemente pela CBF, a quarta do Norte e Nordeste. Todo ano é atualizado. Acredito demais no acesso de ABC e América para Série B este ano para melhoramos ainda mais nosso posicionamento no ranking.
Como a FNF está abordando a questão da atualização da arbitragem para 2016 para evitar reclamações dos clubes?
Estamos investindo em qualificação, cursos e treinamentos constantes, análises que fazem a diferença em campo. Destaque para o trabalho com a escola de arbitragem do Rio Grande do Norte. Esse é uma ação permanente, com treinamento da comissão nacional de arbitragem. É uma prioridade da nossa administração, além de garantir a dignidade do pagamento de seus serviços prestados ao futebol potiguar, inclusive, sendo feito de forma antecipada. Já é uma tradição na nossa administração, apesar das grandes dificuldades.
Como a entidade pensa em atuar junto aos clubes para que eles possam ter mais atenção com as suas categorias de base?
Nosso trabalho é promover as competições, buscar viabilidade para realizar competições viáveis, uma das novidades este ano foi o Campeonato Estadual de Futebol Feminino. Os clubes são decisivos nessa hora para investir em suas categorias de base. A FNF está à disposição para somar forças e chancelar projetos coletivos que possam envolver os seus filiados.
Como espera avançar na questão do JL em 2016?
Utilizar o diálogo, mostrar a importância do estádio Juvenal Lamartine como uma referência história, tombado. Ter uma conversa com o governador Robinson Faria e buscar o melhor para o estádio JL, preservando sua origem, sua tradição, onde tudo começou.
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Benê Lima