A imprensa da qual faço parte, não deve esquecer jamais que as competições são realizadas fundamentalmente para atenderem os interesses das entidades de prática desportiva (os clubes de futebol).
A entidade de administração do futebol cearense, a FCF, é apenas a gestora da competição, cuja fórmula de disputa é por ela apresentada aos clubes para avaliação e aprovação. Portanto, não cabe tão unicamente à FCF o direcionamento de quaisquer críticas neste sentido.
Na realidade, em meio a uma pandemia como a que vivemos, o mais lógico seria que nem tivéssemos a realização do Cearense Série C. No entanto, por vontade das partes envolvidas, teremos a competição, adaptada para as condições momentâneas. Logo, ela será breve, mas não perderá seu caráter de disputa. Ao contrário, a fórmula enseja que tenhamos uma importante equanimidade na disputa, já que os pontos corridos é a mais notória maneira de apuração do aspecto técnico-desportivo.
No que pese termos de 3 de fevereiro à 21 do mesmo mês, ou seja, apenas 18 dias dos jogos iniciais aos finais, também será preservado o intervalo de 72 horas entre as partidas, a fim de que se dê a recuperação dos atletas. Portanto, teremos uma média de 3 dias entre um e outro jogo.
Há um aspecto um tanto macro que também está em jogo, que é a preparação das equipes para uma modalidade de disputa de curtíssimo prazo. Ao que nos parece, isso exige uma preparação diferenciada, seja no aspecto tático, seja no técnico, seja no físico, seja no aspecto mental. Tanto o nível de preparação quanto o de concentração serão de grande importância para o desempenho individual e coletivo de atletas e equipes.
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Por: Benê Lima