DIEGO IWATA LIMA
DE SÃO PAULOOs três pré-candidatos da eleição de novembro pela presidência do Palmeiras apresentam suas propostas em quatro áreas para o futuro do clube, que neste ano completa seu centenário.
Paulo Nobre, 46, atual mandatário, Roberto Frizzo, 69, ex-vice de futebol entre 2011 e 2013, e Wlademir Pescarmona, 63, diretor de futebol da equipe de 2010 a 2011, são os prováveis concorrentes.
Confira as respostas:
Como recolocar o time entre os favoritos à conquista de um título de primeira grandeza? Como sanar a crise técnica e institucional?
Nobre - Sabíamos que os objetivos esportivos no primeiro mandato seriam aquém da grandeza do Palmeiras. As receitas estavam comprometidas, o elenco com deficit de jogadores, os salários atrasados e o clube com fama de mau pagador. Já houve um investimento maior em atletas em 2014. Nos próximos 12 meses, será possível um aporte mais próximo do nível que o Palmeiras exige.
Frizzo - Nosso clube passou, algumas vezes, por momentos difíceis no futebol. Tenho certeza que com trabalho, competência e equilíbrio administrativo poderemos levar o Palmeiras ao lugar onde ele sabe transitar com a desenvoltura de um vencedor. Desta forma, qualquer crise técnica, com a qualidade da administração (competentes diretores, planejamento, comissão técnica e jogadores qualificados), será superada.
Pescarmona - Vamos aplicar um modelo profissional de verdade, com a manutenção dos principais jogadores, a contratação de outros para a formação de um elenco que possa disputar em condições de vencer as principais competições, a contratação de um gestor remunerado para o futebol, que seja do ramo. Vamos investir nas categorias de base e estruturas formativas.
Ze Carlos Barretta/Folhapress O atual presidente do Palmeiras, Paulo Nobre Como ampliar as receitas do clube?
Nobre - O terreno está sendo preparado e os frutos virão. O principal exemplo é o Avanti. Em janeiro de 2013, eram pouco mais de 8 mil sócios. Fizemos reformas profundas e houve a possibilidade de aumentar a receita, que foi ampliada em mais de quatro vezes. Quem quer que esteja à frente do clube na próxima gestão terá muito mais condição de ampliar receitas por conta do trabalho que fizemos.
Frizzo - O Palmeiras precisa de um departamento de marketing com pessoas com formação e atuação na área, possibilitando o desenvolvimento de ações tradicionais e ousadas, para fazer iniciativas inteligentes, associadas a uma política de equilíbrio financeiro, com investimentos dentro da realidade de arrecadação, evitando antecipações exageradas de receitas.
Pescarmona - Com a incorporação do Allianz Parque como centro de geração de receitas e uma nova política de ingressos, que vai aumentar 50% a bilheteria do Palmeiras em dois anos. Vamos viabilizar um patrocínio master em seis meses. E temos ainda a criação de um fundo exclusivo para contratação de jogadores, com a participação de um conjunto de empresas.
Greg Salibian - 16.out.11/Folhapress Roberto Frizzo, ex-vice de futebol do Palmeiras, em foto de outubro de 2011 Como fazer o Palmeiras revelar mais jogadores, como seus maiores rivais?
Nobre - O Palmeiras terá, nos próximos anos, um índice muito superior de revelação de jogadores. Criamos o centro de formação em Guarulhos, integramos o futebol com o futsal para que produzam talentos em conjunto, qualificamos profissionais e instalações, aproximamos as categorias inferiores do time principal e trouxemos um treinador com um cuidado especial com o departamento.
Frizzo - Deveremos implantar um plano de carreira para treinador e comissão técnica da base, fazer a avaliação em conjunto com a comissão técnica de novos atletas, criar na base um espírito idêntico ao do time profissional, com treinos em conjuntos para as equipes sub-17 e sub-20 e obrigar que o terceiro reserva de cada posição do time profissional seja das categorias de base.
Pescarmona - Vamos aproveitar o que há de melhor não só na base como em outros departamentos, e montarmos um forte departamento de captação. Para isso, precisamos de competência, saber garimpar os melhores atletas. Com isso, tenho certeza que conseguiremos formar e revelar grandes atletas com o perfil "vencedor". É na transição do amador para o profissional que temos que ter atenção.
Eduardo Anizelli - 26.nov.2010/Folhapress Wlademir Pescarmona, ex-diretor de futebol do Palmeiras Que papel você reserva aos torcedores caso eleito?
Nobre - Tenho consciência de que tomamos muitas medidas impopulares nesse primeiro mandato, mas o palmeirense pode ter certeza de que eram necessárias. Os frutos começarão a aparecer em breve. O torcedor começará a sentir esses efeitos. Teremos condição de investir em uma equipe que brigará por títulos de forma constante, e não fortuitamente como aconteceu nos últimos anos.
Frizzo - Os torcedores são o grande patrimônio do clube, a eles cabe o apoio e o incentivo que o time precisa para as vitórias, além das críticas construtivas para as reflexões necessárias da direção e elenco. Eles serão sempre o termômetro que irá demonstrar as oscilações ou equilíbrio dos resultados. O diálogo será sempre democrático e bem vindo, não aceitando qualquer tipo de violência.
Pescarmona - Não faremos distinção entre sócio-torcedor, comum e organizado. Representaremos 18 milhões de apaixonados. Não existe divisão entre torcida. Todos são palmeirenses e merecem o nosso respeito. Queremos uma relação sadia e de respeito com todos. Quem assume a presidência do Palmeiras tem obrigação de zelar pela unidade de um de seus maiores patrimônios, a torcida.
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Benê Lima