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"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

sexta-feira, março 17, 2017

Greve de árbitros no México tem êxito, e atletas são suspensos por um ano

POR LUÍS CURRO
No México, esta semana marcou uma vitória para a arbitragem. E para a civilidade nos gramados.
Uma decisão da Federação Mexicana de Futebol, depois de a categoria ter decretado uma greve que paralisou o campeonato da primeira divisão do país, dará, ao menos isso é esperado, mais segurança aos juízes durante as partidas.
Os árbitros mexicanos suspenderam as atividades na sexta-feira passada, dia 10, devido a acontecimentos dias antes na Copa do México.
O motivo: dois juízes sofreram agressões físicas, em partidas diferentes, ambas em momentos de reclamação dos atletas.
O zagueiro Pablo Aguilar, do América, deu uma cabeçada (de leve) no árbitro Fernando Torres e recebeu o cartão vermelho. O atacante Enrique Triverio, do Toluca, empurrou (de leve) o árbitro Miguel Flores e foi expulso.
Sendo “de leve” ou não, foram agressões, claramente.
E o regulamento da federação do país para a temporada 2017/2018 estabelece, para casos de agressão, que o jogador seja suspenso por um ano.
Não foi o que aconteceu inicialmente. A pena para Triverio foi de oito jogos; a para Aguilar, de dez.
Pablo Aguilar, do América, mostra seu vigor ao marcar Cauteruccio, do Cruz Azul, em partida do Campeonato Mexicano no estádio Azteca (Alfredo Estrella – 25.fev.2017/AFP)
Os juízes não aceitaram, consideraram brandas as punições. E não entraram em campo na rodada do fim de semana passado.
O protesto surtiu efeito. As penas foram revistas, e os atletas, suspensos por 360 dias. Até onde eu sei, as mais severas sanções no futebol por casos de agressão.
Considero o ocorrido um marco no futebol. A atitude dos árbitros mexicanos mostra que aquele velho ditado, “a união faz a força”, funciona, e tem de servir de exemplo para os seus colegas de outros países, especialmente na América do Sul.
Não é nada incomum haver nas partidas reclamações exacerbadas contra marcações da arbitragem.
Jogo sim, jogo sim, jogadores “partem para cima” do juiz, a fim de intimidá-lo. Formam aquele “bolinho”. E existe o contato: com as mãos, com os ombros, com o peito… Intimidado, geralmente o árbitro recua, enquanto, instintivamente, tenta se proteger de avanços brutais.

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