Luis Filipe Chateaubriand
Luis Filipe Chateaubriand / Arquivo do autor |
Durante muitos anos – ou melhor, durante décadas – propus melhorias para o calendário do futebol brasileiro. Escrevi livros a respeito, o último deles lançado este ano. Escrevi artigos. Participei de eventos. Fui consultor de conteúdo do Bom Senso Futebol Clube para o tema, e até de grupo de trabalho sobre o assunto da Confederação Brasileira de Futebol, fui membro.
No entanto, parece que não haverá avanços na busca de melhoria do calendário de nosso futebol – ou, no máximo, haverá avanços tímidos. Os grandes clubes brasileiros, que deveriam ser os maiores interessados na mudança, não parecem dispostos a se dedicarem a isso.
Mediante a situação, e utilizando as metodologias que imaginei durante muito tempo relacionadas ao tema, tive a ideia de escrever uma proposta de calendário para o futebol europeu.
Pode-se pensar que nada precisa ser alterado no calendário europeu – exemplo de organização e profissionalismo. Na verdade, e a despeito do mencionado, há mudanças que poderiam ser implantadas que se mostram benéficas ao futebol daquele continente.
A principal mudança é que deve ser criada a Liga Europeia de Clubes, com os 32 principais clubes europeus. E, a partir dela, deve ganhar corpo o Campeonato da Liga Europeia de Clubes, com essas mesmas 32 agremiações, e que deve ser disputado em todas as temporadas, assim como acontece com a UEFA Champions League.
Pelo que se propõe, o Campeonato da Liga Europeia de Clubes teria o formato de campeonato, enquanto a UEFA Champions League deve ter o formato de copa.
Para que o Campeonato da Liga Europeia de Clubes possa acontecer, é preciso reservar datas – e, pela importância do certame a ser criado, datas nobres – para sua disputa. Isto implica, obviamente, o remanejo de outros certames para outras datas e, assim, requer um repensar no calendário europeu.
A criação da Liga Europeia de Clubes, e a realização de seu respectivo campeonato, criará uma escalada de jogos entre grandes clubes no Velho Mundo como não existe atualmente. E, em assim sendo, possibilidades técnicas e comerciais bastante atrativas. É senha de que mesmo o que é bom pode, e deve, ser melhorado.
Como se vê, os grandes clubes do futebol europeu podem ter perspectivas de prosperidade ainda maiores de que atualmente, desde que se associem entre si.
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Benê Lima