Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

quinta-feira, dezembro 14, 2017

Direitos de TV no mundo atingem R$ 155 bilhões anuais

AMIR SOMOGGI

Os direitos de TV estão entre as mais importantes fontes de receitas da Indústria do Esporte globalmente. Segundo estudo TV Sports Markets os valores negociados entre os detentores de direitos e empresas de mídia atingiram o valor recorde de US$ 47 bilhões, ou R$ 155 bilhões.
Ainda ficam atrás das receitas de marketing esportivo, que englobam os patrocínios e licenciamentos que movimentam R$ 215 bilhões e o faturamento com os estádios e arenas que supera R$ 165 bilhões.
Apenas como comparação, o volume financeiro movimentando com as transferências de jogadores é de apenas R$ 17 bilhões.
O ídolo é decisivo no fortalecimento da marca, aumento de torcedores, estádios lotados e mais patrocinadores. Mas valem muito mais como parte do show, do que em transferências.
O esporte espetáculo é uma gigantesca indústria, graças a essa potencialidade que seu negócio proporciona, com ganhos em variadas frentes. Desde conteúdos valiosíssimos para a mídia convencional, e também em novas mídias.
Outra importante receita é a exploração comercial de estádios e as diferentes oportunidades de marketing esportivo, conectado bilhões de torcedores com as empresas patrocinadoras.
O futebol é o esporte que mais movimenta recursos com direitos de transmissão com R$ 62 bilhões gerados ou 40% do total.

Na sequência aparece o futebol americano com R$ 24 bilhões (15,5% do total), basquete com R$ 14 bilhões (9%), basebol R$ 12 bilhões (7,8%) esportes universitários dos EUA R$ 10 bilhões (6,5%), esportes a motor com R$ 6 bilhões (3,8%), hóquei no gelo R$ 4 bilhões (2,9 %) e golfe com R$ 3,8 bilhões (2,5%).
A força da Premier League com seu contrato atual de TV que supera os R$ 15 bilhões anuais foi muito importante para a consolidação do futebol no mundo.
Os direitos de TV da Champions que geram R$ 5,9 bilhões anuais também têm importante peso para a foça do futebol. A Copa do Mundo, embora seja um contrato quadrienal gigantesco de mais de R$ 10 bilhões, anualmente fica bem atrás das Ligas da Europa.
A NFL mostra sua pujança, já que seu contrato de TV anual de R$ 24 bilhões para seus 32 times, assegura a segunda colocação para o futebol americano no mundo.
A particularidade é que a divisão é igualitária para times pequenos e grandes. Todos recebem mais de R$ 800 milhões por ano, entre cotas de TV, patrocínios da liga e licenciamentos. A NFL é disparada a liga com maior faturamento do planeta.
Chama a atenção o crescimento de alguns esportes, como o basquete, que foi o que mais cresceu de 2013 para 2017. Isso foi ocasionado pela evolução da NBA e seu serviço próprio de streaming, além dos seus grandes contratos de transmissão.
O futebol foi o segundo que mais cresceu no mundo, seguido pelo críquete e futebol americano.
Os próximos anos serão decisivos no desenvolvimento de novos conteúdos e plataformas de transmissão de jogos, fazendo com que os números possam crescer muito mais.
Novos players como Youtube, Facebook e Twitter devem inflacionar e muito o mercado de direitos de transmissão.
O ambiente digital tem enorme penetração entre os jovens e um potencial de globalização maior que a mídia convencional.
Premier League é a mais global das ligas de futebol
Nenhuma liga de futebol no mundo é tão globalizada como a Premier League.
Os jogos são transmitidos para 1 bilhão de casas no mundo em 188 países. Todo esse trabalho se reverteu em receitas para a liga.
Dos R$ 15 bilhões faturados com direitos de TV, 49% são provenientes de fora do Reino Unido. A Liga Espanhola com 22% de suas receitas vindas do exterior é a segunda mais internacionalizada.
Alemanha com 17%, Itália com 16% e França com 10% estão bem atrás.

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Benê Lima