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"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

terça-feira, fevereiro 12, 2019

Cruzeiro quer pegar empréstimo de R$ 300 milhões e pagar na próxima gestão


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(Foto: Washington Alves/Light Press)

A diretoria do Cruzeiro tenta aprovar nesta segunda-feira a captação de um empréstimo de até R$ 300 milhões para resolver dívidas do clube. O pagamento do mútuo só se daria em torno de um ano e meio, isto é, a maior parte teria de ser quitado pela próxima gestão. A oposição do clube aponta internamente que a agremiação azul pode passar a comprometer em torno de R$ 100 milhões por ano por cinco anos.

O Cruzeiro acumula débitos em que há uma necessidade mais urgente de pagamento. Um documento apresentado a conselheiros cruzeirenses mostra uma dívida de R$ 432 milhões ao final de 2018, mas o valor mencionado a conselheiros é de R$ 467 milhões. Uma parte está no Profut negociando:  em torno de R$ 170 milhões.

Do total restante, o documento do Cruzeiro mostrado a conselheiros mostra R$ 61,6 milhões em dívidas na Fifa. Há outros valores relacionados a negociações que elevam a soma total neste item a em torno de R$ 90 milhões.

O plano da diretoria cruzeirense é levantar os R$ 300 milhões em uma instituição financeira no exterior, um fundo prospectado pela cúpula do time mineiro. A operação montada envolve uma carência até setembro de 2020. Ou seja, o clube só começaria a pagar pouco antes próxima eleição presidencial. Os juros comunicados aos conselheiros são a partir de 9%.

Pelas contas da oposição cruzeirense, que perdeu a última eleição, o clube teria de pagar até 124 milhões por ano a partir de 2021 durante cinco anos. Isso representaria mais de um terço da receita anual o clube.

Há ainda a questão de quais dívidas de fato têm vencimento próximo e podem gerar punições e quais podem ser renegociadas. Nem está claro quais as garantias de que a diretoria cruzeirense vai usar todo o dinheiro para pagar os débitos, visto que recebeu montantes de negociações como Arrascaeta e investiu uma parte no time.

Questionado na semana passada sobre a operação proposta, a assessoria do Cruzeiro não deu retorno ao blog.

Rodrigo Mattos


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Benê Lima