(Foto: Washington Alves/Light Press)
A
diretoria do Cruzeiro tenta aprovar nesta segunda-feira a captação de um
empréstimo de até R$ 300 milhões para resolver dívidas do clube. O pagamento do
mútuo só se daria em torno de um ano e meio, isto é, a maior parte teria de ser
quitado pela próxima gestão. A oposição do clube aponta internamente que a
agremiação azul pode passar a comprometer em torno de R$ 100 milhões por ano
por cinco anos.
O
Cruzeiro acumula débitos em que há uma necessidade mais urgente de pagamento.
Um documento apresentado a conselheiros cruzeirenses mostra uma dívida de R$
432 milhões ao final de 2018, mas o valor mencionado a conselheiros é de R$ 467
milhões. Uma parte está no Profut negociando: em torno de R$ 170 milhões.
Do
total restante, o documento do Cruzeiro mostrado a conselheiros mostra R$ 61,6
milhões em dívidas na Fifa. Há outros valores relacionados a negociações que
elevam a soma total neste item a em torno de R$ 90 milhões.
O plano
da diretoria cruzeirense é levantar os R$ 300 milhões em uma instituição
financeira no exterior, um fundo prospectado pela cúpula do time mineiro. A
operação montada envolve uma carência até setembro de 2020. Ou seja, o clube só
começaria a pagar pouco antes próxima eleição presidencial. Os juros
comunicados aos conselheiros são a partir de 9%.
Pelas
contas da oposição cruzeirense, que perdeu a última eleição, o clube teria de pagar
até 124 milhões por ano a partir de 2021 durante cinco anos. Isso representaria
mais de um terço da receita anual o clube.
Há
ainda a questão de quais dívidas de fato têm vencimento próximo e podem gerar
punições e quais podem ser renegociadas. Nem está claro quais as garantias de
que a diretoria cruzeirense vai usar todo o dinheiro para pagar os débitos,
visto que recebeu montantes de negociações como Arrascaeta e investiu uma parte
no time.
Questionado
na semana passada sobre a operação proposta, a assessoria do Cruzeiro não deu
retorno ao blog.
Rodrigo Mattos
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Benê Lima