Benê Lima
Já
aviso de pronto que este artigo é mesmo para bater e soprar e para soprar e
bater. E digo mais. Não há nada de incoerente ou de contraditório nisso. E
explico. Não há perfeição em casos como este. Ou seja, no exercício da
profissão de treinador de futebol. Portanto, cabe a quem escreve destacar
igualmente prós e contras, ou fazer com que um sobrepuje o outro, o que é mais
comum.
Rogério Ceni (divulgação)
Devemos
reconhecer que além da incomum instabilidade da permanência no cargo, os desafios
dos treinadores perpassam pela necessidade também incomum deles possuírem uma
formação transdisciplinar, situação que inclui a multi e também a interdisciplinaridade.
Como podem perceber, é algo desafiador mesmo.
Ao
treinador também cabe, justo ou não, a tarefa de exercer certo controle sobre a
individualidade e a coletividade de seus comandados. Tudo isso para teorizar um
pouco em cima da questão de que Rogério Ceni levou certo baile de seus atletas,
que não tiverem foco para enfrentar o sergipano Confiança. Este foi provando do
prato que o adversário lhe propunha, e viu que não era tão apimentado assim.
Resultado é que foi se assenhoreando da partida e da omissão do rival
nordestino cheio de nova grife, e parecia nem um pouco intimidado com o cartel
do Fortaleza. Desse modo, construiu uma vitória inteiramente justa. Se o
adversário não teve foco nem o interesse suficiente pela partida, o problema
não foi do Confiança.
Ao
Fortaleza resta a lição que vai um pouco além do resultado. Sem foco, sem
compromisso e com baixa motivação, não há equipe que sustente prestígio. A
tônica do futebol é que o respeito de antes da bola rolar, tem que ser
confirmado com a bola em jogo. E alguns fatores me parecem essenciais para que
isso se mantenha: compromisso com cada embate, cada jogo, cada disputa, e
satisfação, alegria e disposição em todos os momentos de cada disputa. Afinal,
jogar um jogo com a cabeça em outro jogo não é uma atitude producente nem
respeitosa.
E
mais. Que Ceni estabeleça para si experiências com maior rigor em critérios,
para que não fique a ideia de que toda improvisação e/ou invenção é sempre
melhor que o ‘quadradismo’ de todos os versos.
Aos
mestres (treinadores) com carinho.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por seu comentário.
Em breve ele será moderado.
Benê Lima