Problemas complexos merecem soluções otimizadas. Ponto para o São Paulo, tricampeão brasileiro, que pulveriza os gols marcados por sua equipe entre vários jogadores
Nesse ano de campeonato bem mais equilibrado, observa-se a seguinte composição, em linhas gerais, entre as principais equipes:
Ricardo Villaça*
Nelson Bendia, além de um excelente executivo financeiro, era um grande e querido amigo e um grande alucinado por futebol. Jogava todas as quintas à noite, sábados e domingos. Era um vascaíno exemplar, daqueles que não deixa os filhos pensarem em outras opções. Há alguns anos perdemos Nelson, vítima de um câncer fulminante. Em seus últimos meses, ele sempre me dizia para não deixar de fazer seguro de vida, já que ele não havia conseguido fazer. E os médicos diziam que poderiam ter feito mais por ele, se tivessem descoberto a doença antes.
A informação obtida a tempo de uma mudança de rumo ou da execução de uma grande ação é tratada no mundo dos negócios sofisticados pelo nome de VOI ou “Value of Information” ou Valor da Informação. O mundo da vanguarda já percebeu que problemas complexos merecem soluções otimizadas.
Impressionante que no futebol, assim como em muitos outros segmentos, ainda se acha que o olhar, a experiência substitui tudo e que a informação pouco ou nada acrescentam. Na verdade, talvez essas afirmações sejam mais um medo de enfrentar o novo, ou de fracassar frente a um desafio, do que realmente uma crença. Até porque dificilmente essas mesmas pessoas acreditariam em um médico que só trabalhasse pelo olho, sem nenhum exame complementar ou sem a informação mais detalhada, por mais experiente que fosse.
Em recente simpósio do futebol, vários profissionais destacados disseram que “não acreditam na informação”. Felizmente, do simpósio de 2007 para cá, esse número já reduziu um pouco e quem está ficando obsoleto terá que se reciclar, pelo bem da evolução e da competitividade saudável. Caso contrário o nivelamento é por baixo.
Terminado o brasileiro de 2008, foram analisados, matematicamente, os 500 jogadores que mais participaram do campeonato, em termos de tempo jogado. Após esta análise, foram observadas as equipes que ficaram nas melhores posições. Tivemos quatro grandes grupos de jogadores neste ano:
1. Artilheiros: são 97 jogadores que se destacaram por buscar o gol, com relativo êxito. E entre suas características mais marcantes estiveram finalizações certas, cabeceios errados, chutes, infrações e interceptações de bola.
2. Finalizadores: são 22 jogadores que fazem menos gols que os artilheiros, mas são muito úteis as equipes já que, além de saberem fazer gols, foram responsáveis por cabeceios, recuperação de bola, desarmes e cruzamentos.
3. Incansáveis: são 117 jogadores que finalizaram, cabecearam, chutaram, deram chutões, interceptaram bolas, desarmaram, deram assistência, passes certos, cruzamentos e lançamentos.
4. Pouco Efetivos: são 260 jogadores que se destacaram por fazer pouco, tal como perda de bola e chutões.
O futebol é o que se pode, ou pelo menos deveria, se chamar de guerra ética, onde as equipes vão a campo mostrar suas forças e tentar derrubar os adversários. Nos anos anteriores, onde o São Paulo se destacou absoluto, muito do que se via, na análise matemática, eram equipes dependentes de um ou dois artilheiros e um ou dois incansáveis, enquanto o São Paulo tinha vários homens gol e vários guerreiros. Além disso, o São Paulo sempre tinha uma equipe com mais de 11 jogadores “titulares”, enquanto as outras não chegavam a 10.
A informação obtida a tempo de uma mudança de rumo ou da execução de uma grande ação é tratada no mundo dos negócios sofisticados pelo nome de VOI ou “Value of Information” ou Valor da Informação. O mundo da vanguarda já percebeu que problemas complexos merecem soluções otimizadas.
Impressionante que no futebol, assim como em muitos outros segmentos, ainda se acha que o olhar, a experiência substitui tudo e que a informação pouco ou nada acrescentam. Na verdade, talvez essas afirmações sejam mais um medo de enfrentar o novo, ou de fracassar frente a um desafio, do que realmente uma crença. Até porque dificilmente essas mesmas pessoas acreditariam em um médico que só trabalhasse pelo olho, sem nenhum exame complementar ou sem a informação mais detalhada, por mais experiente que fosse.
Em recente simpósio do futebol, vários profissionais destacados disseram que “não acreditam na informação”. Felizmente, do simpósio de 2007 para cá, esse número já reduziu um pouco e quem está ficando obsoleto terá que se reciclar, pelo bem da evolução e da competitividade saudável. Caso contrário o nivelamento é por baixo.
Terminado o brasileiro de 2008, foram analisados, matematicamente, os 500 jogadores que mais participaram do campeonato, em termos de tempo jogado. Após esta análise, foram observadas as equipes que ficaram nas melhores posições. Tivemos quatro grandes grupos de jogadores neste ano:
1. Artilheiros: são 97 jogadores que se destacaram por buscar o gol, com relativo êxito. E entre suas características mais marcantes estiveram finalizações certas, cabeceios errados, chutes, infrações e interceptações de bola.
2. Finalizadores: são 22 jogadores que fazem menos gols que os artilheiros, mas são muito úteis as equipes já que, além de saberem fazer gols, foram responsáveis por cabeceios, recuperação de bola, desarmes e cruzamentos.
3. Incansáveis: são 117 jogadores que finalizaram, cabecearam, chutaram, deram chutões, interceptaram bolas, desarmaram, deram assistência, passes certos, cruzamentos e lançamentos.
4. Pouco Efetivos: são 260 jogadores que se destacaram por fazer pouco, tal como perda de bola e chutões.
O futebol é o que se pode, ou pelo menos deveria, se chamar de guerra ética, onde as equipes vão a campo mostrar suas forças e tentar derrubar os adversários. Nos anos anteriores, onde o São Paulo se destacou absoluto, muito do que se via, na análise matemática, eram equipes dependentes de um ou dois artilheiros e um ou dois incansáveis, enquanto o São Paulo tinha vários homens gol e vários guerreiros. Além disso, o São Paulo sempre tinha uma equipe com mais de 11 jogadores “titulares”, enquanto as outras não chegavam a 10.
Nesse ano de campeonato bem mais equilibrado, observa-se a seguinte composição, em linhas gerais, entre as principais equipes:
Já no caso das equipes menos efetivas, por exemplo, uma das rebaixadas teve 19 jogadores pouco efetivos, contra 9 entre artilheiros/finalizadores e incansáveis. Na teoria ela teria condições de montar uma equipe vencedora, mas na prática, seus técnicos ou especialistas, não conseguiram observar o que a informação pode revelar.
É claro que dentro de cada perfil existem os jogadores mais efetivos e os menos efetivos, e o poder do conjunto, o que certamente justifica as colocações finais. Mas o interessante foi observar que os principais times se equiparam de jogadores guerreiros, que trabalharam para bloquear os adversários e para enviar bolas aos artilheiros, que de forma distribuída, trabalharam para fazer gols.
As melhores equipes atuais são formadas de conjunto, preparação adequada e personalizada, efetividade, competência e informação.
Que 2009 seja um ano com maior evolução.
É claro que dentro de cada perfil existem os jogadores mais efetivos e os menos efetivos, e o poder do conjunto, o que certamente justifica as colocações finais. Mas o interessante foi observar que os principais times se equiparam de jogadores guerreiros, que trabalharam para bloquear os adversários e para enviar bolas aos artilheiros, que de forma distribuída, trabalharam para fazer gols.
As melhores equipes atuais são formadas de conjunto, preparação adequada e personalizada, efetividade, competência e informação.
Que 2009 seja um ano com maior evolução.
* Diretor da AgeMcia – Inteligência Artificial
Aliado Comercial da MatchReport Tecnologia Esportiva
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Benê Lima