FELIPE COUTINHO
O investimento do governo do Distrito Federal no estádio Mané Garrincha pode passar de R$ 1,9 bilhão, cerca de R$ 500 milhões mais caro que o valor atual da obra, R$ 1,4 bilhão. Esse é o cálculo feito pela área técnica do Tribunal de Contas do DF.
O Mané Garrincha é o único estádio da Copa que não conta com financiamento federal ou privado. É totalmente bancado pelos cofres locais. Por isso, não é auditado pelo Tribunal de Contas da União, cabendo a tarefa ao tribunal do Distrito Federal.
Visão externa do Estádio Nacional de Brasília, Mané GarrinchaA conta dos auditores inclui os contratos assinados, aditivos, licitações que ainda não foram finalizados e o custo das estruturas temporárias.
Para um mês de evento, deverão ser gastos cerca de R$ 34 milhões, de acordo com o tribunal.
Quando a obra foi iniciada, em 2010, o valor de R$ 700 milhões não incluía uma parte que depois se revelou milionária: a cobertura de R$ 241 milhões.
No ano passado, a cobertura causou constrangimentos ao governo local. A estrutura não resistiu à chuva, e os torcedores que assistiam a um torneio de futebol feminino tiveram de enfrentar goteiras.
Uma das licitações que estão por vir é a da comunicação visual do estádio, ao custo de R$ 6,1 milhões. Os auditores apontam sobrepreço de R$ 3,4 milhões.
A conta dos auditores inclui ainda uma licitação de quase R$ 300 milhões para a urbanização do entorno do estádio.
Editoria de arte/Folhapress
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por seu comentário.
Em breve ele será moderado.
Benê Lima