José Cruz
/ UOL
“Tem dirigente que roubou e continua roubando!”
Deputado Andres Sanchez (PT/SP)
O senador Zezé Perrella (PDT-MG), ex-presidente do Cruzeiro, confirmou o que já se sabia. Faltava a declaração oficial, agora gravada, para escancarar o trambique dos cartolas.
Na quinta-feira, no Senado, em audiência pública na Comissão Mista que discute sobre a MP 671 – dívida dos clubes – Perrella afirmou:
“A maioria dos clubes coloca 90% do salário dos jogadores no contrato de direito de imagem, e apenas 10% na Carteira Profissional”.
– E por que fazem isso? – indagou um parlamentar
“Efetivamente, para pagar menos imposto”, disse o senador (foto), sem vergonha ou temor de escancarar o trambique que dribla o fisco. Manifestação pública de um senador é confissão de sonegação?
Repeteco
Surpreende, mas a manifestação de Perrella não é inédita. No ano passado, o agora presidente do Vasco, Eurico Miranda (foto), também declarou sobre o calote de mais de três décadas, num debate na Comissão de Esporte da Câmara. Assim:
Surpreende, mas a manifestação de Perrella não é inédita. No ano passado, o agora presidente do Vasco, Eurico Miranda (foto), também declarou sobre o calote de mais de três décadas, num debate na Comissão de Esporte da Câmara. Assim:
“Vamos deixar de ser hipócritas! Todos sabem como se formou essa dívida (fiscal dos clubes). Os dirigentes descontavam dos salários dos jogadores (parcelas do INSS e Imposto de Renda) e não repassavam ao governo. Alguém ficou com o dinheiro!”
A festa continua
Desde março, o ex-presidente do Corinthians, deputado Andres Sanchez (PT/SP), declara nas reuniões sobre a MP 671, manifestações sobre o tema, que estão gravadas em áudio e vídeo:
“Tem dirigente que roubou e continua roubando!”
E qual a reação a essas declarações de roubo explícito, feitas muitas vezes na presença de autoridades do Governo? Nenhuma! Até porque, o Congresso está infiltrado de parlamentares representantes da Bancada da Bola.
E é nessa realidade do “faz de conta'' que as excelências preparam alternativas à MP 671, sobre o pagamento do calote de R$ 4 bilhões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por seu comentário.
Em breve ele será moderado.
Benê Lima