Em março de 2015 o Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD/Ladetec) recebeu da Agência Mundial Antidopagem (AMA, ou Wada, na sigla em inglês) a certificação para análise de sangue para passaporte biológico de atletas. Essa autorização deixou o governo brasileiro confiante na obtenção da reacreditação para o laboratório voltar a fazer testes de controle de dopagem. A decisão da Wada-AMA sobre a reacreditação será tomada no próximo dia 13 de maio, em Montreal (Canadá), durante reunião de seu Conselho de Fundadores. Se for reacreditado, o LBCD já poderá fazer análise de amostras para controle antidopagem dos eventos-teste para os Jogos Olímpicos e os Jogos Paraolímpicos de 2016, a partir de julho.
Novo prédio
O LBCD/Ladetec pertence ao Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IQ/UFRJ) e já está funcionando no novo prédio desde o início de agosto de 2014. As novas instalações, assim como as antigas, também se localizam na Ilha da Cidade Universitária da UFRJ, zona norte da cidade.
O LBCD faz parte do Ladetec, que congrega vários outros laboratórios satélites do Instituto de Química da Universidade. Criado em 1989, o laboratório de controle de dopagem era denominado Lab Dop e agora foi renomeado para LBCD. As novas instalações comporão um conjunto de prédios do Polo de Química que serão erguidos na UFRJ. O Bloco C – onde fica o LBCD – foi o primeiro a ser construído, em virtude da proximidade dos Jogos Olímpicos de 2016.
As obras começaram em fevereiro de 2013 e a construção foi feita por etapas. A ala onde já está funcionando o laboratório ficou pronta em julho de 2014, mesmo mês em que começaram a ser transferidos os equipamentos e as equipes que trabalhavam no prédio antigo.
A outra ala está em fase de conclusão e vai abrigar os demais laboratórios do Ladetec-IQ/UFRJ: Laboratório de Análise de Proteínas e Sangue, Laboratório de Erros Inatos do Metabolismo, Laboratório de Geoquímica Orgânica Molecular e Ambiental, Laboratório de Preparação de Colunas Capilares e Cromatografia, Laboratório de Espectrometria de Massas, Laboratório de Calibração, Laboratório de Análises Geoquímicas e Laboratório de Análise de Resíduos. Portanto, reiterando, o controle de dopagem é apenas uma das áreas desenvolvidas pelo Ladetec, que é composto por vários laboratórios.
• Importante: não é um novo laboratório, e sim um novo prédio para o laboratório de controle de dopagem, que existe desde 1989, e para o Ladetec-IQ/UFRJ, constituído em 1984.
O laboratório (antes chamado de Lab Dop) funcionou por 24 anos (1989 a 2013) e teve acreditação durante 11 anos, entre 2002 e 2013. Foi o primeiro laboratório da América Latina e do Caribe a obter credenciamento – do Comitê Olímpico Internacional (COI) e posteriormente da Wada-AMA – para testes de dopagem.
Reacreditação
O processo de reacreditação do LBCD começou em agosto de 2014 e seguiu um calendário determinado pela Agência Mundial. Após um teste pré-probatório, seguiu-se o período probatório, com quatro lotes de amostras enviadas pela Wada-AMA e três visitas de auditoria da agência, além de consultoria de especialistas estrangeiros. Os testes, com amostras “cegas”, serviram para os profissionais do laboratório demonstrarem a qualificação de seus procedimentos de trabalho e aperfeiçoarem o controle da qualidade das análises. Esse processo foi importante para comprovar capacidade técnica e operacional para fazer os testes conforme os requisitos internacionais.
• Lembrando, portanto: não é mais o COI que faz acreditação de laboratórios para controle de dopagem; é a Agência Mundial Antidopagem. Atualmente, existem outros 32 laboratórios credenciados no mundo.
Quando o Brasil ganhou o direito de sediar os Jogos Olímpicos, o Ministério do Esporte e a UFRJ reafirmaram a decisão de construir novas instalações, mais amplas e modernas, para abrigar o laboratório. A partir do momento em que estiver reacreditado, o LBCD estará apto a fazer análise de quaisquer amostras de sangue e urina e, assim, realizar todas as análises de controle de dopagem do esporte brasileiro. Desta forma, poderá atender às demandas da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD).
• Importante esclarecer que a perda da acreditação, em 2013, NÃO ocorreu por erros em resultados de amostras de atletas, mas exclusivamente por inconformidades em testes cegos de avaliação enviados regularmente pela Wada-AMA. O aparelhamento do laboratório à época estava defasado. Essa situação foi completamente revertida com as novas instalações, a nova aparelhagem e a ampliação do corpo técnico.
O LBCD/Ladetec pertence ao Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IQ/UFRJ) e já está funcionando no novo prédio desde o início de agosto de 2014. As novas instalações, assim como as antigas, também se localizam na Ilha da Cidade Universitária da UFRJ, zona norte da cidade.
O LBCD faz parte do Ladetec, que congrega vários outros laboratórios satélites do Instituto de Química da Universidade. Criado em 1989, o laboratório de controle de dopagem era denominado Lab Dop e agora foi renomeado para LBCD. As novas instalações comporão um conjunto de prédios do Polo de Química que serão erguidos na UFRJ. O Bloco C – onde fica o LBCD – foi o primeiro a ser construído, em virtude da proximidade dos Jogos Olímpicos de 2016.
As obras começaram em fevereiro de 2013 e a construção foi feita por etapas. A ala onde já está funcionando o laboratório ficou pronta em julho de 2014, mesmo mês em que começaram a ser transferidos os equipamentos e as equipes que trabalhavam no prédio antigo.
A outra ala está em fase de conclusão e vai abrigar os demais laboratórios do Ladetec-IQ/UFRJ: Laboratório de Análise de Proteínas e Sangue, Laboratório de Erros Inatos do Metabolismo, Laboratório de Geoquímica Orgânica Molecular e Ambiental, Laboratório de Preparação de Colunas Capilares e Cromatografia, Laboratório de Espectrometria de Massas, Laboratório de Calibração, Laboratório de Análises Geoquímicas e Laboratório de Análise de Resíduos. Portanto, reiterando, o controle de dopagem é apenas uma das áreas desenvolvidas pelo Ladetec, que é composto por vários laboratórios.
• Importante: não é um novo laboratório, e sim um novo prédio para o laboratório de controle de dopagem, que existe desde 1989, e para o Ladetec-IQ/UFRJ, constituído em 1984.
O laboratório (antes chamado de Lab Dop) funcionou por 24 anos (1989 a 2013) e teve acreditação durante 11 anos, entre 2002 e 2013. Foi o primeiro laboratório da América Latina e do Caribe a obter credenciamento – do Comitê Olímpico Internacional (COI) e posteriormente da Wada-AMA – para testes de dopagem.
Reacreditação
O processo de reacreditação do LBCD começou em agosto de 2014 e seguiu um calendário determinado pela Agência Mundial. Após um teste pré-probatório, seguiu-se o período probatório, com quatro lotes de amostras enviadas pela Wada-AMA e três visitas de auditoria da agência, além de consultoria de especialistas estrangeiros. Os testes, com amostras “cegas”, serviram para os profissionais do laboratório demonstrarem a qualificação de seus procedimentos de trabalho e aperfeiçoarem o controle da qualidade das análises. Esse processo foi importante para comprovar capacidade técnica e operacional para fazer os testes conforme os requisitos internacionais.
• Lembrando, portanto: não é mais o COI que faz acreditação de laboratórios para controle de dopagem; é a Agência Mundial Antidopagem. Atualmente, existem outros 32 laboratórios credenciados no mundo.
Quando o Brasil ganhou o direito de sediar os Jogos Olímpicos, o Ministério do Esporte e a UFRJ reafirmaram a decisão de construir novas instalações, mais amplas e modernas, para abrigar o laboratório. A partir do momento em que estiver reacreditado, o LBCD estará apto a fazer análise de quaisquer amostras de sangue e urina e, assim, realizar todas as análises de controle de dopagem do esporte brasileiro. Desta forma, poderá atender às demandas da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD).
• Importante esclarecer que a perda da acreditação, em 2013, NÃO ocorreu por erros em resultados de amostras de atletas, mas exclusivamente por inconformidades em testes cegos de avaliação enviados regularmente pela Wada-AMA. O aparelhamento do laboratório à época estava defasado. Essa situação foi completamente revertida com as novas instalações, a nova aparelhagem e a ampliação do corpo técnico.
Equipe técnica
A Universidade fez concursos para contratar pesquisadores e dezenas de outros profissionais (químicos, biólogos, farmacêuticos, técnicos de laboratório de áreas diversas, entre outros). A equipe vem aumentando desde agosto de 2014 com a contratação desses novos concursados. A força de trabalho atual é de aproximadamente 60 profissionais, e haverá novas contratações. Os novos contratados foram submetidos a um programa intenso de treinamento.
Também foram contratados sete professores para o Departamento de Química Analítica, o Departamento de Química Orgânica e o Departamento de Bioquímica, já que o laboratório é um espaço de formação acadêmica.
Além dos novos profissionais contratados e em fase de contratação, o laboratório está contando com consultoria de técnicos especialistas em operações antidopagem que já atuaram em outras edições dos Jogos Olímpicos.
Durante o Rio 2016, o laboratório vai funcionar 24 horas, sete dias por semana, em todo o período de competições dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paraolímpicos. Ainda não há um número determinado de análises a serem feitas. Pode-se tomar Londres como parâmetro: lá foram feitos 5,5 mil testes nos Jogos Olímpicos e 1,5 mil nos Jogos Paraolímpicos.
Investimento
O investimento na construção do novo prédio foi de R$ 134 milhões (R$ 106 milhões do Ministério do Esporte e R$ 28 milhões do Ministério da Educação), somando obras e projetos. Já para a compra de novos equipamentos, materiais e operação foram destinados R$ 54 milhões, do Ministério do Esporte. A maior parte da aparelhagem já foi entregue, e alguns equipamentos – que precisam ser os mais modernos existentes no mercado à época dos Jogos – serão entregues em 2016. A quase totalidade dos aparelhos é importada.
Legado
Os técnicos do laboratório brasileiro vão conviver com cerca de cem dos melhores profissionais do mundo em controle de dopagem, e isso resulta em conhecimento que vai impulsionar o Polo de Química da UFRJ. A tecnologia do controle de dopagem é a mais sofisticada possível, e cadeias produtivas de vários setores dependem de análises químicas qualificadas como as que são desenvolvidas para essa finalidade. A maioria dos equipamentos utilizados pelo LBCD é de ponta, e vários processos inovadores já se encontram em desenvolvimento, o que beneficiará não só a UFRJ, mas a comunidade científica brasileira em geral. As universidades buscam expandir e modernizar sua atuação na área de química – e a UFRJ, em cujo Parque Tecnológico instalam-se de forma pioneira no país vários centros de pesquisas de empresas e instituições multinacionais, terá esse suporte para suas pesquisas e aplicações cotidianas.
O Brasil, portanto, ganhará conhecimento técnico-científico, porque o LBCD, além de fazer análises de sangue e urina para identificar dopagem, continuará atuando em pesquisas científicas e tecnológicas em diversas áreas, no ensino acadêmico e na formação de profissionais especializados. Os demais laboratórios associados do Ladetec complementam esse legado e, no período do Rio 2016, estarão a serviço dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paraolímpicos, com todas as instalações e força de trabalho voltadas para as análises de controle de dopagem. Depois retornarão às suas atividades de rotina.
Para se ter uma ideia, várias cidades-sede dos Jogos Olímpicos, a exemplo de Londres em 2012, vêm montando estruturas temporárias para o laboratório antidopagem durante os Jogos, mesmo quando já possuem um laboratório acreditado na cidade (Turim-2006, Vancouver-2010 e Sochi-2014, que fizeram Jogos de Inverno, também montaram laboratórios temporários). Essa expansão de um laboratório de rotina para o laboratório olímpico é indispensável por conta da alta demanda que o evento exige. No caso do Rio de Janeiro, porém, não haverá estrutura temporária para o período dos Jogos, porque as novas instalações permanentes são suficientes para garantir a realização de todas as análises necessárias. Portanto 100% do investimento se transforma em legado.
Ter um laboratório acreditado no país contribui para o desenvolvimento de um programa antidopagem nacional mais eficaz porque todo o processo do controle é beneficiado em termos de segurança da cadeia de custódia e da preservação da integridade das amostras, que levam menos tempo para chegar ao laboratório. Também há economia com os custos de transporte das amostras.
Ascom - Ministério do Esporte
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Benê Lima