Autor: Guilherme Costa
Revisão e intertexto: Benê Lima
Após uma apresentação que intercalou imagens do país e discurso de dirigentes, a Fifa anunciou que a Copa do Mundo de 2014 será realizada no Brasil. A nação pentacampeã mundial de futebol foi a única candidata a sediar o torneio e se valeu de argumentos como a tradição, a paixão do povo pelo futebol e uma previsão de investimento de US$ 10 bilhões em estrutura. Mas qual será o impacto do principal evento esportivo do planeta para o futebol nacional?
A organização da Copa do Mundo corrobora os objetivos traçados pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As metas estabelecidas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) prevêem um orçamento de R$ 500 bilhões entre 2007 e 2010 em três áreas principais. Desse montante, 54,5% serão investidos na infra-estrutura energética. A área de infra-estrutura social e urbana consumirá outros 33,9% e a infra-estrutura de logística (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos) ficará com os 11,6% restantes.
“Temos que criar o PAC da Copa. Trata-se de aproveitar o interesse pelo futebol para mobilizar toda a sociedade brasileira e impulsionar o desenvolvimento do país para depois de 2014”, projetou José Roberto Bernasconi, presidente nacional do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco).
O discurso prévio de todos os personagens envolvidos com a candidatura brasileira à Copa do Mundo de 2014 reforça a quantidade de benefícios que o evento pode trazer para o país. “É uma conquista histórica para o país e para o nosso povo. A competição provocará forte impacto econômico e social. Só a edição de 2006, na Alemanha, gerou 40 mil empregos permanentes no país”, lembrou Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol, em entrevista coletiva.
Além disso, Teixeira ressaltou a herança permanente que a população terá após a Copa: “Veremos novos hospitais, mais saneamento, melhoria nos transportes e um salto qualitativo na segurança pública. O país terá uma visibilidade imensa durante a competição e isso trará benefícios”.
É natural que se possa esperar que os benefícios que serão trazidos pela realização da Copa de 2014 no Brasil, tenham alcance antes, durante e depois de sua realização. Todas as áreas envolvidas serão potencialmente beneficiadas, o que resultará em um incremento da atividade dos diversos setores envolvidos, bem como no da atividade econômica como um todo.
A expectativa é de que o próprio futebol como negócio, sofrerá uma expansão sem precedentes em nosso país. Com o experimento de um novo fazer na área de produção de eventos, acompanhado da valorização do cliente-torcedor, que será favorecido por uma visão renovada de sua importância, espera-se o surgimento de um novo público, que somado ao habitual possa representar acréscimo na ocupação da capacidade ociosa das nossas praças esportivas.
O Brasil só sediou a Copa em 1950, em um cenário totalmente diferente do atual. Naquela altura, quase todos os países ainda enfrentavam os resquícios da Segunda Guerra Mundial, que havia terminado cinco anos antes. A Europa ainda estava se reconstruindo e a competição, ainda que não tivesse a repercussão e o impacto de mídia que ostenta atualmente, era uma maneira de mostrar que as coisas haviam voltado ao normal.
Os jogos de 1950 se concentraram em apenas seis cidades: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e Recife. O Brasil ainda não oficializou o número de sedes para 2014, mas deve ter 12 palcos de jogos para a competição.
Apesar da diferença de cenário e das proporções das duas edições da Copa do Mundo, o principal foco de investimento será o mesmo. Se na competição de 1950 a grande atração foi a construção do Maracanã, palco da decisão entre Brasil e Uruguai – os visitantes ficaram com o título ao vencerem por 2 a 1 -, a corrida pela construção de novas arenas começou antes mesmo de o país ter a certeza de sediar o torneio de 2014.
Aécio Neves, governador de Minas Gerais, prometeu o Mineirão pronto para a Copa do Mundo já em 2010. Outros estados já iniciaram a construção de arenas, baseados em diferentes estratégias para tentar seduzir a CBF e o comitê organizador da competição de 2014.
O principal questionamento acerca da Copa do Mundo no Brasil, porém, é o tipo de profissionais que o país terá para a competição. O investimento voltado à competição deve ser quase todo consumido pela estrutura, sobretudo pelos estádios. A formação de pessoas capacitadas e que possam usar essa reformulação para o bem do esporte, no entanto, é pouco (ou nada) abordada pelos dirigentes.
“Tenho plena certeza de que a Copa do Mundo vai trazer muitos benefícios para a estrutura do futebol brasileiro. Teremos estádios melhores e veremos muitas coisas positivas no entorno, como segurança e transporte”, previu Rosilene Gomes, presidente da Federação Paraibana de Futebol, que sonha com a possibilidade de ser uma sub-sede da competição.
Mustafá Contursi, ex-presidente do Palmeiras e atual mandatário do Sindafebol, é outro que demonstrou otimismo pela realização da Copa no Brasil: “Nós deixamos um legado importante em 1950, que é o Maracanã. Trata-se de um dos maiores palcos do futebol mundial, com muita tradição. Minha convicção de que faremos um grande Mundial é total. Faremos uma edição histórica e que terá reflexos positivos para o nosso futebol”.
Sempre que se fala em mudanças que a Copa pode causar ao futebol brasileiro, contudo, o assunto é estrutura. A reformulação do perfil dos profissionais do esporte ainda é tratada de forma muito superficial por todos os dirigentes, que preferem abordar as obras mais contundentes.
“Teremos muito investimento e isso vai aumentar ainda mais a visibilidade do futebol brasileiro. Tenho certeza que vamos ganhar muito com a Copa do Mundo”, finalizou Contursi.
A organização da Copa do Mundo corrobora os objetivos traçados pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As metas estabelecidas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) prevêem um orçamento de R$ 500 bilhões entre 2007 e 2010 em três áreas principais. Desse montante, 54,5% serão investidos na infra-estrutura energética. A área de infra-estrutura social e urbana consumirá outros 33,9% e a infra-estrutura de logística (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos) ficará com os 11,6% restantes.
“Temos que criar o PAC da Copa. Trata-se de aproveitar o interesse pelo futebol para mobilizar toda a sociedade brasileira e impulsionar o desenvolvimento do país para depois de 2014”, projetou José Roberto Bernasconi, presidente nacional do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco).
O discurso prévio de todos os personagens envolvidos com a candidatura brasileira à Copa do Mundo de 2014 reforça a quantidade de benefícios que o evento pode trazer para o país. “É uma conquista histórica para o país e para o nosso povo. A competição provocará forte impacto econômico e social. Só a edição de 2006, na Alemanha, gerou 40 mil empregos permanentes no país”, lembrou Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol, em entrevista coletiva.
Além disso, Teixeira ressaltou a herança permanente que a população terá após a Copa: “Veremos novos hospitais, mais saneamento, melhoria nos transportes e um salto qualitativo na segurança pública. O país terá uma visibilidade imensa durante a competição e isso trará benefícios”.
É natural que se possa esperar que os benefícios que serão trazidos pela realização da Copa de 2014 no Brasil, tenham alcance antes, durante e depois de sua realização. Todas as áreas envolvidas serão potencialmente beneficiadas, o que resultará em um incremento da atividade dos diversos setores envolvidos, bem como no da atividade econômica como um todo.
A expectativa é de que o próprio futebol como negócio, sofrerá uma expansão sem precedentes em nosso país. Com o experimento de um novo fazer na área de produção de eventos, acompanhado da valorização do cliente-torcedor, que será favorecido por uma visão renovada de sua importância, espera-se o surgimento de um novo público, que somado ao habitual possa representar acréscimo na ocupação da capacidade ociosa das nossas praças esportivas.
O Brasil só sediou a Copa em 1950, em um cenário totalmente diferente do atual. Naquela altura, quase todos os países ainda enfrentavam os resquícios da Segunda Guerra Mundial, que havia terminado cinco anos antes. A Europa ainda estava se reconstruindo e a competição, ainda que não tivesse a repercussão e o impacto de mídia que ostenta atualmente, era uma maneira de mostrar que as coisas haviam voltado ao normal.
Os jogos de 1950 se concentraram em apenas seis cidades: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e Recife. O Brasil ainda não oficializou o número de sedes para 2014, mas deve ter 12 palcos de jogos para a competição.
Apesar da diferença de cenário e das proporções das duas edições da Copa do Mundo, o principal foco de investimento será o mesmo. Se na competição de 1950 a grande atração foi a construção do Maracanã, palco da decisão entre Brasil e Uruguai – os visitantes ficaram com o título ao vencerem por 2 a 1 -, a corrida pela construção de novas arenas começou antes mesmo de o país ter a certeza de sediar o torneio de 2014.
Aécio Neves, governador de Minas Gerais, prometeu o Mineirão pronto para a Copa do Mundo já em 2010. Outros estados já iniciaram a construção de arenas, baseados em diferentes estratégias para tentar seduzir a CBF e o comitê organizador da competição de 2014.
O principal questionamento acerca da Copa do Mundo no Brasil, porém, é o tipo de profissionais que o país terá para a competição. O investimento voltado à competição deve ser quase todo consumido pela estrutura, sobretudo pelos estádios. A formação de pessoas capacitadas e que possam usar essa reformulação para o bem do esporte, no entanto, é pouco (ou nada) abordada pelos dirigentes.
“Tenho plena certeza de que a Copa do Mundo vai trazer muitos benefícios para a estrutura do futebol brasileiro. Teremos estádios melhores e veremos muitas coisas positivas no entorno, como segurança e transporte”, previu Rosilene Gomes, presidente da Federação Paraibana de Futebol, que sonha com a possibilidade de ser uma sub-sede da competição.
Mustafá Contursi, ex-presidente do Palmeiras e atual mandatário do Sindafebol, é outro que demonstrou otimismo pela realização da Copa no Brasil: “Nós deixamos um legado importante em 1950, que é o Maracanã. Trata-se de um dos maiores palcos do futebol mundial, com muita tradição. Minha convicção de que faremos um grande Mundial é total. Faremos uma edição histórica e que terá reflexos positivos para o nosso futebol”.
Sempre que se fala em mudanças que a Copa pode causar ao futebol brasileiro, contudo, o assunto é estrutura. A reformulação do perfil dos profissionais do esporte ainda é tratada de forma muito superficial por todos os dirigentes, que preferem abordar as obras mais contundentes.
“Teremos muito investimento e isso vai aumentar ainda mais a visibilidade do futebol brasileiro. Tenho certeza que vamos ganhar muito com a Copa do Mundo”, finalizou Contursi.
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Benê Lima