Dominância cerebral identifica tipos de atletas e condiciona liderança
Utilidade nas escolas em relação às diferentes formas de aprendizagem dos alunos pode ser levada para dentro de campo
Bruno Camarão
A idéia da dominância cerebral tem utilidade no auxílio a educadores que buscam identificar os diferentes tipos de alunos e, assim, decidir sobre a estratégia a ser usada para a aquisição de conhecimentos. Dentre os diferentes estilos de aprendizagem, há um correlato direto em relação a essa organização neurocientífica.
Essas valências do saber acerca dos fundamentos biológicos dos comportamentos humanos surgem estreitamente ligadas ao conceito de lateralização hemisférica ou dominância cerebral, isto é, às diferenças de funções entre os dois hemisférios do cérebro.
Na verdade, a organização do cérebro em dois hemisférios, direito e esquerdo, parece ter como corolário que cada uma destas suas partes tem a seu cargo os acontecimentos motores e sensoriais que ocorrem na metade oposta (contralateral) do corpo e do espaço. E esse modelo é utilizado na liderança de equipes, seja em empresas, seja no campo de futebol.
“Acho que no atleta essas características vêm muito em função da habilidade e da característica de fazer o jogo. Na escola, vemos outros tipos de liderança. No esporte, os jogadores com maiores características nesse tipo de habilidade têm maior liderança”, explica Roberto Rocha Costa, bacharel em Treinamento Esportivo pela Faculdade de Educação Física da Unicamp e mestre em Ciências Biológicas pela Univap.
Essa regra geral, apesar do reconhecimento atual da complexidade do cérebro, um super-sistema aberto e que integra em si muitos outros sistemas diferenciados e mais amplos, levou à ideia de que cada indivíduo, dotado de um grande potencial cerebral, utiliza o seu de uma forma particular.
Assim, enquanto alguns se apoiariam mais nas capacidades do seu hemisfério esquerdo, parecendo dar prioridade à análise, ao raciocínio e à lógica, outros, pelo contrário, mais apoiados no seu hemisfério direito, dariam prioridade à síntese, à intuição, à visão global e à imaginação.
“O que é possível dizer é que o Gardner [Howar, autor da Teoria das Inteligências Múltiplas] fala em diferentes tipos de inteligência. A lógico-matemática, outros que vão entender mais relacionamento entre pessoas, uns para entendimento tático, habilidades específicas corporais... Imagino que haja uma relação entre esses tipos de liderança”, completa Costa, que vê alguns empecilhos quando a definição ocorre meramente com base nos critérios técnicos futebolísticos.
“Nem sempre o mais habilidoso é um líder nato, mas acaba sendo colocado para realizar tal função. Às vezes, é um problema”, pondera.
Diretor-sócio da MOT (Mudanças Organizacionais e Treinamento), Alfredo Castro expôs algumas de suas idéias em relação às grandes divisões comportamentais durante palestra realizada no 2º ConviRH (Congresso Virtual de Recursos Humanos).
Para ele, nenhuma dominância é melhor do que a outra, e cabe ao líder identificar a dominância cerebral de cada integrante do grupo, compreender as diferenças entre pessoas e valorizar as particularidades de perfil
“A diversidade de cada ambiente irá determinar a eficiência do grupo”, apontou ao UOL Economia, traçando os quatro grandes grupos de preferências comportamentais:
O relacional, que se define pela capacidade expressiva, apoiada nos mais variados aspectos da comunicação; o organizador, atento aos detalhes, cujo alto grau de responsabilidade o define para tarefas estruturais e de planejamento; o profissional analítico, mais racional e impessoal, que prefere o trabalho individualizado; e, por fim, o experimental, mais impetuoso, especulador e inventivo. Talvez, dentro das quatro linhas, Pelé assumisse todas ao mesmo tempo...
Essas valências do saber acerca dos fundamentos biológicos dos comportamentos humanos surgem estreitamente ligadas ao conceito de lateralização hemisférica ou dominância cerebral, isto é, às diferenças de funções entre os dois hemisférios do cérebro.
Na verdade, a organização do cérebro em dois hemisférios, direito e esquerdo, parece ter como corolário que cada uma destas suas partes tem a seu cargo os acontecimentos motores e sensoriais que ocorrem na metade oposta (contralateral) do corpo e do espaço. E esse modelo é utilizado na liderança de equipes, seja em empresas, seja no campo de futebol.
“Acho que no atleta essas características vêm muito em função da habilidade e da característica de fazer o jogo. Na escola, vemos outros tipos de liderança. No esporte, os jogadores com maiores características nesse tipo de habilidade têm maior liderança”, explica Roberto Rocha Costa, bacharel em Treinamento Esportivo pela Faculdade de Educação Física da Unicamp e mestre em Ciências Biológicas pela Univap.
Essa regra geral, apesar do reconhecimento atual da complexidade do cérebro, um super-sistema aberto e que integra em si muitos outros sistemas diferenciados e mais amplos, levou à ideia de que cada indivíduo, dotado de um grande potencial cerebral, utiliza o seu de uma forma particular.
Assim, enquanto alguns se apoiariam mais nas capacidades do seu hemisfério esquerdo, parecendo dar prioridade à análise, ao raciocínio e à lógica, outros, pelo contrário, mais apoiados no seu hemisfério direito, dariam prioridade à síntese, à intuição, à visão global e à imaginação.
“O que é possível dizer é que o Gardner [Howar, autor da Teoria das Inteligências Múltiplas] fala em diferentes tipos de inteligência. A lógico-matemática, outros que vão entender mais relacionamento entre pessoas, uns para entendimento tático, habilidades específicas corporais... Imagino que haja uma relação entre esses tipos de liderança”, completa Costa, que vê alguns empecilhos quando a definição ocorre meramente com base nos critérios técnicos futebolísticos.
“Nem sempre o mais habilidoso é um líder nato, mas acaba sendo colocado para realizar tal função. Às vezes, é um problema”, pondera.
Diretor-sócio da MOT (Mudanças Organizacionais e Treinamento), Alfredo Castro expôs algumas de suas idéias em relação às grandes divisões comportamentais durante palestra realizada no 2º ConviRH (Congresso Virtual de Recursos Humanos).
Para ele, nenhuma dominância é melhor do que a outra, e cabe ao líder identificar a dominância cerebral de cada integrante do grupo, compreender as diferenças entre pessoas e valorizar as particularidades de perfil
“A diversidade de cada ambiente irá determinar a eficiência do grupo”, apontou ao UOL Economia, traçando os quatro grandes grupos de preferências comportamentais:
O relacional, que se define pela capacidade expressiva, apoiada nos mais variados aspectos da comunicação; o organizador, atento aos detalhes, cujo alto grau de responsabilidade o define para tarefas estruturais e de planejamento; o profissional analítico, mais racional e impessoal, que prefere o trabalho individualizado; e, por fim, o experimental, mais impetuoso, especulador e inventivo. Talvez, dentro das quatro linhas, Pelé assumisse todas ao mesmo tempo...
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Benê Lima