Efemérides...
Nem tão efêmeras assim...
Nem tão efêmeras assim...
(Texto inspirado no rechaço à visão maniqueísta, e publicado no Blog do Editor do Caderno Jogada do Diário do Nordeste, Daniel Praciano.)
Creio que, cronista esportivo que se preza ou que a si preza, não é torcedor. Pode até ‘estar’ torcedor para defender uma tese, uma teoria, uma opinião, um ponto de vista.
Essa historieta de dizer que se estamos no futebol é porque torcemos por um clube, pode ser válida para a maioria dentre nós, mas não para todos.
Se um profissional não consegue sobrepor os preceitos de uma conduta ética e equânime diante de uma preferência clubística, isso constitui demonstração de uma personalidade pusilânime, mal-formada. Aliás, o ato de destorcer quer-me parecer uma aleivosia para consigo próprio, além de revelar falta de amadurecimento personalístico e certa deformação de caráter.
Sem pretender fazer a defesa do indefensável, só quero lembrar aos críticos exacerbados da crônica local, que também os senhores (torcedores e dirigentes) não estão acima do bem e do mal, nem do bom e do mau. Somos todos produtos de uma ‘tecedura’ social que vem sendo mal-urdida, e que vem levando de roldão a maioria dos humanos, transformando-os para pior. O futebol, os cronistas, dirigentes e torcedores, ninguém escapa enfim. Não dos efeitos nocivos. Já da influência, uns poucos conseguem imunizar-se.
Problemas há no Ceará Sporting, no Fortaleza Esporte, e até na Seleção Brasileira. Mas a natureza deles é que os tornam diferentes. O Ceará está lutando por se organizar, após um longo período de antigerenciamento do clube. O Fortaleza, que se diz organizado, revela, além do descompasso de suas contas e dos antagonismos do paralelismo de suas administrações (Santana x Presidência), uma inaptidão do seu departamento de futebol, incapacidade esta poucas vezes vista no meio desportivo.
Mais lamentável ainda é percebermos que o rádio, como o maior meio de difusão do nosso futebol, tomou rumos erradios, a partir de uma segmentação daninha que o tem tornado sectário, dogmático e subserviente. E isso em nada contribui para o desenvolvimento do nosso futebol.
Assim como dentro de campo estamos nos tornando anacrônicos, fora dele é que as coisas se mostram pior. E não é pelas vias do sectarismo, do dogmatismo e da repugnante ‘blindagem’ que nos reencontraremos com o significado evolutivo que pessoas e acontecimentos devem ter.
Portanto, se os profissionais do fazer futebolístico devem assumir uma postura renovada para melhor, o mesmo se deve dizer do outro feixe, representado por dirigentes, torcedores e sociedade em geral.
Afinal, espargir a luz é tarefa para ‘iluminatis’.
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Breves e Semibreves
Altos e baixos
Portais do Fortaleza e do Ceará vivem momentos de ‘branco’ em se tratando de notícias sobre os dois clubes. Como subsídio para a imprensa, pior ainda. O do Tricolor é apenas mediano; o do Alvinegro, sofrível. Fica o registro da falta de escutadores em ambos, já que falar em algo similar a ombudsman ou ouvidor soa para seus dirigentes como piada de mau-gosto.
O problema treinador
É visível a incompatibilidade entre o discurso e a prática por parte da mais alta direção do Tricolor de Aço, no que concerne ao departamento de futebol. Contratam treinadores fora da realidade financeira do clube e em seguida esvaziam o seu trabalho, dando-lhe o que não pedem e lhes negando o que eles propõem.
O problema treinador – 2
Preconceito e idéias preconcebidas de um lado e arrogância (vaidade) de outro, parecem indicar as razões para a não contratação de Argeu dos Santos por parte da cúpula tricolor. Se o Presidente dos tricolores transformou as críticas procedentes de Heriberto numa questão meramente retórica e contra elas redargüiu, da mesma maneira como diz não aceitar ser filial do Ceará, imagina-se que menos ainda concordaria em ser sucursal do Horizonte. Haja idiossincrasia!
O problema treinador – 3
Do ponto de vista estritamente profissional, nada contra Luiz Carlos Cruz e menos ainda contra Argeu dos Santos, sendo que este me parece ser mais autêntico. Se Cruz tem maior poder de verbalização, Argeu tem mais legitimidade em seu discurso. A soberba de um e o aspecto de arraigamento a certas crendices do outro, constituem fatores limitadores para as careiras de um e de outro.
A palavra revelada
É atribuída a Luiz Carlos Figueiredo Cruz a opinião de que “o grupo (do Fortaleza) que está aí é para subir à 1ª Divisão”. Eis o primeiro equívoco do ‘palavroso’ técnico. O Fortaleza, se é que quer identificar as fragilidades de seu time e de seu elenco, tem que se pautar pela verdade de uma crítica bem fundamentada, e pela competência em buscar soluções a curto prazo.
Diz Morais com moral
Usando de uma saudável ironia, o decano Morais Filho, radialista de nomeada, põe ordem e muda o tom do discurso chapa branca, tão comum no meio radiofônico. Faz referência crítica fundamentada aos cartolas tricolores e aos ridículos e abomináveis bajuladores – também conhecidos como blindadores.
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Benê, você já conhece o Portal do Ferróviário? Comparando com os dos outros dois grandes do estado, para quem não os conhece, pensa que o FAC está na primeira divisão do futebol brasileiro e CSC e FEC estão na Série D. É de um alto nível impressionante o www.ferroviario.com.br. Vale a pena fazer este registro no seu blog. Abraço.
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