Movimento por um futebol melhor chega a um ano com quase 700 mil associados

Gustavo Andrade – Superesportes

Criado com o objetivo de impulsionar os programas de sócios-torcedores do Brasil, o “Movimento por um futebol melhor” completou um ano com quase 700 mil associados distribuídos em 45 clubes. Em Minas Gerais, aderiram América, Atlético, Cruzeiro e Democrata de Sete Lagoas.

Em apresentação realizada em São Paulo, os organizadores informaram que o número de sócios espalhados pelo país quadruplicou desde a criação do programa, encabeçado pela Ambev. Já os clubes participantes cresceram em três vezes. Há a expectativa de que, em breve, mais 19 times brasileiros façam parte do Movimento por um futebol melhor.

Para que o programa continue crescendo, os organizadores apostam nas promoções a que têm direito os sócios. Com 14 empresas envolvidas, qualquer associado tem descontos em produtos ofertados pelas marcas pertencentes a elas. Em 2013, o valor de descontos oferecidos chegou a R$ 25 milhões. Em média, cada associado obteve R$ 30 em benefícios.

Segundo Marcel Marcondes, diretor da Ambev, o programa tem como uma referência o Benfica, já que o clube português é aquele com maior número de associados no mundo. A equipe de Lisboa conseguiu a adesão de 4% de seus torcedores ao programa de sócio-torcedor. Por enquanto, apenas 0,2% dos torcedores brasileiros estão envolvidos no Movimento por um futebol melhor. Caso repetissem o feito do Benfica, Cruzeiro e Atlético teriam 272 mil e 200 mil sócios, respectivamente.

Clubes mineiros

Quarto clube com mais sócios no futebol brasileiro, o Cruzeiro foi aquele teve o maior crescimento de associados ao longo do primeiro ano do Movimento por um futebol melhor. De cerca de 10 mil em 2013, o clube contabiliza agora mais de 54 mil sócios.

“O movimento trouxe a todos os clubes a possibilidade de conseguir o relacionamento com o torcedor durante os sete dias da semana. O projeto do sócio do futebol se dá na maioria das vezes no estádio. Com o movimento, o torcedor tem a possibilidade de adquirir benefícios e manter o relacionamento com o clube durante toda a semana”, observou o diretor de marketing do clube, Marcone Barbosa.

Até o fim da temporada, o Cruzeiro planeja atingir 100 mil sócios. Por enquanto, no Brasil, apenas o Internacional superou essa marca. O clube celeste tem cinco categorias no “sócio do futebol”, sendo quatro delas com ingressos garantidos nos jogos como mandante e uma com preferência de compra pela internet e desconto. 

Já o Atlético contabiliza quase 27 mil sócios no “Galo na veia”, sendo uma categoria com ingressos garantidos e outra com preferência de compra. O número de associados superior à capacidade do Independência leva o clube a enfatizar os descontos fornecidos pelo “futebol melhor”. 

“Você não pode ficar associado à capacidade do estádio. O sócio tem de conhecer e usufruir das vantagens do programa. O Atlético tem um programa de pontos. Você tem uma série de ações do programa de pontos que garante experiências exclusivas, como visitas ao CT. É esse tipo de ação que o torcedor quer. O torcedor também entendeu que, além de contribuir com o clube, ele tem um retorno maior que a mensalidade”, observou a diretora executiva do clube, Adriana Branco.

O América, por sua vez, planeja utilizar os recursos arrecadados com o “Onda Verde” para custear os gastos com categoria de base. A diretoria visa resgatar a formação de grandes atletas, como Tostão, Éder Aleixo, Gilberto Silva e Fred. “A intenção é que através do relacionamento com o torcedor, possamos investir cada vez mais na categoria de base, mostrando ao torcedor como esses recursos são aplicados. A gente entende que o América tem de persistir no caminho de revelar talentos. Investindo na categoria de base, traremos mais orgulho ao torcedor americano, que participará efetivamente da formação dos nossos craques”, explicou o superintendente geral, Alexandre Faria.

Além dos três clubes da capital, o Democrata de Sete Lagoas aderiu ao Movimento por um futebol melhor. Ainda no princípio de seu programa, o Jacaré tem 31 associados.

Repórter viajou a convite da organização