Mais de 52% dos atletas afirmaram que em 2016 tiveram pelo menos um mês de atraso em seus vencimentos.
O Profut trazia em seu texto bastante rigidez em relação aos atrasos salariais, prevendo que os clubes poderiam ser punidos com a perda de pontos, multas e até mesmo o rebaixamento.
Os gastos com folhas salariais também não poderiam ultrapassar os 80% do orçamento dos clubes e os direitos de imagem teriam o valor máximo de 40% do valor do salário. O atraso no pagamento da folha salarial é um dos maiores problemas do nosso futebol. E isso se torna mais grave, à medida que se sabe que em torno de 85% dos atletas recebem até R$ 1 mil reais por mês. Portanto, o planejamento é fundamental e isso passa por condições básicas como o conhecimento antecipado das receitas e despesas dos clubes.
Outro fator inibidor do endividamento dos clubes, além do que preconiza a Lei 13.155/15, que estabelece princípios e práticas de responsabilidade fiscal e financeira e de gestão transparente e democrática para entidades desportivas profissionais de futebol, deveria ser os regulamentos gerais e específicos das competições, começando pela CBF.
Mas infelizmente a CBF foi a primeira a promover articulação, no sentido de boicotar o efetivo funcionamento da referida lei, desse modo criando as precondições para a inviabilização de seu funcionamento.
Os especialistas em planejamento na área esportiva afirmam que a folha salarial dos clubes não deve ultrapassar o patamar de 50% dos seus orçamentos.
Há exemplos positivos no Brasil de clubes grandes, médios e pequenos que sempre arcam com seus compromissos. O mais emblemático deles é a Chapecoense, que nos últimos anos vem se mantendo na série A e disputando títulos, com uma das menores folhas salariais dentre os clubes da Série A.
Reparem no gráfico abaixo
Fonte: E. Victor - Formação: Direito, Gestão e Marketing Esportivo
Organização, (re)texto, edição: Benê Lima
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Benê Lima