Revisão e intertexto: Benê Lima
O futebol moderno está cada vez mais se tornando um campo fértil de trabalho para especialistas e estudiosos de diversas áreas. A ciência, de um modo geral, invade os gramados em um caminho sem volta, que segue para um outro processo: o aumento das comissões técnicas.
A figura de maior destaque continua sendo o treinador, personagem que responde pela atuação de seus comandados em campo. Mas o staff por trás do técnico está cada vez maior. Figuras como fisiologistas, fisioterapeutas e nutricionistas já são uma realidade dentro das delegações e têm a mesma importância (em alguns casos até mais) do que os auxiliares técnicos, preparadores físicos, médicos e outros.
Isso é apenas o reflexo da nova realidade do futebol, um esporte que cada vez mais começa a ser vencido fora de campo, durante a fase de preparação.
O exemplo do líder do Brasileirão
“Esse é um caminho sem volta. Hoje o futebol mundial está muito nivelado. Os jogadores estão mais disciplinados na parte tática, a preparação física é muito igual e o talento não tem a mesma liberdade para aparecer. Portanto se um clube consegue recuperar seus atletas lesionados mais rapidamente, ou consegue oferecer algum diferencial em outra área, isso pode ser determinante para conquistas dentro do campo”, explica Marco Aurélio Cunha, diretor do São Paulo.
O São Paulo, atual líder e virtual campeão do Campeonato Brasileiro, conta com cerca de 20 profissionais em sua comissão técnica. Além disso, o clube possui uma estrutura de trabalho de primeira linha.
Entre os profissionais “diferenciados” que o clube tricolor possui, pode-se destacar um analista de desempenho, ligado diretamente a preparação física. A sua função é fazer um trabalho mais individualizado com os atletas, para saber como está seu condicionamento e servir como base dos trabalhos físicos.
Outro diferencial do time tricolor, é que importantes membros da comissão estão ligados diretamente ao clube, como o auxiliar técnico Milton Cruz, que é contratado do São Paulo, indiferente do treinador que está no comando.
Podologia a serviço do futebol
O Cruzeiro é outro clube que demonstra preocupação com esse aspecto. O vice-líder do Campeonato Brasileiro conta com um moderno centro de recuperação de atletas e, entre os profissionais que trabalham no futebol, pode-se destacar um grupo de podólogas, que atende diretamente os jogadores.
Multidisciplinaridade e interdisciplinaridade
Mas não é só na quantidade que as comissões técnicas começam a mudar. Além de profissionais como pedagogos, psicólogos, assistentes sociais e tantos outros ganharem importância no cenário futebolístico, o modo de agir de toda a comissão também começa a ser repensado.
“É preciso que a equipe de trabalho seja reformulada e um novo organograma seja produzido, de modo que se possa organizar uma característica interdisciplinar entre os profissionais, sejam eles técnicos, preparadores, fisiologistas, nutricionistas, psicólogos, pedagogos, assistentes sociais e outros”, explicou o professor Alcides Scaglia, doutor em pedagogia do movimento pela Unicamp.
Conscientização
Independente de quantos membros existe em uma comissão técnica, quais as funções que eles exerçam, ou quais os métodos de comunicação entre eles, os atletas também precisam se adequar a nova realidade. Para o ex-jogador Raí, que sempre foi tido como um exemplo de dedicação física e tática no futebol, o espaço para os “craques boêmios” está diminuindo.
Atualização
“Com a inclusão cada vez maior de especialistas no futebol, os jogadores também vão precisar se atualizar. Aquele atleta talentoso, mas que não gosto de se dedicar aos treinos ou de cumprir funções táticas, não vai ter uma regularidade. No futebol atual, só o talento não basta. É preciso inteligência e dedicação”, finalizou Raí.
A figura de maior destaque continua sendo o treinador, personagem que responde pela atuação de seus comandados em campo. Mas o staff por trás do técnico está cada vez maior. Figuras como fisiologistas, fisioterapeutas e nutricionistas já são uma realidade dentro das delegações e têm a mesma importância (em alguns casos até mais) do que os auxiliares técnicos, preparadores físicos, médicos e outros.
Isso é apenas o reflexo da nova realidade do futebol, um esporte que cada vez mais começa a ser vencido fora de campo, durante a fase de preparação.
O exemplo do líder do Brasileirão
“Esse é um caminho sem volta. Hoje o futebol mundial está muito nivelado. Os jogadores estão mais disciplinados na parte tática, a preparação física é muito igual e o talento não tem a mesma liberdade para aparecer. Portanto se um clube consegue recuperar seus atletas lesionados mais rapidamente, ou consegue oferecer algum diferencial em outra área, isso pode ser determinante para conquistas dentro do campo”, explica Marco Aurélio Cunha, diretor do São Paulo.
O São Paulo, atual líder e virtual campeão do Campeonato Brasileiro, conta com cerca de 20 profissionais em sua comissão técnica. Além disso, o clube possui uma estrutura de trabalho de primeira linha.
Entre os profissionais “diferenciados” que o clube tricolor possui, pode-se destacar um analista de desempenho, ligado diretamente a preparação física. A sua função é fazer um trabalho mais individualizado com os atletas, para saber como está seu condicionamento e servir como base dos trabalhos físicos.
Outro diferencial do time tricolor, é que importantes membros da comissão estão ligados diretamente ao clube, como o auxiliar técnico Milton Cruz, que é contratado do São Paulo, indiferente do treinador que está no comando.
Podologia a serviço do futebol
O Cruzeiro é outro clube que demonstra preocupação com esse aspecto. O vice-líder do Campeonato Brasileiro conta com um moderno centro de recuperação de atletas e, entre os profissionais que trabalham no futebol, pode-se destacar um grupo de podólogas, que atende diretamente os jogadores.
Multidisciplinaridade e interdisciplinaridade
Mas não é só na quantidade que as comissões técnicas começam a mudar. Além de profissionais como pedagogos, psicólogos, assistentes sociais e tantos outros ganharem importância no cenário futebolístico, o modo de agir de toda a comissão também começa a ser repensado.
“É preciso que a equipe de trabalho seja reformulada e um novo organograma seja produzido, de modo que se possa organizar uma característica interdisciplinar entre os profissionais, sejam eles técnicos, preparadores, fisiologistas, nutricionistas, psicólogos, pedagogos, assistentes sociais e outros”, explicou o professor Alcides Scaglia, doutor em pedagogia do movimento pela Unicamp.
Conscientização
Independente de quantos membros existe em uma comissão técnica, quais as funções que eles exerçam, ou quais os métodos de comunicação entre eles, os atletas também precisam se adequar a nova realidade. Para o ex-jogador Raí, que sempre foi tido como um exemplo de dedicação física e tática no futebol, o espaço para os “craques boêmios” está diminuindo.
Atualização
“Com a inclusão cada vez maior de especialistas no futebol, os jogadores também vão precisar se atualizar. Aquele atleta talentoso, mas que não gosto de se dedicar aos treinos ou de cumprir funções táticas, não vai ter uma regularidade. No futebol atual, só o talento não basta. É preciso inteligência e dedicação”, finalizou Raí.
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Benê Lima