"O futebol cearense existe, e precisa ser reinventado.” (Benê Lima)
Opinião
A DEMOCRACIA PROFESSADAO exercício da recepção de idéias, acaba sendo uma ação na qual se estriba a verdadeira democracia
Há que se ter organização até para o aproveitamento das idéias. Se não for assim elas se dissiparão fugazmente, em nada resultando de proveito. Dentro deste diapasão, colocam-se as discussões e debates cujos objetivos sejam a expansão das idéias, juízos e conhecimento sobre o que fazer para atuarmos no processo de desenvolvimento do futebol cearense.
Para quem imagina que nada se faz para solevantar o nosso futebol, advertimos que somos, no Estado do Ceará, no orbe esportivo, a organização classista (Cronistas esportivos) que mais fala, repercute e promove o futebol em todo o planeta.
Apesar disto, reconhecemos que há lugar para se questionar a qualidade do trabalho ora realizado. Porém, não concordamos de modo algum com a generalidade de posições imbecilizantes em torno deste trabalho. Afinal, se de fato uns poucos cronistas carecem de uma melhor formação intelectual e moral, de outra parte, a maior parcela dos ouvintes também não detêm suficiente conhecimento, para produzir juízos de valor tão peremptórios – quando não eivados por componentes próximos do ‘xiitismo’ e do fascismo.
Enfim, se não somos uma casta – e na verdade não o somos -, não devemos ser vistos menos ainda como a escória. Na verdade, somos um reflexo da nossa sociedade. E, rigorosamente por isso, somos, a um só tempo, indutores e catalisadores dos diversos comportamentos dos chamados atores sociais – que somos todos nós.
Em nossas apreciações alusivas às participações de ouvintes-leitores-internautas-torcedores no meio radiofônico e multimeios, percebemos nitidamente uma meia dúzia deles – a quem por questão de ética preservaremos os seus nomes – deliberadamente envoltos por uma atitude persecutória das mais réprobas, na tentativa de transferirem para nós (Cronistas) o malogro de seus times; a incompetência e falta de profissionalismo dos dirigentes de seus clubes (até mesmo a falta de transparência); e, em casos extremos – é bom que se frise - só faltam responsabilizar-nos por certos ‘lances’ que representam um misto de licenciosidade e improbidade administrativa – algo que não raro é alvo de comentários no domínio esportivo.
A presente exposição bem serve igualmente ao propósito de valorização da classe dos Cronistas Esportivos do Estado do Ceará, que precisam atentar para a necessidade de mudanças, sejam intrínsecas sejam extrínsecas; sejam na concepção da programação sejam as conceituais e/ou paradigmáticas; sejam as de natureza da inter-relação entre agente-produtor e agente-receptor, sejam aquelas imanentemente integrantes do processo de Comunicação Social, tal qual a ética.
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EFEMÉRIDES
Programa de inter-colheita
Como convidado do programa Domingo Esportivo, na Verdinha 810AM, em um clima de descontração, mas não menos sério, tivemos a oportunidade de ver repercutidas algumas de nossas idéias em torno do futebol, mais especificamente no arrabalde do nosso estreito futebolzinho – o cearense. O acolhimento a mim dispensado pelos profissionais com os quais mantive contato foi algo digno do mais positivo registro. Especialmente Jurani Parente, Gualber Calado e Valdenir Santos, estes me dispensaram tratamento ‘Very Important Person’ (VIP). Tergiversação à parte, cumpriu-se mais um capítulo de um enredo que vem sendo cumprido com minudência pela parte da Crônica Esportiva que se escreve e se inscreve com iniciais maiúsculas. Em outros termos: a Crônica que pensa, repensa, critica construtivamente, sugere e até, pedagogicamente, instrui.
Freio de ‘arrasta’
A retórica do diretor de futebol do Tricolor do Pici, Edílson José, acaba de incluir um breque nas contratações. Compreensível. No entanto, nem o time, menos ainda o elenco do Leão, encontra-se em patamar sequer próximo da definição. O raciocínio é até certo ponto simples de elaborar. Se o elenco desta temporada foi incapaz de levar o Fortaleza ao G-4 do Brasileirão da Série-B, há, portanto, a convicção de que tanto o time quanto o elenco requerem reforços.
Não-gênio reconduzido
Eugênio pode não representar – e de fato não representa – a intelligentia do futebol. Contudo, é um dos lídimos representantes de uma nova geração de ‘cartolas’ com credencial de cearensidade. Desse modo, aprendiz de gestor esportivo, expressando um caráter populista caricato e carregando um estilo de salvador da pátria. Em regra, cerca-se de maus aconselhadores e ‘aspones jurássicos’ que, para fazermos justiça, até que ajudam... Mas, também atrapalham um bocado. Daí ser preciso que por ele (Rabelo, Eugênio) torçamos. E muito!
A retórica do diretor de futebol do Tricolor do Pici, Edílson José, acaba de incluir um breque nas contratações. Compreensível. No entanto, nem o time, menos ainda o elenco do Leão, encontra-se em patamar sequer próximo da definição. O raciocínio é até certo ponto simples de elaborar. Se o elenco desta temporada foi incapaz de levar o Fortaleza ao G-4 do Brasileirão da Série-B, há, portanto, a convicção de que tanto o time quanto o elenco requerem reforços.
Não-gênio reconduzido
Eugênio pode não representar – e de fato não representa – a intelligentia do futebol. Contudo, é um dos lídimos representantes de uma nova geração de ‘cartolas’ com credencial de cearensidade. Desse modo, aprendiz de gestor esportivo, expressando um caráter populista caricato e carregando um estilo de salvador da pátria. Em regra, cerca-se de maus aconselhadores e ‘aspones jurássicos’ que, para fazermos justiça, até que ajudam... Mas, também atrapalham um bocado. Daí ser preciso que por ele (Rabelo, Eugênio) torçamos. E muito!
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BREVES E SEMIBREVES ®
P-o-l-ê-m-i-c-a-s . . . Por: Benê Lima
Perjúrio. Faz parte da ‘dieta’ do rádio cearense. ‘Coxinhas’ é outra excrescência que se alastrou na orbe esportiva.
Educação. Comumente confundida com a arte de dissimular o que a pessoa é verdadeiramente. Até alguns dos vernizes utilizados para dar-lhe melhor aparência são de baixa qualidade.
Crítica. Em território cearense, é a maneira de desagradar os que se acham poderosos e a seus asseclas. É a reflexão desperdiçada, a consciência rejeitada, a inteligência ultrajada.
Desperdício. São os recursos que se gastam na tentativa de alienação do torcedor, quando mais lógico e fácil seria deixá-lo buscar esclarecimento.
União. Termo com que se quer enganar o torcedor, fazendo-o calar ante o desmando, a incompetência e a malversação. Negação dos pressupostos do regime democrático, em favor do pensamento único, eivado por um sectarismo aviltante e por um dogmatismo torpe.
Futebol. Não só isso, mas também é uma fábrica de loucos mais que momentâneos, que detém o poder de transformar pessoas inteligentes em verdadeiros idiotas.
Amor. No futebol e pelo clube, é o embuste de endeusar e idolatrar a quem tem patrimônio para torrar com o clube, para ver seu clube conquistar vitórias efêmeras a um custo exorbitante.
Preconceito. No futebol é o conceito antecipado acerca do que não se sabe, para firmar posição ‘a priori’ sobre o que não se entende nem ‘a posteriori’.
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