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"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

segunda-feira, outubro 07, 2013

Bom Senso F. C. apresenta dossiê, e CBF promete novo encontro

Paulo André, Cris, Dida, Seedorf e Juninho Pernambucano levam documento com cinco exigências ao presidente da entidade

 

Por Thales Soares /Rio de Janeiro

 

Depois de quase duas horas de reunião na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o Bom Senso F. C. entregou um dossiê com cinco exigências. O grupo representado por Paulo André, Cris, Dida, Juninho Pernambucano e Seedorf recebeu do presidente da entidade, José Maria Marín, e do vice, Marco Polo del Nero, a promessa de que o documento será estudado e um novo encontro deve acontecer em duas semanas.

 

As exigências são as seguintes: 30 dias de férias; um período de pré-temporada adequado; o máximo de sete jogos a cada 30 dias; a implantação do fair play financeiro em 2015; e atletas, treinadores e executivos devem fazer do conselho técnico das competições e entidades. Eles também pedem que as datas Fifa sejam respeitadas. Com isso, não haveria jogos de clubes nos mesmos dias da seleção brasileira. Hoje, isso é rotina. Além disso, destacam a diferença de público do Brasil para outros países com menos tradição como os Estados Unidos e até em relação à Segunda Divisão de Inglaterra e Alemanha.

 

- Entregamos este dossiê e eles ficaram de estudar. São cinco pontos em benefício do futebol brasileiro. Em duas semanas devemos ser convocados novamente para conversarmos e definirmos os objetivos e metas já para o ano que vem. A gente deixa a bola nos pés da CBF para que comecem a se posicionar e mostrem para todos essas atitudes. O movimento mostra saídas e soluções. É do interesse de todos que a gente melhore a qualidade do futebol apresentado no país. Temos visto eventos ruins e com algumas medidas podemos melhorar muito a curto e médio prazo essas condições. Torço para em duas semanas ter boas notícias - disse Paulo André, que falou em nome do grupo.

 

Bom senso fc (Foto: Thales Soares)

Juninho, Seedorf, Cris, Dida e Paulo André representam o Bom Senso F.C. na CBF (Foto: Thales Soares)

 

José Maria Marin aprovou o encontro com o grupo, mas deixou claro que algumas alterações não poderão ser feitas tão rapidamente.

 

- Gostei muito da reunião. Os jogadores se mostraram ponderados e com o entendimento de que algumas mudanças não podem ser feitas de um dia para o outro. O mais importante é que houve o consenso de que a CBF tem como maior objetivo fazer de tudo o que é possível em benefício do futebol brasileiro. Eles saíram daqui conscientes de que à CBF não cabe também uma decisão unilateral sobre os problemas abordados. O que torna necessária a discussão com todos os setores envolvidos, para que se chegue a uma solução que seja benéfica para o futebol brasileiro como um todo - disse Marin, ao site da CBF.

 

Marin ainda agregou que já vem tomando providências junto aos presidentes das federações estaduais:

 

- Estou conversando com os presidentes das federações e solicitando o adiamento do início dos Estaduais, para que se encontre uma solução que consiga conciliar as necessidade dos jogadores, na sua preparação na pré-temporada, e dos clubes.

 

O dossiê foi elaborado em conjunto pelo Bom Senso F. C., a Comissão de Atletas, a Universidade do Futebol, o Grupo Futebol do Futuro e o advogado João Henrique Chiminazzo. São 15 páginas com as cinco reivindicações, com argumentos que utilizam números e dados de competições e clubes brasileiros na atualidade comparados com os da Europa.

 

Há a preocupação, inclusive, de que o movimento não trate apenas dos principais clubes do país. O documento inclui o fato de que apenas 15,8% de 641 clubes entre primeira e quarta divisões estaduais possuem um calendário que os coloque em atividade o ano inteiro.

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Benê Lima