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"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

domingo, outubro 06, 2013

O segredo do crescimento do Real Madrid

Mesmo com contratações caras, o clube tem conseguido equilibrar suas finanças

 

Amir Somoggi 
São Paulo (SP)

 

Real e Amir SomoggiRecentemente, o Real Madrid chocou o mundo ao pagar por Gareth Bale, por 100 milhões de euros, o valor mais alto já gasto por um jogador. Na última semana, o presidente Florentino Perez disse que o valor é baixo graças ao modelo mercadológico do clube, fundamentado em grandes contratações.
 

Mesmo que seja um exagero chamar as contratações do Real Madrid de baratas, o clube até o momento tem conseguido equilibrar as finanças. O Real, no início do projeto dos galácticos em 2000/01, recebeu uma ajuda do governo de Madri, com a permissão da venda de seu antigo Centro de Treinamento.

 

Mas as últimas contratações, desde David Beckham, passando por Cristiano Ronaldo e agora Gareth Bale, estão fundamentadas num ambicioso modelo de expansão mundial da marca madrilena. O clube, no último exercício, gerou mais de 163 milhões de euros com marketing, o mesmo valor com os direitos de TV, 146 milhões com o estádio e 49 milhões em amistosos e prêmios da Uefa.

 

Assim, os merengues encerraram a temporada 2012/13 com receita total de 521 milhões de euros, contra 138 milhões de euros de 2000/01. É uma evolução de 283%, ou 12% em média ao ano. A folha salarial, no mesmo período, passou de 119 milhões de euros para 246 milhões, uma evolução de 107%.

 

No início da era dos galácticos, a folha salarial consumia 86% das receitas. Desde então caiu 47%. A dívida atual do Real é de cerca de 115 milhões de euros com bancos e de 80 milhões com clubes. As despesas financeiras no último exercício atingiram 11,3 milhões, e seu superávit foi de 48 milhões. Nos últimos seis anos, o superávit acumulado do Real Madrid foi de incríveis 234 milhões.

 

Assim, o clube mesmo gastando uma fortuna em contratações e salários, consegue manter um equilíbrio financeiro, graças à expansão de seu negócio. O desafio agora será manter esse ritmo, já que no último exercício, a alta foi de apenas 1,4%, a menor desde 1998/99.

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Benê Lima