Uma das discussões atuais do marketing é a oportunidade de ganhar algum dinheiro extra por meio do licenciamento da sua marca. O licenciamento é uma forma de desenvolvimento de mercado, produtos e diversificação. Antes de tudo, é uma bela estratégia de marketing para conseguir reconhecimento dos consumidores de forma rápida.
Além disso, o licenciamento traz diversas vantagens como a transferência dos valores da marca, menores investimentos na criação, diversificação do portfólio, entrada em novos segmentos, faturamento adicional, redução do tempo para chegar ao consumidor final, assim como esforços de comunicação.
Os resultados mostram que o processo de licenciamento de produtos é comum à maioria das empresas detentoras de marcas consolidadas no mercado.
O esporte é um mercado em expansão e ligado de forma intensa ao imaginário emotivo do consumidor, o que facilita a aceitação de novos produtos ou marcas.
No esporte, o licenciamento de produtos tem como objetivo atender à grande demanda de torcedores que buscam os mais variados produtos com as cores e marca do clube do coração. E essa constitui uma das maiores fontes de receita para os clubes.
Um clube tem uma torcida. Essa torcida quer usar uma camisa oficial para ir aos jogos. Assim, o clube licencia sua marca para que um fabricante de materiais esportivos produza e distribua as camisas. Em troca, o time recebe royalties sobre as vendas. E assim, temos um simples exemplo de licenciamento de produtos.
Existem várias formas de licenciamento, dentre elas: o clube licencia isoladamente sua marca, o clube em parceria com um atleta licencia as marcas em conjunto, o atleta licencia isoladamente com um parceiro comercial e por último o licenciamento de federações ou campeonatos.
Mas, qual é o limite para o uso da marca? Não tem limite. Alguns clubes ou instituições possuem mais de três mil itens na sua linha de produtos, que vão desde cachaça, vinho, biscoito, relógio, boné, roupas para cães, utensílios domésticos, caneta, caderno, mochilas, perfume, preservativo até os “tradicionais” artigos esportivos.
E no Brasil, o cenário não é diferente. O mercado de produtos licenciados gira mais de 5 bilhões por ano no país. Há uma tendência forte de crescimento das licenças esportivas, sobretudo às ligadas ao futebol e aos mega eventos de 2014 e 2016.
Mas, o Brasil ainda joga nas categorias de base quando falamos dessa estratégia. O país tem um potencial enorme e pode crescer muito com todas essas oportunidades.
O esporte move cerca de 1,9% do PIB. O número não é baixo, mas tem um grande potencial de crescimento, se comparado aos números de países como Estados Unidos e Inglaterra.
As instituições esportivas brasileiras precisam ter um planejamento de marketing bem elaborado, que lhes permitam conhecer seus clientes (torcedores ou simplesmente admiradores), o tamanho do mercado da marca que está ligado diretamente ao potencial comercial e não ao tamanho da torcida e por fim, quais os hábitos de compra dessas pessoas. Assim, podem estruturar ofertas para atender adequadamente e de forma lucrativa os clientes torcedores. Outros dois benefícios que podem ser identificados são: conhecimento do perfil dos possíveis parceiros e a criação de uma previsão de vendas, possibilitando avaliar a dimensão dos ganhos.
Esse é o começo de tudo. Sucesso e dinheiro não caem do céu. Tem que ter trabalho, planejamento, tempo e investimento.
O esporte tem uma linguagem universal. Fala com todo tipo de público. Esporte é mais do que competição. Esporte é estratégia. Esporte é entretenimento. Esporte é consumo. E por isso, é necessário explorar essa ferramenta de marketing de forma mais eficaz, estreitando relação entre o clube-torcedor, clube-parceiro ou parceiro-cliente. São eles que trazem retorno institucional e em vendas.
Por: Larissa Esteves Guerreiro – Apaixonada por Marketing e Futebol e vice-versa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por seu comentário.
Em breve ele será moderado.
Benê Lima