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Diretor-executivo do Bom Senso FC - Época/Divulgação |
O diretor-executivo do Bom Senso, Ricardo Borges, negou em nota que o movimento tenha acabado,conforme publicou o Painel FC no último sábado (9).
Borges diz que o grupo "segue seu trabalho pela modernização, transparência e democratização".
A nota oficial, assinada por Borges, ainda afirma que o Bom Senso assume atualmente uma função de "um centro de mobilização, produção e incidência em temas estratégicos para o futebol melhor para todos".
Na terça (12), o principal líder da mobilização que começou há três anos, o zagueiro Paulo André, se pronunciou em suas redes sociais e disse que o "novo Bom Senso" não tem razão de prosseguir.
"Aquele histórico Bom Senso de 2013, sentado no gramado, de braços cruzados, já não existe mais. Um outro, mais organizado, com pautas definidas e equipe de trabalho, funciona desde 2014, com menos holofotes e mais resultados práticos, como o Profut em 2015. Mas o segundo, sem a participação dos principais atletas do país, não faz nenhum sentido, não tem razão de prosseguir", afirmou o jogador do Atlético-PR.
SEM ATLETAS
Como mostrou o Painel, nenhum atleta falará mais em nome do movimento, que não mais fará críticas à CBF e aos cartolas. Tampouco cruzará os braços no início dos jogos, como chegou a fazer em novembro de 2013.
Conforme apurou a reportagem, o principal motivo para que Borges resista a fechar as portas e dar outro nome para esse novo momento é o fato de ter um cargo na APFUT (Autoridade Pública de Governança do Futebol).
O órgão foi criado ainda no governo da presidente Dilma Rousseff, hoje afastada, e serve para julgar e avaliar denúncias em relação a irregularidades cometidas por entidades que aderiram ao refinanciamento das dívidas, o Profut.
Ricardo Borges foi o indicado na época. O governo de Michel Temer prometeu manter as indicações. Apenas o presidente da APFUT tem cargo remunerado.
"A continuidade e reformulação do Bom Senso FC se deve ao desejo de muitos em colaborar por mudanças no futebol brasileiro. A manutenção de um movimento de tamanha legitimidade jamais se daria pelo apego indevido de uma pessoa a um cargo não-remunerado em um órgão ainda nem inaugurado", afirmou o diretor-executivo.
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Benê Lima