Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

quinta-feira, julho 14, 2016

A DEMAGOGIA POLÍTICA NO FUTEBOL FEMININO ÀS VÉSPERAS DE MAIS UMA BATALHA OLÍMPICA

Seleção em treinamento (Divulgação) 
O Brasil já conhece o seu grupo de jogadoras para mais uma missão em busca da tão sonhada medalha de ouro. Seleção convocada, nos irmanamos a todos os brasileiros que em verde e amarelo, estarão torcendo pelas nossas meninas. 
A discordância quanto aos critérios de convocação, programação de amistosos e modelo de gestão ficam em segundo plano, quando a nossa equipe entra nos gramados. Mas num ponto sensível, não podemos nos abster. Utilizar a DEMAGOGIA política para reescrever a história e ludibriar quem não acompanha o cotidiano da modalidade, não pode passar em branco.  
Quando a Seleção permanente foi criada, foram inúmeras as matérias destacando o objetivo de manter as nossas principais estrelas no Brasil, com boas condições de trabalho e salários de nove mil reais mensais. As nossas principais equipes foram desfalcadas, e lá partiram as atletas para o Rio de Janeiro. Com o passar dos meses, as atletas foram, sem muito alarde, se transferindo para o exterior, e jovens jogadoras eram integradas a tal equipe permanente. 
Na reta final de preparação, o Brasil descobriu que o grupo que vai as Olimpíadas atua em sua imensa maioria no exterior. Das 18 convocadas, 13 jogam espalhadas por Estados Unidos, Europa e Ásia. Apenas cinco atletas, estavam integradas com a equipe permanente financiada pela CBF. Ou seja, após milhões de reais gastos, a nossa Seleção chegará ao Rio na mesma condição de adversários que não possuíram uma equipe que se pretendeu e divulgou permanente. A craque Marta, como exemplo, não foi liberada pelo seu clube e ainda não treina com a nossa Seleção, enquanto a Austrália já está completa em Fortaleza, se preparando para os jogos no Rio. 
Para justificar o caso, bradaram no anúncio da lista que antes da Seleção permanente as atletas brasileiras não tinha mercado no exterior, e que esta seria uma conquista atual. 
Nas Olimpíadas de 2008, por exemplo, 8 das atletas convocadas estavam atuando no exterior, e sete das 10 remanescentes já tinham tido experiências ou convites de fora do País. E com garra e talento, repetindo os Jogos de Atlanta, conquistamos uma brilhante medalha de prata. Hora então de encarar a realidade, de que mais uma vez vamos aos Jogos com uma preparação inferior a de alguns dos nossos adversários, e de que será o talento, garra e comprometimento das nossas mulheres que buscará aparar as mazelas dentro dos gramados, em busca da tão sonhada medalha. 
Temos que destacar que nunca antes a CBF proporcionou tantos recursos para a nossa Seleção Feminina, e que cabe aos gestores do departamento a responsabilidade pela forma da aplicação destes investimento, que certamente poderemos discutir entre aplausos, caso as nossas meninas se superem, ou em fortes e embasadas cobranças, após as Olimpíadas.  
Dia 23, finalmente veremos em Fortaleza a nossa equipe completa, e o torcedor Cearense poderá com seu calor e entusiasmo repetir o que os pernambucanos fizeram pela Seleção masculina de 94, e carregar de amor e entusiasmo as baterias da nossa Seleção, rumo a tão sonhada medalha. 
Parabéns ao Presidente Mauro Carmelio Junior, ao Benê Lima, e a todos os desportistas que estão empenhados em lotar o Estádio Presidente Vargas. 
Encerro com uma dica para quem hoje se diz gestor da modalidade, de que o mesmo respeito dedicado à geração de prata que consolidou o Voleibol Masculino do Brasil, é devido às nossas guerreiras de Atenas e Pequim. Que a Juliana Cabral, ao lado de outras pioneiras como a Leda Elataf TreinamentoTania Maranhao Silva RibeiroRoseli de Belo e a Marisa Pires continuem opinando, cobrando e lutando pelas novas gerações, e que a demagogia política retorne em breve para aqueles que apreciam a arte dos legisladores, nas Câmaras de Vereadores ou Assembleias do País.
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Romeu Castro, por 
Vice-Presidente na empresa Federacao de Futebol de Mato Grosso do Sul, trabalhou como Diretor de Futebol Profissional na empresa Ministério do Esporte, trabalhou como Presidente na empresa MS SAAD Esporte Clube, trabalhou como Diretor de relações internacionais na empresa Sport Promotion Marketing Esportivo, estudou Ciências aplicadas na instituição de ensino National American University, Rapid City, SD, estudou Jornalismo na instituição de ensino Pontifícia Universidade Católica de Campinas, estudou Educação física na instituição de ensino Pontifícia Universidade Católica de Campinas  

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Benê Lima