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"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

sábado, dezembro 03, 2016

Estatuto do São Paulo que prevê salário para presidente será votado

Assembleia Geral de sócios aprova a elaboração de um novo Estatuto Social para o São Paulo
Assembleia Geral de sócios aprova a elaboração de um novo Estatuto Social para o São Paulo

EDUARDO RODRIGUES
DE SÃO PAULO

O São Paulo está a um passo de realizar uma de suas maiores modernizações da história. Pelo menos esse é o discurso dos possíveis candidatos à presidência do clube.

Após passar pela aprovação do conselho deliberativo por unanimidade, o novo estatuto, que rege uma nova política interna, passará por votação dos sócios neste sábado (3). A expectativa é que cerca de 3.000 pessoas compareçam entre 9h e 14h na área social do Morumbi.

"A aprovação dará mais forças ao São Paulo para se modernizar e profissionalizar. Isso é o mais importante para o momento", disse o atual presidente, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.

O dirigente é um dos principais entusiastas do projeto. O projeto, inclusive, foi iniciado ainda quando ele era presidente do conselho deliberativo.

O texto final contou com 68 propostas de associados e foram feitas 48 emendas. Ele extingue a reeleição para a presidência e determina mandato único de três anos. Também sugere a remuneração para o presidente, que pode chegar até R$ 26 mil.

"Vejo essa remuneração como uma ajuda de custo. Você vai estar cuidando de uma instituição que gira milhões de reais e além da responsabilidade, a proporção do dinheiro dada não é tão grande", afirmou Roberto Natel, ex-vice de Leco e possível concorrente na eleição de abril contra o seu antigo aliado.

Apesar de ver o documento de uma 'forma positiva' e com a certeza de que será aprovado com tranquilidade, Natel faz uma ponderação.

"Eu não acho o texto ideal, até porque tinha coisas que eu queria que entrasse e não entrou. Acho que o sócio deveria votar para presidente, por exemplo", afirmou.

Uma das emendas diz que haverá um "estudo de viabilidade para votação direta". No entanto, conselheiros acreditam que esse tema ainda vai durar anos de discussão. Os rivais paulistas Palmeiras e Corinthians já adotaram a medida, que foi tratada como um avanço na democracia dentro das instituições.

Já Ópice Blum, juiz, desembargador e oposicionista da atual presidência, revelou que o estatuto "parece bem razoável" e que o agradou. Porém, assim como Natel, faz críticas.

"Acho que o texto foi muito dirigido por algumas pessoas. Não houve uma democratização", ponderou Blum, que nega a candidatura, apesar de pessoas influentes da equipe tricolor afirmar que ele é um forte oposicionista na eleição e pode ter apoio de Abílio Diniz.

Caso tenha a maioria dos votos mais um, o estatuto entrará em vigor apenas em abril do próximo ano, quando uma nova eleição para presidente será realizada. Aquele que for empossado, cumprirá seu mandato até o final de 2020 em cumprimento ao novo estatuto.

VEJA PRINCIPAIS PONTOS DO ESTATUTO
REPRESENTAÇÃO DOS ASSOCIADOS

> Estudo de viabilidade para votação direta (Associados e Sócio Torcedor)
> Extingue a reeleição para o Presidente da Diretoria, e determina mandato único de 3 (três) anos
> Determina que o Vice-Presidente também seja eleito, como parte da chapa do Presidente
> Qualquer Associado que cumpra os requisitos pode se candidatar à vaga de Conselheiro Vitalício, não havendo mais necessidade de integrar alguma chapa

ADMINISTRATIVA

> Cria a Diretoria Executiva, formada por 3 (três) a 9 (nove) Diretores Executivos, profissionais, contratados no mercado, que tenham notório conhecimento em suas áreas de atuação, remunerados e com dedicação exclusiva ao clube.
> O Presidente Eleito poderá ser remunerado caso haja dedicação exclusiva ao exercício das suas funções. Sua remuneração deverá ser aprovada pelo Conselho de Administração, mas não será, em qualquer hipótese, superior a 70% (setenta por cento) do teto do funcionalismo público federal.

INSTITUCIONAL

> Proibição de uso dos nomes e símbolos do clube em campanhas pessoais
> Prevê a possibilidade de constituição de uma sociedade empresária para administrar o futebol do SPFC, após estudo de viabilidade e aprovação em Assembleia Geral
> Autoriza a criação de uniformes comemorativos, para uso em até 10 partidas por ano, com modelo previamente aprovado pelo Conselho Deliberativo

FISCALIZAÇÃO E CONTROLE

> Restrição de contratação de empresas de diretores ou parentes

TRANSIÇÃO

> Disposições transitórias: os mandatos atuais permanecem vigentes, sendo que excepcionalmente o presidente e vice eleitos empossados em abril de 2017 cumprirão seu mandato até o final de 2020 
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