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"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

sábado, dezembro 24, 2016

QUAL CLUBE ARRECADOU MAIS COM BILHETERIA NO BRASILEIRÃO?

por Felipe Barros e Felipe Diuana  

Mesmo com a oitava maior renda bruta, Atlético-MG teve a pior renda líquida e "pagou para jogar" o Brasileirão de 2016

Mesmo com a sétima maior renda bruta, Atlético-MG teve a pior renda líquida e "pagou para jogar" o Brasileirão de 2016 


Antes, um esclarecimento: a “renda bruta” de um jogo significa o montante total que uma partida de futebol arrecada, enquanto a “renda líquida” é a quantia descontando taxas e despesas. Em alguns casos, a renda líquida ainda é passível de alterações após o desconto de penhoras, acordos com as arenas ou entre os clubes. Portanto para essa análise, consideramos sempre a seção “líquido a receber” dos borderôs emitidos pela CBF (a exceção é a dupla Grêmio e Internacional, onde não há distinção entre “renda líquida” e “líquido a receber” nos boletins financeiros).



Os números do Palmeiras mostram a importância do Allianz Parque para o ressurgimento do clube: só com bilheteria, o Verdão arrecadou, de forma líquida, mais que o dobro do 2º colocado no ranking, o rival Corinthians. Para se ter uma ideia, nenhum patrocínio máster do futebol brasileiro paga mais que esse valor ao ano. Os dados do alviverde também deixam clara a importância do estádio próprio: percentualmente, o Palmeiras tem a menor diferença entre a arrecadação bruta e a líquida.

Outra característica curiosa é a relação entre o preço dos ingressos e as rendas líquidas. Três dos quatro líderes do ranking de receita com bilheteria possuem um valor de ingresso médio muito superior aos demais clubes: o Palmeiras cobra R$ 68 por um ingresso, enquanto ver uma partida de Flamengo e Corinthians custa, respectivamente, R$56 e R$ 53. O quarto colocado no quesito é o Santos, que cobra R$ 38 em média. Ou seja: no final das contas, o ingresso caro vem se mostrando uma forma válida de aumentar a arrecadação, por mais impopular que essa medida seja.

Campeão de arrecadação: Palmeiras obteve mais de R$ 31 milhões em 2016 apenas com bilheteria
Campeão de arrecadação: Palmeiras obteve mais de R$ 31 milhões em 2016 apenas com bilheteria


O principal destaque negativo é a renda líquida do Atlético-MG, o que levanta uma questão sobre os clubes de Belo Horizonte: os mineiros “perderam” quase tudo que arrecadaram com bilheteria nesse Brasileirão. Nem mesmo a 7ª maior renda bruta salvou o Galo de ter uma renda líquida negativa – a pior da competição –, enquanto Cruzeiro e América-MG perderam quase 90% de suas rendas brutas.

O ônus, porém, não é exclusivo dos mineiros. Na realidade, somente nove equipes conseguiram embolsar mais da metade da renda bruta divulgada nos borderôs. Clubes como Ponte Preta, Botafogo e Coritiba também viram mais de 90% de suas receitas com público fugirem pelo ralo.

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Benê Lima