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"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

sábado, dezembro 17, 2016

Grandes de São Paulo apostam em nova geração de treinadores

Robson Ventura/Folhapress
CAMPINAS, SP, 27.08.2016: PONTE PRETA-CORINTHIANS - O técnico Eduardo Baptista na partida entre Ponte Preta X Corinthians, no estádio Moisés Lucarelli em Campinas (SP), válida pelo Campeonato Brasileiro 2016. (Foto: Robson Ventura/Folhapress)
O técnico Eduardo Baptista na partida entre Ponte Preta X Corinthians, no estádio Moisés Lucarelli

Nem Mano Menezes, nem Muricy Ramalho ou Oswaldo de Oliveira. Em 2017, os torcedores dos principais clubes paulistas não vão ver no banco de reservas de seus times técnicos campeões ou de renome no futebol brasileiro e, sim, jovens apostas que estão em início de carreira.

A safra que conta com técnicos que se apresentam como estudiosos e adeptos à tecnologia tem em Rogério Ceni, 43, um novo nome. O ex-goleiro foi contratado pelo São Paulo para dirigir o time na temporada 2017.

Já o Palmeiras acertou com Eduardo Baptista, 46, para substituir Cuca, 53, que deixou o clube após o título do Brasileiro. O Corinthians tem como seu principal alvo Jair Ventura, 37, para a vaga de Oswaldo de Oliveira, 66, demitido na quinta (15).

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A exceção no banco de reservas dos grandes clubes será no Santos, em que Dorival Júnior, 54, ficará por mais uma temporada -está na equipe desde 2015.

Com Ceni e Baptista já confirmados, além de Dorival Júnior, a média de idade dos treinadores dos grandes de São Paulo será de 48 anos, a mais baixa dos últimos dez anos. Neste período, a menor média havia sido em 2010, com 48,5. Na oportunidade, os treinadores eram Mano Menezes (Corinthians), Dorival Júnior (Santos), Muricy Ramalho (Palmeiras) e Ricardo Gomes (São Paulo).
Nos últimos dez anos, Muricy Ramalho disputou oito paulistas por São Paulo, Santos e Palmeiras. O segundo treinador que mais apareceu no banco de reservas no período foi Tite em cinco temporadas pelo Corinthians.
NOVATOS

Dos novatos, Eduardo Baptista é quem tem mais tempo de carreira -completará três anos como treinador em fevereiro. Ele foi efetivado como técnico em 2014, quando assumiu o comando do Sport.

Depois de deixar a equipe pernambucana, trabalhou no Fluminense, clube no qual ficou menos de cinco meses. Na sequência, dirigiu a Ponte Preta. Ele é apontado por atletas com quem trabalhou como um técnico que valoriza a posse de bola e times que atuam de maneira compacta.

"É um treinador da nova geração, que gosta de estudar. Ele não costuma dar treinos longos, mas sim intensos, o que é feito hoje no futebol", disse o atacante Roger, que trabalhou com o treinador este ano na Ponte Preta -se transferiu para o Botafogo.

Já Rogério Ceni terá sua primeira experiência à beira do gramado. Após se aposentar no final da temporada 2015, o agora treinador tirou um ano sabático e fez cursos de níveis um e dois promovidos pela FA (sigla em inglês para Federação Inglesa de Futebol), além de se encontrar com treinadores europeus, como o italiano Claudio Ranieri, do Leicester, e o alemão Jürgen Klopp, do Liverpool. Ele também fez um estágio de uma semana com o argentino Jorge Sampaoli, técnico do Sevilla.

Os dois cursos em Londres credenciam Ceni a trabalhar apenas em "clubes amadores locais, de juniores ou seniores", de acordo com a 1st4sport, empresa responsável pela capacitação.

Greg Salibian/Folhapress
SÃO PAULO, SP, 10.12.2016: GOL-LETRA - O técnico do São Paulo Rogério Ceni durante o Campeonato Social Corporativo da Fundação Gol de Letra, no estádio do Morumbi em São Paulo. (Foto: Greg Salibian/Folhapress)
O técnico do São Paulo Rogério Ceni antes de partida comemorativa no estádio do Morumbi

Já Jair Ventura não fez especialização na Europa, mas procurou se aperfeiçoar com vários cursos no Brasil.

Filho do tricampeão mundial Jairzinho, o técnico decidiu se aposentar dos gramados aos 26 anos porque estava longe da "excelência de ser um jogador". Cursou educação física e esperou onze anos para assumir a função de treinador no Botafogo.

Ele pegou a equipe ameaçada pelo rebaixamento para a Série B do Brasileiro, conseguiu terminar na quinta colocação e, consequentemente, garantiu uma vaga na próxima edição da Libertadores. No período, obteve aproveitamento de 65%, superior ao desempenho do Santos, que foi vice-campeão.

Outro opção do Corinthians é Guto Ferreira, 51, que neste ano comandou a Chapecoense e o Bahia, onde conquistou o acesso para a Série A do Brasileiro.
O treinador de 51 anos nascido em Piracicaba, está na Alemanha, onde acompanha algumas partidas de futebol.

Nesta sexta (16), ele assistiu ao jogo entre Hoffenheim e Dortmund, pelo Alemão. 
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Benê Lima