Mercado brasileiro de clubes superou R$ 1,6 bilhão em 2007
A Casual Auditores Independentes, empresa de auditoria especializada em entidades desportivas, publicou na semana passada seu estudo anual sobre as finanças dos maiores clubes brasileiros em geração de receitas no exercício de 2007. O resultado apresentado pelos 21 clubes presentes no estudo demonstrou que as receitas geradas pelos grandes clubes brasileiros cresceram muito entre 2006 e 2007.
Os clubes analisados ampliaram suas receitas em 36% e atingiram uma receita consolidada de mais de R$ 1,3 bilhão em 2007, o que representou mais de R$ 350 milhões de recursos novos no mercado. Com esse resultado expressivo o mercado brasileiro de clubes de futebol, segundo projeções da Casual Auditores, passou de pouco mais de R$ 1,2 bilhão em 2006 para mais de R$ 1,6 bilhão em 2007. Pela primeira vez desde que a Casual Auditores analisa as finanças dos clubes, 4 clubes apresentaram receita anual superior a R$ 100 milhões.
Entretanto excluindo os recursos gerados com os atletas os clubes cresceram 18% no mesmo período e 40% desse montante foi representado pelas receitas não operacionais geradas pelo Juventude.
Os clubes ampliaram suas receitas graças ao grande acréscimo dos recursos gerados com as transferências de seus atletas, que apresentaram um crescimento de 101% de 2006 para 2007, fazendo com que essa receita voltasse a ser a principal fonte de financiamento da atividade dos clubes, como em 2005, ano até então em que os clubes mais geraram recursos com atletas.
Os clubes que mais recursos novos geraram no mercado em 2007 foram: São Paulo com R$ 67 milhões, Grêmio R$ 59,8 milhões, Juventude com R$ 51,9 milhões, Internacional com R$ 46,9 milhões e Corinthians com R$ 39,7 milhões. Fluminense, Santos, Atlético-PR e São Caetano foram os únicos clubes que apresentaram redução em suas receitas de 2006 para 2007.
O clube que apresentou a maior evolução percentual em suas receitas em 2007 foi o Juventude, com um crescimento de 511% nos recursos gerados, conseqüência direta de suas receitas não operacionais com a venda de seu CT, seguido do Grêmio com evolução de 121% graças a ampliação de suas receitas com a transferência de atletas, receitas com seus sócios e recursos gerados com bilheteria e o Náutico, com uma evolução de 106%, graças ao acesso do clube para a Série A, que acarretou em uma substancial melhora em seus recursos com as cotas de TV, além da melhora em suas receitas com seus sócios, bilheteria, patrocínios e transferências de seus atletas.
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Benê Lima