A Coluna do Benê Lima
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Opinião
LIBERDADE EM RISCO
No 29 de agosto p.p., o jornal Diário do Nordeste, publicou matéria daquelas que exigem certo fôlego de sua equipe. Estatísticas, números, nomes e material fotojornalístico consentâneos com as exigências de um bom composto jornalístico. O fotojornalista Kiko Silva teve sua sensibilidade e seu esforço compensados com a primeira página do jornal. Empunhando uma câmara de boa qualidade, munida com uma teleobjetiva adequada para aproximar e comprimir a imagem, além de dar força ao assunto principal pela reduzida profundidade de campo, Kiko pode expressar, através de um plano ligeiramente elevado, um amontoado de jogadores em ritmo de treino, em Porangabuçu.
Quanto ao seu conteúdo, a matéria nos pareceu crítica, porém, inteiramente verdadeira. E daí surge a pergunta:
LIBERDADE EM RISCO
No 29 de agosto p.p., o jornal Diário do Nordeste, publicou matéria daquelas que exigem certo fôlego de sua equipe. Estatísticas, números, nomes e material fotojornalístico consentâneos com as exigências de um bom composto jornalístico. O fotojornalista Kiko Silva teve sua sensibilidade e seu esforço compensados com a primeira página do jornal. Empunhando uma câmara de boa qualidade, munida com uma teleobjetiva adequada para aproximar e comprimir a imagem, além de dar força ao assunto principal pela reduzida profundidade de campo, Kiko pode expressar, através de um plano ligeiramente elevado, um amontoado de jogadores em ritmo de treino, em Porangabuçu.
Quanto ao seu conteúdo, a matéria nos pareceu crítica, porém, inteiramente verdadeira. E daí surge a pergunta:
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- Que mal ou o que de mau pode haver, intrinsecamente falando, numa matéria eminentemente jornalística?
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Do ponto de vista dos dirigentes alvinegros, então, a matéria veiculada no dia 5 deste mês, no mesmo DN, teria sido muito mais ofensiva para os dirigentes tricolores: “Sem reforços, Heriberto aposta em seus gritos”. Mesmo que consideremos apenas o título da matéria, ele, por si só, já revela a inoperância da diretoria do Fortaleza e admite que muito há por fazer para que o Tricolor se torne um time competitivo; também questiona a qualidade, onde não existe sequer quantidade. E aí: a reportagem do DN vai ser impedida de também ter acesso às dependências do Fortaleza Esporte Clube?
Na verdade, a atitude de tentativa do cerceamento da liberdade de expressão dos profissionais que fazem a cobertura dos clubes, revela o despreparo da maioria dos dirigentes, que nem entendem, e menos ainda respeitam a natureza do trabalho jornalístico à cargo desses profissionais.
A propósito, não é por mero acaso que dizemos: “Futebol que confunde crítica com perseguição, de fato não merece estar sequer na Segunda Divisão”.
EFEMÉRIDES
Cancela intransponível
Quanto mais apostamos na desafiadora quebra deste paradigma, mais nos decepcionamos pelo distanciamento entre a meta estabelecida e sua consecução. O time do Ceará já se mostrou mais próximo de sua primeira vitória fora de casa, ao contrário do que vimos diante do Brasiliense. O técnico Lula Pereira vive sob o problema do cobertor curto: protege a defesa, e desmobiliza o ataque; implementa o sistema ofensivo, e desguarnece o defensivo. Mas a verdadeira origem do problema está na limitação das opções do elenco alvinegro. E, às vezes, até mesmo na regra que limita o número de substituições. Ao jogar fora de seus domínios, há algumas ocasiões em que o time do povo reclama por quatro, cinco ou seis substituições, quando a regra só permite três. Vale ainda ressaltar que, nem sempre bastam atitude e coragem. Antes, é necessário reunir qualidade e competência.
Salvador da pátria
Heriberto da Cunha, técnico tricolor, tem sido guindado ao posto de ‘milagreiro’. Exagero a parte, certo é que o comandante-técnico do time do Fortaleza vê crescer sobre si
enorme responsabilidade. Afinal, quem, no Tricolor do Pici, está a altura dos conhecimentos de Heriberto? Sendo assim, a situação vivida por esse treinador quase que se repete, em se tratando de futebol cearense: de faz-tudo no Ceará, a faz-quase-tudo no Fortaleza. E tudo por incompetência dos dirigentes dos dois maiores clubes da nossa capital. Mas é bom que se diga: Heriberto não tem culpa por isso.
- Que mal ou o que de mau pode haver, intrinsecamente falando, numa matéria eminentemente jornalística?
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Do ponto de vista dos dirigentes alvinegros, então, a matéria veiculada no dia 5 deste mês, no mesmo DN, teria sido muito mais ofensiva para os dirigentes tricolores: “Sem reforços, Heriberto aposta em seus gritos”. Mesmo que consideremos apenas o título da matéria, ele, por si só, já revela a inoperância da diretoria do Fortaleza e admite que muito há por fazer para que o Tricolor se torne um time competitivo; também questiona a qualidade, onde não existe sequer quantidade. E aí: a reportagem do DN vai ser impedida de também ter acesso às dependências do Fortaleza Esporte Clube?
Na verdade, a atitude de tentativa do cerceamento da liberdade de expressão dos profissionais que fazem a cobertura dos clubes, revela o despreparo da maioria dos dirigentes, que nem entendem, e menos ainda respeitam a natureza do trabalho jornalístico à cargo desses profissionais.
A propósito, não é por mero acaso que dizemos: “Futebol que confunde crítica com perseguição, de fato não merece estar sequer na Segunda Divisão”.
EFEMÉRIDES
Cancela intransponível
Quanto mais apostamos na desafiadora quebra deste paradigma, mais nos decepcionamos pelo distanciamento entre a meta estabelecida e sua consecução. O time do Ceará já se mostrou mais próximo de sua primeira vitória fora de casa, ao contrário do que vimos diante do Brasiliense. O técnico Lula Pereira vive sob o problema do cobertor curto: protege a defesa, e desmobiliza o ataque; implementa o sistema ofensivo, e desguarnece o defensivo. Mas a verdadeira origem do problema está na limitação das opções do elenco alvinegro. E, às vezes, até mesmo na regra que limita o número de substituições. Ao jogar fora de seus domínios, há algumas ocasiões em que o time do povo reclama por quatro, cinco ou seis substituições, quando a regra só permite três. Vale ainda ressaltar que, nem sempre bastam atitude e coragem. Antes, é necessário reunir qualidade e competência.
Salvador da pátria
Heriberto da Cunha, técnico tricolor, tem sido guindado ao posto de ‘milagreiro’. Exagero a parte, certo é que o comandante-técnico do time do Fortaleza vê crescer sobre si
enorme responsabilidade. Afinal, quem, no Tricolor do Pici, está a altura dos conhecimentos de Heriberto? Sendo assim, a situação vivida por esse treinador quase que se repete, em se tratando de futebol cearense: de faz-tudo no Ceará, a faz-quase-tudo no Fortaleza. E tudo por incompetência dos dirigentes dos dois maiores clubes da nossa capital. Mas é bom que se diga: Heriberto não tem culpa por isso.
BREVES E SEMIBREVES
Verdinha
É inaceitável o mau momento gerencial por que passa a tradicional Rádio Verdes Mares AM810. Como reflexo de uma segmentação perniciosa no campo esportivo, a querida Verdinha cuida em desqualificar seu conteúdo, operando em situações que beiram o ridículo, através de sua equipe esportiva. Não que isso seja inédito em nossa radiofonia, que insiste em primar pela falta de qualidade, embora consideremos as exceções.
Deselegância
Júnior Marquezine conduziu-se de maneira deselegante, ao falar em público com maledicência sobre a saída do radialista Ricardo Silva, da Assessoria de Imprensa do Caucaia Esporte Clube. Na verdade, Ricardo já não tinha tempo para o desempenho da função, o que o fez nos indicar para o cargo.
Críticas
Aumentam o número de reclamações e comentários críticos acerca do desempenho da equipe esportiva da Rádio Metropolitana AM930. Entre outras coisas, fala-se de lavagem de roupa suja no ar, e de profissionais sem as mínimas condições para o desempenho da atividade radiofônica.
Dinheiro bom, gerenciamento ruim
Nada define melhor a visão de boa parte da torcida do Fortaleza sobre a Santana Textilis, que a frase acima. Para administrarmos tal conflito, direi que a bem-sucedida Santana de fato não tem como ponto forte a administração do futebol. Ela dispõe dos recursos monetários, compreende apenas parte do processo de gestão do futebol, e não domina nem a lógica nem as peculiaridades do meio esportivo. E isto é preocupante.
Sobre a Santana e ex-presidentes
A patrocinadora do Tricolor, numa visão caracteristicamente empresarial, certamente não avaliza as gestões de Jorge Mota, Ribamar Bezerra e, menos ainda, a de Marcello Desidério. Há quem diga que, além da queda da 1ª para a 2ª divisão brasileira, Ribamar e Desidério foram os responsáveis pela quebra da previsão de um bom caixa, que seria formado a partir de maiores verbas das arrecadações dos jogos, de patrocinadores e de direitos de tv.
Detalhe
É muito comum o Corinthians trabalhar em dois expedientes. Pela manhã, são realizadas as atividades físicas de maior volume; à tarde, treinos táticos. No entendimento dos atletas, o time sobra na 2ª etapa, o que acaba fazendo a diferença a favor dos corintianos.
Outro detalhe
O Corinthians espera arrecadar cerca de R$ 400 mil nos próximos quarenta dias, estampando em forma de mosaico, fotos de seus torcedores em suas camisetas. O título da idéia é “O Timão tem a sua cara”. E vale lembrar que a idéia não é inédita, mas deverá funcionar.
Benê Lima
benecomentarista@gmail.com
benelima@ymail.com
F. (85) 8898-5106
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