Código de ética
Pode um treinador decidir não comandar seu time num jogo para focar o trabalho do clube em outra competição? Não sei.
Pode esse mesmo treinador não viajar com o time para Buenos Aires e, em vez de assistir à partida em casa, decidir comentar o mesmo jogo na principal emissora de TV do país? Sinceramente, não!
Wanderlei Luxemburgo decidiu ser um “pseudo-comentarista” na partida de volta das quartas-de-final do Palmeiras na Copa Sul-Americana. No mesmo dia, ele já havia comandado um treino com os jogadores titulares que não foram para a Argentina e dado folga aos atletas para que curtissem o dia sem jogo.
Mas Luxemburgo não se conteve. E à noite foi à Globo falar sobre a atuação de seus jogadores e, ainda pior, falou até sobre a performance dos seus rivais na disputa pelo título nacional. No dia seguinte, a imprensa questionou o treinador, mas não perguntou o óbvio: “Você não acha que foi, no mínimo, indelicado o seu ato?”. Ao contrário, todos procuraram saber a opinião dos atletas sobre o novo “emprego” do chefe.
Está mais do que na hora de o futebol colocar em pauta a elaboração de um código de ética para controlar os mandos e desmandos que atingem as suas mais variadas esferas. O mesmo Luxemburgo que já fez uso do ponto eletrônico, em 2001, na campanha do título Paulista pelo Corinthians. Ou o mesmo Luxemburgo que mudou de nome e de idade para poder ser um jogador das categorias de base do Flamengo, ainda na época da juventude.
Como se sente a diretoria de um clube que vê seu funcionário indo a público comentar sobre a atuação do seu time num dia em que ele não foi trabalhar? Pelo visto, a cúpula palmeirense foi tão omissa quanto em muitos outros casos de excesso de poder que envolvem subordinados.
E, da mesma forma, o esporte como um todo não se mobilizou e, o que é pior, não ficou chocado, com a atitude tomada pelo treinador palmeirense. Daqui a pouco, em folga na rodada do final de semana, tem treinador falando sobre os seus adversários e como eles deveriam jogar na tela da TV.
Tudo em nome da audiência. Ou da vaidade.
O fato é que, se fosse em qualquer outro segmento, o caso seria para justa-causa. Tanto de quem foi a público expor-se e expor o time para o qual trabalha quanto daqueles que permitiram que algo assim acontecesse.
É mais do que passada a hora de discutir um manual de conduta e boas maneiras para treinadores, imprensa, atletas, cartolas e outros importantes players do mercado esportivo. Pelo bem do esporte como negócio.
Pode um treinador decidir não comandar seu time num jogo para focar o trabalho do clube em outra competição? Não sei.
Pode esse mesmo treinador não viajar com o time para Buenos Aires e, em vez de assistir à partida em casa, decidir comentar o mesmo jogo na principal emissora de TV do país? Sinceramente, não!
Wanderlei Luxemburgo decidiu ser um “pseudo-comentarista” na partida de volta das quartas-de-final do Palmeiras na Copa Sul-Americana. No mesmo dia, ele já havia comandado um treino com os jogadores titulares que não foram para a Argentina e dado folga aos atletas para que curtissem o dia sem jogo.
Mas Luxemburgo não se conteve. E à noite foi à Globo falar sobre a atuação de seus jogadores e, ainda pior, falou até sobre a performance dos seus rivais na disputa pelo título nacional. No dia seguinte, a imprensa questionou o treinador, mas não perguntou o óbvio: “Você não acha que foi, no mínimo, indelicado o seu ato?”. Ao contrário, todos procuraram saber a opinião dos atletas sobre o novo “emprego” do chefe.
Está mais do que na hora de o futebol colocar em pauta a elaboração de um código de ética para controlar os mandos e desmandos que atingem as suas mais variadas esferas. O mesmo Luxemburgo que já fez uso do ponto eletrônico, em 2001, na campanha do título Paulista pelo Corinthians. Ou o mesmo Luxemburgo que mudou de nome e de idade para poder ser um jogador das categorias de base do Flamengo, ainda na época da juventude.
Como se sente a diretoria de um clube que vê seu funcionário indo a público comentar sobre a atuação do seu time num dia em que ele não foi trabalhar? Pelo visto, a cúpula palmeirense foi tão omissa quanto em muitos outros casos de excesso de poder que envolvem subordinados.
E, da mesma forma, o esporte como um todo não se mobilizou e, o que é pior, não ficou chocado, com a atitude tomada pelo treinador palmeirense. Daqui a pouco, em folga na rodada do final de semana, tem treinador falando sobre os seus adversários e como eles deveriam jogar na tela da TV.
Tudo em nome da audiência. Ou da vaidade.
O fato é que, se fosse em qualquer outro segmento, o caso seria para justa-causa. Tanto de quem foi a público expor-se e expor o time para o qual trabalha quanto daqueles que permitiram que algo assim acontecesse.
É mais do que passada a hora de discutir um manual de conduta e boas maneiras para treinadores, imprensa, atletas, cartolas e outros importantes players do mercado esportivo. Pelo bem do esporte como negócio.
Erich Beting
Editor executivo do site Máquina do Esporte e apresentador e
Editor executivo do site Máquina do Esporte e apresentador e
comentarista do canal de TV BandSports
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Benê Lima