Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

sexta-feira, novembro 07, 2008

A Coluna do Benê Lima

COM PÉ E CABEÇA – ANO IV – Nº133


”O futebol cearense existe, mas precisa ser reinventado para continuar existindo.” (Benê Lima)

Opinião
O SOBE E DESCE DA GANGORRA DO MAU GERENCIAMENTO

A gerência das nossas entidades de prática desportiva sofre, quase que invariavelmente, dos males da incompetência e da descontinuidade.

A realidade dos nossos clubes nanicos tem-nos mostrado um roteiro comum, onde grassam boa dose de incompetência, e um prejudicial processo de descontinuidade administrativa. A estabilidade é fundamento de rara presença na vida das nossas agremiações esportivas, situação que potencializa o surgimento de crises e mais crises.

Vê-se com extrema facilidade que a falta de ‘anticorpos’ a que estão sujeitos tanto o Ceará quanto o Fortaleza, faz com que ambos alternem-se em suas crises de gerenciamento. Ora um ora outro lidera o ranking das crises. As variáveis são apenas a natureza e o tamanho da ‘crisiopatia’.

Temos feito registro do aspecto dinâmico da administração do futebol, apontando os exemplos eloqüentes de Ceará e de Fortaleza. Desse ponto de vista, o Fortaleza é o Ceará de ontem; já o Ceará de hoje, em termos repete o bom exemplo do Fortaleza de ontem. E assim caminham nossos dois principais clubes, que pouco passam de meros times de futebol.

Mas não é justo, neste instante, colocarmos os dois no mesmo patamar. O Fortaleza há muito não tem um ano tão negro do prisma do seu gerenciamento. O Ceará tem muito tempo que não via os notáveis efeitos do capital intelectual. Como exemplo destes efeitos, produz um Demonstrativo Financeiro relativo ao mês de outubro p.p., em que ostenta um saldo positivo, proveniente de um total de despesas de R$629.574,60, contra uma receita de R$636.686,34. Como se não bastasse a ‘boa nova’, ressalte-se a transparência com que as contas do clube têm sido tratadas.

O Fortaleza, por sua vez, enveredou numa maré revolta e de ondas encrespadas, vítima da desídia de uma gestão que se caracterizou pela incompetência e certa irresponsabilidade – falamos da gestão de Marcello Desidério. Some-se a isto a relação interdita com seu patrocinador-master, além da omissão de seus associados e de seu Conselho Deliberativo.

Chega a vez da Crônica Esportiva, que tem tido papel preponderante para a perenização dessas crises. Afinal, do que tem valido aos nossos clubes essa crônica esconder problemas e ‘blindar’ cartolas? Que contribuição podemos dar ao nosso futebol com tamanho cinismo? Certamente, nenhuma contribuição tem sido dada.

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EFEMÉRIDES

Em campo

Fora das quatro linhas, o Alvinegro de Porangabuçu tem um ano a comemorar. Afinal, a finitude humana nos estimula a sorvermos as conquistas – desde as minúsculas – a largos goles. Para quem não vê (ou não quer ver) as diferenças entre o que se fez no Ceará e o que se desfez no Fortaleza, fica o convite à reflexão.

Sofisma

Culparmos Heriberto da Cunha e Lula Pereira pelo que Fortaleza e Ceará não realizaram, representa transferirmos responsabilidade dos menores para os maiores culpados. Ou seja: os dirigentes são os maiores culpados. Sem dúvida que os do Fortaleza, notadamente os da gestão anterior à que aí está, são, disparadamente, os grandes 'vilões' do ano.

Em primeira mão
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Para quem imaginava uma sucessão tranqüila ou uma oposição inconsistente gravitando em torno da FCF, eis que temos notícia de que uma dupla competente e boa de política se mobiliza para concorrer ao pleito de 2009. Trata-se do prefeito de Horizonte, Chico César, como presidente, ladeado e assessorado por Walmir Araújo como Vice. Se os dois - Walmir e Chico - mantiverem suas posições, teremos boas perspectivas para a próxima eleição da mentora.
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BREVES E SEMIBREVES ®

Sobre o Cearense de 2009

Inovação. Regulamento do Campeonato Cearense de 2009, no que concerne ao descenso e ao acesso, estabelece que apenas um clube será rebaixado, enquanto outros três, os primeiros colocados da 2ª divisão, ascenderão à 1ª divisão profissional.

Duração. O Campeonato Cearense de 2009 terá início em 10 de janeiro e término previsto para 03 de maio, com a participação de Icasa, Boa Viagem, Ceará, Ferroviário, Fortaleza, Horizonte, Guarany de Sobral, Itapipoca, Maranguape e Quixadá.

Nacionais e estrangeiros. Só atletas profissionais é que poderão participar do Cearense/2009. Entre eles, poderão constar atletas estrangeiros, ficando estipulado o limite de dois deles entre os dezoito relacionados na súmula de cada partida.

Forma de disputa. Tecnicamente é a mesma deste ano. Três fases, sendo uma fase classificatória e duas fases eliminatórias (semifinais e final). Detalhe: nos finais dos turnos e na final do campeonato, caso estejam Fortaleza e/ou Ceará, os jogos serão realizados em estádios com capacidade mínima para dez mil torcedores pagantes, o que difere de dez mil pessoas.

Representantes. Na Copa do Brasil de 2010, representarão nosso Estado os clubes vencedores de cada um dos dois turnos. Caso um mesmo clube vença os dois turnos, a segunda vaga será definida pelo índice técnico.

Estádios. Dentre os estádios considerados aptos, embora ainda sujeitos a vistoria, estão: Castelão, PV, Elzir Cabral, Antônio Cruz, Alcides Santos, Carlos de Alencar Pinto, Perilo Teixeira, Abilhão, Romeirão, Moraizão, Clenilsão, Serjão, Junco, e as novidades, Domingão e Raimundo de Oliveira, em Caucaia.

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Benê Lima
benecomentarista@gmail.com

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Benê Lima