Os jogadores têm sido educados para convencerem-se de que ganhar um campeonato é a única forma de resolver todos os seus problemas. Vencer não significa ser o melhorMarcelo Ducart / Universidade do Futebol"Um sistema para existir tem a necessidade de se criar vítimas" (Enrique Dussel)
A condição humana é uma trama que se discorre entre as tensões do prazer e do dever. A encruzilhada atual plantada entre o jogar e o pensar vai desenhando a paisagem subjetiva da motricidade desportiva.
Quando se planta a dita luta dialética entre a sensibilidade hedônica e a racionalidade instrumental, não podemos esquecer certamente das contribuições das dezenas de pensadores que abordaram de forma extensa a temática, especialmente desde a Filosofia¹.
Ao começar este caminho hermenêutico, aponto que a relação intrínseca existente entre a evolução da linguagem, as formas que se adquire a racionalidade na história (Cfr. Popper e Eccles, 1980; San Martin, 1997) associada estreitamente com a evolução da motricidade humana. Cada pequena mudança na posição ou movimento do nosso corpo, não só traz consigo toda uma semiótica não verbal, como que também contribui pouco a pouco com as estruturas anatômicas responsáveis pelo surgimento da fala e da inteligência, possibilitando o seu desenvolvimento.
Embora tenha se insistido muito que o movimento corporal é um pensamento de ato feito (García, 1991), o casamento entre movimento e pensamento nem sempre gozou de boa convivência.
As repetições rotineiras silenciosas de padrões de movimento, jogadas pré-fabricadas e outras estratégias pedagógicas usadas sem medida para causar reativamente a automação motriz, não deixam dúvidas a respeito. E, neste sentido, não significa descartar a importância do legado de Ivan Pavlov, mas a sua absolutização hierárquica.
Na mecanização da resposta a partir da quantificação do estímulo, o objetivo é não pensar, mas liberar o pensamento para atuar na base de um catálogo pré-definido de condutas tipificadas em busca de uma maior eficiência motriz.
De fato, o que tem gerado o futebol e o esporte em geral, tornou-se para muitos, em um equipamento não crítico que deixa muito pouco espaço para a criatividade e originalidade do jogo.
Neste sentido, poderia se postular a hipótese paradoxal da relação inversamente proporcional entre a criação do jogo e sua sistematização racional. Parece que a medida que se deixa o jogo aberto a sua singularidade, espontaneidade e imprevisibilidade, decai a possibilidade de análise preditiva. E, ao contrário, à medida que se avança na sistematização das estruturas táticas e técnicas, a originalidade perde sua capacidade de inovação.
No entanto, entendo que muitas equipes, treinadores e dirigentes esportivos não compreendem o paradoxo. A visibilidade não é somente distorcida pelo medo de perder a legitimidade em seus cargos, mas especialmente por não estar à altura de comunicar a sensação de segurança e domínio das variáveis preditivas a partir de discursos dogmáticos focados na estatística.
O sistema futebolístico atual tem a necessidade de comunicar uma certeza que vai além dos resultados aletaórios do azar. São muitas as pessoas que apostam em não perder seus lucros em busca de uma quimera lúdica. Os verdadeiros donos dos jogadores citados, treinadores e clubes, investem demasiadamente dinheiro para deixá-lo à mercê da imprevisibilidade do jogo. Necessitam algo mais do que bons prognósticos. Precisam de explicações baseadas em certezas lógicas, argumentos coerentes que dão conta de uma causalidade determinista que levem confiança a seus investidores.
Mas, os jogadores e os resultados de uma partida não se ajustam necessariamente às regras financeiras nem aos algoritmos da especulação do mercado de capitais. Isso resulta que, à medida que um sistema se torna bem sucedido, começa inevitavelmente o seu próprio fracasso. Como disse Sartre, o sucesso marca o início do falta de liberdade.
Entre a expansão racional e a implosão de criatividade
Nem sempre a inteligência de um sujeito vem acompanhada de criatividade e volume de jogo. A criatividade não está condicionada ao talento especial inato dos gênios ou ao exercício de técnicas e procedimentos de estimulação de pensamento divergente. Não está tanto na espetacularidade ou novidade de algo nem na mera produtividade de novas modas. Em tudo isso, podemos facilmente confundir o novo com o velho, o original com o bizarro, a criatividade com o esnobismo.
A criatividade deve localizar melhor a auto-expressão da liberdade. Aparece como fonte e origem em vez de como um produto de ações humanas. É uma atitude interior, mais do que uma produção material.
Uma atitude que certamente decai ante a especialização rotineira do jogo, convertendo em mero exercício tático. Quando observo alguns jogadores em campo, imagino suas mentes como minha caixa de emails. Eles parecem uma caixa de correios quando não se abre durante vários dias. Há tantos dados acumulados e sem processar que se produz uma espécie de bloqueio por excesso de informação. Isso mesmo passa em uma partida quando os jogadores não podem liberar-se das cargas de informações que pesam sobre suas decisões nem eleger as melhores respostas perante os problemas que se planta no jogo.
Um estado de overdose de informação e de excitação que fazem "verificar" a busca precisamente no momento de maior requerimento de energia. O stress excessivo produzido por essa superestimulação gera uma menor atenção inclusive pela confusão neuromotora, não lhe permitindo a psique metabolizar em tempo real os dados de percepção. E a pressão pela eficiência do jogo, entendida em termos de eficácia racional ou ajuste a um modelo pré-determinado, faz que a estrutura tática do jogo se desmotive.
Tanto o excesso quanto a carência impossibilitam a criação de sentido, reduzindo aspectos imaginativos e padronizando a fantasia, tanto subjetiva como coletiva. Nestes casos, um tem a sensação de que não basta gritar, ser autoritário ou ameaçar o jogador que não está à altura do sistema escolhido. A solução parece ser mais completa. O que faz falta é criar estrutura, situações que permitam aos jogadores aprender a fazer aquilo que não fazem durante os treinos, ou seja, concentrar-se no "desejo de aprender a aprender".
No entanto, para poder gerar quadros positivos de estimulação criativa, temos de ter resolvido o problema do tempo. Sim, o grande problema hoje em dia é a temporalidade. Estamos na sociedade do imediato, a sociedade do "eu quero tudo de uma vez e agora". Parece um progresso relacionado a toda uma série de coisas antigas, mas é também a origem de dificuldades que têm como primeira causa o imediatismo, um fato que não favorece a reflexão, a elaboração de um pensamento complexo, nem tampouco o desejo lúdico e a criatividade do jogo.
Sempre será necessário voltar a descobrir que, às vezes, o tempo e a cadência das experiências constituem uma maior necessidade que a racionalidade com que se dizem as coisas. Um bom treinador deve ser capaz de articular a exigência temporal com o sentimento de orgulho coletivo e pessoal. Porém, para que cada um dê o melhor de si mesmo e possa estar orgulhoso do que dá, necessita-se de uma exigência constante que não supere os ritmos temporais de aprendizado.
Muitas vezes, os jogadores com dificuldades são aqueles que nunca se sentem orgulhosos de seus jogos. Diz-se que um jogador fracassa porque não está motivado. Mas, talvez, seja o contrário. Os jogadores não estão motivados porque fracassam em seu sentimento de pertencer ao jogo. Quando um jogador está orgulhoso com o que tem feito, quando se consegue um pretexto para fazê-lo se sentir orgulhoso, então ele se sente motivado. A humilhação desmotiva, enquanto o orgulho motiva. Se formos capazes de fazer os alunos se sentirem orgulhosos, estarão motivados e toda motivação se converte no impulso privilegiado para estimular respostas criativas ante os problemas sem saída.
Em muitas partidas, observa-se a fisionomia dos jogadores que carregam suas mochilas de jogo como reféns de seu passado recente. Eles têm sido educados para convencerem-se de que ganhar um torneio é a única forma de resolver os problemas.
Vencer não significa ser melhor, como também ser eliminado nas quartas de final não significa ser o pior. Isso significa que se pode resolver antes que o adversário; o enigma colocado pelo jogo. E o enigma não tem a ver somente com um problema de configuração com o desenho tático, nem com desempenho, nem com condições psicomotoras individuais, mas também com o modo de liberar as energias criativas no momento e espaço indicado. Vimos um exemplo disto na Copa América 2011, disputado na Argentina, onde nem Mano Menezes nem Sergio Batista puderam liberar-se das encruzilhadas que plantaram nesses sistemas fechados de jogo.
É necessário voltar a promover ainda mais o esporte de alto nível, o jogo. Sim, assim como se sonha. Neste momento, não somente jogam autenticamente as crianças nem tampouco jogam os adultos. O nível de exigência é tal que impõe a situação atual, que há pouca capacidade e tempo para criar e, paradoxalmente, a única perspectiva que se vê para o futuro é a de produzir indivíduos com mentes criativas. Impõe-se sobre os jogadores uma extraordinária carga de conhecimentos, tecnologias científicas colocadas a serviço do esporte, porque, na realidade, tem-se medo de não estar à altura das expectativas sociais dos patrocinadores ou da opinião pública.
No entanto, os conhecimentos mudam com tal velocidade que o único que se pode fazer é produzir indivíduos capazes de aprender e não capazes de repetir jogadas ou posições em campo. No futebol, você tem de reinventar o jogo, apesar de parecer uma contradição, porque a essência da nossa história do futebol, aquilo que nos diferencia da máquina rotineira moderna, aquilo que permite um mestre de xadrez superar um computador mais rápido, é sua capacidade de excentricidade, de inovação, de imprevisibilidade, da leitura rápida do adversário, e em definitivo, a criatividade.
No futebol, como na vida cotidiana, não importa tanto o que os outros fazem conosco, e sim o que nós podemos produzir com o que fazem os outros de nós. E, neste sentido, obtêm-se melhores resultados aquelas equipes que conseguem desarticular primeiro o enigma desde ao qual se articula coletivamente o núcleo tático do adversário a partir de como se gera a criatividade de jogo.
E na vida corriqueira vêm, primeiramente, os problemas e depois as intenções de solução. Um feito que nem sempre se observa no sequenciamento esportivo nem pedagógico. Em muitos treinos táticos, altera-se e inverte-se o processo pedagógico, apresentando primeiro as respostas aos problemas do jogo. É preciso aceitar o desafio de tropeçar e cair. Porque o erro é o melhor motor do aprendizado. Saber não é somente acumular a fórmula de conhecimentos de possíveis situações, mas poder resolver os problemas que surgem em um tempo exíguo e por determinadas pressões contextuais.
Para avançar no conhecimento, há de ser capaz de converter os dados do jogo em problemas de jogo. Quando não se é capaz de problematizar o jogo, não há problemas que resolver e, portanto, não há a necessidade de modificar os esquemas de pensamento. A qualidade para se criar novos problemas e questões que coloquem em crise as respostas tradicionais é decisiva a hora de estimular criativamente soluções inovadoras.
Sentido da crise e do jogo democrático
A crise do futebol é apenas uma peça a mais da crise cultural e do conhecimento global. É a crise do paradigma de conhecimento centrado no dogma da simplicidade das respostas a outro mais propenso a incorporar a complexidade. Colocar em crise os fundamentos do esporte é uma aposta epistemológica muito interessante de intervenção (Fensterseifer, 2001). Porque o bom da crise é que, ao problematizar os sentidos dominantes desde os quais se legitima a atividade, aflora a certeza de que os estados de convulsão revolucionariam ir de mãos dadas com os períodos democráticos.
Se assim for, a crise do futebol, a crise dos sistemas táticos do jogo, a crise dos grandes times, que perdem referencialidade histórica, faria não somente questões esportivas ou antropológicas, mas especialmente as éticas e políticas. Porque nunca há crises nas sociedades totalitárias. A crise é o contrário do vazio que colocamos no coração da mesma sociedade. A democracia afirma que o lugar do poder está intrinsecamente vazio, nada em si está habilitado a ocupar esse lugar de poder, nem o intelectual, nem o homem providencial: o lugar do poder está vazio e deve permanecer assim, somente pode ser ocupado "provisoriamente" por homens que aceitem ser os mandantes daqueles que confiam temporariamente no dito poder. É como aceitar viver o preço da incerteza democrática.
Desde quando as razões esportivas começam a ativar as molas democráticas na tomada de decisões, se começa a perceber ao mesmo tempo, que não há poderes absolutos em si mesmo e que são os homens que querem assumir o dito poder. Então, não se pode impor uma direção única, uma trajetória que seja a mesma para todos, em todos os lugares e em diferentes tempos históricos.
Em contrapartida, a ditadura da mídia, sustentada pelo poder absoluto do mercado, exacerba a infantilidade nos mecanismos da tomada de decisão. A publicidade em todos os seus níveis reduz ao indivíduo a condição de mero consumidor, que é aquele que está em estado de regressão infantil como próprio ritual de lucro. Porque na sociedade de consumo, o motor da economia é o escoramento virtual do capricho. Ou como expressam alguns psicanalistas, o impulso da compra. A tensão se expande à medida que a cultura diz a cada ser humano: "seus desejos são uma ordem". E em outros cenários, o educador terá de lembrar dos limites de seu narcisismo.
Além dos imperativos categóricos, o esporte como jogo democrático, inaugura um espaço privilegiado para aprender a superar os caprichos pessoais. O combustível social não pode ser sempre o impulso imediato da satisfação onipotente de todos os nossos desejos. Já que o desejo nem sempre faz a lei nem coincide com ela. É difícil e doloroso sair da onipotência, sobretudo, quando se vive em um mundo de aparências que nos convida a ela todo o tempo.
Se entendermos com Hannah Arendt, que o ser humano é um "ser para o nascimento", um começo permanente e contínuo para superar a nostalgia de uma felicidade solitária e pré-natal, tenderemos a admitir que os duelos da satisfação egoísta de todos os nossos desejos e instintos não terminam nunca; e neste ponto nascemos e renascemos a cada momento até o momento final, que é a de nossa morte.
O nascimento no jogo, que poderia muito bem ser a descoberta de um papel reconhecido coletivamente em uma equipe, na realidade, é o surgimento de um sujeito capaz de dotar-se de projetos e, portanto, projetar-se no futuro de fazer escolhas, de tomar decisões, de deixar de lado e darem-se prioridades; e a prioridade, é claro, é sair daquilo que os psicólogos chamam de egocentrismo inicial, o do "rei criança".
Amadurecer no jogo é aceitar que o mundo existe fora de nós, que somos onipotentes, que o mundo nos oferece resistência e que não depende da nossa própria vontade, que devemos renunciar a interpretá-lo totalmente desde nossos parâmetros reduzidos e saber ter o tempo para examinar as consequências dos atos. Isto é um aprendizado muito difícil para todo jogador e treinador esportivo; a aprendizagem de alteridade. A aprendizagem do rosto do outro, como disse Emmanuel Lévinas, aparece em forma progressiva, como uma interpelação obrigatória e misteriosa porque jamais se sabe quem é o outro e sua consciência se escapa radicalmente.
Formar um jogador democraticamente é ajudá-lo a atenuar seu narcisismo, para refletir sobre o que poderia ser o bem comum e o interesse coletivo da equipe. E, nesta direção, Rivero (2009) traz ao jogo como uma ação coletiva de superação individualista. Tendo em conta tudo o que foi dito, a formação esportiva tem a ver não somente com o técnico, a metodologia ou outros aspectos da competência. Mas, também com a ética e a política. A política é fazer nascer a sociedade democrática dentro de uma equipe.
Uma equipe de futebol não é uma comunidade. Em uma comunidade, vivemos juntos porque compartilhamos o mesmo passado, os mesmos gostos, as mesmas escolhas. Uma sociedade desportiva é um conjunto de comunidades que aceita que existem leis que transcendam a sua pertinência comunitária, sua temporalidade e espacialidade de seus interesses.
Para se concluir. Obstáculos que tornam-se oportunidades
"Para o que a lagarta chama de fim do mundo, o resto do mundo chama de borboleta" (Bach)
Devemos voltar a reintroduzir o jogo criativo, mas além da racionalidade técnica dominante e das rachaduras agonísticas atuais. A situação é que os acontecimentos recentes do espetáculo desportivo atual foram engolindo uma enorme quantidade de inteligência lúdica dispersada que, neste momento, não encontra um canal para repensar a situação. É como a queda das utopias fortes dentro do futebol tivesse deixado muitos intelectuais do esporte desprovidos da capacidade para pensar novas opções, superando um mundo complexo.
Tanto um treinador quanto um jogador, ou até um dirigente, devem saber que, apesar de os resultados terem se configurado como a única realidade, na verdade, são uma realidade entre outras tantas possíveis. Lembrar a realidade é descobrir que "não há memória sem conflito", é dizer que, a cada memória desportiva ativada, há outras reprimidas, desativadas, emudecidas; por cada memória legitimada, há uma grande quantidade de memórias excluídas (Martín-Barbero, 1998). Um intelectual do esporte atual deve ser capaz de pensar muito além do que os relatos de fãs e jornalistas de plantão podem pensar.
A profissionalização radical tem feito muitos técnicos saber nada além do futebol, e sem saber nada além do futebol não se sabe nada de futebol nem da vida em geral, como diz tão sabiamente Manuel Sergio. Sob este cenário, não se alcança a pensar nada além do que é imediato. O dogmatismo de muitos treinadores que se agarram a paradigmas táticos insustentáveis sob o céu da incerteza constante acaba em repetições ritualizadas como modos de pertinência e não como uma forma de apropriação de conhecimentos. Neste sentido, o que garante a persistência do erro em muitos intelectuais do esporte atual é a ausência de toda a novidade criativa. Ao invés de buscar molas que possibilitariam identificar a persistência do fracasso, eles passam a autojustificar-se sobre sua condição de vítimas de estruturas fechadas de jogo e de realidades que os ultrapassam.
Para finalizar, gostaria de enfatizar a idéia de que se não há sonhos de qualquer projeto humano ou desportivo é impossível aumentar a criatividade do jogo. Muitos jogadores e técnicos têm perdido a frescura e a originalidade de seu jogo simplesmente porque têm deixado de sonhar. Eles têm tudo na vida, tudo ao alcance das mãos, tudo se pode prever e antecipar estatisticamente que o mesmo jogo fica preso como mais uma vítima do sistema. Porém, somente os sonhos que nascem das carências empurram os limites do que o possível fazia do impossível. Na realidade, estes momentos estão sendo muito difíceis não somente de adquirir a racionalidade do bom jogo e seus resultados, mas, sobretudo, desejar a aprender novas formas de jogar em liberdade. De sonhos também vive o esporte.
1. Embora existam muitos pensadores, insisto em alguns representantes da Escola de Frankfurt, incluindo Horkheimer (2010), Adorno (2007), Habermas (2002) e, especialmente, os trabalhos de Deleuze e Guattari (1985). Alguns filósofos locais, tais como: Perez Zabala (2005), Ortiz (2000). Mais próximos à Educação Física, a vasta produção de Manuel Sérgio sobre a Ciência da Motricidade Humana (CMH), em especial o seu livro Filosofia do Futebol (2011)
Referências bibliográficas:
Boeder, Heriberto (2006) El final de juego de Jacques Derrida; Editorial Quadrata, Bs.As.
Centurión, Sergio (2011) Después del disciplinamiento y la disciplina ¿Qué?; en Ponencia Congreso Conbrace, Porto Alegre, Brasil
Craig, Grece (2001) Desarrollo Psicológico. Cuarta Edición, México
Deleuze, Gilles (1985) El anti-edipo; Editorial Paidos, Bs.As.Ducart, Marcelo (2009) El deporte actual como encrucijada de valores; ponencia en I Congreso Nacional de Educación Física del centro del país y "VI Jornadas en Educación Física", UNRC.
Ducart, Marcelo (2011 "Vivendo na bolha. Ecos da Copa América 2011"; Universidad Abierta de Fútbol. disponible en internet desde el 26/07/2011 en www.universidadedofutebol.com.br/artigos; Brasil
Dunning, E. (1992) La dinámica del deporte moderno. Notas sobre la búsqueda de triunfos y la importancia social del deporte, en Elias, N. y Dunning, E. (1992): Deporte y ocio en el proceso de la civilización, pp. 247-270. Fondo de Cultura Económica. Madrid (ed. original en 1986).Elías, N. e Dunning (1992) Memória e Sociedade a Busca da Excitação. Difel, Lisboa
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García, Antonio (1991) Teoría de la Educación Física; Ed. del autor. Córdoba
Habermas, Jurgen (2002) El futuro de la naturaleza humana. ¿Hacia una eugenesia liberal? Paidós, Barcelona
Horkheimer, Max (2010) Crítica de la razón instrumental. Trotta, 2º Edición
Adorno, Theodor (2007) Dialéctica de la Ilustración; Ediciones Akal, Madrid
Popper, K y Eccles, J (1980) El yo y su cerebro. Labor. Barcelona.
Rivero, Ivana (2009 La acción de jugar. El desafío de develar el lenguaje del juego. En: "Juego y deporte: reflexiones conceptuales hacia la inclusión". Primera edición. Serie Expomotricidad. Funámbulos editores. Universidad de Antioquia. Medellín. Colombia.
San Martín, J. (1997) Manual de Filosofía de la Educación Física; E.F.U.N.A.R.C, UNRC
Testero, Jorge (2010) Silvia Bleichmar: superar la inmediatez. Un modo de pensar nuestro tiempo; Ediciones del CCC, Bs.As.
Sinopse
"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."
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quarta-feira, novembro 21, 2012
Futebol: a encruzilhada de jogar ou pensar?
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