“É um pedido que eu faço a vocês: lutem pelo esporte, ele não pode morrer no Brasil e está morrendo!”. Esse foi o apelo feito pelo repórter, roteirista e editor dos canais ESPN Marcelo Gomes durante uma oficina de jornalismo esportivo que aconteceu no último sábado (28) na zona oeste da capital paulista, para debater a cobertura jornalística nas Olimpíadas 2016, que terá sede no Rio de Janeiro no próximo ano.
Além de direcionar várias críticas sobre a realização do megaevento esportivo no Brasil, o jornalista também aproveitou para compartilhar sua experiência com os participantes do workshop e despertar o sentimento do profissional da imprensa. “Tem que escrever com raiva, tem que reler com sabedoria, tem que ter paixão”, declarou Gomes.
“Eu sempre gostei muito de Olimpíadas. Meu primeiro esporte preferido foi o basquete. Os times do interior, que eram fortes, estão morrendo. A TV aberta só transmite as finais. Você sabe a escalação do time de futebol, mas não sabe quem é o cara que vai correr os 100 metros”, afirmou Vanessa Gonçalves, sub-editora do Portal Imprensa, que participou do evento.
Marcelo Gomes foi repórter e editor da TV Bandeirantes no início dos anos 1990. Em 1996, editou o jornal Aqui Agora, do SBT; no canal também foi editor do departamento de esportes. Em 1998, passou a editor de esportes da TV Gazeta e, no mesmo ano, ocupou o cargo de editor especial do programa Realidade na TV Bandeirantes. Está na ESPN Brasil desde 1999. Em 2003 também editou o programa Auto Esporte da TV Globo. Foi o grande vencedor do Prêmio Embratel 2008 de Melhor Reportagem Esportiva pelo programa Brasil Olímpico – Uma Prestação de Contas à Sociedade. Já havia vencido o Prêmio Embratel em 2004. Conquistou o Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos pela melhor reportagem de TV na edição de 2011.
CRÍTICA AO FUTEBOL
Com a realização da Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016, cada vez mais comenta-se a abordagem jornalística no segmento. Para Gomes, falta demanda para a abordagem de outros esportes. “Não tem mais espaço para atletismo, boxe, judô… Esporte é esporte, não é só futebol. Eu gosto de futebol, mas eu acho que o esporte não pode ser só isso. Tem vida por aí, tem gente na várzea fazendo história”, declarou o jornalista.
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Benê Lima