Autor: Luiz Amorim, Universidade do Futebol
Se usarmos como modelo a Copa do Mundo de futebol, perceberemos que a Fifa centraliza seus esforços na comercialização do torneio como um todo, vendendo não só as equipes mas também a qualidade de transmissão pela TV, o conforto do público, as facilidades e segurança para o deslocamento ao evento, locais e alimentação de qualidade nos estádios, além da disponibilidade de uma série de souvenires da competição. Enfim, transformar os jogos em verdadeiros espetáculos de entretenimento para todos.
Se usarmos como modelo a Copa do Mundo de futebol, perceberemos que a Fifa centraliza seus esforços na comercialização do torneio como um todo, vendendo não só as equipes mas também a qualidade de transmissão pela TV, o conforto do público, as facilidades e segurança para o deslocamento ao evento, locais e alimentação de qualidade nos estádios, além da disponibilidade de uma série de souvenires da competição. Enfim, transformar os jogos em verdadeiros espetáculos de entretenimento para todos.
Os dirigentes de futebol aqui no Brasil preferem não interferir no evento, e no caso da CBF delegam aos clubes o dever de organizar e comercializar a competição. Clubes que ainda não se enxergam como parceiros de negócios. Alguns ainda continuam no tempo em que "o que é bom para nossos adversários não pode ser bom para o meu clube".
Uma visão amadora e baseada na paixão torcedora dos dirigentes clubísticos, que causa uma desvalorização de suas marcas, perdendo a oportunidade de negociação (venda) com maiores vantagens para todos os parceiros desse grande produto chamado Campeonato Brasileiro. O modelo a ser seguido deve ser sempre a excelência, a cada edição o "evento Campeonato Brasileiro" deve ficar melhor e com maior valor agregado. Os clubes devem em conjunto negociar todos os tipos de licenciamentos possíveis do torneio.
Criar padrões de atendimento aos torcedores, para serem seguidos em todos os jogos, independentemente de onde se realizem. Todos os clubes deveriam concordar em cumprir as normas e padrões de qualidades exigidos para um campeonato desse nível. Estabelecer um cronograma de metas para a entrada em vigor dessas normas, visando aumentar o rigor de exigência na qualidade dos espetáculos. Dessa forma, os clubes, paulatinamente, mudariam sua relação com seus maiores e mais fiéis financiadores: seus torcedores.
Os clubes deveriam, em conjunto com a CBF e a detentora dos direitos de transmissão do evento, comercializar os naming rights do campeonato. Modelo esse já adotado pela Conmebol há mais de 10 anos nas suas copas, como a Libertadores e a Sul-Americana.
Com essa união os clubes ajudariam a segurar por mais tempo em nossos gramados os ídolos de suas torcidas, aumentando o consumo de produtos com suas marcas e a identificação delas com seus craques, gerando assim uma maior satisfação de todos.
Cobrar da CBF a definitiva mudança do seu quadro árbitros de amadores para profissionais. Não podemos permitir que um espetáculo que envolva vários profissionais das mais diversas áreas e milhões em dinheiro seja dirigido por um amador.
Precisamos aproveitar a realização de uma Copa do Mundo para pensarmos em novos rumos para o principal futebol brasileiro. Criando uma grande e poderosa indústria do entretenimento, que poderá criar milhares de novos postos de trabalho e viabilizar a entrada de milhões de dólares em divisas para o Brasil. Com isso ajudar no desenvolvimento econômico e social de nosso país. Esse é o legado tão buscado pela Fifa para os países que são sedes de seus Mundiais.