”O futebol cearense existe, e precisa ser reinventado.”
Opinião
QUEREMOS O MELHOR PARA O FUTEBOL CEARENSE
A incapacidade da maioria das pessoas de lidarem com suas paixões e/ou simpatias e preferências clubísticas, faz com que elas não consigam entender e menos ainda aceitar que exista uma minoria – mas existe - de pessoas que, por razões até mesmo inatas e também pelas adquiridas, através da educação, do treinamento e do exercício da autodisciplina, elas introjetaram – inscreveram mais que escreveram – em suas mentes os preceitos de um comportamento equânime, sustentando por um mais construtivo padrão de moralidade e de ética.
Se isso incomoda algumas pessoas, é por elas se sentirem inferiorizadas em sua conduta e por não encontrarem respaldo na unanimidade, sentindo-se, portanto, inseguras e por isso buscando criar um mimetismo que as tranqüilizem. Na verdade, se as suas condições as incomodam, não é o exercício de um discurso fascista e preconceituoso que as aliviará. A única saída honroso para elas está na aceitação dos pressupostos democráticos, aprendendo a conviver com o contraditório, com as divergências, com os diferentes, com as minorias enfim.
A explicação mais plausível para quem reluta em aceitar a ‘teoria do não-torcedor’, é a de que a natureza de nossa relação com o futebol se dá não só pela paixão exacerbada por um time, mas, antes, por nossa afinidade com tal esporte enquanto espetáculo. Não fosse assim, como justificar o comportamento de uma minoria que se comporta tipicamente como espectador e não propriamente como torcedor?
São essas personalidades mais maleáveis e adaptáveis as que melhor se coadunam com os objetivos do desporto. Entre elas também deveriam estar os cronistas esportivos, sobre os quais repousa mais do que a expectativa, o dever ético de proporcionarem bons exemplos de equanimidade, equilíbrio e justiça.
No sentido mais lato (lato sensun) todos torcem; já no sentido estrito (stricto sensu), nem todos! Isto é que precisa ser entendido. Se esta premissa não puder ser compreendida, que ao menos seja respeitada. Vale explicar ainda que, o torcer nesse sentido mais geral, significa fazê-lo de forma pontual e migratória, objetivando exatamente que os fatos corroborem nossas teses, teorias, conceitos, juízos e interesses legítimos – e tão-somente os legítimos.
Outro fator de influência sobre o pensamento maldizente dos detratores do politicamente correto, é a ‘lei da similitude’ pela qual se deixam amparar. Ou seja, se eles não são capazes de manterem um comportamento condizente com os melhores valores, tentam arrazoar no sentido de emprestarem caráter adúltero às ações de quem age de maneira diversa em relação ao consenso que pretendem implantar.
Somos sim, avessos ao modo ora subserviente ora encomiástico que tomou conta do rádio e da televisão cearense, na área esportiva – nem tanto do meio jornalístico que consegue ter maior grau de independência. Nossa repulsa se deve, principalmente, por termos a consciência de que em nada estaremos contribuindo para o desenvolvimento do nosso futebol, sem que adotemos uma atitude crítico-analítica conseqüente, responsável, madura, tempestiva, reflexiva e conclusiva. Fora disto, nosso futebol estará sempre resvalando nas areias movediças das crises gerenciais – além das existenciais, motivadas pelo culto às idiossincrasias dos nossos cartolas.
Querer o melhor para o futebol cearense representa, portanto, não sermos coniventes com os erros aqui existentes; significa não priorizarmos as amizades e o corporativismo sob nenhum pretexto em detrimento dos interesses dos nossos clubes; significa não vendermos nossa opinião; significa pensarmos os nossos clubes não pelo viés pessoal, não pelo viés de adestramento que nos queiram impor, não por interesses político-partidários, menos ainda por interesses escusos.
Aquele repensar do qual tanto temos falado é necessidade cada vez mais premente, sob pena de em não o promovendo, estarmos sempre distantes da fundação de um modelo de gestão que verdadeiramente traga progresso para o nosso futebol. Evidentemente que tal injunção passa não só pelas entidades de prática desportiva aqui existentes – notadamente nossos dois maiores clubes -, mas deve alcançar também a entidade de administração do desporto do nosso estado, a Federação Cearense de Futebol (FCF).
Já que o futebol cearense existe, pois, é preciso que cuidemos em reinventá-lo. Desde a constituição de um novo perfil para essas entidades, até a implemento de políticas, estratégias, planejamento e organização para que elas possam funcionar melhor do que o fazem.
* * *
Benê Lima
benecomentarista@yahoo.com.br
85 8898-5106, o telefone da comunicação
http://www.naarea.com/
Opinião
QUEREMOS O MELHOR PARA O FUTEBOL CEARENSE
A incapacidade da maioria das pessoas de lidarem com suas paixões e/ou simpatias e preferências clubísticas, faz com que elas não consigam entender e menos ainda aceitar que exista uma minoria – mas existe - de pessoas que, por razões até mesmo inatas e também pelas adquiridas, através da educação, do treinamento e do exercício da autodisciplina, elas introjetaram – inscreveram mais que escreveram – em suas mentes os preceitos de um comportamento equânime, sustentando por um mais construtivo padrão de moralidade e de ética.
Se isso incomoda algumas pessoas, é por elas se sentirem inferiorizadas em sua conduta e por não encontrarem respaldo na unanimidade, sentindo-se, portanto, inseguras e por isso buscando criar um mimetismo que as tranqüilizem. Na verdade, se as suas condições as incomodam, não é o exercício de um discurso fascista e preconceituoso que as aliviará. A única saída honroso para elas está na aceitação dos pressupostos democráticos, aprendendo a conviver com o contraditório, com as divergências, com os diferentes, com as minorias enfim.
A explicação mais plausível para quem reluta em aceitar a ‘teoria do não-torcedor’, é a de que a natureza de nossa relação com o futebol se dá não só pela paixão exacerbada por um time, mas, antes, por nossa afinidade com tal esporte enquanto espetáculo. Não fosse assim, como justificar o comportamento de uma minoria que se comporta tipicamente como espectador e não propriamente como torcedor?
São essas personalidades mais maleáveis e adaptáveis as que melhor se coadunam com os objetivos do desporto. Entre elas também deveriam estar os cronistas esportivos, sobre os quais repousa mais do que a expectativa, o dever ético de proporcionarem bons exemplos de equanimidade, equilíbrio e justiça.
No sentido mais lato (lato sensun) todos torcem; já no sentido estrito (stricto sensu), nem todos! Isto é que precisa ser entendido. Se esta premissa não puder ser compreendida, que ao menos seja respeitada. Vale explicar ainda que, o torcer nesse sentido mais geral, significa fazê-lo de forma pontual e migratória, objetivando exatamente que os fatos corroborem nossas teses, teorias, conceitos, juízos e interesses legítimos – e tão-somente os legítimos.
Outro fator de influência sobre o pensamento maldizente dos detratores do politicamente correto, é a ‘lei da similitude’ pela qual se deixam amparar. Ou seja, se eles não são capazes de manterem um comportamento condizente com os melhores valores, tentam arrazoar no sentido de emprestarem caráter adúltero às ações de quem age de maneira diversa em relação ao consenso que pretendem implantar.
Somos sim, avessos ao modo ora subserviente ora encomiástico que tomou conta do rádio e da televisão cearense, na área esportiva – nem tanto do meio jornalístico que consegue ter maior grau de independência. Nossa repulsa se deve, principalmente, por termos a consciência de que em nada estaremos contribuindo para o desenvolvimento do nosso futebol, sem que adotemos uma atitude crítico-analítica conseqüente, responsável, madura, tempestiva, reflexiva e conclusiva. Fora disto, nosso futebol estará sempre resvalando nas areias movediças das crises gerenciais – além das existenciais, motivadas pelo culto às idiossincrasias dos nossos cartolas.
Querer o melhor para o futebol cearense representa, portanto, não sermos coniventes com os erros aqui existentes; significa não priorizarmos as amizades e o corporativismo sob nenhum pretexto em detrimento dos interesses dos nossos clubes; significa não vendermos nossa opinião; significa pensarmos os nossos clubes não pelo viés pessoal, não pelo viés de adestramento que nos queiram impor, não por interesses político-partidários, menos ainda por interesses escusos.
Aquele repensar do qual tanto temos falado é necessidade cada vez mais premente, sob pena de em não o promovendo, estarmos sempre distantes da fundação de um modelo de gestão que verdadeiramente traga progresso para o nosso futebol. Evidentemente que tal injunção passa não só pelas entidades de prática desportiva aqui existentes – notadamente nossos dois maiores clubes -, mas deve alcançar também a entidade de administração do desporto do nosso estado, a Federação Cearense de Futebol (FCF).
Já que o futebol cearense existe, pois, é preciso que cuidemos em reinventá-lo. Desde a constituição de um novo perfil para essas entidades, até a implemento de políticas, estratégias, planejamento e organização para que elas possam funcionar melhor do que o fazem.
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Benê Lima
benecomentarista@yahoo.com.br
85 8898-5106, o telefone da comunicação
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