Fabrício Escandiuzzi
Direto de Florianópolis
As torcidas organizadas dos clubes de Santa Catarina terão dez dias para efetuar um cadastro, de todos os seus integrantes, junto à Federação Catarinense de Futebol (FCF). Uma identificação exclusiva deverá ser emitida pela entidade, sem a qual o torcedor estará proibido de entrar em estádios.
A medida faz parte de uma Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado na tarde de hoje entre o Ministério Público de Santa Catarina, Polícia Militar e a própria FCF. A promotoria propôs o acordo após os incidentes registrados no dia 24 de fevereiro.
Na ocasião, o aposentado Ivo Costa, 62 anos, foi atingido por uma bomba caseira no Estádio Heriberto Hülse, durante a partida entre Criciúma e Avaí. Ele teve a mão direita decepada pelo artefato, e três jovens torcedores avaianos acabaram presos e acusados de tentativa de homicídio.
De acordo com o Ministério Público, o TAC tem o objetivo de evitar episódios semelhantes e facilitar a identificação de torcedores presentes nos estádios. Na reunião de hoje, ficou definido que membros de torcidas organizadas terão um espaço isolado nas arquibancadas, onde só será permitida a entrada de pessoas credenciadas.
O órgão realizou um inquérito civil para apurar as responsabilidades. Segundo os promotores, Fábio de Souza Trajano, Alexandre Herculano Abreu, Onofre Agostini e César Grubba, "as torcidas organizadas tumultuam a segurança pública nos estádios".
Redação Terra
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