Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

sábado, outubro 18, 2008

Remanejar ou substituir?

Mudanças e substituições no futebol

Análise do contexto geral para a realização de uma troca: fazer um jogador melhorar seu desempenho dentro de campo é responsabilidade também do treinador

Ronald de Carvalho

Certamente o futebol caminha lado a lado a uma nova dinâmica universal. Afinal, vivemos num mundo em ebulição, em permanente mutação, cada vez mais apressado e repleto de novidades a cada momento. E como fazemos parte dele, os acontecimentos no futebol não poderiam ser diferentes. Há uma tendência natural por seguir alguns modismos. Exatamente por isso devemos estar sempre atentos.

Modismo não é, necessariamente, prerrogativa de modernidade. Lembro-me de antigamente, quando ainda não eram permitidas substituições no decorrer de uma partida. Se um jogador se contundisse, a equipe ficava reduzida a 10 jogadores, ou o treinador pedia para ele “ficar fazendo número, lá na ponta esquerda”. Era uma fase romântica do futebol. Posteriormente, com a necessidade de se criar mecanismos para uma maior dinâmica do jogo, vieram as substituições. Com elas, os treinadores passaram a dispor de maiores alternativas durante uma partida.

Evidentemente, foi uma grande evolução para o futebol. E ela tem se acentuado ainda mais, ratificada com a importância que se dá na escolha dos suplentes das equipes para os jogos. A formação do banco de reservas é previamente elaborada para cada jogo. Tudo isso para se prevenir das ocorrências técnicas e táticas de uma partida, e se poder alterá-las quando for necessário. Até mesmo alguma improvisação emergencial é permitida durante uma partida, mas a experiência nos mostra que na seqüência da competição – no próximo jogo – o futebol premia a simplicidade das nossas opções. Quer dizer, pode-se até improvisar durante uma partida, jamais iniciá-la com improvisações, a menos que não haja outra solução.

Nota-se, com muita freqüência, um certo exagero na utilização das substituições. Isso tem levado algumas equipes, em determinados jogos, a uma completa desorganização, mesmo sem ela estar jogando mal. E, com isso, qualquer poder de reação desaparece. Algumas equipes se descaracterizam completamente após a realização dessas substituições.

Muitas vezes, um jogador melhora de rendimento durante uma partida. Uma orientação no seu posicionamento, uma orientação à equipe para adequar melhor suas potencialidades, ou até mesmo um pequeno incentivo. Substituir um jogador que não está bem na partida, qualquer torcedor ou comentarista sabe identificar. Fazer este mesmo jogador jogar bem, na mesma partida, só mesmo os bons treinadores, aqueles que sabem realmente ver o que está ocorrendo no jogo.

Teoricamente, quando um treinador escala sua equipe para iniciar uma partida, é porque ele julga que aqueles jogadores representam a sua melhor opção naquele momento. Nem sempre há necessidade de se mudar, mesmo que a equipe esteja em desvantagem no placar. Normalmente, o jogador que substitui o outro durante uma partida precisa de um tempo para “entrar” no ritmo do jogo. É preciso que cada substituição seja analisada no contexto geral da equipe durante o jogo, e não se torne apenas numa simples formalidade...

A questão é: substituir nem sempre significa mudar para melhor!

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