Projeto está em tramitação e tem por objetivo garantir ‘vida útil’ aos treinadores por período mínimo
Equipe Cidade do Futebol
Ter um tempo de trabalho de pelo menos seis meses antes de as cobranças efetivas por resultado e os questionamentos de um plano de ação serem colocados em xeque e resultarem em uma demissão. Em prol dos treinadores de futebol no Brasil surge uma proposta oficial para amparar esses profissionais.
A Lei 8660/93, que força as agremiações nacionais a firmarem vínculo de, no mínimo, seis meses com os treinadores, está em tramitação no Congresso Nacional. Algo comemorado por muitos dos chefes de comissão técnica que encaram essas adversidades do mercado.
“Acho ótimo que isso aconteça, que essa lei passe a vigorar. No Brasil, os treinadores não são valorizados. Aqui, nosso prazo de validade vai até quando começarmos a perder. Felizmente, com o meu time isso não acontece”, comparou Zico, técnico do Bunyodkor, do Uzbequistão, que afirmara não ver possibilidades de atuar no seu país de origem justamente por conta dessa “intolerância” da cartolagem conterrânea em geral.
Tetracampeão mundial, o experiente Zagallo também avaliza a ação – o que considerou um avanço da modalidade. “Acho que estamos mudando para melhor. Mas, infelizmente, os contratos mais curtos na América do Sul fazem parte da realidade, na Europa não é assim. Torcemos que com essa lei isso mude”, apontou, em entrevista ao site Justiça Desportiva.
Em relação à aprovação da Lei, Amaro José da Silva, presidente do Sindicato dos Treinadores Profissionais de Futebol do Rio de Janeiro, aguarda a concretização da mesma. Na opinião dele, um passo relevante rumo à profissionalização.
“Na minha opinião, não são apenas os treinadores que serão beneficiados, mas o futebol brasileiro também vai sair ganhando com essa mudança. Técnicos terão mais tempo para desenvolver seus trabalhos nos clubes, isso era tudo que eles sempre pediram. Os campeonatos serão mais equilibrados”, comentou o dirigente da entidade carioca.
René Simões, com passagens por seleções internacionais, medalhista olímpico com o time feminino do Brasil e que renovou contrato com o Fluminense após participar da campanha que livrou o clube das Laranjeiras do descenso, é outro que vê com bons olhos a ação.
“Supervalorizamos os treinadores nas vitórias e banalizamos quando ele perde. Tem de haver o equilíbrio. Nem o treinador é tudo isso quando ele é campeão ou salva o time do rebaixamento, e nem é só ele quando perde também. Penso que o contrato do treinador deve ser cumprido até o final, mesmo que ele ou clube quebrem o contrato, tem de haver uma multa rescisória para ninguém sair prejudicado”, disse.
Exceção à regra no futebol brasileiro, onde o que interessa são vitórias e título num curto espaço de tempo é Muricy Ramalho, tricampeão Brasileiro pelo São Paulo, ele passou por momentos difíceis este ano. Após a eliminação nas oitavas-de-final da Libertadores para o Fluminense, Muricy foi bastante questionado, o time estava mal colocado na tabela do Brasileirão, e sua saída parecia questão de tempo. Apesar das dificuldades, a diretoria confiou no trabalho do técnico e o manteve no cargo. Resultado: o São Paulo acabou hexacampeão Brasileiro, além de ser pela primeira vez tricampeão de forma consecutiva.
“Tenho muito o que agradecer aos dirigentes, principalmente ao Juvenal Juvêncio (Presidente do clube) por acreditar em mim. Felizmente trabalhamos duro, treinamos muito e deu tudo certo. Demos a volta por cima”, disse Muricy Ramalho, que curte férias no litoral paulista.
Equipe Cidade do Futebol
Ter um tempo de trabalho de pelo menos seis meses antes de as cobranças efetivas por resultado e os questionamentos de um plano de ação serem colocados em xeque e resultarem em uma demissão. Em prol dos treinadores de futebol no Brasil surge uma proposta oficial para amparar esses profissionais.
A Lei 8660/93, que força as agremiações nacionais a firmarem vínculo de, no mínimo, seis meses com os treinadores, está em tramitação no Congresso Nacional. Algo comemorado por muitos dos chefes de comissão técnica que encaram essas adversidades do mercado.
“Acho ótimo que isso aconteça, que essa lei passe a vigorar. No Brasil, os treinadores não são valorizados. Aqui, nosso prazo de validade vai até quando começarmos a perder. Felizmente, com o meu time isso não acontece”, comparou Zico, técnico do Bunyodkor, do Uzbequistão, que afirmara não ver possibilidades de atuar no seu país de origem justamente por conta dessa “intolerância” da cartolagem conterrânea em geral.
Tetracampeão mundial, o experiente Zagallo também avaliza a ação – o que considerou um avanço da modalidade. “Acho que estamos mudando para melhor. Mas, infelizmente, os contratos mais curtos na América do Sul fazem parte da realidade, na Europa não é assim. Torcemos que com essa lei isso mude”, apontou, em entrevista ao site Justiça Desportiva.
Em relação à aprovação da Lei, Amaro José da Silva, presidente do Sindicato dos Treinadores Profissionais de Futebol do Rio de Janeiro, aguarda a concretização da mesma. Na opinião dele, um passo relevante rumo à profissionalização.
“Na minha opinião, não são apenas os treinadores que serão beneficiados, mas o futebol brasileiro também vai sair ganhando com essa mudança. Técnicos terão mais tempo para desenvolver seus trabalhos nos clubes, isso era tudo que eles sempre pediram. Os campeonatos serão mais equilibrados”, comentou o dirigente da entidade carioca.
René Simões, com passagens por seleções internacionais, medalhista olímpico com o time feminino do Brasil e que renovou contrato com o Fluminense após participar da campanha que livrou o clube das Laranjeiras do descenso, é outro que vê com bons olhos a ação.
“Supervalorizamos os treinadores nas vitórias e banalizamos quando ele perde. Tem de haver o equilíbrio. Nem o treinador é tudo isso quando ele é campeão ou salva o time do rebaixamento, e nem é só ele quando perde também. Penso que o contrato do treinador deve ser cumprido até o final, mesmo que ele ou clube quebrem o contrato, tem de haver uma multa rescisória para ninguém sair prejudicado”, disse.
Exceção à regra no futebol brasileiro, onde o que interessa são vitórias e título num curto espaço de tempo é Muricy Ramalho, tricampeão Brasileiro pelo São Paulo, ele passou por momentos difíceis este ano. Após a eliminação nas oitavas-de-final da Libertadores para o Fluminense, Muricy foi bastante questionado, o time estava mal colocado na tabela do Brasileirão, e sua saída parecia questão de tempo. Apesar das dificuldades, a diretoria confiou no trabalho do técnico e o manteve no cargo. Resultado: o São Paulo acabou hexacampeão Brasileiro, além de ser pela primeira vez tricampeão de forma consecutiva.
“Tenho muito o que agradecer aos dirigentes, principalmente ao Juvenal Juvêncio (Presidente do clube) por acreditar em mim. Felizmente trabalhamos duro, treinamos muito e deu tudo certo. Demos a volta por cima”, disse Muricy Ramalho, que curte férias no litoral paulista.
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Benê Lima